terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Sublevação militar/Governo nega existência de lista com nomes de supostos autores morais do ataque ao palácio do governo

Bissau,08 Fev 22(ANG) – O Governo negou  a existência de uma lista com nomes de pessoas supostamente implicadas no “trágico acontecimento”  de 01 de Fevereiro, que provocou a morte à 11 pessoas,entre militares, paramilitares e civis.

“O gabinete do Porta Voz do Governo, tomou o conhecimento de uma lista falsa, posta a circular nas redes sociais e contendo 20 nomes de pessoas supostamente implicadas  no trágico acontecimento envolvendo o ataque terrorista de 01 de Fevereiro contra as instituições da República e as vidas dos mais altos responsáveis da Nação”, refere  o Governo em comunicado à imprensa à que a ANG teve acesso hoje, assinado pelo seu Porta Voz Fernando Vaz.

No comunicado, o Governo afirma que pretensos “activistas”, conhecidos pela reiterada prática de disseminação de mentiras nas redes sociais, pretendem, falsamente, associar alguns nomes como sendo fornecidos e denunciados pelo Porta Voz do Governo, facto que não corresponde a verdade e que aqui se denuncia com veemência.

“Pela irresponsabilidade e extrema gravidade de que se reveste tal acto repugnante, inscrito na estratégia de terra queimada, adotada por alguns actores, visando a implosão do país através da intriga, do incitamento ao ódio e à violència física e verbal, o Gabinete do Porta Voz do Governo vem esclarecer ainda que não existe qualquer lista de pessoas visadas pela Comissão de Inquérito. O Executivo expressa o mais veemente repúdio pelos métodos subversivos de contra-informação usados pelos inimigos da Guiné-Bissau e do seu Povo”, lê-se no comunicado.

O  Porta-Voz do Governo diz serem  as “falsas denúncias e listas postas a circular nas redes sociais”  da exclusiva responsabilidade dos bloguistas que as inventam e as veiculam.

O Gabinete do Porta Voz do Governo  alerta a população em geral para que não se deixe  convencer pelo o que diz ser  “campanhas de manipulação e desinformação desonestas, imorais e irresponsáveis” que vêm sendo difundidas nas redes sociais por certos actores políticos “sedentos de sangue”, fazendo perigar a paz e a estabilidade social da Guiné-Bissau.

A referida lista publicada nas redes sociais contem nomes de altas figuras políticas, governamentais e das forças armadas do país.ANG/ÂC//SG

Covid-19/"Impacto da pandemia  sentir-se-á durante décadas", diz OMS

Bissau, 08 Fev 22 (ANG) - O director geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou esta segunda-feira que o impacto da pandemia de Covid-19 será visível durante décadas.


“O impacto da pandemia de Covid-19 sentir-se-á durante décadas, especialmente entre os grupos mais vulneráveis. Quanto mais se prolongar a pandemia, piores serão esses impactos”, considerou, em conferência de imprensa após uma reunião com os países da Commonwealth.

As consequências “devastadoras” da pandemia “vão muito além da própria doença”. “(A pandemia) agravou as desigualdades económicas, sociais e sanitárias em todo o mundo”, acrescentou.

O responsável frisou ainda ser “fundamental” que os países “colaborem ainda mais para ajudar os países a vacinar 70% da sua população até meados deste ano, a fortalecer os sistemas de saúde e a trabalhar numa recuperação económica inclusiva”.

Para os países da Commonwealth, onde apenas 42% da população conta com o esquema vacinal primário completo, ficaram estabelecidas sete prioridades: “Promover a saúde para todos, fortalecer a segurança sanitária mundial, promover ambientes saudáveis, melhorar a saúde dos grupos vulneráveis, reformar a aprendizagem permanente, construir uma associação de dados e criar espaço para a inovação”.ANG/Angop 

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Ataque à Radio Capital FM/Sinjotecs considera “inadmissível” incidente que pôs em perigo vida dos profissionais

Bissau, 07 Fev 22(ANG) -  O vice-presidente do Sindicato Nacional de jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o sector público, Fátima Tchuma Camará considerou inadmissível os ataques com arma de fogo contra a Rádio Capital FM registados esta, segunda-feira, em Bissau.

Segundo Thuma Camará, o ataque visa fazer calar os órgãos de comunicação social, o que, segundo diz, não será possivel porque o nível da “ação-cidadã” existente no país já permite que todos conheçam os seus direitos e deveres”

“Se se fizer calar  esta rádio outras vão continuar a emitir.Hoje em dia já não há quem não tenha a consciência dos seus direitos e deveres enquanto cidadão”, sustentou.

Disse  que o assalto e destruição da rádio não podem fazer as pessoas calarem-se. “Se Deus quiser esta rádio vai ser erguida e voltará a estar em funcionamento”, disse.

Tchuma renovou o apelo aos órgãos de comunicação social de informar, educar e sensinbilizar as populações, pediu que o exercício da profissão fosse de acordo com as leis que o  regulamentam, observando o princípio do contraditório.

Tchuma Camará, jornalista sénior da Rádiodifusão nacional e Correspondente da RDP/África pede a quem  se sentir lezado com  a imprensa  que recorra a justiça.

O ataque desta segunda-feira, perpetrado por homens armados e com uniforme militar provocou a destruição de emissores e computadores da estação que emite criticas mais ousadas  contra  decisões e atuações do Presidente  da República e do governo , através do Programa matinal “Frequência Activa” ,em que os ouvintes são convidados a opinar sobre a vida política e social da Guiné-Bissau, iniciativa que alguns observadores consideram de   exercício de liberdade de expressão.

“Esta rádio dá voz aos que não têm voz”, disse Fátima Tchuma Camará, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o setor público.

A mesma rádio foi, há dois anos, objecto de ataque destruidor por um grupo de homens fardados, e deixou de emitir  por algum tempo. O caso está na justiça mas os “atacantes” ainda não foram descobertos. ANG//SG

 

          Comunicação social/ Rádio Capital FM sofre novo ataque destruidor

Bissau,07 Fev 22(ANG) – A Rádio Capital FM foi esta segunda- feira objecto de novos ataques de homens armados que destruiram os equipamentos encontrados na redação, e provocado ferimentos em alguns  jornalistas e técnicos.

Segundo a Rádio Sol Mansi que cita Mustafá Queita, administrador dessa rádio , um grupo de homens armados com fardamento militar insurgiu na rádio e fez disparos contra os computadores, os estudos e  emissores, deixando esses equipamentos completamente danificados.

 A invasão provocou pânico e na tentativa de fuga três profissionais desta estação emissora sofreram ferimentos que necessitaram de assistência médica.

 Contatado pela ANG,Sumba Nansil, jornalista e diretor executivo da CFM não avançou mais permonores sobre o ataque  mas prometeu falar mais tarde quando recolher mais informações sobre o sucedido.

A ANG falou igualmente com um dos jornalistas da Rádio Capital, Ansumane Sow que confirmou ter ficado  ferido, em consequência  desse  ataque.

A 26 de julho de 2020, homens armados não identificados e com uniformes da Guarda Nacional da Guiné-Bissau atacaram as instalações da Rádio Capital FM e destruíram os equipamentos de transmissão.

A Capital FM tem sido, no período da manhã, a líder da audiência com a apresentação do seu programa “Frequência Activa”, atravês da qual os seus ouvintes, na maioria das vezes,  fazem “criticas ousadas” contra o Presidente da República e membros do actual Governo.ANG/ÂC//SG

 

 

 

        Sublevação militar/Governo cria comissão interministerial de inquérito

Bissau , 07 Fev 22(ANG) – O Governo criou  recentemente, por Despacho do Primeiro-ministro,Nuno Gomes Nabiam, uma comissão interministerial  de inquérito para apurar a  verdade dos fatos,  relacinados ao  ataque ao Palácio do Governo,ocorrido no passado dia  01 de Fevereiro,  e  que culminou na morte de 11 pessoas.

No despacho, o governo prometeu que os culpados serão responsabilizados, tanto os autores morais como materiais desse “acto ignóbil”, que o executivo considera “um atentado à democracia e as instituições da República”.

Segundo o despacho, com data de  03 de Fevereiro, a Comissão é presidida pelo Ministro de Estado do Interior e da Ordem Pública, e integrada pelos ministros das  Finanças, da Justiça e dos Direitos Humanos, da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Turismo e Artesanato, Comunicação Social, Administração Territórial , da Saúde Pública e das Obras Públicas, Construção e Urbanismo. 

O documento determina  que a comissão terá que apresentar  um relatório sobre os trabalhos de inquéritos feitos, na próxima reunião do Conselho de Ministros.ANG/JD/ÂC//SG

Sublevação militar/Brasil manifesta preocupação com  tentativa do golpe armado na Guiné-Bissau

Bissau,07 Fev 22(ANG) – A tentativa debelada do golpe armado na Guiné-Bissau foi motivo de extrema preocupação para o Brasil,revela uma nota à imprensa da Missão deste país junto à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP), enviada hoje à ANG.


A nota condena qualquer acto de tomada de poder pela violência, tendo acrescentado que o o governo brasileiro solidariza-se com as famílias das vitimas do ataque e manifesta apoio ao Presidente Umaro Sissoco Embaló na preservação da normalidade institucional no país.

No passado dia 01 de Fevereiro, um grupo de homens armados atacou com armas pesadas e AK-47, o palácio do governo onde decorria a reunião extraordinária do Conselho de Ministros presidido pelo Presidente da República.

Segundo o Governo, a ataque resultou em 11 mortos entre militares, para militares e civis.ANG/ÂC//SG

 

              Covid-19/China fecha cidade com 3,5 milhões de pessoas

 Bissau, 07 Fev 22(ANG) – A cidade chinesa de Baise, com 3,5 milhões de habitantes, foi colocada sob quarentena, depois de terem sido diagnosticados dezenas de casos de covid-19, quando o país recebe os Jogos Olímpicos de Inverno.

Desde a noite de domingo na China, os moradores não podem sair da localidade e os que vivem nas áreas designadas de risco, onde foram descobertos casos, estão proibidos de sair das suas casas, anunciaram as autoridades locais.

A cidade, que fica a cerca de 100 quilómetros da fronteira com o Vietname, na província de Guangxi, notificou 44 casos locais de covid-19. Foram ainda detectados vários outros casos entre viajantes oriundos do exterior.

Os residentes vão ser submetidos a testes em massa.

A China mantém uma política de “zero casos”, que envolve a imposição de restrições nas entradas no país, com quarentenas de até três semanas, e testes em massa e medidas de confinamento selectivas quando um surto é detectado.

Apesar de o surto em Baise parecer irrisório, face a outros locais no mundo, as autoridades chinesas mantêm vigilância máxima, numa altura em que Pequim recebe os Jogos Olímpicos de Inverno, onde todos os participantes estrangeiros estão confinados numa bolha sanitária, isolada do resto da capital chinesa.

Baise está localizada a cerca de 2.500 quilómetros de Pequim.

Em Dezembro, 13 milhões de habitantes foram colocados em quarentena na cidade de Xian, no centro da China.

Nas últimas 24 horas, a China diagnosticou 79 casos de covid-19, incluindo 34 casos importados.

Separadamente, mais de 300 casos positivos foram contabilizados na “bolha sanitária” dos Jogos Olímpicos, desde 23 de Janeiro.

A covid-19 provocou pelo menos 5,723 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado no sábado.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul. ANG/Inforpress/Lusa

 

                           Justiça/Polícia Judiciária tem novo Diretor-geral 

Bissau,07 fev 22(ANG) - O jurista Domingos Monteiro Correia foi nomeado novo Diretor- geral da Polícia Judiciária, segundo um despacho do Ministério da Justiça citado pela agência Lusa.

“É o Dr. Domingos Monteiro Correia nomeado diretor nacional da Polícia Judiciária”, refere-se no despacho, datado do dia 02 de Fevereiro.

O jurista substitui no cargo Teresa Alexandrina da Silva, que foi nomeada Ministra da Justiça, na última remodelação governamental.

Domingos Monteiro Correia era desde 2018 o diretor nacional adjunto da Polícia Judiciária guineense. ANG/Lusa

 

Covid-19/Protestos bloqueiam capital do Canadá e autarca admite que situação “está fora de controlo”

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – A situação em Otava está “fora de controlo”, admitiu domingo o presidente da câmara da capital canadiana, com o centro da cidade bloqueado há mais de uma semana com protestos contra as restrições impostas para conter a pandemia.

As manifestações, que ocorreram pela primeira vez em Otava no passado fim de semana, em 29 de Janeiro, espalharam-se a outras grandes cidades canadianas durante este fim de semana.

Dezenas de camiões e manifestantes continuavam hoje a paralisar o centro da capital do Canadá.

“A situação, neste momento, está completamente fora de controlo, porque os manifestantes estão a mandar”, disse o presidente da câmara, Jim Watson, em declarações a uma rádio local, realçando que aqueles “ultrapassam em muito a polícia”.

“Estamos a perder a batalha, (…) temos de recuperar a nossa cidade”, frisou o autarca, descrevendo como “inaceitável” o comportamento dos manifestantes, que estão a bloquear e as destruir as ruas com os camiões.

O movimento, apelidado de “Freedom Convoy”, visava inicialmente protestar contra a decisão das autoridades de exigirem, desde meados de Janeiro, que os camionistas fossem vacinados para atravessar a fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, mas rapidamente transformou-se num movimento contra as medidas sanitárias em geral para evitar a propagação da pandemia de covid-19 e também, para alguns, contra o Governo liderado por Justin Trudeau.

Os manifestantes dizem que continuarão a sua ocupação até que as medidas sanitárias restritivas sejam levantadas.

Movimentos semelhantes, mas menores, tiveram lugar em várias grandes cidades canadianas no sábado, incluindo Toronto, Cidade do Quebeque e Winnipeg, e continuaram hoje na Cidade do Quebeque.

Na capital da província francófona do Canadá, os manifestantes eram menos que no sábado, e cerca de trinta camiões ainda foram tolerados pela polícia local, que, no entanto, avisou os camionistas que estariam em violação dentro de poucas horas.

Numa reunião de emergência com funcionários municipais, no sábado, o chefe da polícia de Otava, Peter Sloly, queixou-se de não ter recursos suficientes para acabar com aquilo a que chamou um “estado de sítio” e apelou a “recursos adicionais”.

A polícia de Otava deverá ser reforçada em breve com cerca de 250 membros da Real Polícia Montada Canadiana (RCMP), uma força policial federal.

Cerca de 450 multas foram passadas desde a manhã de sábado, inclusive por excesso de ruído e fogo de artifício, disse hoje a polícia de Otava, referindo que houve comportamentos perturbadores ou ilegais por parte dos manifestantes durante a noite, que representavam um risco para a segurança pública ou um aumento da “angústia” para os residentes da cidade.

Foram também abertas cerca de 100 investigações sobre crimes relacionados com o protesto.

A covid-19 provocou pelo menos 5,723 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse, divulgado no sábado.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detectada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul. ANG/Inforpress/Lusa

Política/PAIGC exorta Comunidade internacional para prestar “atenção especial”  à situação política e de segurança na Guiné-Bissau

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde exorta, em comunicado,  a CEDEAO, CPLP  e toda a comunidade internacional para prestarem uma atenção especial à situação politíca e de segurança  na Guiné-Bissau.

A exortação resultou de  uma reunião da  Comissão Permanente do partido realizada sexta-feira(04) em Bissau na qual ainda se apelou  Comunidade Internacional a seguir, com atenção, o tratamento reservado às entidades e instituições mais visadas pelo o que diz ser “máquina repressiva do poder instalado”, nomeadamente no que diz respeito a necessidade de se respeitar a Constituição e demais leis do país, por forma a  contribuir para o alcance da paz e tranquilidade que todos os guineenses almejam.

Este órgão diretivo do PAIGC ainda exorta  a nação guineense e as suas instituições, nomeadamente a Assembleia Nacional Popular (ANP) e os combatentes da liberdade da pátria, a redobrarem as suas vigilâncias e mibilizações para evitar  qualquer tentativa de  instalação de caos e comprometimento da tranquilidade coletiva.

No mesmo comunicado, o PAIGC recomenda às estruturas do partido a  prosseguirem com os trabalhos para a realização das conferências agendadas, ao abrigo do artigo 15 ˚ do decreto que Declara  o Estado de alerta,  que autoriza a realização de reuniões e manifestações, observando, com rigor o habitual, as regras de distanciamento,higienização e uso correcto de máscaras individuais.

O partido liderado por Domingos Simões Pereira reafirma, no comunicado, a manutenção da data de realização do X congresso(17 a 20 deste mês) fixada pelo Comité Central do partido, pelo menos até que novas orientações forem dadas. ANG/MI/ÂC//SG        

 

União Africana/Chefe de Estado do Senegal eleito presidente e condena golpes de estado

Bissau, 07 Fev 22(ANG) – O Chefe de Estado do Senegal, eleito sábado presidente da União Africana, numa cimeira em Adis Abeba, considera os golpes de Estado em África um “grande ataque à democracia e à estabilidade institucional no continente”.

“Os Chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) elegeram sábado o Presidente do Senegal, Macky Sall, como o novo presidente da União Africana para o ano 2022”, lê-se num comunicado emitido  pela organização, que representa 55 Estados africanos.

De acordo com a mesma nota, no seu no seu discurso de aceitação, Macky Sall referiu-se às crises mais recentes do continente e afirmou: “Não esqueço o ressurgimento do fenómeno dos golpes de Estado, que constitui um grande ataque à democracia e à estabilidade institucional no continente”,

Isto numa alusão aos golpes de Estado que ocorreram no Mali, Burkina Faso, Guiné-Conacri e à mais recente tentativa na Guiné-Bissau.

A eleição de Macky Sall decorreu durante a 35.ª Sessão Ordinária da Assembleia da União, que se realiza presencialmente na sede da UA, em Adis Abeba, Etiópia, sob o tema “Reforçar a Resiliência na Nutrição e Segurança Alimentar no Continente Africano”: Reforço dos Sistemas Agro-alimentares, Saúde e Protecção Social para a Aceleração do Desenvolvimento Humano, Social e Económico”, adianta a nota.

O Presidente Macky Sall sucede na presidência rotativa da UA a Felix Antoine Tshisekedi Tshilombo, Presidente da República Democrática do Congo (RDCongo), que concluiu  o seu mandato para o ano de 2021.

A eleição do novo líder rotativo da UA, bem como a assembleia, ocorreram na sessão da abertura oficial da 35.ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UA, na presença do presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, da vice-presidente da Comissão da UA, Monique Nsanzabaganwa, de representantes das Nações Unidas e da Comissão Económica Regional, entre outros dignitários e convidados e responsáveis da UA.

A composição da nova mesa da Assembleia dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana para 2022, tal como apresentada pelo decano do Comité de Representantes Permanentes (PRC), é a seguinte: o Presidente da União Africana (UA), é o cargo ocupado pelo Presidente da República do Senegal, (região da África Ocidental). Para o cargo de primeiro Vice-Presidente da União as consultas ainda estão em curso. Já o relator será da RDCongo – (região da África Central), o segundo Vice-Presidente é da Líbia, (Região Norte); e o terceiro Vice-Presidente de Angola, (Região Sul) do continente africano

No seu discurso final, o Presidente Felix- Antoine Tshisekedi desejou ao sucessor “uma presidência bem-sucedida e agradeceu aos chefes dos Estados-membros da UA, bem como ao gabinete da UA, o apoio prestado durante o seu mandato.

Um mandato que considerou “marcado pela crise sanitária que prevalece, causada pela pandemia de covid-19”.

O Presidente da RDCongo salientou ainda assim “algumas das realizações” sob a sua presidência da União, “nomeadamente, o empoderamento económico das mulheres e dos jovens, o reforço da democracia e da boa governação, entre outros programas de desenvolvimento no âmbito da Agenda 2063”, segundo o comunicado.

Além disso, sublinhou “as iniciativas empreendidas sob a sua liderança para enfrentar os desafios da pandemia”.

No seu discurso de aceitação, o Presidente do Senegal, Macky Sall, disse “apreciar a honra, aliada à responsabilidade e confiança investidas na sua pessoa, e nos membros da nova mesa, de liderar o destino da organização durante o próximo ano”.

“Agradeço-vos e asseguro-vos do nosso compromisso de trabalhar em conjunto com todos os países membros no exercício do nosso mandato”, afirmou o novo Presidente da União.

Macky Sall prestou homenagem aos fundadores da Organização e sublinhou: “Seis décadas depois, a sua visão luminosa continua a inspirar a nossa convivência e a iluminar a nossa marcha unida em direção ao ideal da integração africana”.

“É precisamente neste espírito pan-africano que o Presidente Léopold Sédar Senghor tinha proposto, na cimeira da OUA de julho de 1964, estabelecer ‘uma autoridade política e moral permanente da Conferência de Chefes de Estado e de Governo’ para dar um impulso de alto nível à gestão dos assuntos do continente”, recordou.

O recém-eleito Presidente da União manifestou o seu apreço pelos consideráveis esforços dedicados ao serviço do continente africano realizados pelo seu antecessor e realçou: “Ao celebrar este ano o seu 20.º aniversário, a nossa União pode orgulhar-se dos progressos realizados no âmbito de grandes iniciativas como a NEPAD, PIDA, APRM, Vision 2063, a reforma institucional, a Grande Muralha Verde, a AfCFTA e, mais recentemente, a nossa resposta coordenada à pandemia de covid-19”.

“Ao mesmo tempo, os nossos desafios continuam a ser numerosos e prementes; nomeadamente nos domínios da paz e da segurança, da luta contra o terrorismo, da proteção ambiental, da saúde e do desenvolvimento económico e social”, salientou.

ANG/Inforpress/Lusa

Sublevação militar/Governo chama aos acontecimentos de 1 de fevereiro de “ignóbil  atentado terrorista contra Estado guineense”

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – O governo considerou os acontecimentos de 1 de Fevereiro, de “ ignóbil atentado terrorista” perpetrado contra o Estado da Guiné-Bissau, na tentativa frustrada de eliminar, fisicamente, o Presidente da República, Primeiro-ministro e os membros do executivo, reunidos em Conselho de Ministros, para consumar um golpe de Estado, através de um banho de sangue de proporções inéditas no país.

Fernando Vaz, Porta-Voz do governo, disse, em conferência de imprensa,  que assiste agora a uma tentativa de ridicularização da dramática situação.

De acordo com Vaz,  o Presidente da República esteve sequestrado, e os membros do governo estavam reféns do golpistas, plano que nunca se consumou.

Acrescentou que se assiste ainda exigências de explicações e que se faz crer, de forma hilariante, por determinado setor político, que o tiroteio resultou de um desentendimento entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro.

 “Durante as quatro horas de tiroteio, os elementos do corpo de segurança presidencial resistiram de forma estóica e impediram a consumação dos propósitos encomendados ao grupo terrorista” salientou.

Vaz sustentou ainda que no decurso do tiroteio, o setor político e os jornais estrangeiros que habitualmente o produzem como caixa de ressonância davam como morto o Presidente da República e alguns asseguravam que o salão do Conselho de Ministros estava transformado num mar de sangue, salientando que era esse o plano delineados pelos mentores do golpe.

“Felizmente, o golpe não se consumou e personalidades estrangeiras acreditadas no nosso país e que também estavam no interior do palácio, em reuniões nos ministérios puderam testemunhar os acontecimentos, e por isso, não se conformam com as atitudes recorrentes daqueles que hoje tentam inventar cenários hilariantes para desviar as intenções.

Acrescentou que as organizações como as Nações Unidas, a União Africana, CEDEAO e muitos países no mundo não se posicionam face a um golpe de Estado de ânimo leve e de forma leviana e irresponsável como pretendem fazer crer certos setores  políticos frustrados e subversivos que têm como o único objetivo implantar o caos e a desordem no país.

Aquele responsável informou que após o bárbaro atentado terrorista, a Comissão de Inquérito está na posse de um vasto conjunto de elementos materiais que deixam claras intenção dos autores materiais e morais e que também já se sabe quais seriam os passos a seguir, caso este ato bárbaro, primário, alimentado pela cultura do ódio e da vingança tivesse surtido o resultado desejado pelos seus mentores.

“Os indícios de participação de pessoas com ligações ao narcotráfico, referidos pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló nas duas comunicações que prestou e pelo comunicado à imprensa do Primeiro-ministro são basedos em fatos reais, exaustivamente comunicados. Existem imagens e outras provas materiais que, a seu tempo, sem perturbação do inquérito, serão traduzidos a público para avaliação de todos os média de boa-fé”, referiu Fernando Vaz.

Fernado Vaz, actual ministro do Turismo e Artesanato, disse que não existe qualquer intenção de caça às bruxas ou de penalização de pessoas inocentes, justificando que, existem fatos, provas e depoimentos que coincidem com as provas materiais recolhidas pelas investigações.

O porta voz do Governo disse ainda que as novas autoridades estão empenhadas em construir , e que não há lugar para os velhos métodos do velho regime que desgovernou o país durante 40 anos.

Disse   que a democracia se baseia no império da Lei e que não reserva a ninguém o direito à impunidade. ANG/DMG/ÂC//SG

África/Malária matou quase 612 mil pessoas  em 2020, 49 mil devido à covid-19

Bissau, 07 Fev 22 (ANG) – A malária em África matou quase 612 mil pessoas em 2020, mais 68.953 face ao ano anterior, das quais 49 mil por perturbações nos programas e serviços de saúde provocadas pela covid-19, segundo um relatório divulgado hoje.


O Relatório de progresso sobre a Malária – 2021, elaborado pela União Africana (UA), a Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) e a Parceria RBM para o Fim do Paludismo, será hoje apresentado no âmbito da 35.ª sessão ordinária da conferência da UA, que decorre desde sábado em Adis Abeba, na Etiópia.

A apresentação do documento estará a cargo do presidente da República do Quénia e líder da Aliança dos Líderes Africanos contra a Malária (ALMA), Uhuru Kenyatta.

Segundo o relatório mais recente sobre esta doença, registaram-se 232 milhões de casos de malária (96% do total global) e 611.802 mortes causados por esta doença (98% do total global) em África, em 2020.

Estes números revelam um aumento de 68.953 mortes por malária, face a 2019, com 49 mil destas mortes a serem atribuídas a perturbações dos programas de malária e dos serviços de saúde, provocadas pela pandemia de covid-19.

No início da pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tinha alertado para o risco de uma duplicação da mortalidade por malária, devido às consequentes interrupções das campanhas de pulverização e da distribuição de mosquiteiros tratados com insecticida.

O facto de este aumento se ter ficado pelos 9% reflecte as medidas tomadas pelos Estados-membros da UA para impedir o pior cenário possível.

Segundo as estimativas revistas da OMS, citadas no documento, o número de mortes por malária é significativamente mais elevado do que se julgava: 2,1 milhões de mortes adicionais em África desde 2000, um aumento de 19%.

Perante estes dados, os autores do documento concluíram que o continente africano não está no bom caminho para eliminar a malária até 2030, uma meta ambiciosa que os países almejavam alcançar.

“África não atingiu o seu objectivo de reduzir a incidência e mortalidade do paludismo em 40% até 2020, com apenas seis Estados a atingirem pelo menos um dos objectivos.

Apesar destas dificuldades, 15 Estados-Membros da UA alcançaram a sua meta para 2020 ou fizeram progressos significativos nesse sentido.

Reduziram a incidência em pelo menos 40% a Etiópia, a Mauritânia, Cabo Verde, Gâmbia e o Gana, enquanto o Essuatíni (antiga Suazilândia), a Guiné Equatorial, o Quénia, o Ruanda, o Senegal e o Togo reduziram a incidência da malária entre 25% a 40%.

O relatório refere que, em relação à mortalidade, esta foi reduzida em 40% na Etiópia, África do Sul.

O Níger, a Serra Leoa e o Togo tiveram a mortalidade reduzida (25% a 40%), enquanto Cabo Verde e São Tomé e Príncipe foram os países da UA sem mortes causadas pela malária desde 2018.

Os autores alertam para o facto de cerca de 63% das actividades dos planos estratégicos nacionais contra a malária não estarem actualmente financiados, em parte devido ao esforço mundial que foi necessário para combater a covid-19, sublinhando a necessidade de aumentar os recursos contra esta doença.

ANG/Inforpress/Lusa

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Politica
/APU PDGB considera a tentativa do golpe de Estado de uma “mancha” na imagem do País

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – A Assembleia do Povo Unido-Partido Democratico da Guiné-Bissau (APU-PDGB), considerou a tentativa de golpe de Estado, de terça-feira, uma “mancha” na imagem interna e externa do País.

Em declarações à imprensa à saída da audiència hoje com o chefe de Estado, o presidente da Comissão de Coordenação Económica da APU,  Augusto Gomes, disse que foram solidarizar-se  com o Presidente Umaro Sissoco devido ao atentado contra a sua pessoa e o Governo em geral.

"Esse ato é um ataque criminoso de malfeitores contra o Estado da Guiné-Bissau e constitui uma nódoa na imagem interna e externa do País. Estamos preocupados com isso e estamos determinados a trabalhar, por isso,  falamos na condução de um inquérito competente onde vamos ser colaboradores e ativos, se for necessário podemos trabalhar jutamente com o Presidente da República e com o Governo para poder, de fato, contribuir para a lavagem da  imagem do país, através de atos concretos”, disse.

Para Augusto Gomes, a forma como foi conduzida a tentantiva do golpe demonstra claramente que a intenção dos malfeitores era de “decapitar” o Estado da Guiné-Bissau, e diz que a  APU, enquanto partido democrático que defende principios de Estado de Direito democratico, não se compatua com esse tipo de atos.

A APU condena a tentativa de golpe de Estado que considerou de “ato cobarde e bárbaro” e diz que o povo da  Guiné-Bissau e as formações políticas  estão com o Presidente da República.

Para Augosto Gomes, a Guiné-Bissau deve continuar a viver momentos de paz e tranquilidade, por isso aconselha o Presidente da República a prosseguir  seus bons ofícios a favor de Governo para que possam fazer face aos desafios de desenvolvimento.

"Apesar deste ato ser grave devemos  manter unidos as nossas forças vivas como filhos da Guiné-Bissau que somos, para lutar contra este mal e todos os que possam ameaçar o nosso País e a nossa sociedade”, disse.

Aquele responsável disse que esse ato deve servir de oportunidade para reforçar a unidade nacional, o diálogo interno e a capacidade de estar juntos para desenvolver a Guiné-Bissau. ANG/MI/ÂC//SG

     

      Sublevação militar/UNTG lamenta perdas de vidas  de trabalhadores

Bissau,04 Fev 22(ANG) – A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG), manifestou esta sexta-feira o  seu  repúdio ao que considera de “atrocidade e  tentativa de subverter a ordem constitucional por vias ilegais”.

Em comunicado à Imprensa, a maior central sindical do país reagia assim a tentativa de golpe de Estado ocorrida, terça-feira, em Bissau.

“A UNTG lamenta  a perda de vidas humanas, certamente de trabalhadores, pelo que expressa a sua profunda solidariedade aos familares das vítimas”, refere o comunicado.

O comunicado acrescenta que a UNTG ainda se preocupou com o facto de o acto ter ocorrido num momento em que a crise económica afecta os servidores públicos e a população em geral.

“Além de mais, muitos dos servidores públicos no sector de defesa e segurança prestam serviços ao Estado, hipoticando as suas vidas  sem nenhuma garantia salarial e nem abono de família”, lê-se no comunicado assinado pelo Secretário-geral da  UNTG, Júlio António Mendonça.

Situações como essas, refere o comunicado, preocupa a central sindical, enquanto legítimo representante dos servidores públicos e de trabalhadores em geral, e a UNTG sublinha que a luta para a mudança dessa situação só será possível  num clima de paz e estabilidade governatina na Guiné-Bissau.

No passado dia 01 de Fevereiro, um grupo de homens armados atacou com armas pesadas e metralhadoras AK-47, o palácio do Governo, numa altura em que decorria uma  reunião extraordinária do Conselho de Ministros presidida pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embalo.

Segundo o Governo, 11 pessoas, entre civis, miilitares e para militares perderam a vida nesse ataque ao palácio do executivo, cujo tiroteio durou cinco horas, antes de as forças de defesa e segurança assumirem o controlo da situação.ANG/ÂC//SG

Politica/PTG exorta  autoridades da Guiné-Bissau aplicação da Lei e da Ordem

Bissau, 04 Fev 22 (ANG) – O Secretário-geral do  Partido dos Trabalhadores Guineense (PTG) exortou esta sexta-feira  às autoridades nacionais a fazerem valer a Lei e a Ordem, em nome da democracia.

Em declarações à imprensa à saída de audiência com o Presidente da República,   Saliu Djaló estava assim a pedir a responsabilização criminal de eventuais implicados na tentativa de golpe de Estado, ocorrida na terça-fera passada.

“Há mãos ocultas nesta tentativa entre as quais alguns partidos politicos”, afirmou Djaló, sem identificar que partidos são.

O PTG, o mais novo partido político nacional dirigido pelo atual ministro do Interior e da Ordem Pública, Botche Candé foi ao Palácio manifestar solidariedade ao Presidente Umaro Sissoco Embaló.

"Viemos hoje ter encontro com o Presidente da República para reafirmar o nosso incondicional apoio e condenar com veemência esse ato bárbaro, praticado por pessoas ainda sem rosto. E exortamos as autoridades da Guiné-Bissau para afirmarem pela justiça e fazer em nome da democracia valer a lei e a ordem, disse”, disse.

Saliu Djaló apelou ao povo da Guiné-Bissau para , em nenhum momento,  se associar ao que chama de  “ato bárbaro”.

Para o Secretário-geral do PTG, a luta contra a corrupção, o tráfico de drogas e desordem à que o país está habituado é a razão principal para  que as pessoas desconhecidas,  com apoio de alguns partidos politicos, se actuarem contra instituições do País.

Solicitado  a apontar os portidos que acusa de envolvimento na tentativa de golpe de Estado, disse que não vai apontar nenhum partido politido,   e que a história recente da Guiné-Bissau demonstra claramente que há pessoas que se  contentaram muito com assasinatos.ANG/MI/ÂC//SG