quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Sociedade



        Movimento da Sociedade Civil apela respeito pelas leis da República

Bissau,31 Jan 18 (ANG) - O Movimento Nacional da Sociedade Civil para Paz, Democracia e Desenvolvimento disse hoje em comunicado que a realização do Congresso é um acto normal do processo democrático, por isso apela  colaboração das instituições do Estado para que os partidos possam exercer esse direito.
Presidente do Movimento

No documento o Movimento sustenta que a realização da reunião magna do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) visa a legitimação dos seus órgãos  no processo político, económico e social do país.

Por isso, exorta ao Ministério do Interior, sobretudo o comando dos agentes operacionais no sentido de agirem com contenção e  alinharem as suas acções de manutenção da ordem com as leis em vigor no país.

Por outro lado, encoraja a Direcção do PAIGC a continuar com procedimentos legais e pacíficos na busca de soluções para esta situação.

O Movimento apela a Comunidade Internacional no sentido continuar a apoiar os esforços para a estabilização da Guiné-Bissau.  ANG/LPG/ÂC/SG

Investidura do Primeiro-ministro



Presidente da República define realização de eleições como prioridade do novo governo

Bissau, 31 Jan 18 (ANG) - O Chefe de Estado afirmou hoje que a maior missão do novo Primeiro-ministro será de criar condições para a realização das eleições Legislativas justas e transparente ainda este ano.
 
José Mário Vaz que falava hoje no acto de investidura do novo Chefe de Governo referiu que Artur Silva foi a sua escolha, pelo que pede aos guineenses para confiarem nele.

“Hoje, apesar da crise ainda vigente no país é  minha convicção de que para além do cumprimento de um procedimento legal, a realização das eleições legislativas dentro do calendário legal, vai ser um marco cheio de ensinamento neste processo democrático em que vivemos “, disse.

Mário Vaz reconheceu que durante este período de crise não se conseguiu alcançar todas as metas traçadas que têm como objetivo, melhorar a qualidade de vida de todos os guineenses.

O Presidente da República salientou que a Guiné-Bissau espera muito do novo Primeiro-ministro como gestor do interesse público.

Exortou aos dirigentes políticos a colocarem os interesses da Nação acima dos pessoais, do grupo ou de partidos, e disse que  e o Estado deve assegurar o real funcionamento dos serviços públicos, bem como garantir as condições mínimas para os cidadãos.

“Não é fácil governar neste país, mas não será de todo impossível, pois tudo dependerá da equipa governamental a ser escolhida e trabalhando em grupo escolhendo medidas e políticas acertadas”, salientou.

José Mário Vaz disse que ele enquanto o primeiro magistrado da Nação não poupará esforços quando o assunto é consolidar a estabilidade política, garantir o regular funcionamento das instituições e o reforço da transparência da gestão da coisa pública.

Declarou ser primeiro dos inconformados com o actual estado das coisas negativas e que será o último a desistir deste combate, salientando que, hoje mais do que nunca, o destino da Guiné-Bissau está nas mãos dos guineenses e a hora é de trabalho e verdade por um país melhor, tendo desejado sucessos ao empossado. 

Artur Silva, foi nomeado terça-feira novo Primeiro-ministro, e  havia desempenhado vários cargos ministeriais nas hostes do PAIGC. ANG/MSC/ÂC/SG

Índice de Democracia


Relatório  aponta Cabo Verde, Portugal, Timor-Leste e Brasil como "democracias com falhas “enquanto que Angola, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial como “autoritários”

Bissau, 31 Jan 18 (ANG) - Cabo Verde manteve este ano a liderança dos países lusófonos no Índice de Democracia elaborado anualmente pelo The Economist, ocupando o 23.º lugar entre os 167 Estados analisados, três posições à frente de Portugal e 26 do Brasil.

Num índice em que não figura São Tomé e Príncipe, o The Economist Intelligence Unit, subordinado ao tema "Liberdade de Expressão Sob Ataque", considera Cabo Verde, Portugal, Timor-Leste e Brasil "democracias com falhas", enquanto Moçambique se situa no limiar inferior dos "regimes híbridos" e Angola, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial surgem como "autoritários".

O índice tem em conta cinco principais indicadores -- processo eleitoral e pluralismo, funcionamento do Governo, participação política, cultura política e liberdades civis.

Num máximo de 10 pontos, que nenhum dos Estados analisados conseguiu obter -- Noruega (9,87), Islândia (9,58) e Suécia (9,39) são os três mais bem classificados -, Cabo Verde foi creditado com 7,88 pontos (23.º lugar global), Portugal com 7,84 (26.º), Timor-Leste com 7,19 (43.º) e Brasil com 6,86 (49.º).

Moçambique surge com 4,02 pontos (115.º posição) e é o último dos considerados "regimes híbridos" (acima dos 4,00), à frente dos "autoritários" Angola (3,62 pontos -- 125.º lugar), Guiné-Bissau (1,98 -- 157.º) e Guiné Equatorial (1,81 -- 161.º).

Atrás da Guiné Equatorial, e até ao fim do índice, só figuram outros seis Estados -- Turquemenistão (1,72 pontos), República Democrática do Congo (1,61), República Centro Africana (1,52), Chade (1,50), Síria (1,43) e Coreia do Norte (1,08).

Entre os países lusófonos, e dividindo por indicadores, Cabo Verde têm índices que variam entre os 9,17 pontos (processo eleitoral e pluralismo) e os 6,67 (participação política).

Portugal tem como melhor índice 9,58 pontos (processo eleitoral e pluralismo) e 6,11 (participação política), Timor-Leste entre 9,08 (processo eleitoral e pluralismo) e 5,56 (participação política) e Brasil entre 9,58 (participação eleitoral e pluralismo) e 5,00 (cultura política).

Moçambique, por seu lado, tem como melhores resultados os 5,00 pontos, quer na participação política, quer na cultura política, e 2,14 no item funcionamento do Governo.

Angola varia entre os 5,56 pontos na participação política e 1,75 no processo eleitoral e pluralismo, enquanto a Guiné-Bissau tem como máximo 3,13 na cultura política e 0,00 atribuídos no funcionamento do Governo.

A Guiné Equatorial também teve um 0,00, mas no processo eleitoral e pluralismo, tendo o valor mais elevado sido 4,38, a nível de cultura política.


ANG/DN

Política


ítica__________________________________________________________________________________________________________________________PRS nega qualquer responsabilidade sobre o cerco a sede do PAIGC

Bissau,31 Jan 18 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS), considera de “mentira” imputar o partido a responsabilidade do cerco da sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),ocorrido na madrugada de terça-feira por forças policiais.

Em conferência de imprensa realizada hoje, o porta-voz dos renovadores, Victor Pereira afirmou que, quem está à frente dos polícias nem sequer é um militante do PRS.

“Foi com alguma incredulidade que registamos num acto de autêntico desespero, numa edição de quarta-feira na RDP-África, algumas inverdades proferidas por Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, nas quais afirma que o PRS, entre outras pessoas, têm mãos no cerco policial à sede do PAIGC, e que todos sabem, trata-se de um mero expediente de execução de uma acção judicial”, explicou.

Victor Pereira disse que, ao que parece, “o Presidente do PAIGC perdeu o tino por causa da tamanha afronta a que se sujeita, nesta dealbar do IX Congresso que ora lhes dizem que se realiza, ora dizem que não, fruto de três anos e meio da desastrosa gestão à frente do PAIGC, por isso embrenha-se em elucubrações a que já nos habituou”.

“E para não variar insulta e tenta humilhar o Partido da Renovação Social a quem menos devia, porque, se bem se recordam, foi o nosso partido, responsável e empenhado com todo o processo de estabilização das instituições da República”, disse.

O Porta-Voz do PRS frisou que  foi os renovadores que a bem da estabilidade do regime, apesar das deserções sistemáticas de deputados da maioria no plenário da Assembleia Nacional Popular no governo de Domingos Simões Pereira, o primeiro desta legislatura, fruto de desavenças profundas com origens no Congresso de Cacheu, não olhou para eventuais dividendos políticos para fazer passar cinco moções de confiança de borla.


“E antes pelo contrário, em guisa e resposta ao senhor Domingos Simões Pereira com o seu ar sobranceiro vai sempre semeando graves acusações aos que não lhe são afectos, esquecendo-se que sem partidos como o PRS que Kumba Yalá ajudou a criar no xadrez político guineense, a esta hora ainda estaríamos a viver os piores momentos da autocracia e do totalitarismo”, afirmou.

ANG/ÂC/SG

Política/espancamentos


“Cinco militantes do PAIGC foram espancados e detidos pela Polícia”, afirma LGDH

Bissau,31 Jan 18(ANG) - Cinco militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) foram espancados e detidos pela Polícia de Intervenção Rápida (PIR) na sequência do incidente da madrugada de terça-feira na sede do partido, disse a Rádio Jovem o Presidente da Liga guineense dos Direitos Humanos.

Segundo Augusto Mário da Silva alguns detidos apresentam ferimentos aparentemente ligeiros que precisam de cuidados médicos.

Após visitar os militantes em causa, Mário da Silva, revelou que recebeu garantias do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública (POP) de que nas próximas horas vai soltar os indivíduos em causa.

“Acabamos de visitar os militantes detidos na sequência da intervenção policial e confirmamos a detenção de cinco pessoas, um deles é mulher e  antes da detenção, segundo a explicação que recebemos houve espancamento por parte das autoridades. Mas apesar disso, recebi a garantia por parte do Comissariado Nacional que vai soltar estas pessoas ainda esta terça-feira”, declarou Mário da Silva.

O activista e dirigente máximo da organização que defende os direitos humanos no país revelou ainda que a liga está a averiguar se alguns desses detidos foram espancados dentro da instalação da sede do PAIGC ou não, apesar de dois deles confirmarem que estavam no interior da sede.

Perante este facto, Augusto Mário da Silva, disse que a Liga guineense dos Direitos Humanos, vai continuar a averiguar se na verdade houve invasão ou violação da sede do PAIGC.

Instado a falar sobre a decisão do Ministério do Interior de bloquear o acesso à sede do partido liderado por Domingos Simões Pereira, Mário da Silva, considera a situação de vergonhosa e lamentável.

“Esta situação é de tristeza total É de lamentar mais um episódio vergonhoso que está a acontecer no nosso país, que está a minar cada vez mais a democracia e o estado de direito, apesar de não querermos emitir juízo de valores sobre o que está acontecer neste momento na Guiné-Bissau. Neste sentido, esperamos que as pessoas  ganhem a  consciência, privilegiando o diálogo como forma de resolver o problema”, referiu o Presidente da Liga guineense dos Direitos Humanos.

Augusto Mário da Silva  sublinhou qu no estado de direito democrático é a lei que prevalece e não a vontade pessoal de um indivíduo.

Segundo um correspondente da DW, por volta das 20h00, as forças de segurança expulsaram todas as pessoas que se encontravam perto da sede do PAIGC, na Praça dos Heróis Nacionais, e começaram a patrulhar as ruas que dão acesso ao local, pedindo identificação a quem fosse passar.

Um membro do partido, que estava a filmar a intervenção da PIR com o telemóvel, foi agredido, desmaiou e, entretanto, foi levado para o hospital, de acordo com testemunhas.
Segundo apurou uma equipa de reportagem da Rádio Jovem que esteve nas imediações da Praça dos heróis nacionais, a Polícia de Intervenção Rápida (PIR), bloqueou por completo os acessos  a sede do PAIGC.


O incidente aconteceu na véspera do IX congresso do partido, cujo início estava marcado para tarde de terça-feira (30.01) aqui em Bissau,  na sede do PAIGC. 

ANG/Radio Jovem

Política


Militantes do PAIGC refugiados na sede ONU em Bissau

Bissau, 31 Jan 18 (ANG) - Os delegados ao IX Congresso Ordinário do PAIGC, espancados e escorraçados da sede do partido pela polícia de Ordem Pública  refugiaram-se na sede das Nações Unidas em Bissau.

Segundo o Secretário do PAIGC que igualmente se encontra dentro do edifício da ONU, um grupo de polícias invadiu a sede nacional lançando gás lacrimogénio e espancando os militantes ali presentes, tendo muito dos quais ficado gravemente ferido.

“No ataque que sofremos, cerca de 20 pessoas ficaram feridas e ainda fomos insultados pela polícia”, explicou tendo justificado que por temerem por suas vidas foram procurar refúgio na sede da ONU.

Para Aly Hijazi, o acto das forcas da ordem configura numa violação flagrante dos direitos de expressão e de liberdade e caminho para implementação da ditadura no país.

O secretário nacional do PAIGC garantiu que o partido não vai desistir de realizar o seu congresso, pois além de todos os passos observados com vista a consumação deste conclave, o partido também cumpriu com o estatuído no acordo de Conacri, no que diz respeito a reintegração dos 15 deputados dissidentes do partido.

“Não sei o que eles querem, porque já fizemos o que tínhamos que fazer, portanto não vejo a razão dos 15 continuarem a desacordar com a direcção do PAIGC ou melhor que o Presidente da República continue a criar problemas ao país”, lamentou Aly Hijazi.

Questionado sobre o que acha da nomeação do novo primeiro-ministro uma vez que é do PAIGC, respondeu que mesmo assim devia ser na base de consenso e não através de uma decisão unilateral do chefe de Estado guineense.

Artur Silva, dirigente do PAIGC foi terça-feira nomeado novo Primeiro-ministro.


ANG/AALS/JAM/SG

PAIGC


Simões Pereira responsabiliza Presidente da República pelo cerco à Sede do partido

Bissau, 31 Jan 18 (ANG) - O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Domingos Simões Pereira responsabilizou terça-feira o chefe de Estado guineense pelo cerco as instalações da Sede Nacional daquela formação política por forças de segurança impedindo a abertura do IX congresso.

 Simões Pereira fez esta acusação em conferência de imprensa em que  reagiu contra as “agressões e detenção de alguns militantes pela polícia que a mando do Ministério do Interior cercaram a Sede do PAIGC.

 O líder dos libertadores acusou Mário Vaz de ser o mandante ao rapto das instalações do partido e disse que a polícia está a agir a mando do mesmo.

Afirma que o chefe de Estado é refém do grupo dos 15 deputados expulsos do partido por indisciplina partidária, e acusa Mario Vaz de estar a  utilizar as forças da ordem para satisfazer o interesse do grupo.

Para o líder do PAIGC a “esta manobra”  configura um atentado ao Estado de Direito Democrático”.

Simões Pereira disse não compreender o silêncio da ECOMIB destacada para garantir a segurança de titulares de cargos e das instituições, perante tamanha violação das leis.

Por isso, o líder do PAIGC disse esperar que a Comunidade Internacional toma medidas capazes de criar condições para que o partido possa realizar o seu IX congresso. 

ANG/LPG/JAM/SG




Política


Artur Silva, novo Primeiro-ministro

Bissau, 31 Jan 18 (ANG) – O Presidente da República, José Mário Vaz nomeou terça-feira Augusto Artur António da Silva ao cargo de primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

Artur Silva, como vulgarmente se apresenta em público, é diplomata e  dirigente do PAIGC, e já ocupou vários postos ministeriais nos sucessivos elencos governamentais do seu partido.

José Mário Vaz considera a escolha “solução definitiva” para pôr cobro a crise político/institucional que assola o pais há cerca de três anos.

“O Presidente da República encetou inúmeras diligências juntos dos principais actores políticos e sociais e da comunidade internacional que culminaram com a audição dos partidos políticos com assento parlamentar e da reunião do Conselho de Estado”, antecedendo a indigitação de Artur Silva para o cargo, refere o decreto de nomeação.

Artur Silva, que toma posse esta quarta-feira, substitui no cargo o demissionário Umaro Sissoco Embalo e torna-se assim no sexto primeiro-ministro nomeado por José Mário Vaz em três anos da presente legislatura.

Engenheiro de pescas formado em 83 na Universidade Federal Rural de Pernambuco, no Brasil, Artur Silva concluiu os seus estudos pós-universitários em Hull, Inglaterra em 94.

Foi director-geral de vários departamentos do Ministério das Pescas entre 83 a 92 e participou em outras tantas reuniões internacionais sobre as pescas, representando governo da Guiné-Bissau.

O novo primeiro-ministro eh autor de estudos socioeconómico das regiões de Biombo e Bolama/Bijagós e sobre o diagnostico da situação das pescas na Guiné-Bissau.

ANG/JAM/SG


terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Invasão a sede do PAIGC



Líder da APU-PDGB condena o acto “grave para democracia”

Bissau,30 Jan 18(ANG) – O líder do partido Aliança do Povo Unido(APU-PDGB), qualificou de grave para a democracia a invasão desde ontem a noite pelas forças de ordem à sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC).

Nuno Nabian igualmente Vice Coordenador do Colectivo de 18 Partidos Políticos defensores da democracia, falava hoje em conferência de imprensa em reação ao bloqueio de acesso a sede do PAIGC pelas forças de ordens nas vésperas do seu nono Congresso.

“Os nossos irmãos do PAIGC têm de fazer finca-pé porque chegou a hora para demonstrarem de que são de facto verdadeiros militantes desse partido”, incentivou tendo advertido que se fosse a sede da APU-PDGB “hoje em dia a conversa seria outra.

Apelou aos militantes do PAIGC para defenderem a tudo custo os ideiais de que acreditaram mesmo que tal lhes venha a custar as proprias vidas.

“Não é normal forças de ordens invadirem a sede de um partido político. Isso não faz parte da democracia. Nós não podemos compactuar com actos do género. Não podemos estar a manipular a justiça em defesa dos nossos interesses políticos”, criticou.

O líder da APU-PDGB siublinhou que o PAIGC agendou para hoje o início do seu nono Congresso, mas estão a fazer tudo para o adiar.

“Não podemos transfromar hoje em dia o nosso poder judicial num instrumento de fabricação de intrigas entre os filhos da Guiné-Bissau. Isso não é normal. Por isso manifestamos a nossa solidariedade com o PAIGC porque essa situação poderá vir acontecer com a APU-PDGB ou outro partido membro do Colectivo”, disse.

Nabian afirmou que está convicto de que desta vez o Presidente da República irá cumprir o Acordo de Conacri nomeando Augusto Olivais Primeiro-Ministro.
ANG/ÂC/JAM

Política



        PRS defende realização de eleições como solução para a crise

Bissau,30 Jan 18 (ANG) – O Secretário-geral do Partido da Renovação Social (PRS) defendeu hoje a observância do calendário eleitoral, ou seja, a realização de eleições legislativas na data prevista para acabar com a actual crise política no país.
 
Florentino Mendes Pereira falava à saída de um encontro de auscultação promovido pelo Presidente da República com vista a nomeação de novo Primeiro-ministro. 

Para essa auscultação não compareceram representantes do  Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), da União para Mudança (UM) e do Partido da Convergência Democrática (PCD) ambos com assentos no parlamento.

Mendes Pereira disse que o seu partido quer que a realização das eleições na data prevista seja prioridade do novo governo a ser formado.

Instado a dizer se o PRS vai apoiar qualquer nome indicado por José Mário Vaz disse não se trata de uma questão de apoiar ou não mas sim de cumprimento de uma das formalidades constitucionais, na qual o Presidente ouve os partidos com assento parlamentar antes de nomear ou exonerar o primeiro-ministro.

Interrogado sobre a reabertura da ANP que está relacionada com  a nomeação de Augusto Olivais ao cargo do novo chefe do executivo, Florentino Mendes afirma que o hemiciclo é um órgão autónomo que deve funcionar a luz da Constituição e do seu regimento.

Em relação a presença das forças de segurança que bloquearam todas as vias de acesso à praça dos Heróis Nacionais e também à Sede Nacional do PAIGC, Mendes Pereira recusou comentar a situação, alegando que o assunto tem a ver com a justiça.

Contudo, disse que o seu partido vai participar como convidado no Congresso do PAIGC.
O Presidente do Partido da Nova Democracia (PND) Iaia Djaló revela que o encontro tem a ver com nomeação do primeiro-ministro e em seguida marcar a data para realização das eleições.

Apesar disso continua a defender o comprimento integral do Acordo de Conacri.

 Iaia Djaló recorda que ANP deve funcionar para que a direção interina da Comissão Nacional de Eleições seja renovada, inclusive  a eleição do novo Presidente.

Quanto ao bloqueio das vias de acesso à sede do PAIGC afirmou que a sede do partido não deve ser “invadida” pelas forças de ordem para impedir a realização do Congresso por ser um elemento indispensável para legitimação dos órgãos de qualquer formação política perante o Supremo Tribunal de Justiça e a Comissão Nacional de Eleições.

Agentes da ordem impediram hoje o PAIGC de realizar o seu nono congresso, alegando o cumprimento de ordens judiciais.
 
O presidente José Mário Vaz, que no mesmo quadro deve ainda esta terça-feira se reunir com o seu orgão de consultas - o Conselho de Estado,tem até amanhã, quarta-feira para aplicar o acordo de Conacri, para evitar  sanções.  

A decisão foi-lhe comunicado durante a reunião da CEDEAO que decorreu no passado dia 27 de Janeiro em Addis Abeba, na Etiópia. 

O comunicado desta reunião sustenta que  desde que expirou o prazo de um mês não foi alcançado nenhum progresso significativo na implementação das medidas acordadas.

A Conferência convida o chefe de Estado a nomear um primeiro-ministro de consenso e às partes signatárias de formar um acordo de conformidade com o acordo de Conacri até dia 31 de Janeiro. Caso contrário serão aplicadas sanções, a começar a partir do dia 1 de Fevereiro à todas as partes e organizações “que o obstucalizem o processo de saída de crise da Guiné-Bissau”.

Decidiu-se  ainda criar um comité de acompanhamento de sanções que será composto pelo Togo, pela Guiné e pela Comissão da CEDEAO.

A conferência apela  à União Africana, à CPLP, à União Europeia e às Nações Unidas para que apoiem a CEDEAO na aplicação eficaz das sanções.

A cimeira decidiu ainda prolongar o mandato da Força ECOMIB até ao dia 31 de março de 2018.
ANG/LPG/ÂC /JAM/SG

PAIGC



Tribunal regional do sul desmente proibição do congresso 

Bissau, 30 Jan 18(ANG)- O juiz-presidente do Tribunal Regional do sul da Guiné-Bissau, Joaquim Correia, desmentiu hoje que tenha sido aceite uma providência cautelar naquela instituição que suspenda a realização do congresso do PAIGC.

A Polícia de Ordem Pública (POP) guineense cercou hoje a sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), impedindo a abertura dos trabalhos do 9.º congresso daquele partido, alegando estar a cumprir ordens judiciais.

Segundo o comandante Salvador Soares, a medida seria a resposta da POP aos alegados pedidos de, pelo menos, três tribunais do interior da Guiné-Bissau, que teriam admitido providencias cautelares intentadas por militantes que requerem a suspensão do congresso.
As alegadas providencias cautelares teriam sido emitidas pelos tribunais regionais do norte, em Bissorã, do leste, em Bafatá e do sul, situado em Buba.

Os autores das diligências judiciais seriam militantes do partido que se consideram injustamente excluídos dos processos de seleção de delegados ao congresso que deverá ter início na tarde de hoje.

Questionados pelos jornalistas, o presidente do Tribunal Regional do sul, instalado em Buba, Joaquim Correia, disse desconhecer a existência de qualquer ordem emitida por aquele tribunal no sentido de impedir a realização da reunião do PAIGC.

"Posso garantir que nenhuma providencia cautelar foi decretada (no tribunal de Buba) no sentido de impedir ou suspender a realização do congresso do PAIGC", afirmou Joaquim Correia, que convidou os interessados a irem ao local para esclarecer a polémica.

"Quem quiser provar isso pode vir cá ao tribunal que tem as portas abertas", observou o juiz-presidente, que disse estranhar as informações que circulam de que terá sido um magistrado da instituição a deferir favoravelmente a providência cautelar.

O juiz Abrão Silva de Almeida está afeto ao tribunal do sul mas vive em Bissau e não deu conhecimento formal dessa decisão.

"O juiz Abrão mora em Bissau e nós estamos aqui, agora não sabemos como foi possível que ele decida o processo em Bissau", salientou Joaquim Coreia.

ANG/Lusa