quarta-feira, 13 de agosto de 2025

 EUA/ “Se Putin não acabar com guerra haverá consequências muito graves", diz Trump 

Bissau, ANG) - 13 Ago 25 (ANG)- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou, esta quarta-feira, para a existência de "consequências muito graves" caso o homólogo russo, Vladimir Putin, não concorde em colocar um fim à guerra na Ucrânia após o encontro que estes vão ter na sexta-feira, no Alasca.

As declarações, citadas pela Associated Press (AP), surgem no mesmo dia em que o presidente de França, Emmanuel Macron, esteve reunido com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, em França.

Para além do encontro com Costa, Macron falou no final de duas reuniões por videoconferência com líderes europeus, entre os quais o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente ucraniano,

Volodymyr Zelensky. Depois, falou com Trump, tendo garantido que a vontade dos Estados Unidos é a de "obter um cessar-fogo" na Ucrânia.

Segundo Macron, Donald Trump vai "batalhar para obter uma reunião trilateral", com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.

Na reunião que Macron teve com Zelensky, o presidente ucraniano disse, citado pela AP, que Putin está a fazer 'bluff' antes da reunião com Trump e que está também a "tentar exercer pressão [...] sobre todos os setores da frente ucraniana" naquilo a que chama uma tentativa de mostrar que a Rússia é "capaz de ocupar toda a Ucrânia."

A dois dias da cimeira entre Trump e Putin, as forças russas fizeram, na terça-feira, o maior avanço em 24 horas em território ucraniano em mais de um ano, segundo dados do Instituto norte-americano para o Estudo da Guerra.ANG/Lusa

 

Saúde/ Inaugurado Centro de Telemedicina e saúde no Hospital Nacional Simão Mendes

Bissau, 13 Ago 25 (ANG) – O Presidente da República inaugurou , terça feira, um Centro de Telemedicina e Saúde, no Hospital Nacional Simão Mendes.

O centro vai permitir consultas, acompanhamento de exames e outros serviços médicos à distancia, garantido acesso à cuidados  de saúde de qualidade, especialmente para os cidadãos nas regiões.

Umaro Sissoco Embaló disse que o funcionamento do centro vai reduzir a necessidade de evacuação médica para o exterior e reforçar a segurança na prestação de cuidados de saúde.

O PR reafirmou o seu compromisso de continuar a investir na promoção da saúde para o bem estar da população.

 Para assegurar o funcionamento, sem interrupção, do centro, o chefe de Estado recomendou o recurso a internet Starling e  prometeu  usar a sua influência para estabelecer parceria no domínio de Telemedicina com a França, Espanha e Portugal.

Sissoco Embaló recomendou ao Primeiro-ministro, Braima Camará a convidar os Embaixadores desses países  para visitarem o centro.

O Representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) Walter Kazadi Mulombo considerou de “marco histórico” a inauguração do centro nacional de Telemedicina e saúde , por possibilitar o reforço da capacidade de resposta e de inovação do Sistema Nacional de Saúde.

Segundo Walter Kazadi Mulombo e para garantir o funcionamento  eficaz do centro, a OMS financiou a formação de  50 profissonais de saúde em medicina geral.

Disse esperar que este serviço reduza  a longa lista de espera de evacuação dos doentes para o estrangeiro, permitindo que as consultas especializadas sejam feitas localmente ou no outro país à distancia.

Walter Kazadi Mulombo reafirmou o compromisso  do sistema das Nações Unidas de continuar a atrabalhar com o Governo e todos os atores do sector de saúde para melhorar a prestação do serviços em todo o país. ANG/LPG//SG

 

34ºaniversário da LIGA/ A organização se considera “força implacável” na defesa dos direitos humanos

Bissau, 13 Ago 25 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos LGDH assinalou terça feira, os 34 anos de sua existência, sob o lema: “34 Anos pela Liberdade, Dignidade e Justiça para Todos”.

Segundo o comunicado alusivo ao evento , à que a ANG teve acesso esta quarta-feira ,a organização de defesa dos Direitos Humanos destaca que  ao longo de mais de três décadas,  tem sido uma força implacável na defesa dos direitos humanos, elevando-se como a voz dos silenciados e a guardião incansável da dignidade e da justiça na Guiné-Bissau.

O comunicado refere que neste “marco histórico”,  organização presta uma homenagem aos seus fundadores que, em 1991, num cenário de incerteza e fragilidade institucional, tiveram a coragem e a visão de erguer uma voz coletiva em defesa dos direitos fundamentais de todos os cidadãos guineenses.

Refere que o legado destes pioneiros é o alicerce sólido onde continua a assentar a sua luta firme e intransigente por um país livre, democrático, justo e digno para todos.

“O aniversário é assinalado  num momento crítico, em que os direitos humanos enfrentam uma encruzilhada perigosa, marcada por retrocessos e violações sistemáticas tais como detenções arbitrárias, torturas cruéis e restrições ilegais às liberdades fundamentais, sobretudo as de reunião, manifestação e da imprensa”, lê-se no comunicado.

A Liga ainda  refere que as comemorações decorrem num contexto marcado por um silêncio ensurdecedor em torno da alegada execução sumária de Mamadu Tano Bari, antigo comandante das Operações Especiais da Presidência da República.

“A sua morte foi confirmada pela família, após o reconhecimento de vestígios – vestuário e calçado junto a um corpo descoberto por pescadores à 23 de julho de 2025. A inexplicável ausência de investigação judicial séria que esclareça as circunstâncias desta presumível execução criminosa perpetua a impunidade e destrói a confiança no sistema de justiça”, refere o comunicado.

A Liga exige  que os responsáveis morais e materiais sejam identificados, levados a julgamento e punidos exemplarmente.

No comunicado a organização critica que se regista no pais uma  degradação acelerada dos serviços sociais essênciais, saúde, educação, acesso a água potável e energia elétrica.

 “A isto soma-se a escalada galopante da corrupção, da criminalidade organizada e da impunidade, que corroem as bases do Estado de Direito, fragilizam as instituições e aprofundam o sofrimento do povo”, referiu.

A Liga ainda Criticou, em comunicado, o que diz ser  manipulação e instrumentalização da justiça para fins políticos e partidários, transformando-a numa arma de repressão para calar vozes dissidentes, ferindo gravemente a independência judicial e violando o princípio fundamental do devido processo legal.

No que concerne aos direitos dos grupos vulneráveis, a Liga Guineense dos Direitos humanos disse que persistem violações intoleráveis contra crianças, pessoas com deficiência e, especialmente, mulheres, que continuam a  enfrentar discriminação estrutural, agravada por um aumento alarmante da violência baseada no género, incluindo violência doméstica, mutilação genital feminina, casamentos infantís e forçados - práticas que atentam contra os direitos humanos mais elementares e o Estado de Direito.

ANG/LPG//SG

 

Sociedade /LGDH promove ateliê de capacitação sobre monotorização do discurso de ódio online e ofline na Guiné-Bissau

Bissau, 13 Ago 25 (ANG) A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH),em parceria com a Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) organiza de 13 á 14 do mês em curso um ateliê de capacitação sobre a monotorização do discurso de ódio online e ofline na Guiné-Bissau.

Durante os dois dias de formação financiada pelas Nações Unidas serão discutidas entre outros temas, os Direitos Humanos, como o discurso de ódio viola os direitos das pessoas, o papel dos monitores no terreno e como encontrar soluções legislativas para pôr cobro a situação.

O evento, de acordo com um documento entregue aos jornalista, marca o início de uma ação nacional de monotorização, com o objectivo de identificação,análise e denúncia responsável do discurso de ódio ,com base em normas legais e príncípios de Direitos Humanos.

Ao presedir o ato de abertura, em representação da Ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Degol Mendes disse que o discurso de ódio tem como finalidade, humilhar, denegrir e incentivar a violência contra determinados grupos ou pessoas.

Mendes, citando a Associação Portuguesa de Apoio à Vitima, disse que o disrcurso de ódio é toda a expressão negativa acerca do grupo ou indivíduo, frequentemente baseado no preconceito que defunde, incita e promove a violência contra a pessoa, com base na sua identidade, realçando que a discusão sobre o tema  ganha cada vez mais força, bem como o seu tratamento juridico tem recebido cada vez mais atenção na maioria das sociedades democráticas.

“Este ato, além de ser simbólica é de muita importância, atendendo as rápidas mudanças globais ,num mundo cada vez mais enfraquecido e fragmentado por discursos de ódios nas plataformas digitais,  numa era em que a simulação de informações tem influenciado, de forma significativa, o destino das governações,a vida das pessoas ,suas crenças e convicções”,sublinhou.

Degol Mendes salientou que, na Guiné-Bissau, as instituições enfrentam desafios extruturais, e que a coesão social será um grande dasafio para os próximos tempos, frisando que o dirscurso de ódio pode ter efeitos particularmente devastadores, tais como o enfraquecimento do tecido social .

Segundo  a 1ª vice-presidente da LGDH, Claudina Viegas, a ação  de capacitação  serve para munir as associações da sociedade civil,  de conhecimentos que os permitirão atuar no terreno .

“A ideia é  ter lhes no terreno para entender, identificar, analisar ,recolher dados e propôr soluções para combater o discurso de ódio na Guiné-Bissau , que tem vindo a ploliferar nas nossas comunidades e com mais força nas redes socias”, disse.

Caludina Viegas lamentou o mau uso das redes socias para propagar discurso de ódio ,violência ,descriminação e injúrias ,por isso sugere medidas  por parte da sociedade civil, do Governo e de cada cidadão. ANG/MSC//SG

 

 

 

Regiões / Presidente do Instituto Nacional da Juventude recomenda aos jovens o recurso ao    empreendedorismo

Canchungo, 13 Ago 25 (ANG) -  O Presidente do Instituto Nacional da Juventude Ussumane Sadjo apelou aos jovens para  se recorreram ao empreendedorismo para que possam contribuir para o desenvolvimento sustentável do país.

O apelo , de acordo com o despacho da Correspondente regional da ANG de Cacheu foi feito na abertura  da XIX Edição da Escola Nacional de Voluntariado da RENAJ,  a decorrer sob o Lema "Juventude Participação Cívica e Governança Democrática, que País Almejamos no Horizonte 2025 a 2030", em Canchungo.

Na ocasião, e em representação do Governo da Guiné-Bissau, Ussumane Sadjo disse que o Executivo guineense  apoia a realização da Escola Nacional de Voluntariado para que seja um espaço educativo e de aquisição de conhecimentos sobre a  realidade guineense pelos jovens campistas, devido a atenção que pretende dar aos jovens.

Sadjo apelou a união entre os jovens guineenses na política partidária.

Por sua vez, o Presidente da Rede Nacional das Associações Juvenís-RENAJ, Abulai Djauara pediu ao Governo  para  garantir  Educação e Saúde de qualidade aos jovens para que  possam contribuir para o desenvolvimento harmonioso e sustentável do país.

Djauara exortou aos jovens para abandonarem as práticas de consumo de drogas, álcool, a prostituição e de uso negativo das redes sociais.

O Administrador do setor de Canchungo, Albino Camepilim Mendes declarou na ocasião a disponibilidade de  prestar apoio à RENAJ, na medida das suas possibilidades, no decurso da realização da XIX Edição da Escola Nacional de Voluntariado de 2025.

A XIX Edição da Escola Nacional de Voluntariado da RENAJ vai prolongar em Canchungo até ao próximo dia 25 de Agosto , juntando 300 jovens, provenientes de diferentes localidades  da Guiné-Bissau.  ANG/AG/SG

França /Presidente Macron reconhece “responsabilidade” na guerra colonial nos Camarões

Bissau, 13 Ago 25 (ANG) - O Presidente Emmanuel Macron reconheceu que a França travou "uma guerra" nos Camarões contra os movimentos de libertação antes e depois da independência em 1960.

Numa carta enviada ao seu homólogo camaronês, Paul Biya, Macron admitiu que lhe cabe “assumir hoje o papel e a responsabilidade de França nos acontecimentos”.

Este reconhecimento oficial surge na sequência de um relatório de uma comissão de historiadores, apresentado em Janeiro ao Presidente francês e que, segundo a carta assinada por Emmanuel Macron, "mostrou claramente que ocorreu uma guerra nos Camarões, durante a qual as autoridades coloniais e o exército francês exerceram violência repressiva de vários tipos".

Por isso, Macron admitiu que lhe cabe “assumir hoje o papel e a responsabilidade de França nos acontecimentos”, ou seja, a guerra levada a cabo pelo exército francês contra os movimentos independentistas e de oposição nos Camarões entre  1945 e 1971. O Presidente francês é explícito na carta ao acrescentar que “a guerra continuou para além de 1960 com o apoio de França às ações levadas a cabo pelas autoridades independentes camaronesas".

Emmanuel Macron não abordou a questão das reparações, como pedem muitos antigos combatentes camaroneses.

O relatório da comissão, presidida pela historiadora Karine Ramondy, analisa, também, a passagem por parte das autoridades coloniais francesas da repressão para uma "guerra" que teria feito “dezenas de milhares de vítimas" e que ocorreu no sul e oeste do país entre 1956 e 1961. Por outro lado, sublinha que "a independência formal [dos Camarões em Janeiro de 1960não constitui de forma alguma uma ruptura clara com o período colonial". Lembra, também, que Ahmadou Ahidjo, primeiro-ministro e depois Presidente em 1960, estabeleceu "um regime autocrático e autoritário com o apoio das autoridades francesas, representadas por conselheiros e administradores, que deram carta branca às medidas repressivas adoptadas", segundo os historiadores. De notar que o atual Presidente Paul Biya foi um colaborador próximo de Ahmadou Ahidjo na década de 1960, até se tornar primeiro-ministro em 1975 e Presidente em 1982. Hoje, aos 92 anos, vai concorrer a um oitavo mandato nas presidenciais de 12 de Outubro e o Conselho Constitucional rejeitou a candidatura do seu principal adversário, Maurice Kamto.

O reconhecimento da responsabilidade de França na guerra nos Camarões é mais um passo na política memorial do Presidente Macron relativamente a África, após documentos semelhantes sobre o Ruanda e a Argélia, outras páginas sombrias da história colonial francesa em África.ANG/RFI

  

Saúde/“A Inspeção Geral de Saúde deve funcionar para detetar  as irregularidades que se registam  no setor”, diz o  Presidente da República

Bissau, 13 Ago 25 (ANG)- O Presidente da República (PR) Umaro Sissoco Embaló recomendou , terça-feira, que a  Inspeção Geral de Saúde Pública funcionasse na sua plenitude para detetar as irregularidades que se verificam no setor da saúde.

Umaro Sissoco Embaló falava no cerimónia de  entrega de 11 ambulâncias  ao Ministério de Saúde Pública, doadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para minimizar as suas dificuldades e facilitar a evacuação de pacientes ao nível nacional.

“A Inspeção Geral de Saúde tem que funcionar no país, porque existem várias irregularidades no nosso sistema de saúde. Por exemplo, existem clínicas e farmácias que não estão em condições de funcionar”, disse o Chefe de Estado guineense.

Umaro Sissoco Embaló acrescentou que deve ser criada uma Ordem dos Farmacêuticos para regularizar o funcionamento das farmácias no país, uma vez que  muitos  medicamentos vendidos podem pôr em causa a vida humana.

O novo Ministro de Saúde Pública, Augusto Gomes prometeu o uso coreto   das viaturas recebidas de modo a beneficiar o povo e  reforçar as capacidades do sistema de saúde.

“A  aquisição destas 11 ambulâncias visa fortalecer a capacidade do sistema de saúde e de atender outras necessidades emergentes, contribuindo, significativamente, para a melhoria dos serviços prestados à população guineense” , contou aquele governante.

O representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) Walter Kazadi Mulombo disse que essas viaturas vão permitir o transporte  rápido e segura de pacientes  e sobretudo para pessoas que se encontram nas zonas de difícil acesso dos meios de transporte.

As 11 ambulâncias  foram adquiridas pela a OMS com o  financiamento do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) no valor de 632.549 dólares americano. ANG/AALS//SG

 São Tomé e Príncipe/ Deplora a fuga de cérebros para ao estrangeiro

Bissau, 13 Ago 25 (ANG) - O primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, deplora a fuga de cérebros para o estrangeiro e pretende implementar uma migração consciente.

A decisão acontece numa altura em que o executivo pretende apostar numa iniciativa de "Cidadania por investimento".

 Migração consciente” é o que pretende o Governo com esta iniciativa. O documento espelha de forma detalhada os processos e documentos necessários para que um são-tomense possa entrar em Portugal, viver, trabalhar ou estudar legalmente.

O caderno de bolso sobre a migração consciente foi produzido pela Embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal. Segundo o embaixador, Esterline Género, este documento tem por objectivo informar os emigrantes sobre todo o processo de emigração para Portugal.

Portugal é, actualmente, o principal destino dos são-tomenses e o primeiro-ministro do arquipélago africaco pretende uma migração controlada e que não traga constrangimentos para o executivo e para os cidadãos .

Para o chefe do Governo, Américo Ramos, travar a emigração só será possível com o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.

Enquanto não atingimos o nível de desenvolvimento desejado, devemos saber gerir os fenómenos migratórios com responsabilidade.

A migração está, por isso, na agenda política deste Governo.

Por outro lado, o actual executivo implementou o Programa de Cidadania por Investimento, que visa atrair capital estrangeiro e impulsionar sectores-chave da economia nacional, sustentada por um quadro legal robusto e alinhada às melhores práticas internacionais.

Os fundos angariados serão integralmente depositados no Fundo Nacional de Transformação (FNT), destinado a financiar projectos estruturantes nas áreas de energia, portos, aeroportos, habitação, saúde, educação, turismo e indústria, garantindo impacto directo no desenvolvimento do país.

O modelo estabelece um investimento mínimo de 90.000 USD para candidatos individuais e 95.000 USD para famílias de até quatro membros, acrescido de 5.000 USD por dependente adicional, bem como uma taxa de processamento e verificação de USD 5.000, não reembolsável.

Para garantir promoção e gestão eficazes, o Governo celebrou um acordo exclusivo de dez anos com a empresa Passport Legacy, sediada no Dubai, Emirados Árabes Unidos, que fica responsável pela operação técnica e pela divulgação internacional do programa, prevendo-se, ainda, a abertura de uma embaixada em Abu Dhabi e de um Consulado-Geral no Dubai.ANG/RFI

 

Portugal/Após chumbo do Tribunal Constitucional, "Governo deveria investir em políticas de integração"

Bissau, 13 Ago 25 (ANG) - O Tribunal Constitucional português chumbou cinco normas da Lei dos Estrangeiros, especialmente ligadas ao reagrupamento familiar.

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que mandou fiscalizar esta lei, disse que houve uma clarificação enquanto o Governo diz que vai corrigir mas vai manter restrições. A presidente da Casa do Brasil de Lisboa, Ana Paula Costa, diz que seria uma boa oportunidade para "investir em políticas de integração" em vez de tentar controlar a imigração.

Das oito normas enviadas para o Tribunal Constitucional pelo Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, cinco foram consideradas inconstitucionais e dizem sobretudo respeito a regras que regem o reagrupamento familiar para estrangeiros que vivem em Portugal. 

Para Ana Paula Costa, presidente da Casa do Brasil de Lisboa, que teve uma audiência com o Presidente de forma a pedir a fiscalização desta lei, havia nela normas "absurdas".

"Esse projecto de alteração à Lei de Estrangeiros, que foi proposta pelo Governo, tinha uma série de absurdos. Não precisava, muito honestamente, de ter um conhecimento muito profundo na matéria para saber que tinham coisas muito problemáticas, pouco objetivas e que feriam aqui alguns princípios. Quando nós pedimos a audiência com o Presidente da República e preparamos documentos, nós descrevemos todos esses problemas e a violação mesmo de direitos e princípios constitucionais. Pedimos que ele enviasse o projeto para o Tribunal Constitucional e  fomos ouvidos e ele enviou. E de facto, depois veio a confirmar-se que as questões problemáticas inconstitucionais que tínhamos apontados de facto feriam aqui os direitos das pessoas imigrantes. O Tribunal Constitucional tem esse papel de zelar pelo princípio da Constituição e também garantia dos direitos", disse Ana Paula Costa também investigadora no domínio das migrações.

Esta líder associativa espera agora que o Governo respeite este chumbo e considera mesmo que "não há nada de mal" com a lei portuguesa que rege a imigração, exceto as alterações recentes que impedem que a residência seja pedida através de um contrato de trabalho. Ana Paula Costa relembra mesmo que Portugal já chegou a ser elogiado pela sua política de reagrupamento familiar que o Governo quer agora alterar.

"Portugal já foi muito elogiado pela sua política de imigração, pela sua lei de estrangeiros, inclusive pelo reagrupamento familiar. O respeito que tinha por esse entendimento de família, pelas regras familiares, de facto, respeitar o direito à união familiar. Não havia nenhum problema disso. O que nós tínhamos e continuamos a ter é um problema de implementação dessas políticas. E aqui, infelizmente, o que nós temos visto é que esse argumento da capacidade administrativa, ele tem sido utilizado de uma forma descontextualizada, porque o Estado, ele tem responsabilidade para com seus cidadãos", esclareceu.

Entre as regras que os juízes chumbaram estava a cláusula em que só os menores presentes no território nacional contavam para o reagrupamento familiar e não o cônjuge. Outra regra também chumbada foi o prazo para este reagrupamento familiar que a lei queria alargar para dois anos após a atribuição de residência. Para esta investigadora, o reagrupamento familiar é algo essencial para a integração dos imigrantes e devia ser em políticas de integração que o executivo devia passar a apostar.

"Quando nós falamos de reagrupamento familiar, além de falar do direito de reunião familiar e de união familiar desse agregado familiar, também há dois elementos que é fundamental do meu ponto de são fundamentais: primeiro é essa questão do pertencimento, quando as pessoas estão com a sua família, estão inseridas num território, constituem uma vida e isso favorece esse sentimento e essa noção de pertencimento dos imigrantes para a comunidade de acolhimento [...] e falando em alterações legislativas, muito tem-se falado em restringir, limitar a entrada, permanência, a expulsão, mas não se tem falado nada sobre as políticas de integração que são fundamentais", concluiu. ANG/RFI

 

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Politica/ Governo instruído pelo PR  para evitar mudanças  do pessoal dirigente da Administração Pública

Bissau, 12 Ago 25 (ANG) – O Presidente da República deu instruções ao novo Governo  no sentido de  evitar mudanças  do pessoal dirigente da Administração Pública, salvo “ponderosas razões” de ordem institucional.

Segundo o comunicado da reunião do Conselho de Ministros desta terça-feira, à que a ANG teve acesso, Umaro Sissoco Embalo deu estas instruções na primeira sessão ordinária do Conselho de Ministros, do novo governo, liderado por Braima Camará.

De acordo com o Comunicado, os trabalhos da reunião se iniciaram com a observância de um minuto de silêncio em memória das vítimas das cheias provocadas por chuvas fortes  na República de Cabo-Verde, concretamente na Ilha de São Vicente, tendo o Governo reiterado suas sentidas condolências às autoridades cabo-verdianas e  famílias enlutadas.

O comunicado  refere que, por se tratar da primeira reunião , o Chefe de Estado transmitiu um conjunto de orientações gerais para o bom funcionamento do Governo, assim como para a execução dos objetivos da governação, relacionadas a organização e realização das eleições gerais, agendadas para  23 de Novembro próximo.

Na ocasião,  Braima Camará saudou os membros do Governo e os exortou a trabalharem em espírito de equipa, formulando à todos votos de sucessos no exercicio das suas funções, visando a construção do progresso e  bem-estar social do povo guineense. ANG/LPG//SG

 

 Dia Internacional da Juventude / FNUAP destaca papel dos jovens na transformação do mundo

Bissau,12 Ago 25 (ANG) -  O Fundo das Nações Unidas para População (FNUAP) destacou, no âmbito das celebrações do Mundial da Juventude, o papel vital dos jovens na transformação do mundo.

O reconhecimento da FNUAP, foi revelada através da  página de Facebook da organização, por ocasião do Dia Mundial da Juventude, que se assinala hoje, 12 de Agosto , sob o lema: “ Ações Locais da Juventude para os ODS e Além”.

O lema, de acordo com a mesma publicação,  reforça a necessidade de políticas inclusivas que incentivem a participação dos jovens na vida comunitária.

A publicação acrescentou que a data também assinala o 30.º aniversário do Programa de Ação Mundial para a Juventude, um documento que reconhece os jovens como parceiros fundamentais no desenvolvimento sustentável.

Refere-se na publicação que a  criatividade, energia e profundo conhecimento das comunidades são essenciais para transformar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em ações concretas e impactantes.

Os jovens são, para o FNUAP, verdadeiros agentes de mudança, que trazem  ideias inovadoras para a construção de sociedades mais justas e inclusivas.

Ao longo dos anos, os temas desta celebração têm abordado desde a segurança alimentar até à saúde mental, numa demonstração da  ligação entre a juventude e o desenvolvimento global.

Na Guiné-Bissau, o FNUAP destaca  que  trabalha “incansavelmente com e para os jovens” com o objetivo de fortalecer as suas capacidades, promover a sua participação ativa e garantir o seu empoderamento, para  que todos os jovem atingiam o seu pleno potencial. ANG/LPG//SG

 

 Torneio Cascais-Luso Cap17/Guiné-Bissau e Angola partilham liderança do grupo “B”

Bissau, 12 Ago 25 (ANG) – A Seleção de Futebol da Guiné-Bissau de camada Sub-17 empatou, segunda-feira a 0-0 com a sua congénere de Angola, numa partida à contar para a 2ª mão do torneio Cascais-Luso Cap U17, que decorre em Portugal.

Com  este resultado, as duas seleções partilham a liderança do grupo “B” do torneio.

Para  este    encontro, o técnico dos “Djurtinhos” Rafael Martinho convocou os seguintes atletas para o 11 inicial.

Guarda redes, Aurelhano Martins, na posição defensiva, Abdu Dafe, Wiliam Gomes, Aristotles Intumbu, Sene Baldé e Herculano Ié, para o centro do campo, foram convocados Aba Queita, Ramiro Cá e Juninho Quenda, na frente de ataque, joaram Firmino Moreira e Joel Ncanhe.

No banco de suplentes estiveram Rui Biaia, Fábio Fonseca, Sana Baldé, Bubacar Baldé e Silvano Quenda.

A Guiné-Bissa já havia batido a sua congénere de Portugal por 5-2, logo na abertura do torneio, empatou a 0-0 bolas com Angola no segundo encontro no dia 11, e caso vencer quarta-feira(13) o Macau, será o primeiro finalista da segunda edição do torneio Cascais-Luso Cap U17.

A outra finalista deverá sair do encontro  Portugal/Angola, previsto para amanhã, dia 13 de agosto.  ANG/LLA//SG  

Burquina Faso/Perpétua para 13 pessoas envolvidas em atos de terrorismo

Bissau, 12 Ago 25 (ANG) - Treze pessoas envolvidas em "atos de terrorismo" foram condenadas à prisão perpétua no Burkina Faso e cerca de 60 receberam penas de até 21 anos de prisão, noticia hoje a agência de notícias France-Presse (AFP), citando fontes oficiais.

"Treze pessoas foram condenadas a prisão perpétua" e "63 pessoas foram condenadas a penas de prisão que variam entre 10 e 21 anos", segundo um comunicado do departamento judicial especializado na repressão de atos terroristas, do Ministério da Justiça do Burkina Faso, consultado hoje pela AFP.

Outras duas pessoas foram condenadas a um e três anos de prisão, em várias sessões judiciais realizadas de janeiro a julho, pelo departamento especializado.

O Burkina Faso é atingido há cerca de 10 anos por ataques terroristas recorrentes que o regime militar no poder tem dificuldade em conter.

Em 02 de março de 2018, um duplo ataque visou o Estado-Maior das Forças Armadas e a Embaixada da França.

O ataque contra o Estado-Maior causou oito mortes entre os militares, enquanto o ataque contra a embaixada resultou na morte de quatro terroristas que não conseguiram entrar no recinto diplomático.

Segundo o procurador Lafama Prosper Thiombiano, "seis arguidos foram condenados nestes processos, três deles a prisão perpétua e os outros três a penas de prisão de 21 anos cada".

Os três primeiros arguidos foram condenados a prisão perpétua, em primeira instância, pelo duplo ataque em março de 2018, que causou oito mortos e 85 feridos.

Eles foram processados por "atos terroristas", "cumplicidade em assassínios" e "cumplicidade em tentativas de assassínios".

Embora a capital Ouagadougou não tenha sido mais alvo de ataques desde então, o Burkina Faso continua a enfrentar violência terrorista em grande parte do seu território.

A ONG ACLED, que regista as vítimas de conflitos em todo o mundo, relata mais de 26. 000 mortos, civis e militares, desde 2015 no Burkina Faso, mais de metade dos quais nos últimos três anos, apesar da chegada ao poder, em setembro de 2022, da junta do capitão Ibrahim Traoré, que fez do restabelecimento da segurança a sua prioridade.ANG/Lusa

 

 Arábia Saudita/Organização islâmica condena "crime hediondo" contra imprensa

Bissau, 12 Ago 25 (ANG) - A Organização de Cooperação Islâmica (OCI) condenou hoje a morte de seis jornalistas palestinianos na Faixa de Gaza num ataque seletivo imprensa.do exército israeliat, que descreveu como um ataque direto à liberdade de imprensa.

"Este crime hediondo faz parte de uma série de violações sistemáticas cometidas por Israel, a potência ocupante, contra os meios de comunicação social e o seu pessoal no Território Palestiniano Ocupado", afirmou a OIC num comunicado.

Os jornalistas Anas Al-Sharif, Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal, Moamen Aliwa e Mohammad Al-Khaldi foram mortos no domingo, quando se encontravam na tenda que ocupavam junto ao hospital Al Shifa, na cidade de Gaza.

Ao contrário do que é habitual em incidentes que envolvem jornalistas, o exército israelita assumiu de imediato a responsabilidade pelo ataque e acusou Anas al-Sharif de liderar uma "célula terrorista" do grupo extremista palestiniano Hamas.

Sem apresentar qualquer prova, acusou o correspondente da televisão do Qatar Al Jazeera de ser "responsável por contínuos ataques com foguetes" contra os militares israelitas.

"Este incidente constitui um ataque direto à liberdade de imprensa, representando uma clara violação dos quadros jurídicos internacionais que salvaguardam a integridade jornalística e as operações dos meios de comunicação social", considerou a OIC.

A organização com sede em Jidá, na Arábia Saudita, denunciou a morte de centenas de jornalistas na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva de Israel, em 07 de outubro de 2023, como parte da tentativa de "obscurecer a verdade".

Os ataques israelitas contra profissionais da comunicação social palestinianos visam também "encobrir os crimes diários [de Israel] e impedir que cheguem à opinião pública mundial", denunciou.

De acordo com o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), com sede em Nova Iorque, foram mortos em Gaza pelo menos 186 jornalistas alegadamente por fogo israelita desde o início da ofensiva, 180 dos quais palestinianos.

A Organização de Cooperação Islâmica, que reúne 57 países, exigiu "uma investigação exaustiva e medidas de responsabilização" dos autores dos assassinatos dos jornalistas.

Apelou também aos organismos internacionais para que tomem "medidas rápidas para pôr termo à perseguição intencional e sistemática de jornalistas e profissionais da comunicação social nos Territórios Palestinianos Ocupados".

Defendeu ainda a importância de alargar as medidas de proteção aos profissionais da informação "em conformidade com o direito humanitário internacional e os tratados internacionais aplicáveis".

Israel proibiu a entrada de jornalistas estrangeiros na Faixa de Gaza desde o início da guerra contra o Hamas.

A ofensiva israelita seguiu-se ao ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

O Hamas e outros grupos radicais ainda mantêm em seu poder 50 reféns, dos quais 20 vivos e 30 mortos, que Israel exige que lhe sejam entregues.

A resposta militar israelita ao ataque provocou mais de 61.000 mortos em Gaza, bem como uma grave crise humanitária, com denúncias de mortes de crianças à fome, e a destruição de grande parte das infraestruturas do enclave.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.ANG/Lusa

 

  Gaza/ Novo plano militar de Benjamin Netanyahu divide israelitas

Bissau, 12 Ago 25 (ANG) – O novo plano militar israelita para Gaza está a criar divisões, por um lado os familiares de reféns convocam protestos para 17 de Agosto, enquanto colonos, em Itamar, defendem a continuação da guerra. A Austrália juntou-se a países que reconheceram o Estado palestiniano, provocando contestação dos colonos.

O governo israelita confirmou a intenção de aplicar um novo plano militar na Faixa de Gaza, prometendo “acabar” com o grupo islamita Hamas. Este anúncio, sustentado pelo primeiro-ministro Benjamim Netanyahu, provocou um apoio determinado em certos sectores da população israelita e uma oposição, nomeadamente entre os familiares dos reféns ainda detidos no enclave palestiniano, que denunciam um abandono dos seus entes queridos.

No próximo domingo, 17 de Agosto, as famílias dos reféns querem “paralisar o país” para obrigar o executivo israelita a privilegiar um acordo de libertação. Noutros pontos do país, a continuação da guerra é vista como uma necessidade.

A norte de Jerusalém, a estrada 60 atravessa a Cisjordânia ocupada, pontuada por postos militares onde surgem, todos os anos, postos avançados ilegais que ampliam as colónias israelitas. Em Itamar, a população é maioritariamente oriunda da corrente nacionalista religiosa e identifica-se com o partido Sionismo Religioso de Bezalel Smotrich, ministro das Finanças.

Para Yaacov Cohen, rabino e habitante em Itamar, a prioridade é clara: “O que aconteceu a 7 de Outubro não deve voltar a acontecer. É mais importante do que o destino dos nossos infelizes reféns. À nossa volta estão terroristas sem fé nem lei. Parar a guerra para encontrar um acordo? Não vai resultar”.

Este discurso, repetido em várias colónias, contrasta com frases ouvidas nas manifestações semanais em Telavive ou Jerusalém, onde milhares de pessoas exigem o fim das operações militares para libertar os cinquenta reféns ainda detidos, dos quais vinte e dois seriam dados como vivos.

Benjamim Netanyahu sabe que pode contar com uma parte da opinião pública, mas terá de gerir a pressão dos aliados mais à direita, como Bezalel Smotrich ou Itamar Ben Gvir, que consideram este plano demasiado moderado. Segundo o antigo presidente da câmara de Itamar, Moshe Goldschmidt, o exército israelita actua com “demasiada contenção” e deveria ignorar a “pressão internacional” para esmagar o Hamas.

O anúncio do reconhecimento pela Austrália do Estado da Palestina, desta segunda-feira, 11 de Agosto, seguindo o exemplo de França, Reino Unido e Canadá provocou a contestação dos colonos. Para Moshe Goldschmidt, Gaza mostrou o que resultaria de um Estado palestiniano: “O objectivo deles é eliminar Israel”. Declarações acompanhadas de uma desconfiança em relação às Nações Unidas e à União Europeia.

                              

O exército israelita enfrenta uma nova vaga de condenações internacionais após a morte, na noite de 10 para 11 de Agosto, de seis jornalistas palestinianos em Gaza, mortos num ataque aéreo contra uma tenda montada junto do hospital al-Chifa. Entre eles encontrava-se Anas al-Sharif, correspondente de renome da Al Jazeera, que o exército israelita acusa de pertencer ao Hamas.

A ONU e a União Europeia denunciaram um “assassínio” e uma “grave violação do direito humanitário internacional”, apelando a Israel para apresentar provas. Repórteres Sem Fronteiras falou em “assassínio reivindicado”. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu a abertura de uma “investigação independente e imparcial”.

Desde o início da ofensiva israelita, cerca de 200 jornalistas foram mortos em Gaza, segundo a RSF. Os repórteres estrangeiros não têm autorização para entrar no território, o que obriga os meios de comunicação internacionais a depender de correspondentes locais.

Israel afirma estar “à beira de uma nova fase” destinada a retomar o controlo total de Gaza. O chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, garante que tudo será feito para preservar a vida dos reféns, mas os números oficiais mostram a dimensão do conflito: 1.219 mortos do lado israelita desde 7 de Outubro de 2023, maioritariamente civis, e 61.499 mortos em Gaza, segundo as autoridades sanitárias do enclave, dados considerados fiáveis pela ONU.ANG/RFI

 

 


   Israel/Justiça obriga Netanyahu a comparecer em tribunal a partir de novembro

Bissau, 12 Ago 25 (ANG) - O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, vai ter de comparecer três vezes por semana a partir de novembro no julgamento por alegada fraude e corrupção, anunciou hoje o tribunal, que quer avançar com o processo após vários cancelamentos.


Um porta-voz judicial israelita disse à agência de notícias espanhola EFE que a decisão dos juízes indica que, a partir do dia 02 de novembro, o julgamento vai ser retomado em sessões marcadas, todas as semanas, entre domingo e quarta-feira.

Em três desses dias, o primeiro-ministro, acusado de suborno, fraude e abuso de confiança, vai ser ouvido pelo tribunal.

No passado mês de julho, o tribunal cancelou várias audiências de Netanyahu depois de o advogado do primeiro-ministro ter alegado problemas de saúde.

Os adiamentos foram também justificados pelos bombardeamentos israelitas contra a Síria após confrontos entre as populações beduína e drusa na cidade síria de As-Suwayda.

No final de junho, os juízes suspenderam as sessões alegando preocupações diplomáticas e por motivos relacionados com a "segurança nacional", e depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter pedido a suspensão das audições.

Na altura, a através das redes sociais, Donald Trump classificou o processo judicial iniciado contra Netanyahu em 2020 como uma "caça às bruxas". 

Benjamin Netanyahu é o primeiro chefe de governo da história do Estado de Israel a ser processado no pleno exercício do cargo. 

O tema central dos três casos é a forma como Netanyahu fomentou relações, para benefício pessoal e político, com magnatas que tinham influência sobre os principais meios de comunicação social.ANG/Lusa