Situação
poílitica agrava-se com eleição de juízes do Tribunal Constitucional
Bissau, 16 Jan 18 (ANG) - A situação
política em São Tomé e Príncipe agravou-se hoje, a poucas horas da eleição,
pelo Parlamento, de cinco juizes do novo Tribunal Constitucional Autónomo,
considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal, e pela oposição.
Os deputados da oposição bloquearam as três
entradas que dão acesso ao Parlamento, em sinal de protesto contra a proibição
da entrada de viaturas dos membros deste órgão, que - por seu turno - eles
consideram ilegal.
No Sábado passado, o Presidente
da Assembleia Nacional, José Diogo, tinha tormado público um despacho com
várias "medidas de segurança", dado o clima de tensão que se tem
vivido no País nos últimos dias, em torno da questão da eleição dos cinco
juízes do Tribunal Constitucional.
Entre essas medidas, refira-se
que os deputados deverão ser revistados por agentes de segurança, com detetor
de metais, e é proibida a entrada de veículos dos deputados nas instalações do
Palácio dos Congressos, onde funciona a sede do Parlamento
Mesmo a imprensa se vê agora
obrigada a estar devidamente acreditada, e usar “crachás” para poder fazer a
cobertura da sessão parlamentar.
"Achamos que o despacho do Sr. Presidente da
Assembleia Nacional é uma ilegalidade, e estamos cansados de estar a permitir
ilegalidades neste País, e particularmente neste Parlamento", disse à
imprensa, gaudêncio Costa, deputado do Movimento de Libertação de São tomé e
Príncipe-Partido social Democrata(MLSTP-PSD), principal partido da oposição.
Por seu turno, Delfim
Neves, o Vice-presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD), em
declarações a jornalistas, afirmou que a
oposição está
pronta para combater em todas as frentes, tentar travar este caos e criar uma
nova realidade que satisfaça o povo de São Tomé e Príncipe.
Estão previstas para hoje
manifestações em frente ao Palácio dos Congressos de militantes e apoiantes do
Governo e da ADI, e também dos que apoiam a oposição, mas o comando da polícia
nacional são-tomense já declarou, em comunicado, que a manifestação da oposição
é ilegal.ANG/RFI
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