Congresso se
recusa a nomear Pedro Sánchez chefe do
governo
Bissau, 26 jul 19 (ANG) - O Congresso espanhol rejeitou quinta-feira (25) o pedido do socialista Pedro
Sánchez para formar o governo, quatro meses depois de realização de eleições
gerais antecipadas.
O país tem até 23 de
setembro para tentar um novo acordo. Caso contrário, os espanhóis terão que
voltar às urnas.
O chefe do governo vem tentando, sem sucesso, um
acordo com o partido Podemos. "Não foi possível", reconheceu Sánchez,
dirigindo-se aos deputados minutos antes da votação. O líder socialista recebeu
124 votos a favor, 155 contra e 67 deputados se abstiveram, incluindo os do
Podemos.
Sánchez informou que as diferenças com o partido da esquerda
radical não se deram em relação ao programa, mas sim à divisão dos ministérios.
Segundo ele, os socialistas ofereceram ao Podemos as pastas de Saúde,
Habitação, Economia Social e Igualdade, mas o partido solicitava as pastas do
Trabalho, Ciência e Universidades.
"Eles literalmente nos pediram o governo", disse à
rádio Cadena SER a vice-presidente do governo espanhol, a socialista Carmen
Calvo. Os pedidos do Podemos foram interpretados como a vontade de
"dominar todo conselho de ministros, para ter um governo paralelo".
O principal negociador do Podemos, Pablo Echenique, acusou o
PSOE de romper a negociação na quarta-feira à tarde e disse que "eles nos
ofereceram um pequeno papel (...) sem competências para fazer políticas
públicas que melhorem a vida das pessoas".
O improvável acordo entre Podemos e PSOE é a chave para
convencer os partidos regionais, que prometeram facilitar a investidura em caso
de desbloqueio. Mesmo se for bem-sucedida, essa coalizão terá, no entanto,
margem limitada para realizar grandes reformas, segundo Antonio Barroso,
analista da consultoria londrina Teneo.
Com 165 deputados dos 350, "não teriam maioria em um
Parlamento muito fragmentado", e "a entrada do Podemos limitará ainda
mais a margem de manobra de Sánchez para negociar acordos políticos
específicos" com outras forças, dado o antagonismo entre a esquerda
radical e as partes de centro-direita, Cidadãos e PP.ANG/RFI/AFP
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