segunda-feira, 20 de junho de 2022

 

Covid-19/Governo levanta parcialmente medidas restritivas do direito a liberdade de circulação

Bissau, 20 Jun 22 (ANG) – O governo guineense decidiu com base numa  proposta do Alto Comissariado para a Covid-19 levantar, parcialmente, as medidas restritas do direito a liberdade de circulação dos cidadãos,que vigoravam no âmbito do  decreto numero 5/2022, de 29 de Março.

A informação consta no Decreto datado de  16 do corrente mês, à que a ANG teve acesso hoje.

O decreto refere que a medida foi tomada, tendo em conta a evolução do combate à pandemia da Covid-19 ,no plano global e na Guiné-Bissau em particular ,tendo registado significativos avanços ,sobretudo com a administracção das vacinas ,com dados que apontam para uma redução significativa da taxa de infecção e de acordo com as recomendações, entre outras, da Organização Africana de Saúde da CEDEAO.

Em consequência das evoluções referidas , qualquer viajante com comprovativo de que tenha sido administrada ,no mínimo duas doses de vacina contra Covid-19 ,há pelo menos quatro semanas, contado da ùltima dose ,fica dispensado de apresentação de teste de base molecular para entrada no teritório nacional.

E na  ausência deste comprovativo o viajante será submetido ao teste de base molecular para o virus Sars-Cov-2.

Ao viajante que havia sido infetado é exigido a  apresentação de um certificado de recuperação de Covid-19 ,emitido por um laboratório credenciado.

Na nota lê-se ainda que o teste de base molecular referido tem um custo de 25 mil francos CFA com três dias, antes do início da viagem, para viajante vindo da europa e 5 dias para viajantes vindos da zona da UEMOA. Crianças com idade inferior aos 12 anos estão dispensadas da realização de testes de base molecular.

O Governo alerta de que quem não se submeter a imposição acima prevista será proibida de entrar no território nacional guineense .ANG/MS/ÂC//SG

         UE/Bloqueio russo a exportações de cereais é “crime de guerra”

 Bissau, 20 Jul 22(ANG) – O chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, acusou domingo a Rússia de praticar “um verdadeiro crime de guerra”, com o bloqueio das exportações de cereais ucranianos a contribuir para aumentar a fome no mundo.

“É um verdadeiro crime de guerra, não posso imaginar que [o bloqueio] vá durar muito tempo”, disse Borrell, em declarações à entrada do Conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, no Luxemburgo.

O alto responsável para a Política Externa e de Segurança da UE referiu ainda ser “inimaginável que milhões de toneladas de trigo continuem bloqueadas na Ucrânia quando o resto da população mundial sofre de fome”, apontando a responsabilidade total à Rússia pela guerra de agressão à Ucrânia.

Borrell tem acusado as tropas de Moscovo do bombardeio, exploração e ocupação de terras aráveis na Ucrânia, destruindo equipamentos e bloqueando os portos ucranianos, impedindo a exportação de milhões de toneladas de cereais para os mercados mundiais.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE reúnem-se hoje, no Luxemburgo, num conselho em que Portugal está representado pelo responsável pela pasta, João Gomes Cravinho.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de Fevereiro.

ANG/Inforpress/Lusa

 

         
  AIE
/Crise causada pela pandemia deixa 25 milhões de africanos sem energia

Bissau, 20 Jun 22 (ANG) - A Agência Internacional de Energia (AIE) destacou hoje, segunda-feira, que 25 milhões de africanos ficaram sem electricidade desde o início da pandemia, mas bastariam alguns terminais de gás natural para abastecer todo o continente até 2030.

A pandemia da covid-19 e a crise económica que se seguiu puseram fim a dez anos de progresso em África, onde 600 milhões de pessoas vivem actualmente sem electricidade, de acordo com o relatório "Africa Energy Outlook 2022" da AIE.

Em comparação com 2019, "mais 4% dos africanos vivem sem electricidade", disse o director da AIE, Fatih Birol, à agência de notícias France-Presse.

"E quando olho para 2022, com altos preços de energia e o fardo económico que isso significa para os países africanos, vejo poucas razões para ser optimista", acrescentou.

Aumentar a eficiência energética e expandir as redes eléctricas e a geração a partir de fontes renováveis são as bases do futuro energético do continente, salientou a AIE.

África possui 60% dos recursos solares do mundo, mas tem apenas 1% das instalações fotovoltaicas, menos que os Países Baixos, sublinhou o documento sobre perspectivas energéticas em África.

As energias renováveis, incluindo eólica, geotérmica e a gerada em barragens, devem constituir 80% da capacidade eléctrica instalada até 2030, tanto para objectivos energéticos como climáticos, defendeu a AIE.

Mas será preciso "duplicar o investimento", disse Birol. Atualmente, "África recebe apenas 7% do financiamento para energia verde disponibilizado pelas economias avançadas aos países em desenvolvimento", lamentou.

No entanto, "esta questão do acesso à energia podia ser resolvida até ao final desta década com um investimento anual de 25 mil milhões de dólares (23,7 mil milhões de euros), o montante necessário para a construção de um novo terminal de gás natural liquefeito todos os anos", referiu o director da AIE. "O que está perfeitamente ao nosso alcance", frisou.

A AIE destacou o papel potencial do gás natural, de forma transitória, para produzir fertilizantes agrícolas, cimento e água potável a partir da água do mar.

"A África responde por menos de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa. Se esse gás fosse explorado, passaria a ser menos de 3,5%, embora [o continente] tenha 20% da população humana", disse Birol.

Por outro lado, a transição global para as energias verdes é promissora, não apenas devido ao potencial solar de África, mas também às oportunidades industriais ligadas à crescente procura por metais e hidrogénio, referiu a AIE.

ANG/Angop

RDC/Bélgica pede desculpa à família do antigo primeiro-ministro congolês Patrice Lumumba

Bissau, 20 Jun 22 (ANG) - A Bélgica entregou hoje à família do antigo primeiro-ministro congolês, Patrice Lumumba, os seus restos mortais.

Esta cerimónia, em Bruxelas, serviu para o Governo belga se desculpar perante as autoridades e familiares de Lumumba pela cumplicidade no assassinato deste importante homem político em 1961.

"É uma verdade dolorosa e desagradável, mas ela deve ser dita", afirmou hoje o primeiro-ministro belga Alexander De Croo ao apresentar aos familiares de Patrice Lumumba e às autoridades da República Democrática do Congo, sentidas desculpas e sublinhar o papel dos belgas no assassinato do primeiro primeiro-ministro do Congo independente, em 1961.

De forma simbólica, a Bélgica delvolveu hoje ao país e aos seus familiares uma urna que contém um dente de Patrice Lumumba, encontrado pela filha de um dos polícias belgas que estariam com ele aquando da sua morte. 

Nascido numa família humilde, Patrice Lumumba fez os estudos permitidos na época colonial aos congoleses, chegando a funcionário dos Correios e tornando-se mais tarde líder sindical. Após repressão por parte das autoridades belgas devido ao seu destaque no país, Lumumba acelerou o seu envolvimento político criando o Movimento Nacional Congolês que coincidiu com o processo de indepedência da actual República Democrática do Congo.

Patrice Lumumba foi então convidado a formar Governo em 1960, tendo procurado apoio junto da União Soviética, algo que desagradou diversos países ocidentais e o Presidente congolês, levando à dissolução do seu Governo apenas três meses após a sua nomeaçaõ. Lumumba foi colocado em prisão domiciliária e sob tutela das forças da Nações Unidas.

No entanto, quando foi transferido para a região de Katanga no início de 1961, foi torturado e morto pelo seu adversário político Moïse Tshombe, com a conivência das forças belgas. O corpo nunca foi encontrado.

Os restos mortais agora restituídos pela Bélgica vão ser velados em Kinshasa, onde está previsto o cumprimento de três dias de luto nacional e uma cerimónia de homenagem para assinalar o 62º aniversário da independencia da República Democrática do Congo. 

ANG/RFI

 

França/Resultados  das legislativas de  domingo determinam  procura de estabilidade governativa

Bissau, 20 Jun 22 (ANG) - A Assembleia nacional em França vai passar a contar com apenas uma maioria relativa de "Ensemble" (Juntos), a coligação presidencial.

A aliança de esquerda chegou em segundo lugar nas eleições legislativas de domingo.


 
A câmara baixa do parlamento onde a extrema direita conseguiu um resultado inédito, mais de dez vezes superior ao da última legislatura, com os "republicanos", de direita, a poderem vir a ser aliciados pelo partido no poder, para alcançar alguma estabilidade. 

A recém empossada primeira-ministra Elisabeth Borne, conseguiu ser eleita no círculo eleitoral de Calvados, noroeste do país, mas admite que esta maioria relativa do partido presidencial é absolutamente inédita no regime parlamentar actual.

"Enquanto força central nesta nova assembleia trabalharemos por forma a construir uma maioria de acção. Não há alternativa a esta união, de maneira a garantir a estabilidade para o nosso país, e a garantir as reformas necessárias".

A aliança de esquerda, encabeçada por Jean-Luc Mélenchon, da ala radical, alega ter alçando o objectivo que seria privar o partido presidencial de uma maioria absoluta.

"Alcançámos o objectivo político que tínhamos definido em menos de um mês: Provocar a queda daquele que, com tanta arrogância, tinha vergado o braço do país inteiro, por forma a ser eleito... sem que se soubesse para quê !",disse Mélenchon.

Um dos grandes vencedores do escrutínio foi a União nacional, de extrema direita, que consegue multiplicar por mais de dez o número de deputados, movimento presidido interinamente por Jordan Bardella que insiste na façanha alcançada contra o que alega ser a arrogância do presidente.

"É a arrogância e o desprezo de Emmanuel Macron pelos franceses, a sua impotência sobre as questões de insegurança e de poder de compra que fizeram dele um presidente minoritário enquanto nós alcançámos um resultado nunca antes visto !", referiu Bardella

Muitos são os sectores a considerar que Macron será obrigado a cobiçar o voto dos republicanos, que alcançaram 61 deputados, sendo outros dez de demais componentes de direita. Christian Jacob, o presidente dos republicanos, promete, porém, continuar a ser uma força de oposição.

"Será, como sempre fizemos, uma oposição construtiva, uma oposição real a Emmanuel Macron que terá tudo destruído. O quinquénio dele terá sido um fracasso total que acabou por provocar este resultado", disse

A França a contas agora, na câmara baixa do seu parlamento, para alcançar uma maioria que garanta estabilidade governativa ao presidente eleito a 24 de Abril. 

ANG/RFI

Parlamento da  CEDEAO/Satu Camará enaltece esforços da ECOFEPA para participação das mulheres na vida política na sub-região


Bissau,20 Jun 22(ANG) – A quarta vice-presidente do Parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), Satú Camará enalteceu o papel do Fórum de Mulheres da organização ECOFEPA, na sensibilização e elevação do nível de participação das mulheres e jovens raparigas na vida política, na sub-região.

Adja Satú Camará Pinto falava no último fim de semana, quando presidia, em Abuja(Nigéria),  a abertura da primeira edição do Simpósio de ECOFEPA, sob lema” Libertar o potencial das mulheres e de jovens raparigas na política e empreendedorismo”.

Camará disse que o tema do simpósio representa um importante meio para atrair a atenção de todos os africanos, em particular a das mulheres e jovens raparigas, em defesa das causas da camada feminina, na sub-região.

Agradeceu aos participantes e as organizações parceiras tendo realçado o papel da ECOFEPA na elevação da participação das mulheres nas esferas de decisão, desde a sua criação.

Satú Camará apelou aos participantes para tirarem o máximo proveito dos intercâmbios do fórum.

O evento com a duração de um dia, foi realizado à margem da primeira sessão do ano 2022 do Parlamento da CEDEAO que decorre em Abuja(Nigéria) desde 09 de junho devendo terminar à 02 de Julho.

De Mamadú Candé, jornalista da TGB, em serviço especial para ANG

Cooperação/PR procura com homólogo de Rwanda maiores proveitos da cooperação Sul/Sul 

Bissau,20 Jun 22(ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embalo, efectuou nos dias 17 e 18 do corrente mês, uma visita à Rwanda a convite do seu homólogo Paul Kagamé.

 De acordo com uma nota do gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República, num encontro, Umaro Sissoco Embaló e Paul Kagamé, centraram as suas atenções no desenvolvimento e na necessidade de se aprofundar, cada vez mais, a cooperação entre os dois países, no âmbito do reforço da cooperação sul-sul.

Umaro Sissoco Embaló, seu homólogo e elementos da delegação que o acompanhou assistiram, no sábado, a cerimónia de encerramento da sessão de formação de um grupo de militares guineenses que haviam sido indigitados para o efeito.

 A ocasião ainda serviu para os dois chefes de Estado passarem em revista a atualidade internacional, em especial, a africana.

 Segundo a Nota, acompanharam o Presidente da República nesta sua nova deslocação a Rwanda, o ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro e o Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, Biaguê Na Ntan.

ANG/ÂC//SG


Política
/Líder do MADEM-G15 diz que “é grave” quando um governo não consegue criar condições para  funcionamento das escolas públicas

Bissau, 20 jun 22 (ANG) – O Coordenador Nacional do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) disse que “é grave” quando um governo não consegue criar condições para o funcionamento dos estabelecimentos de ensino público.

Braima Camará fez esta declaração aos  jornalista no Aeroporto internacional Osvaldo Vieira e também na sede do partido, no regresso ao país, após dez meses de estada em Portugal.

 “Eu não tenho 12 anos nem uma formação superior, mas tenho uma base. Os nossos filhos têm que ir a escola”, defendeu Braima Camará, para depois acrescentar que quem cocluir esse nivel de escolaridade  tem  possibilidades de encontrar o emprego em qualquer parte do mundo.

Disse que decidiu militar no MADEM-G15 como forma de dar a sua contribuição politica para o desenvolvimento do país.

O líder do MADEM-G15 condenou  todos os actos subversivos à ordem no país, desde a tentativa do golpe de Estado de 1 de Fevereiro, ataques à liberdade de imprensa, raptos e espacamentos e assim como a tentativa de assassinato do Deputado Agnelo Regala, na sua residencia.

Para Braima Camará esses atos ameçam a paz, estabilidade, o desenvolvimento e o investimento no sector privado.

O Coordenador do Madem G-15 pediu a coaboração de todos na identificação e denuncia de pessoas que chamam de “ intriguistas e golpistas”, e sustenta que o país  precisa da paz e  estabilidade.

Disse que chegou o momento em que todos os guineenses devem andar de mãos dadas para promover a unidade nacional para  a construção do país.

Por isso, disse esperar que o seu regresso possa contribuir para que seja encontrado um caminho para a paz,  tolerância e o diálogo inclusivo.

“O desenvolvimento da Guiné-Bissau depende dos guinheeses, temos que assumir as verdades, dar razão a quem a tem, para que possamos todos unir e resolver os problemas do nosso país”, disse o Coordenador Nacional do MADEM-G15.

Visivelmente irritado, Braima camará criticou que quando propôs o actual presidente da República como candidato presidencial do partido, em 2018, ficou sozinho com  Umaro Sissoco Embaló. “Hoje, pessoas que nem queriam ouvir o nome dele,outros  que não o apoiavam agora dizem que o apoiam para o segundo mandato”, disse.

Para Braima Camará defendeu que o  segundo mandato é conquistado com bons resultados do exercício do primeiro mandato.

Referiu  que na  coligação governamental cujo o governo liderado por Nuno Gomes Nabiam fora demitido em consequência da dissolução do parlamento, o seu partido detinha o maior número de parlamentares, e que, por isso, deveria ser ele o chefe do governo.  Disse que abdicou-se de assumir a chefia do executivo em nome da paz, estabilidade e da coesão nacional.

Braima Camará alertou sobre a necessidade de se apostar na produção do arroz para se evitar  eventual situações  de  fome no país. “O mundo  está ameaçado pela fome, consequências da pandemia da Covid-19 e da Guerra Ucrania/Russia”, sustentou.

O lider da segunda maior força política do país, a luz das ultimas legislativas, criticou o fato de a Televisão pública(TGB) não ter cobrido o seu regresso ao país, cuja recepção contou com a participação dre várias centenas  de militantes e simpatizantes  do Madem G-15.

“Partidos criados ontem, sem nenhuma representação parlamentar andam com o televisão pública por todo o país, e o lider do Madem regressa após uma longa estada no estrangeiro a Televisão é censurada ?”, protestou Camará acrescentando que a “TGB não é de ninguém”.

Fotes próximas ao partido revelaram nas redes sociais que não foi permitido ao Braima Camará o acesso ao salão VIP, do aeroporto Osvaldo Vieira, conforme pretendia, ele que ainda goza do estatuto de deputado. ANG/LPG/ÂC//SG

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Transportes terrestres/Membros da Comissão Instaladora da ANASER tomam posse

Bissau,17 Jun 22(ANG) – Os membros da Comissão Instaladora da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária(CI-ANASER), foram hoje empossados numa cerimónia presidida pelo ministro dos Transportes e Comunicações.

Na ocasião, Aristides Ocante da Silva disse que o momento é extremamente importante no percurso que estão a fazer no sentido de dotar o país de instrumentos que lhe permita, efetivamente, pôr termo ou minimizar riscos que representam os problemas colocados pela segurança rodoviária.

Aquele responsável disse que o Governo consciente dessa enorme responsabilidade, enveredou-se pela criação de mecanismos que permitam, no final, a criação de condições que garantam, de facto, uma segurança rodoviária  no país.

Aristides da Silva disse que existem indicadores que permitem compreender o diagnóstico actual, no que toca com a segurança rodoviária, nomeadamente o número de acidentes e mortes  nas vias rodoviárias.

“Por isso podemos mesmo indicar que a Guiné-Bissau, em particular a cidade de Bissau, regista um dos piores indicadores, em termos de acidentes e mortes nas rodovias”, sublinhou.

Aristides Ocante da Silva frisou que, se se quer o bem estar social das populações e um quadro de vida propício ao desenvolvimento do país, tem que se  velar  pela segurança rodoviária.

“Mais vale tarde do que nunca. É por esta razão que o Governo está muito empenhado conjuntamente com os seus quadros, para que esse desiderato seja uma realidade”, salientou.

Segundo o ministro dos Transportes e Comunicações, o Governo já aprovou um Projeto-Decreto em fase de promulgação que cria Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária e que aprova igualmente os seus estatutos.

Adiantou ainda que têm outro projeto para a discussão e aprovação em Conselho de Ministros, a Estratégia Nacional de Segurança Rodoviária, cujo agendamento está em curso.

“Para além disso estamos a trabalhar para termos um Plano Nacional de Transportes e Logística, em colaboração com os nossos parceiros, dentre os quais o Banco Mundial”, disse o governante.

Segundo o  Presidente da Comissão Instaladora da ANASER, Maninho Fernandes, esta organização foi criada por deliberação do Conselho de Ministros de 21 de Abril de 2022, como um sistema de gestão de segurança rodoviária e a organização do sistema de informação sobre acidentes de circulação rodoviária.

Fernandes sublinhou que o objetivo da ANASER é combater a sinistralidade rodoviária, com as suas nefastas consequências sociais e económicas à sociedade.

Aquele responsável afirmou que a problemática da segurança rodoviária é atual e mundial, acrescentando que, os dados estatísticos existentes indicam que as mortes nas estradas são a quinta principal causa de óbito de jovens entre os 15 e 29 anos, à frente da Sida, Malária e da Tuberculose. ANG/ÂC




       OMS/Oito países africanos confirmam casos de varíola dos macacos

Bissau, 17 Jun 22(ANG) – Oito países africanos já relataram casos confirmados de varíola dos macacos, com vários outros relatando casos suspeitos, anunciou quinta-feira o director regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a África, Matshidiso Moeti.

Durante um briefing online, a mesma fonte disse que quase 1.900 casos foram confirmados em 39 países ao redor do mundo, incluindo oito na África, escreve a Xinhua.

Gana e Marrocos, que ainda não tinham tido casos, relataram recentemente cinco e um, respectivamente, exemplificou Moeti, observando que outros casos são confirmados na Nigéria, República Democrática do Congo (RDC), na República Centro-Africana, Benin, Camarões e na República do Congo.

Etiópia, Guiné, Libéria, Moçambique, Serra Leoa, Sudão e Uganda, todos sem incidência anterior, também relataram casos suspeitos, adiantou a mesma fonte.

Matshidiso Moeti considerou ainda que como a África enfrenta uma “situação incomum”, deve estar “adequadamente preparada” e ter “acesso equitativo a vacinas e tratamentos”.

Quanto à vacinação contra a varíola dos macacos, a representante da OMS para África adiantou que, embora a organização não recomende a vacinação em massa nesta fase, a África deve estar “pronta se for necessário”.

A OMS disse na terça-feira que convocará seu comité de emergência na próxima semana para determinar se a actual disseminação da varíola dos macacos em países não endémicos constitui ou não uma emergência internacional de saúde pública. ANG/Inforpress/Xinhua

 

Energia/“ A Guiné-Bissau vai beneficiar de  nova central fotovoltaica de 200 megawats”, diz diretor do SJ Group

Bissau, 17 Jun 22(ANG) – O Diretor do SJ Group, companhia dos Emirados Árabes Unidos, afirmou hoje que vão instalar no país,  novo projeto energético de central fotovoltaica de 200 megawats.

Em declarações à imprensa,  Ayaz Mukhi disse que esse projeto fotovoltaico vai ser desenvolvido em quatro fases, sendo que na primeira, os 50 megawats  serão destinados ao  sector agrícola, nomeadamente  para irrigação de cereais e outras culturas e na conservação  dos mesmos.

Informou que a segunda fase se destina a alimentação das fábricas de transformação de caju , que terão a capacidade de descascar cerca de 20 mil toneladas por ano.

O diretor da Companhia SJ Group, agradeceu a iniciativa presidencial dos dois países, frisando que está no país  para representar a  sua instituição pelas futuras atividades que irão desenvolver.

Segundo Ayaz Mukhi, o grupo SJ e outras seis companhias, com sede em Dubai,  vão desenvolver  atividadades agrícolas na Guiné-Bissau.

“Vamos investir em dez projetos na Guiné-Bissau, na agricultura, saúde, energia, segurança e outros durante dez anos,”declarou.

Mukhi revelou  que estão a trabalhar com o governo da Guiné-Bissau, já há  quatro meses, para poder implementar  os projetos  abrangidos pelo acordo já assinado entre os dois países. ANG/JD/ÂC/SG

 

Moçambique/Filipe Nyusi ordena nova ofensiva contra terroristas de Cabo Delgado


Bissau, 17 Jun 22 (ANG) - O chefe de Estado moçambicano ordenou uma ofensiva de caça ao homem contra os terroristas, ordem dada por em visita de trabalho à província de Cabo Delgado onde considerou que apesar dos ataques esporádicos e que estão a semear o terror e a fuga massiva da população, os terroristas estão fragilizados. 

Foi depois de se reunir com as chefias militares da força conjunta da SADC, do Ruanda e das forças nacionais que o Filipe Nyusi, que é também Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança,  decidiu lançar uma ofensiva de caça ao homem e descreveu a actual situação em que se encontram os terroristas.   

"Estão a fugir do fogo intenso, porque as nossas forças, os nossos amigos estão a intensificar o fogo. Estão com fome, mas vamos continuar a perseguir porque eles agora estão a fugir para a zona de Ancuabe, tentaram passar um pouco por Meluco estão a meter medo lá na estrada, só para parecer que eles existem", disse o Presidente.

Dados mais recentes divulgados pela Organização das Nações Unidas que se mostra preocupada com a situacao indica que mais de 17 mil pessoas na sua maioria crianças e mulheres, fugiram das suas casas nos distritos de Ancuabe e Chiúre, após os ataques da última semana.  

Os terroristas parecem estar a proximar-se cada vez mais da cidade de Pemba, causando "pânico" entre a população e levando ao encerramento de muitas escolas da região. ANG/RFI

 

Acidente marítimo/Duas pessoas dadas como desaparecidas no naufrágio de piroga nas ilhas de Bijagós


Bissau,17 Jun 22(ANG) – Pelo menos duas pessoas são dadas, desde quinta-feira, como desaparecidas, em consequência do naufrágio de uma piroga proveniente da ilha de Caravela, no arquipélago de Bijagós, com destino à Bissau.

Em declarações à imprensa, o Capitão dos Portos da Guiné, Quifadé Pedro Nunes disse que a embarcação tinha no total 24 pessoas a bordo, partiu de Caravela por volta das 09 horas da manhã, com destino a Bissau, tendo efectuado uma escala em Caraxe onde apanhou alguns passageiros.

Aquele responsável acrescentou que, após ter escalado na ilha de Caraxe, a embarcação viria a partir para Bissau somente às 18 horas, momento não aconselhável para a circulação das canoas devido ao mau tempo e falta de visibilidade.

“Por isso, supomos que, um dos motivos do acidente tem a ver com a falta de visibilidade, porque, segundo informações que temos, a piroga embateu-se duas vezes na pedra, o que indica que estava a andar em grande velocidade”, disse Pedro Nunes.

Segundo Quifadé Pedro Nunes, a piroga só tinha um motor, o que, de acordo com este responsável, não é aconselhável.

A Capitania dos Portos da Guiné já mobilizou três vedetas para a busca das duas pessoas desaparecidas. ANG/ÂC//SG

 

Wiki Leaks/Governo britânico autoriza extradição de Julien Assange para os Estados Unidos


Bissau, 17 Jun 22 (ANG) - A extradição do antigo hacker e dirigente do site WikiLeaks, Julien Assange, que passou sete anos refugiado na Embaixada do Equador em Londres, foi autorizada pelo Governo britânico.

Julien Assange está acusado de crimes que perfazem uma pena de reclusão de 175 anos

A extradição já tinha sido decidida pelos tribunais britânicos e foi agora autorizada pelo Governo de Boris Johnson, com Julien Assange a ter 14 dias para recorrer por via legal, senão será extraditado para os Estados Unidos, onde será julgado por envolvimento em 18 alegados crimes de espionagem e invasão de computadores.

O antigo líder do portal Wikileaks revelou provas dos abusos cometidos pelos Estados Unidos na base militar de Guantánamo e nas guerras no Iraque e no Afeganistão, questionando a estratégia militar dos norte-americanos em diferentes cenários de guerra.

Assange terá divulgado cerca de 700 mil documentos confidenciais dos Estados Unidos da América.

A saga legal de Julian Assange, que é australiano, começou em 2010 quando foi preso por acusações de crimes sexuais, tendo depois estado refugiado quase 10 anos na Embaixada do Equador em Londres e estando detido há três anos pelas autoridades britânicas.

O grupo que continua a gerir o portal Wikileaks defendeu que hoje se trata de "um dia sombrio para a liberdade de imprensa e para a democracia britânica", insistindo que Assange "não fez nada de errado" e está "a ser punido por fazer o seu trabalho". ANG/RFI

 

 

Política/Ministro da Administração Territorial preocupado com demora dos materiais para arrancar de recenseamento


Bissau, 17 Jun 22(ANG) – O ministro da Administração Territorail e Poder Local desse estar preocupado com a demora dos meteriais para o arrancar do processo de recenseamento eleitoral no país, com vista a realização das legislativas previstas para 18 de Dezembro proximo.

Fernando Gomes que falava à imprensa no final da visita que efectuou ao Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) disse que é necessário equipar   esse organismo com tudos os meios para que possa iniciar  o processo.

Segundo Gomes, a GTAPE dispõe de Kits suficentes mas depara-se com falta de impressoras.

“ Os técnicos são muito capazes, experientes, mas faltam meios, por isso como ministro vou encetar contactos de alto nivel, no sentido de comunicar ao governo sobre a situação que constatei aqui no GTAPE”, garantiu.

Fenando Gomes disse que está preocupado, porque o GTAPE é que trata da parte operacional e é necessário que tenha meios para que possa fazer um trabalho num prazo  recorde.

“Vamos fazer o máximo esforço para resolver essa questão. Não é facil com este condicionalismo, porque  entramos na época da chuva e se os materiais não chegarem a tempo ? Vamos imaginar o mes de Agosto onde a chuva cai com mais intensidade... isso vai ser complicado. Sou optimista e acredito que se vai encontrar uma solução”, afirmou.

 Segundo o ministro, o governo já pagou os materiais necessários à empresa que deve os  produzir, e  agora aguarda-se pela  sua chegada.

Interrogado se o recensemento vai ser de raíz, disse que foi essa a decisão politica.

Questionado se vai ser preciso apoio financeiro, o ministro disse que sim, mas não na totalidade, porque o governo tem no  Orçamento Geral o necessario para realização das eleições. ANG/LPG//SG

 

 

 

 

 

 

      Comércio Internacional/OMC suspende patentes das vacinas anti-Covid

Bissau, 17 Jun 22 (ANG) - A 12° conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio terminou esta sexta-feira, 17 de Junho, em Genebra, na Suíça com o compromisso da  OMC   adoptar medidas para enfrentar a insegurança alimentar agudizada pela guerra na Ucrânia e de suspender temporariamente as patentes das vacinas anti-Covid.

Após vários dias de discussões, os países membros da Organização Mundial do Comércio chegaram a acordo sobre cinco temas: pandemia, pesca, insegurança alimentar, reforma da OMC e transações electrónicas.

Os 164 Estados membros da OMC concordaram em levantar durante cinco anos as patentes das vacinas anti-Covid para os países em vias de desenvolvimento. Os países comprometem-se ainda a moderar as restrições na exportação das vacinas, tratamento e produtos médicos, considerados essenciais na luta contra a Covid-19.

No que refere à pesca, os Estados concordaram em acabar com as ajudas que financiam a pesca ilegal. Porém, os países em vias de desenvolvimento, nomeadamente os menos avançados, vão beneficiar de uma derrogação de dois anos na Zona Económica Exclusiva.

A directora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, sublinhou que este acordo “é mais um passo importante para regulamentar a pesca em alto-mar”.

Relativamente à questão da insegurança alimentar, agravada pela guerra na Ucrânia e que fez disparar os preços de diversos produtos alimentares, a OMC destacou a urgência de “ não impor proibições ou restrições às exportações”, contrárias às regras da organização. Os membros decidiram igualmente isentar “os produtos alimentares destinados à ajuda humanitária”, adquiridos pelo Programa Alimentar Mundial.

Na questão da reforma, que tem sido reclamada por vários Estados membros, o documento apela a OMC a "melhorar todas as funções" da organização, cujas regras pouco mudaram desde a sua criação em 1995, e pede que o sistema de solução de controvérsias - o tribunal da OMC - esteja operacional "em 2024".

Os países membros da OMC concordaram ainda em não impor taxas alfandegárias nas transações electrónicas, apesar da oposição inicial da Índia e da África do Sul, que denunciaram o impacto negativo nos pequenos comerciantes.

Os dois países decidiram manter a moratória até a próxima  conferência ministerial da OMC, agendada para 31 de Dezembro de 2023. Os Camarões e os Emirados Árabes Unidos já ofereceram para organizar. ANG/RFI

 

 

Política/Ministro da Administração Territorial e Poder Local promete prestar maior atenção à CMB

Bissau, 17 Jun 22 (ANG) – O novo  Ministro da Administração Territorial e Poder Local prometeu prestar maior atenção à Camara Municipal de Bissau, visando melhor desempenho da edilidade.

Fernando Gomes  fez essa promessa no decurso da  visita que efetou àquela instituição municipal, quinta-feira, para se inteirar do seu funciomento.

Reconheceu grandes esforços feitos pelos funcionários da câmara, mas disse que é preciso fazer mais  e  melhor.

Gomes  prometeu passar mais vezes na câmara e instituicôes que tutela para ouvir as preocupações dos funcionários

″Hoje, só passei para vos saudar e felicitar os trabalhos que estão a fazer, e conhecer as dificuldades que enfrentam. Tomei boa nota e vou arranjar um momento para voltar aqui e sentar com dirigentes da câmara para conhecer as dificuldades e trabalhar aspetos que fazem parte dessas  dificuldades”,  disse.

Segundo Fernando Gomes, o presidente do comité sindical dos trabalhadores da CMB apresentou lhe  algumas preocupações relacionados aos desvios de procedimentos que podem consubstanciar práticas de corrupção,  e também a questão de reformas dos funcionários..

O ministro frisou que a questão das reformas dos funcionários não é algo menor, mas que  também  não  constitui grandes preocupações, por ser uma situação comum em todas as instituições de Estado da Guiné-Bissau,  mas que deve ser resolvida.

O governante disse que não é admissível que alguém trabalhasse durante vários   anos, a servir o Estado, e quando chegar a  idade de reforma ganha  uma “quantia miserável que não o dignifica”.

Gomes disse  ter uma responsabilidade acrescida em relação a questão da reforma, e garante que enqunto  responsável pela tutela da instituição,  vai encetar diligências para que uma solução justa seja encontrada.ANG/MI/SG

            ONU/Mais de 15 milhões de sudaneses enfrentam crise alimentar

Bissau, 17 Jun 22 (ANG) - Mais de 15 milhões de sudaneses, cujo país está a afundar-se numa estagnação política e económica, enfrentam uma crise alimentar, segundo uma avaliação da ONU.

"Um recorde de 15 milhões de pessoas no Sudão - um terço da população - enfrentam actualmente uma insegurança alimentar aguda", de acordo com uma avaliação do Programa Alimentar Mundial (PAM).

Em Setembro, "18 milhões de sudaneses, ou seja cerca de 40% da população do país, vão enfrentar uma situação de crise alimentar", advertem o PAM e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) numa declaração conjunta.

Para as duas agências da ONU, os choques climáticos (inundações e secas) e as deslocações da população contribuem para o agravamento da insegurança alimentar, bem como os confrontos armados e as colheitas insuficientes.

Devido ao conflito militar entre a Rússia e a Ucrânia, as importações são mais baixas e os preços mais elevados das mercadorias estão a atingir duramente os sudaneses.

Todas as 18 regiões do Sudão são afectadas pela insegurança alimentar, mas a localidade de Krink, em Darfur, Sudão ocidental, onde os confrontos no início de Abril mataram 179 pessoas e deslocaram 150 mil, é a mais fustigada, com 90% da sua população a sofrer de fome, de acordo com o comunicado conjunto.

O trigo e o pão são escassos em todo o país e os agricultores estão a lutar para vender as suas colheitas dado que o Governo, que todos os anos comprava as suas colheitas, não tem dinheiro.

Os cofres do Estado estão vazios desde o golpe de Estado do chefe do exército, General Abdel Fattah al-Burhane, em Outubro de 2021.

O Sudão perdeu a sua ajuda internacional, ou seja, 40% das suas receitas, como retaliação ao golpe, a libra sudanesa entrou em colapso e a inflação atinge os 200%. ANG/Angop