terça-feira, 7 de abril de 2020



Bissau,07 Abr 20(ANG) - A prevenção do Coronavírus cujos casos aumentaram drasticamente no país, motivou o cancelamento da XIª Edição do Festival de Bubaque marcada para o dia 10, 11 e 12 do corrente mês de Abril.

Em conferência de imprensa, realizada segunda-feira, o músico guineense, José Manuel Fortes, Secretario Executivo do referido festival, afirma que no dia 11 do mês corrente, os guineenses em isolamento social serão animados pelos músicos convidados para o festival de Bubaque, a partir do seu estúdio de gravação musical através de retransmissão, em directo, pelas redes sociais.

“Todos os anos é organizado o festival em Bubaque nesta época e junta milhares de pessoas. Entretanto, para este ano, a Comissão organizadora do Festival de Bubaque disse que a animação dos músicos será em directo nas redes sociais e os trabalhos serão acompanhados com a oferta de alguns materiais higiénicos contra a COVID-19”, informou.

José Manuel Fortes sublinhou que vão fazer com que  aqueles que estão em casa sintam o festival de Bubaque presente em suas casas.

O Presidente da Comissão Organizadora, Nicolau Gomes da Cruz Almeida, explica que os materiais higiénicos serão ofertados na ilha de Bubaque, sul do país.

“Estamos a coordenar com a Directora do Hospital de Bubaque que vai mandar uma videta porque os transportes não estão a funcionar .Portanto, o festival  ficou adiado para o próximo ano mas os  músicos que estariam no festival vão actuar nos estúdios do Zé Manel no dia 11 do corrente e essa actuação será acompanhada, em directo, através das redes sociais”, disse Nicolau Almeida.

O festival de Bubaque tem sido um polo de atração turística no período de festividades anual da Páscoa, envolvendo várias actividades culturais, desportuvas e académicas e personalidades nacionais e internacionais ligadas à vários domínios do saber. ANG/Rádio Sol Mansi




Secretário de Estado da Ordem Pública 

Bissau,07 Abr.20(ANG) - O Secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé, disse que a colocação de polícias nas ruas visa "fazer cumprir o estado de emergência em vigor" no país e pediu desculpas pela atuação de alguns agentes.

"Quem trabalha erra e, por isso, pedimos desculpas", disse Mário Fambé durante uma conferência de imprensa realizada  segunda-feira, em Bissau.

O secretário de Estado garantiu que os agentes que se envolveram em atos de violência foram identificados e serão responsabilizados, assegurando ainda que já se reuniu com todas as brigadas das forças de ordem pública para as sensibilizar sobre a forma de atuar.

Entretanto, Fambé exortou a população a ficar em casa depois da hora indicada no decreto governamental que regulamenta o estado de emergência nacional.

As autoridades  acusam os populares de não estarem a respeitar o estado de emergência em vigor, que obriga as pessoas a ficarem em casa e a manter o distanciamento social. No domingo, a polícia usou da força para reprimir quem andava nas ruas.

"Eu vi com os meus olhos polícias a impedir qualquer um de circular pelas ruas com brutalidade. Estava a sair do hospital Simão Mendes para a minha casa, quando disseram que não podia sair do hospital. Disse-lhe que fui fazer o que as autoridades não fazem, que é levar a comida às pessoas internadas, cujas famílias não têm como chegar ao hospital devido às restrições de circulação e de liberdades", disse o futebolista guineense Saná Camará.

Para conter a propagação do novo coronavírus, as autoridades guineenses determinaram várias medidas, ao abrigo do estado de emergência, nomeadamente o confinamento social e a limitação de circulação de pessoas e viaturas entre as 07:00h e as 11:00h locais.

Durante o fim de semana, várias pessoas relataram nas redes sociais terem sido agredidas pela polícia, que as obrigava até a entrarem para as suas casas, quando se encontravam na varanda.

O líder do Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD), Umaro Djau, criticou a falta de informação e sensibilização por parte das autoridades competentes, que não estão a dar o rosto no combate à doença.

"O povo guineense precisa de ver as suas autoridades (executivas, sanitárias e políticas) todos os dias, comunicando-lhe claramente sobre o seu empenho, a sua visão e estratégia no combate e prevenção contra o coronavírus. E, tal como nos EUA, o rosto desta crise tem que ser uma figura de autoridade! Tem que ser um conjunto de pessoas que possa informar coerentemente o povo, demonstrar-lhe que todos os esforços estão a ser feitos e, finalmente, assegurar-lhe que 'tudo vai dar certo' mesmo face às incertezas. Pelo menos, este seria um serviço mínimo ao país", afirmou o jornalista a viver nos Estados Unidos de América.

Para o ativista Sumaila Jaló, as autoridades deveriam repensar o estado de emergência, tendo em conta a realidade de agrupamento familiar na Guiné-Bissau.

"Poucas famílias têm hábito de cada um comer num prato pessoal. Não é porque não querem, mas porque as refeições não dão para cada um se servir à parte", lembra.

"90% das habitações têm casas de banho partilhadas por moradores de uma casa ou até de uma comunidade. Ter acesso à água potável [canalizada] é dos maiores privilégios que as famílias podem ter, sendo que, em algumas ruas ou comunidades, o próprio poço de água é partilhado. Nem todos os bairros da própria capital Bissau têm mercados locais, e poucas famílias sabem como funciona um frigorífico, onde podiam conservar alimentos para muitos dias".ANG/DW


segunda-feira, 6 de abril de 2020


Covid-19/ “Estado de Emergência não é carta branca para pratica de violência contra cidadãos””, diz a  LGDH

Bissau, 06 Abr 20 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH),fez saber no Domingo  que tem recebido denúncias de pratica de actos ilícitos e agressões físicas brutais contra os cidadãos no âmbito da execução das medidas de preventivas contra Coronavírus.

De acordo com um comunicado à que a ANG teve acesso, a LGDH informa que no quadro da sua missão de promoção dos direitos humanos, as estruturas regionais da organização tem recebido denúncias de práticas de atos ilícitos perpetrados pelas autoridades policiais, em várias regiões da Guiné-Bissau no âmbito de execução das medidas de prevenção contra Coronavírus.

“Segundo as informações recolhidas pelos nossos ativistas, alguns agentes de policia estão a apreender motorizadas e bicicletas dos cidadãos que utilizam estes meios para a locomoção para facilitar as suas deslocações entre aldeias e cidades “,frisa a nota sem mencionar os locais.

O comunicado refere que, de acordo com a mesmas fontes, as autoridades policiais estão a cobrar 23.000 mil francos CFA por cada motorizada apreendida e 2.500 por bicicletas, agravando ainda mais a dificil situação social e económica por que passam a população guineense neste momento.

Para além das práticas ilícitas mencionadas, segundo a Liga, as forças de segurança estão a exercer violência física contra os cidadãos  que supostamente desrespeitassem as regras de confinamento e distanciamento social, decretadas pelas autoridades nacionais.

“Em Bissau por exemplo, multiplicam-se casos de agressões brutais de cidadãos perpetradas pelas forças de segurança e repudiamos com veemência estes comportamentos ilegais e abusivas, por traduzirem uma afronta a dignidade da pessoa humana”,lê-se no comunicado.

Na missiva a organização que defende os direitos humanos, alerta que é preciso que as forças de segurança compreendam, uma vez por todas, que o “Estado de Emergência não é uma Carta Branca para Intimidações e Violações dos Direitos Humanos , salientando que é urgente que a corporação policial adopte a abordagem pedagógica e de sensibilização dos cidadãos sobre o perigo do covid-19 , do que enveredar-se à prática de violência.

Aos guineenses, segundo o comunicado, a LGDH apela ao cumprimento rigoroso das medidas restritivas adoptadas pelas autoridades nacionais no quadro de prevenção desta perigosa doença.ANG/MSC/ÂC//SG


Bissau,06 Abr. 20(ANG) - O Porta-voz da Comissão interministerial de combate a Coronavirus, Tumane Baldé, afirmou no domingo, que o número das pessoas infectadas mantem-se em 18  mas que o numero de suspeitas com Covid-19  subiu para sessenta(60) .
Em conferência de imprensa, no quadro da informação epidemiológica diária sobre a evolução do COVID-19 na Guiné Bissau, Tumane Baldé revelou que a equipa de resposta rápida do Setor Autónimo de Bissau(SAB) rastreou quatrocentas e sessenta (460) pessoas que provavelmente teriam tido contacto com os casos confirmados.

Deste número,  há suspeitas de 60 pessoas com sintomatologia do Coronavirus, das quais foram feitas dez recolhas de amostras enviadas para o laboratório nacional onde já tiveram resultados de sete amostras  negativas e três inconclusivas.

Revelou que o tratamento que está a ser submetido aos pacientes com doença do Coronavirus não é específico, cada um está a ter tratamento em função de sintomas que apresenta e garantiu que ainda não há pacientes com “graves problemas”.

Relativamente à informação que dava conta de uma análise feita a um grupo de pessoas que teria  tido algum contato com um dos infetados, Tumane Baldé esclareceu que o Laboratório Nacional de Saúde Pública(LNSP) é a única entidade habilitada a confirmar ou não o diagnóstico do COVID-19 na Guiné Bissau, apesar do envolvimento das estruturas laboratoriais privadas no que toca às  análises rápidas.

“Os testes rápidos para o diagnóstico do COVID-19, não são reconhecidos pela Organização Mundial de Saúde(OMS) e o Laboratório Nacional de Saúde Pública é o único que pode confirmar o diagnóstico do Coronavirus”, realçou.

O governo da Guiné-Bissau regulamentou a aplicação do estado de emergência limitando aos cidadãos de alguns direitos e liberdades no quadro da luta contra a transmissão e propagação da pandemia da doença Coronavírus (covid-19).

O documento foi aprovado no dia 28 de março último e promulgado no dia 01 de abril de 2020 pelo chefe de Estado, Úmaro Sissoco Embaló.ANG/O Democrata



     Covid-19/Senegal prolonga estado de emergência por mais 30 dias

Bissau,06 Abr.20(ANG) - - O presidente do Senegal, Macky Sall, prolongou por mais 30 dias o estado de emergência instaurado em todo o território devido à pandemia da Covid-19, anunciaram os meios de comunicação senegaleses.
O estado de emergência anunciado pela primeira vez a 23 de Março inclui o recolher obrigatório entre as 20h00 e as 6h00 locais (mesma hora em Bissau).
O apresentador do telejornal da televisão pública senegalesa leu no sábado à noite o decreto do prolongamento, datado de 03 de Abril.
O estado de emergência permite às autoridades regular ou proibir as deslocações de bens e de pessoas bem como os ajuntamentos,  fechar provisoriamente locais públicos e de reunião, proibir a circulação de aviões e de embarcações,  regular os pontos de entrada e de saída do território, ou ainda confinar pessoas em casa.
As autoridades impuseram efectivamente em grande parte tais medidas, em determinados casos antes da instauração do estado de emergência.
As autoridades proibiram  reuniões,  orações colectivas e a circulação entre cidades e suspenderam quase todo o tráfego aéreo.
O Senegal evitou até agora o confinamento porque representaria um desafio considerável num país pobre em que boa parte da população vive de o dia a dia.
Desde 02 de Março, as autoridades senegalesas declararam oficialmente 219 casos de contágio da Covid-19 e dois mortos.ANG/Angop




Bissau,06 Abr.20(ANG) - Uma falsa mensagem sobre os riscos de contágio pelo novo coronavirus levou no Domingo os guineenses a ficarem em casa, numa altura em que as autoridades endureceram medidas de repressão para obrigar as pessoas a respeitarem o confinamento social
 
Logo nas primeiras horas de domingo circularam menagens, pelas redes sociais, em como um recém-nascido, filho de um conhecido jornalista, teria avisado que quem saísse à rua, antes das 10:00 horas, seria contaminado pela covid-19.

A falsa notícia foi tema de todas as conversas durante as primeiras horas de domingo, com amigos, familiares e conhecidos em frenéticas chamadas telefónicas, com avisos para as pessoas não saírem de casa.

Os jornalistas eram as principais fontes de informação, para confirmar se na verdade existiu a recomendação da criança recém-nascida e de que forma poderia ocorrer um hipotético contágio em caso de alguém sair de casa antes das 10:00.

A porta-voz Aissatu Djaló do Comité Operacional de Emergência em Saúde (COES), estrutura criada pelas autoridades para lidar com o novo coronavírus na Guiné-Bissau, lamentou o sucedido, afirmando que os guineenses acreditam mais em notícias falsas do que na ciência.

“Infelizmente, desde a madrugada de hoje Domingo está a circular de boca a boca a falsa notícia de que nasceu uma criança mensageira no Hospital Nacional Simão Mendes, trazendo a seguinte notícia: Fiquem em casa e não abram a porta da casa até às 10:00″, e que depois de ter anunciado a tal nova, morreu”, escreveu na sua página de Facebook, Aissatu Djaló.

A porta-voz do COES observou ainda que os guineenses “acreditam mais nas notícias falsas, com base em explicações sobrenaturais do que na ciência”.

“O que é verdade é que existe coronavírus no país e as pessoas devem respeitar as recomendações” da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde Pública, sublinhou a responsável.

Em cumprimento da medida de confinamento social, a polícia e a Guarda Nacional estão nas ruas de Bissau e nas cidades do interior, recorrendo às vezes à força para obrigar as pessoas a ficarem casa.

Até ao momento, a Guiné-Bissau tem registados 18 casos de infeção pelo novo coronavírus e 37 pessoas estão em análise por suspeitas de estarem também infectadas.ANG/Lusa



                   Covid-19/África ultrapassa 8.500 casos e 360 mortes

Bissau,06 Abr.20(ANG) -  O número de mortes provocadas pela Covid-19 em África subiu para 360 nas últimas horas num universo de mais de 8.500 casos registados em 50 países, de acordo com a mais recente actualização dos dados da pandemia naquele continente.
Segundo o boletim do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (CDC Africa), nas últimas 24 horas o número de mortes registadas subiu de 313 para 360 com as infecções confirmadas a passarem de 7.741 para 8.536.
O CDC África registou também 710 doentes recuperados após a infecção, mais 70 do que os registados no sábado.
O norte de África mantém-se como a região mais afectada pela doença com 3.837 casos, 255 mortes e 391 doentes recuperados.
Na África Austral, são 1.682 os casos registados da doença, que já provocou 14 mortes, tendo 51 doentes recuperado da infecção.
Na África Ocidental, há registo de 1.541 infecções, 45 mortes e 217 doentes recuperados.
A África do Sul é o país com mais casos confirmados da doença (1.585), registando nove mortes e 45 doentes recuperados.
Argélia (1.171 casos e 105 mortes), Egipto (1.170 casos e 71 mortes) e Marrocos (919 casos e 59 mortes) são outros países com números expressivos.
Em pelo menos uma dezena de países, o número de casos confirmados é na ordem das centenas.
Globalmente, 50 dos 55 países e territórios membros da União Africana apresentam agora casos comprovados da doença.
Até ao momento, não foram anunciados quaisquer casos em São Tomé e Príncipe, Sudão do Sul, Comores, República Sarauí e Lesoto.
São Tomé e Príncipe mantém-se assim como o único país lusófono em África sem qualquer caso confirmado.
A Guiné-Bissau é agora o país africano lusófono com mais casos registados, depois de, no sábado, ter confirmado 18 pessoas com infecções pelo novo coronavírus.
Na Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, estão confirmados 16 casos positivos de infecção pelo novo coronavírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infectou cerca de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 63 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 220 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Angop



 Covid-19/Moradores destroem centro contra coronavirus na Costa de Marfim

Bissau,06 Abr.20(ANG) - Os moradores de um bairro de Abidjan destruíram violentamente, no domingo (5), um centro em construção para a luta contra a pandemia do novo coronavírus, indicaram a polícia e o ministério da Saúde.
Em vídeos que circulam pelas redes sociais, dezenas de pessoas aparecem a desmontar uma barraca em obras. Alguns gritavam, "Não queremos!"
Os factos ocorreram numa grande praça de Yopougon, em Abidjan, capital económica do país, com uma população de cinco milhões de habitantes.
"A população manifestou-se contra a instalação de um centro de combate ao coronavírus porque avalia que está perto demais de uma área residencial", explicou à AFP um comando policial que pediu o anonimato.
O edifício, ainda em construção, não foi concebido como um centro de tratamento dos doentes, mas um "centro de testes", afirmou um funcionário do ministério da Saúde, que também preferiu o anonimato.
Esta é a primeira vez que se manifestam incidentes relacionados à pandemia de Covid-19 na Côte d’Ivoire, país da África ocidental pouco afectado, segundo o balanço oficial (no domingo havia 261 casos e três mortes).
No entanto, as autoridades ivoirienses temem por uma expansão da epidemia e estão a aumentar a capacidade de prevenção.
Foram tomadas medidas estritas para combater a pandemia: quarentena em Abidjan, isolada do resto do país, recolher obrigatório nocturno em todo o território, encerramento de todas as lojas não essenciais, colégios e locais de culto, proibição de aglomerações. Por enquanto, não há confinamento.
O Governo anunciou na terça-feira um plano de apoio global, equivalente a 2,8 mil milhões de dólares para fazer face às consequências económicas e sociais da pandemia. Prevê que o crescimento económico reduzirá pela metade, a 3,6% em 2020.ANG/Angop


sexta-feira, 3 de abril de 2020


Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG


Justiça/Procuradoria-Geral da República nega ter lista com nomes de cidadãos impedidos de sair do país

Bissau 03 Abr 20 (ANG) – O Ministério Público (MP) negou  quinta-feira a existência de uma lista com nomes de cidadãos nacionais ou estrangeiros pré-concebida  com intuito de impedir os visados de se ausentar do país.

De acordo com o comunicado daquela instituição judicial enviado à ANG, o MP reage  assim as acusações contra esta instituição segunda as quais existe uma deliberação de impedir certas figuras guineenses de sair ou entra no país.

O MP diz que tudo não passa de especulações e que a  aplicação, pelo Ministério Público, de medidas de coacção “ocorre apenas no âmbito do exercício da ação penal e observado os requisitos estipulados na lei processual penal”.

A nota do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas  do MP reafirma a determinação da instituição no cumprimento das suas atribuições no estrito respeito aos parâmetros constitucionais e legalmente estabelecidos .

Ruht Monteiro, ministra da Justiça do governo deposto de Aristides Gomes, foi impedida duas vezes de sair do país pelas autoridades nacionais. Esta semana numa entrevista à Rádio Capital FM acusou o Ministério Público de ter uma lista contendo nomes de cidadãos impedidos de sair e entrar no território guineense .ANG/MSC/ÂC//SG



  Bissau,03 Abr 20(ANG) - A porta-voz da autoridade sanitária  que luta contra a pandemia do novo coronavírus, Aissatu Djaló, lamentou a persistência dos cidadãos em desrespeitar as regras de distanciamento social para evitar um possível contágio.

Mesmo com o estado de emergência em vigor e que, entre outras medidas, determina a proibição de aglomerações com mais de cinco pessoas, devendo sempre ser observada a distância de segurança de dois metros, os guineenses continuam a ter as mesmas rotinas.

Em conferência de imprensa de balanço da evolução da doença, que já afetou nove pessoas na Guiné-Bissau, Aissatu Djaló afirmou que os apelos diários das autoridades sanitárias parecem não estar a ter ressonância na população.

“Em relação à questão do distanciamento, infelizmente, no país, as pessoas não estão a cumprir”, disse Aissatu Djaló, porta-voz do Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES).

De acordo com a médica, as orientações das autoridades são importantes, mas sem a colaboração da população “vai ser difícil” controlar a doença na Guiné-Bissau, onde, por exemplo, esta manhã era visível um assinalável movimento de pessoas na principal avenida de Bissau.

Aissatu Djaló assinalou que “infelizmente” os guineenses continuam a juntar-se nos mercados das 07:00 às 11:00, período determinado pelas autoridades para venda e compra de produtos alimentares, “sem respeitar as medidas de distanciamento ou uso de máscaras naqueles locais”.

A Guarda Nacional tem tentado limitar a circulação de viaturas, com operações stop nas principais artérias de Bissau, mas a população, que anda a pé continua a encher as ruas, as avenidas e os bairros, mantendo a sua rotina diária.

Sobre os nove casos de infeção confirmados, Aissatu Djaló observou que continuam a apresentar “um quadro leve, alguns assintomáticos” e que aquelas pessoas ainda estão nas suas residências, devendo ser transferidas na sexta-feira para o centro de isolamento e tratamento no hospital Simão Mendes, em Bissau.

Para já, uma equipa dos Médicos Sem Fronteiras montou três tendas de campanha logo à entrada do Simão Mendes onde é feita a triagem de pessoas que apresentam “alguns sinais que possam indiciar a covid-19”.




A porta-voz do COES indicou que até às últimas 24 horas, foram registados nove casos de infeção pela covid-19 (dois cidadãos estrangeiros e sete guineenses), 17 amostras de suspeitos estão em análise no Laboratório Nacional da Saúde Pública, em Bissau, e ainda existem 37 casos suspeitos em estudo.

Enquanto a maioria da população se mostra renitente perante as recomendações no sentido de evitar um possível contágio, alguns guineenses tentam respeitar as orientações, colocando diante das residências e locais de trabalho recipientes com água e sabão, lixívia ou álcool gel para a lavagem das mãos.

Nos últimos dias, têm surgido várias iniciativas de empresas, políticos e comerciantes que oferecem desinfetantes e recipientes para as instituições sanitárias e de apoio social.

O número de infeções pelo novo coronavírus em África ultrapassou hoje a marca dos seis mil casos (6.313), registando-se 221 mortes em 49 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente africano.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 944 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 48 mil.ANG/Lusa



Guiné-Conacri/ Partido no poder vence 2/3 de assentos parlamentares

Bissau,03 Abr 20(ANG)  - A Coligação do Povo da Guiné (RPG Arco-iris, no poder) obteve 79 assentos dos 114 da Assembleia Nacional (Parlamento), segundo os resultados provisórios das eleições legislativas de 22 de Março último divulgados quarta-feira pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI).
Este partido obteve 42 assentos dos 76 da lista nacional e 37 assentos dos 38 do escrutínio uninominal.
Na ausência de dois importantes partidos da oposição, nomeadamente a União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG) e a União das Forças Republicanas (UFR), que levaram várias outras formações políticas a boicotar e querer impedir as eleições, o líder da União Democrática da Guiné (UDG), o riquíssimo empresário Mamadou Sylla, com quatro assentos de deputados, torna-se assim no novo chefe da oposição.
O antigo partido único no poder, o Partido Democrático da Guiné (PDG-RDA), que conduziu o país à Independência, em 1958, volta ao Parlamento com um assento de deputado.
Os partidos dos antigos opositores, designadamente Novas Forças Democráticas (NFD) do ministro Mouctar Diallo e União das Forças da Mudança (UFC) do ministro Aboubacar Sylla obtiveram respectivamente três e dois assentos de deputados.
A CENI deve transmitir os resultados provisórios ao Tribunal Constitucional que vai estatuir antes de proclamar os resultados definitivos.
Os vários adiamentos das eleições legislativas forçaram o poder a combiná-las com o referendo constitucional que obteve 91 porcento de Sim.
A determinação do poder de organizar os dois escrutínios causou inúmeros problemas, nomeadamente manifestações de rua para denunciar a organização do referendo, fazendo vários mortos entre os simpatizantes da Frente Nacional para a Defesa da Constituição (FNDC) e partidos de oposição.
O mandato dos deputados expirou em Janeiro de 2019, mas o Presidente Alpha Condé foi autorizado pelo Tribunal Constitucional a prorrogá-lo.ANG/Angop



 
  Covid-19/OMS reconhece “enorme lacuna” de ventiladores em África

Bissau,03 Abr. 20(ANG)  - A directora regional para África da Organização Mundial de Saúde (OMS), Matshidiso Moeti, disse quinta-feira desconhecer o número exacto de ventiladores existentes nos países africanos, adiantando que a única certeza é que há uma “enorme lacuna”.
 “Estamos a tentar recolher essa informação com os colegas que estão nos países. O que sabemos, sem dúvida, é que existe uma enorme lacuna no número de ventiladores em cada país”, disse.
Matshidiso Moeti, que falava aos jornalistas por videoconferência a partir de Brazzaville, na República do Congo, lembrou que a necessidade destes dispositivos médicos ocorre num contexto global de escassez e que o fecho de fronteiras e a suspensão de voos “dificultará em muito o transporte de ventiladores” para os países no caso de se conseguirem arranjar.
Também presente na conferência, o director para África do departamento de Emergências Regionais da OMS, Zabulon Yoti, estimou que apenas uma pequena percentagem de pessoas infetadas necessitará de ventiladores e que cerca de 15% deverão precisar de cuidados intensivos.
Ainda assim, o número de ventiladores em África é reconhecidamente insuficiente, com países como a República Centro-Africana a declararem ter apenas três para todo o seu território.
Matshidiso Moeti indicou ainda que a disponibilidades de testes para detectar o novo coronavírus representa um “verdadeiro desafio”, apesar de doações que têm estado a chegar da China.
“Estamos a trabalhar com os parceiros e com a sede para ir buscá-los onde quer que seja”, afirmou.
Os responsáveis da OMS apelaram, por isso, para a solidariedade entre países e continentes, numa altura em que mesmo os Estados mais ricos se deparam com falta de equipamentos médicos e de protecção, como máscaras ou ventiladores.
Com cada vez mais países a impor medidas de isolamento social, quarentena ou recolher obrigatório, a responsável da OMS mostrou-se preocupada com os milhões de pessoas que precisam de sair diariamente de casa para conseguir dinheiro para comer.
“É um grande desafio”, disse Matshidiso Moeti, sublinhando que a aplicação em África de medidas adoptadas na Europa e nos Estados Unidos da América, por exemplo, deve ser “cuidadosamente ponderada” para não impor “sofrimento desnecessário às populações”.
“Os países estão a fazer o que podem para conseguir o distanciamento social, sobretudo em sítios onde a pandemia ainda está no início, mas o distanciamento físico nos agregados (africanos) não é fácil”, salientou.
Numa altura em que o continente regista mais de 6 mil infecções de covid-19 e contabiliza 221 mortes, os especialistas em saúde procuram perceber se a juventude da população africana – 70% tem menos de 30 anos – representa uma vantagem na prevenção da doença ou se os problemas generalizados de subnutrição, HIV, tuberculose e malária afetarão a capacidade dos doentes lutarem contra a infeção.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 940 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 47 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 180 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.ANG/Angop



       Covid-19/EUA registam pior recorde mundial diário de mortes

Bissau,03 Abr 20(ANG) - - Os Estados Unidos registaram na quinta-feira 1.169 mortes em 24 horas causadas pela covid-19, o pior recorde mundial diário, de acordo com a contagem da Universidade Johns Hopkins.

O último recorde de mortes em 24 horas datava de 27 de Março, quando foram registados 969 óbitos em Itália.

O número total de mortes desde o início da pandemia nos Estados Unidos é agora de quase seis mil.

Os Estados Unidos também são, de longe, o país do mundo com o maior número de casos confirmados.

Ainda de acordo com a universidade norte-americana, que actualiza continuamente os dados, há já mais de 240 mil casos identificados no país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 52 mil.

Dos casos de infecção, cerca de 190.000 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Angop