Movimento propõe mecanismo para estabilidade política governativa no pais
Bissau 09 Jan 18 (ANG) – O Movimento da Sociedade Civil
para Paz, Democracia e Desenvolvimento propôs hoje ao Presidente da República
dois mecanismos para assegurar a estabilidade política, nomeadamente o respeito
pelo principio da separação e interdependência do poder e coabitação externa
para assegurar a boa governação.
Na voz do seu Presidente, Jorge Gomes,e na cerimónia de cumprimento de novo ano ao Chefe de Estado, a
organização intende que os órgãos de soberania devem eleger a coabitação
interna na base do diálogo e concertação permanente sobre os problemas prementes
do pais .
“É necessário estabelecer uma plataforma política entre os
partidos com representação parlamentar, extras parlamentares e as organizações
da sociedade civil “,sugeriu apelidando a mesma de fórum de concertação político-social,
que congregaria todos os actores políticos, militares bem como a sociedade
civil.
A organização lembra que apesar do aparente sucesso alcançado
na exportação da castanha de caj,o produto estratégico para a economia nacional,
o sector privado guineense continua descapitalizado e sem capacidade de
resposta à crise conjuntural da recessão económica que se regista na arena
internacional.
Gomes referiu a subida dos preços dos produtos, sobretudo
da primeira necessidade, no inicio no ano passado, principalmente o de arroz ,a base da dieta alimentar dos
guineenses, agravando a crise social, associada aos problemas estruturais do
pais nomeadamente o salário baixo dos funcionários públicos, a corrupção, o desemprego,
e os problemas da infra-estruturas e vias rodoviárias.
“A ausência de uma política económica séria voltada para a
produção de riqueza constitui a principal causa da pobreza que aflige o nosso
povo”disse salientando que o pais precisa de uma política económica eficaz que
passa essencialmente pela industrialização das actividades económicas particularmente,
a pesca, agricultura e a resolução definitiva dos problemas energéticos
“,disse.
O activista frisou
que, apesar de tudo, houve muitas
coisas boas no pais, nomeadamente as medidas correctivas adoptadas pelo
Ministério das Finanças associadas ao rigor e disciplina na recolha e gestão
das receitas públicas e o bom desempenham económico reconhecido pelas
instituições financeiras internacionais: Fundo Monetário internacional (FMI) e
o Banco Mundial BM.
Jorge Gomes referiu que a juventude reclama a implementação
da política nacional da juventude, uma vez que continua a enfrentar o problema
do desemprego crónico, a delinquência juvenil, emigração clandestina, droga,
HIV/SIDA.
Disse que o Estado
deve assegurar igualdade no acesso ao ensino superior.
“As considerações acima expostas, demostram que o pais
enfrenta uma crise estrutural e complexa, e a sua magnitude tem reflexo em toda
a vida social e a sua resolução esta interdependente dos factores sociais,
culturais, jurídicos, económicos e sobretudo político militar”, sustentou
frisando que o processo do desenvolvimento exige de cada um dos guineenses e em
especial dos órgãos da soberania, a concertação, tolerância, cedência e capacidade
de gestão de conflitos.
ANG/MSC/JAM/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário