segunda-feira, 13 de abril de 2020




 Bissau,13 Abr 20(ANG) - A recomendação feita pelas autoridades sanitárias guineenses para que a população   use  máscaras caseiras, para evitar a propagação do novo coronavírus, está a dividir estilistas com uns a aplaudirem a ideia e outros a afirmaram ser foco de contágio.

Tumane Baldé, um dos porta-vozes do COES (Comité Operacional de Emergência em Saúde), instituição que luta contra a pandemia do covid-19 na Guiné-Bissau, sugeriu o uso de máscaras para, por exemplo, a ida ao mercado.

"Como as máscaras estão caras, os guineenses podem utilizar as suas capacidades para criar máscaras de proteção. Aconselho a população a usar máscaras quando vão aos mercados comprar alimentos", afirmou o médico Tumané Baldé.

Aurora Almeida, criadora de moda a residir em Bissau,segundo a  Lusa,  é totalmente contra o uso de máscaras caseiras a partir de tecido africano, e diz que pode ser "um desastre na Guiné-Bissau em relação à propagação do vírus".

"As pessoas vivem nas comunidades, onde não têm água canalizada, nós aqui apanhamos água de uma fonte, onde é que se vai arranjar água para lavar essas máscaras de duas em duas horas", questionou a modista.

Aurora Almeida referiu já ter assistido a situações em que pessoas da mesma casa trocam entre si uma máscara cirúrgica para saírem à rua.

"Utilizar essas máscaras caseiras pode ser um desastre porque vai-nos dar a sensação errada de estarmos protegidos", disse Aurora Almeida, que recusou uma proposta de um promotor para confeção de máscaras caseiras.

Alfa Canté, outro conhecido estilista guineense, até compreende que o pano africano não seja o mais adequado para a confeção de máscaras caseiras, mas utilizando "um certo tipo de tecido é possível fazer máscaras com pano africano", enfatizou.

Canté disse que tomando certas precauções técnicas, nomeadamente a forragem da máscara em duas camadas é possível produzir protetores com sete centímetros de cumprimento e cinco de largura.

Atualmente fez cerca de 600 unidades de máscaras que já ofereceu a instituições estatais, às Forças Armadas, hospitais, e centros de reclusão de Mansoa e Bafatá.

Alfa Canté recebe aconselhamento de médicos sobre que tipo de panos pode usar na confeção das suas máscaras.

Segundo a Lusa, Saturnina da Costa, estilista guineense a residir no Brasil, mas bastante interventiva nas redes sociais à volta do uso de máscara caseira, disse  que o pano africano "tem muita tinta, que é um produto químico" que pode ser prejudicial à saúde humana, observou.

"A minha preocupação é que a nossa gente pode começar a usar máscaras sem serem higienizadas, o que pode ser um grande problema", defendeu Saturnina da Costa que também é contra a ideia de forrar o tecido.

Para Saturnina da Costa, utilizar uma máscara com pano africano, ainda mais forrado em duas camadas, é como "investir num suicídio lento". Observa que a regra manda a que sejam utilizadas, no mínimo, quatro máscaras caseiras diárias quando se sai à rua para as trocas.

A estilista guineense está atualmente a confecionar máscaras, mas, frisa, a partir de um laboratório, para oferecer aos hospitais da cidade brasileira onde vive, respeitando todas as regras de higiene.

Saturnina da Costa nota que não é fácil fazer uma máscara em casa, dentro dos padrões de higiene recomendáveis, disse.

Alfashion Gilmar, estilista guineense residente em Londres chamou a atenção sobre o facto de os panos africanos fazerem alergia à certas pessoas, mas, disse que desde que sejam tomadas as precauções com o tipo de tecido a utilizar não vê mal nenhum em confecionar máscaras caseiras com aquele material.

Adele Gomes, criadora de moda guineense formada no Brasil, dona de um ateliê em Bissau, desaconselha o uso de pano africano na confeção de máscaras caseiras, alertando sobre "o químico que é utilizado na estampagem daquele material".

"Isso pode prejudicar a saúde, porque ao inspirar e respirar o pano fica molhado", sublinhou Adele Gomes, que aconselha as autoridades sanitárias guineenses a estudarem os panos antes de sugerirem a confeção de máscaras caseiras.

Gomes frisou que existem tecidos contra indicados para o uso humano, ainda mais para utilizar como máscara, alertou.

"Nós africanos, principalmente nós guineenses, não tomamos cuidado, ainda vamos inalar mais vírus de que outra coisa", observou Adele Gomes.

A Guiné-Bissau já tem 39 casos confirmados de covid-19 e dezenas de casos suspeitos sendo três já  curados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 107 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, quase 345 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Em África, há registo de 700 mortos num universo de mais de 13 mil casos em 52 países.ANG/Lusa


quinta-feira, 9 de abril de 2020


Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG


Bissau,09 Abr.20(ANG) - As autoridades sanitárias  recomendaram quarta-feira o uso de máscara para deslocações aos mercados e insistiram na necessidade de os guineenses cumprirem com as recomendações e permanecerem em casa para prevenir a pandemia do novo coronavírus.

“Como as máscaras estão caras, os guineenses podem utilizar as suas capacidades para criar máscaras de proteção. Aconselho a população a usar máscaras quando vão aos mercados comprar alimentos”, afirmou o médico Tumané Baldé, do Centro Operacional de Emergência em Saúde.

Baldé  insistiu que os guineenses devem cumprir com as recomendações e evitar sair de suas casas.

Tumane Baldé, que falava aos jornalistas em conferência na qual se fez  o balanço da evolução da doença no país, disse que se mantêm os 33 casos confirmados, sublinhando que se aguarda o resultado de análises feitas a casos considerados suspeitos.

O médico disse também que os primeiros diagnosticados com a covid-19 em Bissau estão fora de perigo, mas que é preciso repetir análises para os “declarar totalmente curados”.

Tumané Baldé indicou  que todos os casos  confirmados são de Bissau.

No âmbito do combate ao novo coronavírus, as autoridades guineenses no poder declararam o estado de emergência, bem como o encerramento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas na Guiné-Bissau, medidas que foram acompanhadas de uma série de outras restrições à semelhança do que está a acontecer em vários países do mundo.

Uma das restrições só permite que as pessoas circulem entre 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África ultrapassou as 500 nas últimas horas num universo de mais de 10.500 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 260 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Lusa



          Covid-19/Já foi testada a primeira vacina contra a pandemia

Bissau,09 Abr.20(ANG) -  A primeira vacina para o Covid-19 foi quarta-feira testado num cidadão voluntário de Seattle (EUA), anunciou o diário italiano La Stampa, na sua edição de quarta-feira.
Trata-se de Ian Haydon, de 29 anos, que ciente dos riscos receberá uma compensação de mil dólares. Mas o dinheiro, segundo ele, não é o objectivo principal, já que o seu propósito foi tornar-se na primeira cobaia de uma vacina que poderia "salvar a humanidade".
“Ouvi falar deste estudo a partir de um colega de trabalho que me falou  sobre o recrutamento. Enviei todas as informações sobre o meu estado de saúde. Não esperava ter qualquer resposta, até porque eles tinham milhares de critérios de selecção, mas acabaram por me escolher. Fui visto e analisado e o estudo foi-me explicado ao detalhe", começou por dizer este cidadão norte-americano em declarações à MIT Technology Review Magazine.
"Sinto-me com sorte de poder ajudar no combate ao novo coronavírus. Sinto até que posso fazer parte da história de uma vacina que pode salvar a humanidade", acrescentou Ian Haydon.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil. ANG/Angop




Bissau,09 Abr.20(ANG) - A Empresa da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB) anuncia que adquiriu,  com o apoio financeiro do Banco Mundial(BM), equipamentos e produtos para a desinfeção de água fornecida em Bissau.

Vista da sede da EAGB
Em comunicado, a EAGB referiu que aquisição faz parte de um plano de intervenções urgentes para melhoria do abastecimento de água desenvolvido pela empresa em colaboração com vários parceiros e que os equipamentos já se encontram em Bissau a aguardar pela fase de desalfandegamento.

“Tendo presente a realidade atual, a EAGB tem vindo a fazer intervenções com o objetivo de renovar e ampliar o sistema de abastecimento de água, de forma a abranger maior número de famílias e melhorar a qualidade do seu serviço” lê-se na nota da EAGB que contudo não específica a data para o início de desinfecção da água.

Segundo o comunicado a que O Democrata teve acesso, a EAGB informou que dada a necessidade urgente da melhoria do serviço decidiu avançar com a elaboração de um plano de necessidades urgentes, em colaboração com vários parceiros, no âmbito do qual se incluiu a compra de equipamentos e produtos químicos com vista à desinfeção da água fornecida.
Uma investigação de O Democrata sobre o abastecimento de água potável na cidade de Bissau concluiu que a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau fornecia, há três meses, água não desinfetada.

 A fonte de O Democrata informou que a empresa não dispõe de “cloro”, produto desinfetante usado no tratamento de água.

A empresa, explica a fonte, não comunicou a informação aos consumidores. O produto desinfetante esgotou-se em finais de 2019, confidenciou a mesma fonte da empresa em condição do anonimato. 

Um funcionário da Mãe de Água de “Alto Crim” em Bissau, igualmente em condição de anonimato, confidenciou ao Jornal O Democrata que há muito tempo que não viu o produto de desinfeção de água a ser deitado nesse maior depósito de água da capital.

Explicou que dantes, a desinfecção era feita de três em três meses no depósito de água de “Alto Crim”, o que deixou de acontecer por razões que diz desconhecer. ANG/odemocratagb


quarta-feira, 8 de abril de 2020


Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG


Covid-19/Virus já matou mais de 80 mil pessoas e infectou quase 1,4 milhões no mundo

Bissau,08 Abr. 20(ANG) - - A pandemia de covid-19 já matou  80.142 pessoas e infectou quase 1,4 milhões em todo o mundo desde o seu surgimento em Dezembro na China, segundo um balanço da agência AFP, de terça-feira, baseado em fontes oficiais.
De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, a pandemia de covid-19 provocou 1.397.180 casos de infecção oficialmente diagnosticados em 192 países e territórios desde o seu início.
A AFP alerta, contudo, que o número de casos diagnosticados reflecte actualmente apenas uma fracção do número real de infecções, já que um grande número de países estão a testar apenas os casos que requerem tratamento hospitalar.
Entre esses casos, pelo menos 257.100 são actualmente considerados curados.
Desde a contagem realizada às 19:00 de segunda-feira, 6.959 novas mortes e 86.374 novos casos foram registados em todo o mundo.
Os países com mais mortes nas últimas 24 horas são os Estados Unidos, com 1.632 novas mortes, a França (1.417, incluindo os novos números previstos para óbitos em instituições para idosos dependentes, e o Reino Unido (786).
A Itália, que teve a sua primeira morte ligada ao coronavírus no final de Fevereiro, tem agora 17.127 óbitos, em 135.586 casos, sendo que 604 mortes e 3.039 novos casos foram anunciados hoje, quando 24.392 pessoas são consideradas curadas pelas autoridades italianas.
Depois da Itália, os países mais afectados são a Espanha, com 13.798 mortes, em 140.510 casos, os Estados Unidos, com 12.021 óbitos (383.256 casos), a França, com 10.328 mortes (109.069 casos) e o Reino Unido com 6.159 mortos (55.242 casos).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia começou no final de Dezembro, contabilizou um total de 81.740 casos (32 novos entre segunda-feira e hoje), incluindo 3.331 mortes e 77.167 recuperações. Nenhuma nova morte foi anunciada hoje, pela primeira vez desde Janeiro.
Os Estados Unidos são actualmente o país mais afectado do mundo, com 383.256 infecções registadas oficialmente, incluindo 12.021 mortes e 20.191 curas.
Desde as 19:00 de segunda-feira, o Malawi, Madagáscar e o Benim anunciaram as primeiras mortes ligadas ao vírus, enquanto São Tomé e Príncipe anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos.
A Europa totalizava às 19:00 de hoje, 57.351 mortes, para 735.781 casos, os Estados Unidos e Canadá 12.419 mortes (401.067 casos), Ásia 4.332 mortes (123.742 casos), o Médio Oriente 4.091 mortes (83.033 casos), a América Latina e Caraíbas 1.373 mortes (36.317 casos), África 522 mortes (10.247 casos) e a Oceânia 54 mortes (6.997 casos).
Esta avaliação foi realizada usando dados colectados pelos escritórios da AFP das autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direcção-Geral da Saúde, registaram-se 345 mortes, mais 34 do que na véspera (+10,9%), e 12.442 casos de infecções confirmadas, o que representa um aumento de 712 em relação a segunda-feira (+6%).
Dos infectados, 1.180 estão internados, 271 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 184 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de Março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de Março e até ao final do dia 17 de Abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 de Março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.ANG/Angop



Covid-19/Pena de prisão  para quem não usar máscaras na rua
em Marrocos

Bissau,08 Abr 20(ANG) - Marrocos vai impor penas entre um e três meses de prisão para os marroquinos que não usarem máscaras, obrigatórias desde terça-feira nas deslocações e em pleno período de “confinamento sanitário”, em vigor desde 20 de Março.

Através de uma circular emitida hoje, o presidente da procuradoria-geral, Mohamed Abdennabaoui, exorta advogados-gerais e procuradores dos diferentes tribunais do país magrebino a uma aplicação “estrita e firme” dos dispositivos legais para quem recusar o uso de máscara facial.
Para além da pena de prisão, será imposta uma multa entre 300 e 1.300 dirhams (entre 28 e 110 euros).
São também considerados infractores quem incite os cidadãos a recusar o uso das máscaras, seja no espaço público, através das redes sociais ou por qualquer meio propagandístico.
Em simultâneo, Abdennabaoui pediu aos advogados-gerais e procuradores do país que se mobilizem “em defesa da saúde dos marroquinos” e comuniquem as dificuldades que detectam na adopção desta decisão.
A publicação desta circular ocorreu um dia após um comunicado conjunto dos ministérios do Interior e da Saúde que decreta a obrigatoriedade do uso da máscara de protecção “para a totalidade das pessoas autorizadas a deslocar-se fora das suas habitações”.
Com o objectivo de tornar a sua utilização acessível, o Governo impôs um preço máximo de 0,8 dirhams (0,07 euros) por unidade e mobilizou uma série de indústrias nacionais para a produção em massa de máscaras, devendo ser fornecidas não apenas às farmácias, mas ao pequeno comércio de bairro.
Para mais, difundiu vários vídeos de consciencialização sobre a forma mais segura de serem utilizadas.
A decisão originou compras massivas deste produto, originando uma saturação em diferentes pontos de venda e vários cidadãos queixaram-se esta manhã da ausência de máscaras em lojas, farmácias ou supermercados, referiu a agência noticiosa Efe.
Em 20 de Março, o Governo de Rabat decretou o estado de emergência sanitária e limitou o deslocamento das populações no exterior, à excepção das profissões necessárias e vitais, para a aquisição de bens essenciais ou em caso de urgência sanitária.
As saídas à rua estão limitadas a uma pessoa por família, que deve possuir um certificado oficial de isenção de confinamento assinado por um funcionário e que é solicitado nos numerosos controlos policiais nas ruas e avenidas.
Os números oficiais indicam que foram detectados até ao momento em Marrocos 1.141 casos de contágio do novo coronavírus, com 83 mortos e 81 recuperados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 290 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 708 mil infectados e mais de 55 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, contabilizando 17.127 óbitos em 135.586 casos confirmados hoje.ANG/Angop



Covid-19/China levanta restrições à circulação de pessoas em Wuhan 76 dias depois

Bissau,08 Abr. 20(ANG)  - As autoridades chinesas levantaram  terça-feira, 76 dias depois, as restrições à circulação em Wuhan, permitindo à população voltar a entrar e sair da cidade epicentro da pandemia da covid-19.
Segundo reporta a agência Associated Press, a proibição, que tem servido de modelo a grande parte dos países afectados pelo novo coronavírus, terminou às 00:00 locais de quarta-feira em Pequim (17:00 em Lisboa), pondo cobro às medidas decretadas a 23 de Janeiro passado.
Imediatamente após o fim da proibição, os cerca de 11 milhões de residentes podem já viajar sem qualquer autorização especial de e para Wuhan, tendo, no entanto, de seguir uma série de regras decretadas pelo Governo chinês.
Todos os viajantes terão de utilizar obrigatoriamente uma aplicação nos telemóveis que junta uma série de dados de localização e de vigilância governamental que permitem demonstrar que estão saudáveis e que não estiveram recentemente em contacto com alguém contaminado com o novo coronavírus.
As restrições na cidade em que se registou a maioria das 82 mil infecções detectadas na China, que causaram cerca de 3.300 mortos, têm vindo a ser aligeiradas nas últimas semanas, à medida que o número de novos casos tem descido.
Os últimos dados oficiais divulgados pelo Governo indicam que não se registou qualquer caso nas últimas 24 horas.
Imediatamente após a meia-noite local, centenas de passageiros preparavam-se para abandonar Wuhan, enchendo a estação ferroviária da cidade, relata, por seu lado a a agência France-Presse.
Nas várias estações de Wuhan era perceptível uma relativa efervescência, à medida que as centenas de passageiros lá chegavam e aguardavam pelo comboio.
As forças de segurança chinesas, com megafones na mão, lembravam aos viajantes as medidas de higiene e o distanciamento de um metro entre as pessoas, enquanto dos altifalantes das diferentes estações ferroviárias saíam com elogios a Wuhan, "cidade de heróis".
No entanto, Wuhan continua a ser uma cidade enlutada pela pandemia na China, pois mais de 2.500 habitantes locais morreram, parte significativa do total de vítimas mortais registadas a nível nacional.
O número de comboios e de aviões que partem de Wuhan continua, para já, limitado, uma vez que estão ainda em vigor muitas das restrições às deslocações dentro da cidade, medidas que visam evitar qualquer ressurgimento das infecções.
Wuhan, na província de Hubei, é um importante centro da indústria pesada chinesa, em particular na vertente automóvel, e, à medida que as principais fábricas retomam a produção, os pequenos e médios empresários que garantem a maioria do emprego, continuam a sofrer com a falta de trabalhadores e de procura.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 290 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em Dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.ANG/Angop



Covid-19/Médico Nboma Sanca aconselha  cumprimento das medidas de  prevenção para evitar o contágio

Bissau, 08 Abr 20 (ANG) – O Médico, Nboma Sanca, dos Cuidados Intensivos do Hospital Nacional Simão Mendes afirmou esta terça-feira que, tendo em conta as debilidades do sistema de saúde nacional , a arma mais eficaz para os guineenses combaterem o Coronavírus é acatar com rigor as medidas de prevenção.

Sanca, em entrevista exclusiva à ANG, afirmou que a população deve trabalhar afincadamente porque as medidas preventivas além de serem mais fáceis de cumprir e “conseguem livrar-nos  de problemas maiores”.

“Ou seja, não podemos ficar a duvidar ou a espera de ver os doentes onde estão, o problema é que o Covid-19 é real e está a ceifar vidas de milhares de pessoas no mundo, por isso, temos que trabalhar com a prevenção na Guiné-Bissau, vai nos dar mais vantagens em relação pandemia”, aconselhou.

Nboma Sanca disse que, com todas as carências do país, se o vírus começar a comportar como em outros países do mundo não vamos poder controlar a doença.

Frisou que hoje os guineenses podem gozar da sorte de o facto de que, desde o inicio da doença em Dezembro do ano passado, levou muito tempo a atingir o país, sendo  o primeiro caso da doença detectado no passado dia 25 de Março.

“Esses primeiros casos são importados, mas agora está-se a verificar os casos de transmissões locais ou seja aqui dentro do país e as pessoas já estão a se infectarem mutuamente”, explicou o médico.

Informou que vai chegar a altura  em que o país pode começar a ter casos de transmissão comunitária, o que considera de nível elevado de qualquer transmissão infecciosa.
“Ou seja, quando no meio da comunidade o vírus começa a passar de pessoa à pessoa, aí a situação descamba e as próprias estruturas sanitárias não conseguem dar uma resposta”, explicou.

Afirmou que deve-se evitar tudo isso e cumprir as recomendações das autoridades ou seja distanciamento social, ficar em casa para poder cortar a cadeia de transmissões.

Nboma Sanca disse que,  o que se quer  é diminuir drasticamente o número das pessoas que ficarão contaminadas com o próprio coronavírus e que depois vão ser infectados.

Declarou que a contaminação e a infecção não são a mesma coisa como muitos pensam, acrescentando que, neste momento todos correm o risco de serem contaminados por este vírus e uma vez que os testes confirmaram positivo a pessoa já deixa de ser contaminada para passar a ser infectada.

Explicando as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), o médico lembrou que todos os Estados devem trabalhar no sentido de reduzir não só o número de contaminados, bem como dos infectados, salientando que o continente africano ainda está na madrugada da contaminação do vírus e não se sabe quando é que isso vai atingir a sua fase mais complicada.

“Por isso, as pessoas são exortados a cumprirem as medidas de prevenção, mas isso não pode acontecer com esse tipo de comportamento principalmente no Mercado de Bandim, onde as pessoas aglomeram de uma forma anormal só porque o mercado abre das 07 às 11 horas da manhã, o que, na minha opinião, não justifica aquele elevado risco de as pessoas ficarem contaminadas com facilidade”,lamentou.

Sanca disse duvidar dos efeitos do Estado de Emergência decretada pelo Presidente da República uma vez que, o que se verifica no terreno não tem nada a ver.

Segundo ele, por exemplo no Mercado de Bandim, o que devia fazer é criar um cordão policial a volta do mercado, isso permitiria controlar as pessoas que vão fazer compras entrando num grupo de dois ou três pessoas evitando aglomerações .ANG/MSC/ÂC//SG





Bissau,08 Abr. 20(ANG) - A União Europeia (UE) vai mobilizar 15 mil milhões de euros para ajudar países africanos e outros parceiros a ultrapassarem a crise gerada pela Covid-19, visando “colmatar necessidades prementes” na saúde e na economia, foi  terça-feira anunciado.

“África deverá enfrentar, dentro de semanas, os mesmos problemas que estamos a ter na Europa e eles precisam da nossa ajuda para conter a propagação do vírus, da mesma forma que nós precisámos de ajuda nesta crise”, afirma a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, numa mensagem vídeo publicada .

E anuncia: “É do nosso interesse garantir que este combate é bem-sucedido em todo o mundo e é por isso que a UE está a garantir mais de 15 mil milhões de euros para ajudar os nossos parceiros mundiais para lutar contra o novo coronavírus”.

Segundo a líder do executivo comunitário, esta ajuda financeira “pode ajudar a colmatar necessidades prementes no setor da saúde e também irá apoiar a economia nestes países, para manter as pessoas empregadas”.

Ursula von der Leyen, que estipulou como prioridade do seu mandato a cooperação da UE com África, deixa ainda garantias de que “mais dinheiro será mobilizado” para estes parceiros da UE, verbas que terão por base os orçamentos nacionais dos Estados-membros, “num verdadeiro espírito de equipa europeu”.

Só vamos ganhar esta batalha com uma resposta global e coordenada e, por isso, temos de apoiar os nossos parceiros”, salienta a responsável.

Observando que “as coisas provavelmente ficarão piores antes de melhorarem”, Ursula von der Leyen adianta que “a UE está pronta para coordenar uma resposta internacional e forte à pandemia“.

“Nós podemos combater este vírus se nos mantivermos unidos e trabalharmos em conjunto”, conclui na mensagem.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 75 mil. Dos casos de infeção, cerca de 290 mil são considerados curados.
ANG/ Lusa




Bissau,08 Abr.20(ANG) - As autoridades da Guiné-Bissau disponibilizaram terça-feira 100 motorizadas às forças de segurança do país para melhorarem o controlo das fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri no âmbito do combate e prevenção à pandemia do novo coronavírus.

"Estamos a entregar estas motorizadas ao ministro do Interior para reforçar o trabalho dos agentes que controlam as nossas fronteiras com o Senegal e a Guiné-Conacri para que não permitir a entrada clandestina de pessoas", afirmou Nuno Nabian.

Salientando que as pessoas devem seguir as recomendações das autoridades e ficar em casa, Nuno Nabian destacou o "brilhante trabalho" que está a ser feito pelas forças de segurança e defesa no "controlo da população" para evitar a propagação do vírus.

Vários cidadãos guineenses têm denunciado o uso excessivo da força pelas autoridades de segurança para impedir que as pessoas circulem nas ruas de Bissau e das principais cidades do país.

A atuação policial levou já as autoridades no poder a virem pedir desculpa à população e a Liga Guineense dos Direitos Humanos a advertir que o estado de emergência não é "carta-branca" para uso da violência contra a população.

Nas declarações aos jornalistas, Nuno Nabian admitiu também a possibilidade de fechar o acesso ao interior do país.

"Como sabemos, a doença ainda não atingiu as regiões do interior do país. É bom fazermos um trabalho de base, não permitindo um movimento de pessoas em direção ao interior", salientou.

Dados divulgados na segunda-feira pelas autoridades sanitárias apontam que na Guiné-Bissau o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus passou de 18 para 33, mas com possibilidade de aumentar nos próximos dias.

Para conter a propagação do novo coronavírus, as autoridades guineenses determinaram várias medidas, ao abrigo do estado de emergência, nomeadamente o confinamento social e a limitação de circulação de pessoas e viaturas entre as 07:00 e as 11:00 locais (menos uma hora que em Lisboa).

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 487 nas últimas horas num universo de mais de 10.075 casos registados em 52 países, de acordo com a mais recente atualização dos dados da pandemia naquele continente.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 250 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia. ANG/Lusa