terça-feira, 24 de março de 2020

Covid-19


 Populares de São Domingos denunciam travessia clandestina de passageiros  
 
Bissau,24 Mar 20(ANG) - A fronteira terrestre entre a Guiné-Bissau e o Senegal está oficialmente encerrada, mas os populares da localidade guineense de São Domingos denunciam a travessia clandestina de condutores de motos com passageiros .

Elton da Silva, porta-voz da população de São Domingos, localidade a cerca de 25 quilómetros de Ziguinchor, a capital da região senegalesa de Casamança, alertou as autoridades guineenses sobre o facto de haver pessoas a atravessarem a fronteira.

“A fronteira está oficialmente encerrada, mas os condutores dos ‘Djacartas’ continuam a atravessar a fronteira de um lado para outro, como se nada fosse”, observou Elton da Silva.
“Djacartas” é a designação local para as motos ligeiras utilizadas para o transporte de pessoas e cargas da população das zonas da fronteira entre a Guiné-Bissau e os países vizinhos, Senegal e Guiné-Conacri.
Normalmente são motos que foram oferecidas à população durante a campanha eleitoral.
Elton da Silva pede às autoridades que reforcem medidas de controlo da fronteira a partir de São Domingos.
“Somos pessoas de alto risco de contágio desde que se diz que já há um infetado em Ziguinchor”, defendeu o porta-voz dos habitantes de São Domingos.
As autoridades de Zinguichor confirmaram domingo o primeiro caso de covid-19 naquela região do Senegal.
No quadro das medidas de prevenção contra a pandemia, as autoridades guineenses encerraram as fronteiras, terrestres, marítima e aérea.
Recorde-se o Senegal registou 79 casos de pessoas infetados por novo coronavírus (covid-19), dos quais, 8 foram recuperados. Ainda esta noite, o chefe de Estado senegalês, Macky Sall, decretou o Estado de emergência em todo o território do Senegal e determinou recolher obrigatório entre as 20H00 e a 06H00 da manhã. ANG/Lusa

COVID-19



Secretário-geral da ONU apela "cessar-fogo mundial" imediato para países que estão em conflitos armados

Bissau, 24 Mar 20 (ANG) - O Secretário-geral da Organização Nações Unidas (ONU) apelou um
 "cessar-fogo mundial" imediato nos países que estão em situações de conflito de modo a concentrar mais na situação de coronavirus, uma vez que o mundo enfrenta um inimigo comum no momento.
 
 António Guterres falava em jeito da sua mensagem para situação do novo coronavirus que assola o mundo actualmente, na qual pediu que os diferentes países concentrem mais na situação de prevenção da referida pandémia e para que deixem de lado as situações de conflito armado.

“O vírus ameaça-nos a todos, independentemente de nacionalidades, etnias, credo ou posicionamentos políticos.

É um vírus implacável,ao mesmo tempo, em vários pontos do globo, persistem ou intensificam-se conflitos armados brutais”,referiu Guterres na sua mensagem.

Sublinhou que os  mais vulneráveis são as mulheres e as crianças, as pessoas com deficiência, os marginalizados e os deslocados - pagam o preço mais elevado e que atualmente, correm também um risco sério e devastador devido ao COVID-19.

“Tenhamos presente que, nos países assolados pela guerra, os sistemas de saúde colapsaram e que os, já de si, escassos profissionais de saúde são frequentemente atacados. Por sua vez, os refugiados e as pessoas deslocadas por conflitos violentos encontram-se numa situação de dupla vulnerabilidade.
A fúria do vírus põe em evidência a loucura da guerra, de uma forma muito clara. É, por isso, que hoje, apelo a um cessar-fogo mundial e imediato, em todas as regiões do mundo”, apelou Guterres.

António Guterres considerou o momento actual como tempo de  acabar com os conflitos armados e de, em conjunto, focar na batalha para preservar a vida em comum, tendo apelado às partes em conflito para que
acabem com as hostilidades e que
Ponham de lado a desconfiança e a animosidade.

“Deixemo-nos inspirar pelos casos, que lentamente vemos surgir, de entendimento e diálogo entre facões rivais na busca de estratégias conjuntas de combate ao COVID-19. Mas precisamos de muito mais.

Precisamos de por fim à doença da guerra... e combater a doença que está a devastar o nosso mundo.É isso que a família humana necessita agora, mais do que nunca”,pediu aquele responsável. ANG/ONU News


Prevenção de coronavírus


Governo de Nuno Nabian adopta medidas de restrições de passageiros nos transportes públicos

Bissau,24 Mar 20(ANG) -  O Ministério de Transportes e Comunicações, através da direção-geral da Viação e  Transportes Terrestres, adotou esta segunda-feira, , medidas de restrições referentes ao número de passageiros nos transportes públicos.  
DG de Viação e Transportes Terrestres 

A decisão do executivo guineense foi tornada pública numa conferência de imprensa realizada nas instalações da Direção-geral da Viação e Transportes Terrestre, algumas horas depois do anúncio de dois casos de suspeitos do Covid-19 pelo serviço da Epidemiologia e Segurança Sanitária. 
A medida do governo consta de um despacho assinado pelo ministro da tutela.
“O ministro dos Transportes e Comunicações, ao abrigo das suas competências e atribuições, decide no referente a restrição ao número de passageiros por veículo como se segue: o Táxi que lotava 4 lugares, passa a suportar 3 lugares; táxi de categoria (A) que lotava 7 lugares, passa a suportar 5 lugares; transportes mistos que lotavam entre 12 a 14 lugares, passam a suportar 10 lugares; transportes mistos que lotavam entre 16 a 20 lugares, passa a suportar 12 lugares; transportes mistos que lotavam entre 20 a 24 lugares, passa a suportar 15 lugares; Mini Bus que lotava 38 lugares, passa a  25 lugares e Autocarro que lotava 56 lugares, passa a suportar 35 lugares”, lê-se no despacho  do ministro dos Transportes e Comunicações, Jorge Mandinga
Reagindo à medida de restrição dos passageiros em trsnportes públicos, o secretário-geral da Federação Nacional da Associação de Motoristas e Transportes da Guiné-Bissau, Mamadu Conté, disse que a sua organização apoia a medida do executivo, porque a mesma visa salvaguardar a vida humana.
Pediu aos motoristas a estarem prontos para as medidas mais severas que o executivo poderá vir a adoptar no futuro.
“Se for constatado e confirmado um caso no país, se o governo vier a  suspender a circulação dos transportes públicos, nós estaremos dispostos a colaborar neste sentido”, disse Conté.
Jorge Gomes, representante da ASTRA, (Associação dos Transportadores)disse na ocasião que a decisão do governo apanhou de surpresa a sua organização, razão pela qual vai reunir a sua direção para analisar a medida e adoptar uma posição.
Assegurou que uma medida daquela dimensão requer uma concertação entre as partes, ou seja, entre o governo e os parceiros que intervém naquele sector. ANG/O Democrata

segunda-feira, 23 de março de 2020

Covid-19


Líder de PUN defende criação de equipa de especialistas dirigida por profissionais de saúde para prevenção da  pandemia

Bissau, 23 Mar 20 (ANG)- O líder de Partido de Unidade Nacional (PUN) defendeu a necessidade de se criar uma equipa de especialistas dirigidas por profissionais de saúde pública com o objectivo de se prevenir melhor contra a pandemia de coronavirus.

A ideia de Idrissa Djaló foi tornada pública numa mensagem sobre a situação de pandemia de coronavirus, à que a ANG teve acesso hoje.

A pandemia já foi confirmada  em muitos países do mundo e já se encontra nos países vizinhos da Guiné-Bissau como  Senegal e Guiné Conacri.

“No plano sanitário, devemos criar uma equipa de especialistas dirigidas por profissionais de saúde pública e de epidemiologistas reconhecidos como a Dra.Magda Robalo, Dr. Inacio Alvarenga, Dra. Amabélia Rodrigues e Dr.Paulo Rabna entre outros”, sugeriu.

Na missiva, Djaló disse que como acontece na Europa, este grupo de experts deverão ser encarregues de fornecer respostas científicas às questões colocadas pelas autoridades politicas, e de recomendar as medidas de saúde pública como o confinamento, o funcionamento dos espaços públicos (mercados, estádios) precauções e medidas de higienização”.

 Sublinhou que só confiando as referidas responsabilidades à uma equipa de profissionais competentes é que o país terá a chance de ultrapassar este flagelo.

Idrissa Djaló recomendou que os atores, de todos os quadrantes políticos,  se comprometem por escrito e publicamente em transferir poderes alargados à estas equipas e abster-se de toda a ingerência e aproveitamento político durante este período crítico.

Disse ainda que no plano económico deve ser solicitada  personalidades como Carlos Lopes e Paulo Gomes para refletir no impacto das medidas que sejam tomadas e conceber as solicitações realistas de apoio aos parceiros europeus, chineses, americanos e africanos e que as duas equipas deverão dispor de plenos poderes até ao final da pandemia e da fase de relance da  economia de Guiné-Bissau.

Idrissa Djaló disse que é necessário começar por negociar um Pacto Nacional para melhor preparar o País para fazer face aos  desafios sanitários, económico, social e politico que a nação guineense  enfrenta.

“Para tal, teremos que adiar o contencioso político, sem pôr em causa a necessidade de resolvê-lo logo que fôr possível. Contudo, se não queremos correr o risco de ver centenas ou milhares dos nossos compatriotas morrer em consequência do Covid-19, a prioridade é de construir um consenso nacional e colocar a Guiné-Bissau em ordem de batalha”, recomendou.


Na mensagem, o  líder de PUN disse que a Guiné-Bissau faz parte do elo mais frágil do continente africano e que a  tragédia global de Covid-19  acontece na pior das situações, ou seja, num momento em que o país se encontra  mergulhado numa instabilidade crônica, que mina, a cada dia, as estruturas do Estado.

“Hoje, somos confrontados com querelas de legitimidade política e disputas pós-eleitorais que paralisam o funcionamento normal das nossas já frágeis, instituições. Esta situação impede que os nossos parceiros internacionais concedam apoio e assistência. Toda a nossa energia é canalizada para disputas políticas estéreis que levarão claramente para a destruição do pouco que resta da estrutura da administração do Estado”, referiu Djaló.

O Presidente de PUN afirmou que o Governo que está em funções não tem tomado as medidas acertadas por  não ter a capacidade de avaliação do que está em causa e de não possuir no seu seio pessoas capazes de assumir a extensão da pandémia e de oferecer respostas satisfatórias.

O líder do PUN referiu que o mundo inteiro está confrontado, há vários meses, com uma pandemia do novo coronavírus denominado Covid-19, cujos efeitos já tiveram um grave impacto na economia mundial. Os melhores sistemas de saúde do mundo - China, Europa e América têm dificuldade em conter a pandemia.

Acrescenta que a África por sua vez, já foi atingida, e que as fragilidades dos sistemas de saúde de diferentes países africanos expõem as populações á riscos incalculáveis no plano sanitário, económico e social.ANG/AALS/ÂC//SG



Ministério das Finanças


                     Doménico Sanca é o novo Dirctor-geral das Alfândegas

Bissau, 23 Mar 20 (ANG) – O ministro das Finanças nomeou esta semana novos Directores-gerais das Alfândegas, das Contribuiçôes e Impostos, e  do Controlo Financeiro,  e novo Secretário -Geral  e nova Tesoureira -Geral desta instituição.

Ministro das Finanças 
De acordo com o despacho assinado por João Aladje Mamadu Fadia  à que a ANG teve hoje acesso, foram suspensos das sua funções Albino Gomes ex-Director-Geral das Alfândegas, Amarildo Rodrigues Lopes Correia ,ex- Director –geral das Contribuiçôes e Impostos e Faustino Pina Rodrigues, ex-Director –geral do Controlo Financeiro.

Ainda de acordo com o depacho foram igualmente exonerados das suas funções, Heitor Nancasa ,ex-Secretário-geral e Filomena Said,ex- Tesoureira –Geral.

“E em consequencia do disposto foram nomeados interinamente, Domènico Sanca, Vença Mendes e Usna Quadé como novos Directores-Gerais das Alfândegas, Contribuições e Impostos e do Controlo Financeiro respectivamente”, le-se no despacho.

O titular das Finanças ainda nomeou interinamente Agostinho Nancassa como novo Secretario-Geral  e Carlos Gomes ,Tesoureiro-geral daquela instituição.ANG/MSC/ÂC//SG

Covid-19






Bissau,23 Mar 20(ANG) - A Secretária do Estado das Comunidades pediu no último fim de semana aos guineenses no estrangeiro para respeitaram as indicações das autoridades de saúde onde residem.

O apelo tornado público numa mensagem pública devido a pandemia do Coronavírus que afecta a humanidade desde 2019.

Contudo não foram ainda confirmados casos de infecção no país, mas nos países vizinhos, já se verificou os casos dos infectados no Senegal, Gâmbia e Guiné-Conacri.

Dara Yurgan da Fonseca Ramos diz que para enfrentar com sucesso a ameaça que representa a propagação do coronavírus, a única solução disponível é respeitar as indicações das autoridades competentes.

“Aos nossos compatriotas residentes nos estrangeiros somos uma só diante do flagelo do coronavírus, os vossos receios são os nossos receios e as vossas esperanças são as nossas. Esta mensagem de solidariedade que vos dirijo, é também uma exortação de um apelo profundo e sério para que cumpram escrupulosamente todas as indicações dadas pelas autoridade de saúde nos países onde residem”, aconselhou a governante.

 Apelou aos guineenses na diáspora à terem a consciência de que para enfrentar  com sucesso a ameaça que representa a propagação do coronavírus, a únida solução disponível é respeitar as indicações das autoridades competentes.

Por outro lado, diz que o combate terá sucesso se cada um assumir a sua cota parte de responsabilidade pessoal perante a pandemia do Coronavírus.

“A pressão e a consciência aguda de que o Povo guineense no geral, mas em particular os que residem nos países onde a propagação do covid-19 já foi declarada, são expostos aos riscos de contágio por este vírus que não deixaram diferente o Estado da Guiné-Bissau”, explicou.

Dara da Fonseca Ramos disse que com isso, o governo da Guiné-Bissau, decidiu envolver-se exaustivamente no combate a propagação do covid-19 no país, acrescentando que todos os dispositivos apropriados foram accionados e neste momento os guineenses estão conscientes de que este combate só terá sucesso se cada um assumir a sua cota parte de responsabilidade pessoal. 

As autoridades guineenses mandaram suspender actividades susceptíveis de criar aglomerações de pessoas, incluindo concertos e algumas cerimónias religiosas e tradicionais. O funcionamento de bares e discotecas encontram-se também suspensos. As fronteiras foram encerradas, incluindo o espaço aéreo.ANG/Rádio Sol Mansi





sexta-feira, 20 de março de 2020

Coronavírus


Proprietário da Farmácia Moçambique critica falta de produtos essenciais de prevenção contra a pandemia

Bissau,20 Mar 20(ANG) – O proprietário e Director Técnico da Farmácia Moçambique criticou hoje que os três depósitos grossistas oficiais de medicamentos e produtos farmacêuticos estão completamente desarmados em termos de meios de prevenção contra coronavírus.

Em entrevista exclusiva à ANG sobre a resposta que a sua farmácia tem em termos de produtos de prevenção do coronavírus, Amed Akhdar disse que “é inadmissível e incompreensível face a esta contaminação aguda e suas consequência dramáticas, que os referidos grossistas com licenças de exclusividade de importação de produtos farmacêuticos até aqui não fizeram nenhuma providência para trazer os produtos essenciais para salvaguardar a vida das nossas populações em caso de surgimento desta doença muito perigosa”, lamentou.

Amed Akhdar disse que o país está neste momento desprovido de produtos essenciais de prevenção de Covid-19, nomeadamente, máscaras, luvas, álcool em líquido e em gel, batas descartáveis, óculos de protecção entre outros.

Qualificou a situação de desastrosa porque colocam as populações na vulnerabilidade e sem qualquer protecção e meios de precaução face a eventual contaminação da doença.

O proprietário da Farmácia Moçambique afirmou ainda que os três depósitos de medicamentos em questão têm uma enorme responsabilidade de dar resposta as necessidades da população em termos de prevenção de pandemia Covid-19.

“Hoje a totalidade das farmácias privadas funcionam quase à zero por cento em termos de dar respostas as necessidades da população no que se refere aos produtos de prevenção da doença porque não têm por onde abastecer”, informou.

Amed Akhdar sublinhou que algumas farmácias se refugiam em dubriagem para garantir um atendimento às populações, acrescentando que outros procuram abastecer em poucas quantidades nos países vizinhos.

Disse que, hoje em dia a Farmácia Moçambique é a única com stock de produtos de prevenção do coronavirus, embora não suficiente para satisfazer todas as necessidades das populações.

 Há mais de 90 dias que o virus do coronavirus começou a espalhar da República Popular da China ao resto do país e para ser hoje uma pandemia planetária, no caso concreto da Guiné-Bissau nada foi feito em termos de prevenção e proteção das populações”, lamentou AKhdar.

Aquele responsável encorajou ao Governo através do Ministério de Saúde para tomar urgentemente as deligências adequadas em termos de prevenção e tratamento do eventual surgimento da doença no país.ANG/ÂC//SG

Comunicação social


Missão Técnica da RTS apoia TGB para cobertura televisiva do território nacional

Bissau,20 Mar 20(ANG) – Uma missão técnica da Rádio Televisão Senegalesa(RTS), procedeu quinta-feira a entrega de materiais de emissão, produção e o equipamento de estúdios à Televisão da Guiné-Bissau(TGB) de forma a que as suas emissões possam cobrir todo o território nacional.

Vista frontal da sede da TGB
Intervindo no acto o  Secretário de Estado da Comunicação Social, Conco Turé disse acreditar que a missão senegalesa vai atingir os objectivos preconizados.

“Basta mencionar os nomes dos Presidentes Macky Sall e Umaro Sissoco Embalo, é algo suficiente para vermos a importância da missão que foi tratado ao nível dos Chefes de Estados dos dois países”, enalteceu.

Em termos do horizonte temporal para a conclusão dos trabalhos, o governante sublinhou que, não está em condições de explicar, mas garantiu que a missão senegalesa não deixará o país sem concluir o objectivo.

Em declarações à imprensa durante a cerimónia da entrega dos referidos equipamentos, o Director de Difusão da Rádio Televisão Senegalesa(RTS) disse que encontram-se no país graças as instruções do Presidente do Senegal, Macky Sall, no âmbito do pedido feito pelo  homólogo guineense Úmaro Sissoco Embalo.

“Hoje entregamos uma parte dos materiais nomeadamente uma parte para as emissões e a outra para a produção e por último que a TGB atinja os objectivos preconizados que é a cobertura de todo o território nacional”, explicou, Alioune Badara Ndoye.

Aquele responsável informou que estão igualmente na Guiné-Bissau para recolher as necessidades da TGB e dar os apoios necessários para que as suas emissões possam cobrir todo o país.

“Não quero avançar a data de conclusão dos trabalhos porque existem muitas coisas que devem ser implementadas dentro do projecto. O mais importante é executar os trabalhos como deve ser”, disse. ANG/ÂC//SG

Presidenciais 2019/2ª volta





Bissau,20 Mar 20(ANG) - O líder da Bancada Parlamentar da Assembleia do Povo Unido(APU-PDGB), reafirmou em entrevista ao jornal Público, que os deputados desta formação política estão com o Governo de Aristides Gomes a 100 por cento tendo considerado de “ilegal e inconstitucional”, o executivo de Nuno Nabian.

O Governo de Aristides Gomes, demitido pelo autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, continua a ter apoio da maioria parlamentar, apesar de Nuno Nabian e a direcção da APU-PDGB ter dado por findo, no dia 8, e pela segunda vez, o acordo de incidência parlamentar com o PAIGC.

“Eu, Armando Mango, Paulo Bodjam e Umaro Conté não podemos apoiar um governo inconstitucional, nomeado por um presidente inexistente à luz da nossa Constituição”, afirmou ao PÚBLICO o deputado Marciano Indi, acrescentando que estão determinados na defesa da legalidade democrática, defender os princípios que nortearam a criação do seu grande partido, APU-PDGB.

Indi sublinhou que, se o líder de partido se posiciona no lado da ilegalidade e da mutilação das regras democráticas, sobretudo da violação da nossa Constituição, com certeza não podem apoiá-lo, tendo em conta os valores que o partido defende.

Apesar dos riscos assumidos na sua posição, o líder da bancada parlamentar da APU-PDGB reitera que não vão mudar de ideias. “Fomos ameaçados várias vezes e não temos medo de represálias, porque não fizemos nada contra ninguém, simplesmente estamos a cumprir o nosso dever, como deputados da nação”, sublinhou.

Sem explicar de onde vieram as ameaças, Indi só garante que as mesmas não alterarão a vontade dos deputados da APU-PDGB: “Podem vir de onde vierem as ameaças, não vamos dar nenhum passo à rectaguarda”.

A Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau elegeu cinco deputados nas eleições legislativas de 10 de Março de 2019, assinando um acordo de incidência parlamentar com o vencedor das eleições, o PAIGC, que permitiu a este partido formar governo. Com os 47 deputados do PAIGC, os cinco da APU-PDGB, um do União para a Mudança e outro do Partido Nova Democracia, formou-se uma maioria de 54 deputados na Assembleia Nacional Popular de 102 deputados.

Nuno Nabiam assinou o acordo a 12 de Março e rompeu-o no final de Outubro, o que levou o então Presidente José Mário Vaz a demitir Aristides Gomes e a nomear Faustino Imbali como primeiro-ministro. A situação acabaria por ser inviabilizada por exigência internacional, porque Vaz, que acabara o seu mandato em Junho, não só já não tinha poderes para isso, como ainda por cima era candidato à reeleição.

Além do mais, Nabiam, que acabaria por ficar em terceiro lugar nas eleições presidenciais, não passando à segunda volta, tendo apoiado Umaro Sissoco Embaló, não conseguiu convencer os deputados do seu partido a abandonar o acordo parlamentar com o PAIGC. Aliás, os parlamentares nem sequer lhe deram o seu apoio nas presidenciais, preferindo apoiar Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC.

Depois de assumir o poder à margem da Constituição, autoproclamando-se Presidente e demitindo o Governo de Aristides Gomes, com apoio dos militares, Sissoco Embaló nomeou Nabiam como primeiro-ministro de um Governo que faz o que ele manda, como o próprio fez questão de sublinhar no cancelamento da missão de especialistas internacionais da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO): “Não foi a CEDEAO que cancelou, eu é que ordenei ao primeiro-ministro para cancelar”.

Na sua conversa escrita com o PÚBLICO, Marciano Indi reconhece que a Guiné-Bissau está “numa situação complicada” porque “o Governo legal foi posto em causa” e “os militares protegem o novo governo ilegal”, daí que deixe o apelo: “A única entidade capaz de resolver esta situação é a comunidade internacional”. ANG/www.Público.pt


Covid-19


                     África registou 39 novos casos em sete países
Bissau, 20 mar 20 (ANG)- África registou quinta-feira uma morte e 39 novos casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus, elevando para mais de 680 os doentes em 33 estados africanos, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia.
De acordo com o ‘site’ Worldometers, que compila quase em tempo real a informação da Organização Mundial de Saúde (OMS), de fontes oficiais dos países e de órgão de informação, desde as 00:00 de quinta-feira foram registados 39 casos e uma morte em sete países africanos.
A Argélia, onde ocorreu uma morte, registou sete novos casos, com o país a somar agora 82 doentes infectados e oito mortes.
A Tunísia registou 10 novos casos e conta agora 39.
Fora ainda registadas novas infecções na República Democrática do Congo (07), Burkina Faso (06), Marrocos (04), Tanzânia (03) e Ghana (02).
Globalmente este ‘site’ de estatísticas contabiliza 687 casos acumulados de infecções com o novo coronavírus e 18 mortes em 33 países do continente africano.
Registaram-se até ao momento, seis mortes em 210 casos no Egipto, o país mais afectado no continente.
Foram também participadas oito mortes em 82 casos na Argélia, duas mortes entre os 58 casos de Marrocos, uma morte em 33 casos no Burkina Faso e uma morte nos dois casos detectados no Sudão.
Por seu lado, a OMS contabiliza 633 casos acumulados de doentes com o novo coronavírus e 17 mortes nos mesmos 33 países, uma discrepância que pode ser explicada pelo intervalo de tempo entre a monitorização permanente feita pelo ‘site’ ao anúncio de novos casos e a comunicação oficial por parte dos países à OMS.
Outros países afectados são a África do Sul (116) Tunísia (39), República Democrática do Congo (14), Camarões (13), Ruanda (11), Costa do Marfim (09), Gana (09), Nigéria (08), Quénia (07), Etiópia (06), Seicheles (06), Guiné Equatorial (04), Maurícias (03), Gabão (03), Benim (02), Mauritânia (02), Libéria (02), Zâmbia (02), República Centro Africana (01), República do Congo (01),Djibuti (01),Gâmbia (01), Guiné Conacri (01), Somália (01), Esuatini (01) e Togo (01).
Entre os 33 países afectados conta-se também o Senegal, com 36 casos registados e cujo Presidente da República, Macky Sall, decidiu hoje criar um gabinete de crise e um fundo de resposta e solidariedade para responder aos efeitos da pandemia de Covid-19.
Para a concretização deste objectivo, o chefe de Estado senegalês pediu a cada um dos seus ministros uma contribuição pessoal equivalente a 1.500 euros.
Apelou ainda ao ministro do Comércio para que assegure o abastecimento do país de produtos de primeira necessidade, uma medida para dissuadir eventuais aumentos repentinos de preços.
O Governo tinha já anunciado uma série de medidas de prevenção da pandemia como a suspensão de todas as ligações aéreas com a França e outros seis países da Europa e do norte de África, proibição de manifestações públicas, fecho de escolas e cancelamento dos festejos do Dia da Independência.
Os países africanos lusófonos - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe - mantêm-se sem casos confirmados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infectadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.ANG/Angop



Prevenão contra covid-19






Bissau,20 Mar 20(ANG) – O ministro da Presidencia do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo declarou quinta-feira que as  autoridades guineenses estão  atentas aos "gulosos" que aumentam os preços dos bens essenciais.

A reação do Governo surge  depois que, na quarta-feira, vários produtos de necessidade básica e alimentares terem passado a ser vendidos mais caros no país, com o anuncio pelo Governo do  fecho dos mercados no quadro da prevenção contra coronavírus.

"A especulação é um atentado daquilo que nós chamamos os gulosos. O guloso mesmo que tenha milhões é sempre guloso e quer mais", afirmou Mamadu Serifo Jaquité, ministro da Presidência do Conselho de Ministros do Governo de Nuno Nabian, nomeado primeiro-ministro pelo autoproclamado Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

As autoridades guineenses anunciaram na quarta-feira um conjunto de medidas de prevenção contra o novo coronavírus, Covid-19, incluindo o encerramento de fronteiras e de escolas e de espaços comerciais não essenciais, bem como de outros locais onde possa haver aglomeração de pessoas, como restaurantes, bares e discotecas.

Apenas podem ficar abertos supermercados e estabelecimentos que vendam produtos de necessidade básica e alimentares e farmácias.

Na sequência da decisão do Governo, os preços de produtos como o arroz, base alimentar dos guineenses, óleo, açúcar e sabão aumentaram nos mercados, que também foram encerrados a nível nacional.

"O Estado, na sua qualidade de regulador, estará presente para regular a execução do preço dos produtos no mercado. Existem normas. Estaremos atentos à verificação daquele teto estabelecido sobre os produtos e se for detetado alguém a infringir as regras, existem normas sancionatórias para cada caso", salientou Mamadu Serifo Jaquité.

Nas declarações aos jornalistas, Mamadu Serifo Jaquité lembrou aos guineenses que a Guiné-Bissau tem muitas debilidades e que foi preciso impor aquelas medidas.

"A Guiné-Bissau conhece perfeitamente bem quais são as suas dificuldades sanitárias e não podemos esperar pelos casos para começar a prevenção. O Governo ouviu o alerta da Organização Mundial de Saúde e pela sua importância e responsabilidade foi preciso, no quadro da Constituição, tomar medidas", salientou.

As autoridades guineenses têm tentado sensibilizar a população para a importância da prevenção, nomeadamente da lavagem das mãos, do Covid-19.

Na Guiné-Bissau ainda não foi registado qualquer caso, mas nos países vizinhos, no Senegal e na Guiné-Conacri, há casos de Covid-19, bem como nos países onde residem as maiores comunidades emigrantes de guineense, nomeadamente Portugal, Inglaterra, França, Espanha e Itália.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Lusa 


Covid-19


     OMS diz que 200 remédios estão em análise para tratar novo coronavírus
Bissau, 20 mar 20 (ANG) -Organização Mundial da Saúde, OMS, informa que centenas de remédios que já são usados para tratar outras doenças virais estão sendo testados contra o covid-19, enquanto o mundo busca medidas para conter o novo coronavírus.
Segundo a diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos, Vacinas e Produtos Farmacêuticos, Mariângela Simão, esses tratamentos estão sendo usados para terapias do HIV, da malária e do ébola. 
Ela falou à ONU News, um dia antes de a OMS anunciar que a primeira vacina contra o covid-19   entrou em fase de testes. 
“Tem vários medicamentos antivirais sendo estudados. Existem aproximadamente 200 ensaios clínicos em andamento nesse período de tempo. Alguns dos medicamentos de combate ao sida, ou HIV, eles vêm sendo utilizados nesses ensaios clínicos. Por exemplo o ritonavir, o darunavir, mas ainda não tem resultados se eles vão funcionar ou não. Existe também um outro medicamento novo que foi desenvolvido inicialmente para tratar pessoas com ébola e que acabou tendo outras opções de tratamento mais efetivas, e que também está com vários ensaios clínicos para avaliar sua eficácia, ”disse. 
Falando à  ONU News, de Genebra, a também secretária-geral assistente das Nações Unidas  destaca que levará tempo até se declarar definitivamente se estas
alternativas seriam eficientes para combater o novo coronavírus.  
“O que se fala agora é que várias drogas antigas estão sendo pesquisadas para um novo propósito. Também tem drogas para a malária, drogas bastante antigas, que também estão sendo estudadas nesse momento. Há que aguardar os resultados desses estudos clínicos. Mas até ao momento atual não tem nenhum estudo que mostre que este ou aquele medicamento são eficazes no combate à pandemia. Isso é importante dizer porque é importante que as medidas que a OMS tem propagado que muitos países já tomaram com relação às questões individuais de lavar as mãos, e quando possível usar o álcool, o contato com pessoas doentes,”acrescentou. 
A agência da ONU informou que o ibuprofeno, usado em resfriado comuns, não deve ser empregado contra o coronavírus. 
Na quarta-feira, a OMS anunciou uma iniciativa para acompanhar pequenos ensaios com diferentes metodologias sobre tratamentos que podem ajudar a salvar vidas. 
A agência revelou que atua com parceiros para examinar e comparar diversos tratamentos ainda não testados. A meta é tornar essas soluções robustas e identificar quais seriam as mais eficazes. 
Para a OMS, a simplicidade do chamando ensaio solidariedade deve permitir que participem no processo hospitais de países como Argentina, Bahrein, Canadá, França, Irã, Noruega, África do Sul, Espanha, Suíça e Tailândia. ANG/ONU News

Política


PAIGC diz estranhar visita num domingo de Umaro Sissoco e Nuno Nabiam à sede da CNE

Bissau, 20 mar 20 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) disse estranhar a recente “visita-invasão” do auto-promaclado Presidente da República Umaro Sissoco Embaló e do seu “ilegal” Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabian à sede da Comissão Nacional de Eleições (CNE) acompanhado de um aparatoso cordão de segurança no passado 15 de março corrente.

A informação consta numa nota à imprensa à que a ANG teve acesso hoje,na qual o PAIGC disse ainda que a referida visita causou  perplexidade e estranheza, “quando precisamente existe um contencioso junto do Supremo Tribunal de Justiça que pôs em causa a própria CNE”.

O PAIGC no mesmo comunicado, questionou as razões que levaram o Sissoko Embaló e o seu “ilegal” Chefe de Executivo imposto pela força das armas a efetuar uma visita à CNE e precisamente no domingo.

Segundo a mesma nota, para o PAIGC essa invasão efetuada por Sissoco Embaló que chama de “candidato arvorado em auto-proclamado Presidente da República” à sede da CNE e num domingo sem a presença de uma grande maioria dos seus funcionários indica várias interpretações e suspeições neste caso concreto.

“O STJ terá que aclarar, porque ela põe em causa, de modo flagrante e a juntar à tantas outras discrepâncias obscuras, a transparência do ato eleitoral e consequentemente a própria verdade eleitoral”, refere o comunicado.

O PAIGC considera  que se registou um novo episódio importante que se junta ao “emaranhado” de outros registos “pouco abonatórios” e que atentam contra a legalidade constitucional do país, num claro ato que se pode catalogar com uma tentativa de branqueamento das provas materiais que estão às pistas que podem levar a verdade eleitoral.ANG/DMG/ÂC//SG