Novo
secretário de Estado reconhece
necessidade de apoio às universidades
Bissau, 25 Jul 19 (ANG) – O
Secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação Científica (SEESIC),
disse que as instituições de ensino superior ainda não estão a funcionar
devidamente, pelo que necessitam de apoios do governo.
Em entrevista à ANG, Garcia
Bifa Bedeta acrescentou que tanto a universidade pública como as universidades
privadas precisam de ser orientadas para poderem assegurar uma formação de
qualidade.
“O subsistema do ensino
superior ainda está numa fase embrionária no país, ou seja ainda está à procura da sua identidade e qualidade. Deve ter orientações no sentido de formar quadros
com competências, princípios e valores éticos e morais. Ainda há muito por
fazer, para que esta área esteja a altura de competir com outros países”,
sustentou.
Falando de números de escolas
de formação superior que tem vindo a proliferar nos últimos tempos no país, Garcia
Bedeta disse que, para ele, ainda é muito pouco, uma vez que a maioria dessas
escolas está centralizada em Bissau.
“Acho que temos ainda poucas
instituições de escolas de formação, ou seja temos apenas uma universidade
pública que é a Universidade Amílcar Cabral e está-se a pensar como fazer a
extensão dessa instituição de formação superior pública para as regiões,
através de criação de pólos universitários”, disse.
Acrescentou que, no que
concerne as universidades privadas, existem muitas que igualmente precisam de ser
orientadas para funcionarem devidamente a semelhança de outros países.
Garcia Biifa Bedeta disse que
o aumento das instituições de ensino superior na Guiné-Bissau gera alguma
situação de dúvida sobre o seu funcionamento ou sobre a qualidade do ensino.
“Actualmente está-se a rever
as leis do ensino superior para posteriormente definir um regimento jurídico de
funcionamento dessas instituições. Assim que os documentos forem aprovados no
Conselho de Ministros e divulgados junto das reitorias, vai se dar um período
de graça, para que cada universidade possa cumprir aquilo que está na lei”,
explicou o governante.
Falando da extensão de cursos
nas universidades de licenciatura para mestrado, o Secretário de Estado do
Ensino Superior, disse que ainda não foram solicitados para tal, tendo
salientando que, primeiro, devem ser criadas as condições para o fazer.
Segundo Bedeta, o Ministério
da educação não dispõe de dados sobre o número de licenciados, mestrados ou
doutores do país, mas disse que já são
muitos, frisando que nos trabalhos a realizar no Ministério de Educação será
criado um Banco de Dados onde cada pessoa terá os seus dados, para se evitar a falsificação
de certificados e diplomas, o que, segundo disse, vai permitir a descoberta de
malfeitores através de códigos pessoais.
“São perspectivas internas para fazer face a
este tipo de comportamento que leva as pessoas a desacreditarem no sistema do
ensino guineense”, vincou.
O Secretário de Estado do
Ensino Superior e Investigação Científica apelou as universidades públicas e
privadas para trabalharem em conjunto
com o Ministério de Educação para se
evitar situações de falsificação de certificados,
pensando na qualidade de formação que sirva melhor o país. ANG/MSC/ÂC//SG
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