quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Finanças Públicas

FMI dá nota positiva ao desempenho económico da Guiné-Bissau no ano findo

Bissau, ANG – Uma missão do Fundo Monetário Internacional que esteve de visita ao país, de 18 à 24 do corrente mês, considerou de satisfatório o desempenho do Governo durante o exercício económico do ano findo.

Em conferência de imprensa realizada conjuntamente com o Ministro das Finanças no qual se procedeu ao balanço da estada da referida delegação, Paulo Drummond, chefe da comitiva da “Bretton Woods” saudou o reiterado compromisso das autoridades guineenses para com o programa económico ao abrigo do Instrumento de Crédito Ampliado (ECF).

“O desempenho económico foi satisfatório. Dados preliminares até Dezembro do ano passado sugerem que o programa económico do Governo segue boa via. As reformas económicas continuam a avançar nas áreas de gestão das finanças públicas, da dívida e na administração fiscal”, elogiou o chefe da missão o FMI.

Paulo Drummond disse esperar que a complexa unificação do sistema de folha de pagamento do Governo seja ultrapassada nos próximos meses, concluindo assim um longo processo de reforma que irá beneficiar o país.

Este funcionário sénior do FMI deixou promessa de que aquela instituição irá continuar a desempenhar seu papel de parceiro da Guiné-Bissau, e lembrou que a implementação definitiva do programa ao abrigo do instrumento ECF deverá aumentar a solidez das finanças pública, ajudará a catalisar o indispensável apoio orçamental e deverá também abrir caminho ao crescimento sustentável.

Garantiu que o FMI vai voltar à Bissau no segundo trimestre do ano em curso com o objectivo de apreciar a situação económica e para realizar a quarta avaliação ao abrigo do ECF.

Por sua vez o ministro das Finanças revelou que esta apreciação favorável daquela instituição financeira mundial em relação ao país foi graças a implementação do programa de Ajustamento Estrutural recomendado pelo próprio FMI.

Aquele governante afirmou que graças a referida política, conseguiu-se, em primeiro lugar, pagar salários aos funcionários com recursos internos e, no final de 2010, chegou-se ao ponto de conclusão e que resultou no perdão da dívida externa do país de quase 2 biliões de dólares.

José Mário Vaz, anunciou que 2012 é um ano crucial para a Guiné-Bissau, pois, segundo defendeu, o país deve afirmar-se como um Estado, por isso, o crescimento da sua economia deve processar-se de forma sustentável.

“Pela primeira vez, vamos ter o salário mínimo na função pública em cerca de 30 mil francos CFA e o ordenado de trinta mil para cem, vai crescer em cinco por cento e 3 por cento para os que auferem para cima dos 100 mil”, vangloriou José Mário Vaz.

O ministro disse ainda que o país se vê confrontado com desafios importantes para o presente ano, pois, pela primeira vez, ele vai ter um orçamento rectificativo.

“Uma parte dos recursos da UEMOA, da BOAD, BADEA, será canalizada para financiar projectos importantes, nomeadamente as obras de estradas que ligam Mansoa/Farim, Buba à terra do falecido Presidente da República, Canchungo/Calequisse/Catchalam, Canchungo Caió”, anunciou José Mário Vaz.

O ministro das Finanças esclareceu ainda que o governo irá beneficiar de um financiamento do BOAD no montante de dez biliões de francos CFA para produzir dois hectares de arroz, enquanto que a UEMOA irá financiar a produção de mil hectares do mesmo cereal.

ANG/ÂC

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