Novo ministro promete reduzir défice fiscal de 6 para três por cento
Bissau, 22 jul 19 (ANG) – O novo ministro da
Economia e Finanças Geraldo Martins prometeu hoje reduzir para metade o défice
público do país até final do ano, através de maior rigor no controlo das
despesas públicas e aumento das receitas.
Geraldo
Martins apontou como causa do défice, entre outras, alguns compromissos que o
anterior Governo teve de assumir, sobretudo a partir de janeiro deste ano,
nomeadamente as despesas com a realização de eleições legislativas e o reajuste
salarial, em decorrência de exigências dos sindicatos dos trabalhadores da
Função Pública.
O Estado
guineense "foi obrigado a honrar aqueles compromissos", mas em
contrapartida não houve aumento na arrecadação de receitas, precisou Martins
que agora vai propor medidas para "comprimir ao máximo" as despesas
públicas, através do comité de tesouraria nacional, e outras para fazer crescer
as receitas, até final do ano.
Entre as
medidas, precisou o ministro, está a aprovação do Orçamento Geral do Estado de
2019.
"Neste
momento, o défice fiscal da Guiné-Bissau está a volta de 6 % em relação ao
Produto Interno Bruto, o nosso objetivo, de acordo com os critérios de
convergência da UEMOA (União Económica e Monetária da África Ocidental), é
faze-lo baixar para cerca de 3 %" explicou Geraldo Martins.
Outra
meta do novo ministro da Economia e Finanças
é retomar as conversações com o Fundo Monetário Internacional (FMI),
interrompidas em janeiro, para permitir que seja feita a sexta avaliação ao
cumprimento dos objetivos fixados no âmbito do Programa Alargado de Crédito que
vai permitir ao país receber um crédito, no valor total de 27,6 milhões de
euros.
O FMI
adiou aquela avaliação, em janeiro, aguardando pela realização das eleições
legislativas, que tiveram lugar a 10 de março.ANG/Lusa
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