segunda-feira, 22 de julho de 2019

África do Sul


         Presidente Ramaphosa considera tendencioso relatório que o incrimina

Bissau, 22 Jul 19 (ANG) – O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, considerou domingo como “irrevogavelmente tendencioso” o relatório de um perito sobre as ações da governação segundo o qual o Presidente enganou deliberadamente o Parlamento.
“Depois de ter estudado cuidadosamente o relatório, concluo que ele é irrevogavelmente tendencioso”, disse aos jornalistas, acrescentando que está determinado a conseguir com urgência uma análise judicial a essas conclusões do documento.
Busisiwe Mkhwebane, um jurista independente encarregado de controlar as ações do executivo, estima que o inquérito que levou a cabo prova que o Presidente, que prometeu repetidamente erradicar a corrupção do país, enganou o Parlamento de forma “deliberada”.
E fê-lo quando respondeu a uma pergunta da oposição sobre uma doação para a sua campanha de 500.000 rands (cerca de 32.000 euros) feita por um grupo industrial.
Ramaphosa afirmou na altura que o dinheiro pago em 2017 era um pagamento ao seu filho Andile por um trabalho de consultadoria para a empresa de serviços Bosasa, envolvida em vários contratos públicos suspeitos.
No entanto, reconheceu depois que se tratou de uma doação para a sua campanha para a presidência do partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), uma batalha intensa que lhe permitiu vencer o candidato escolhido pelo antigo Presidente, Jacob Zuma.
Cyril Ramaphosa tinha alegado boa-fé, dizendo que não tinha a informação correcta quando respondeu à pergunta no Parlamento.
E prometeu reembolsar os fundos de campanha.
No poder desde Fevereiro de 2018 e reeleito em Maio, Cyril Ramaphosa fez da luta contra a corrupção o seu principal cavalo de batalha, num país marcado pelos escândalos da presidência do seu antecessor, Jacob Zuma.ANG/Inforpress/Lusa


Sem comentários:

Enviar um comentário