PRS e o
grupo dos “15” acusam CEDEAO de estar a beneficiar
PAIGC
Bissau,22
Jan 18 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS), o Grupo de 15 deputados expulsos
do PAIGC,e os deputados do Partido da
Convergência Democrática (PCD),e do Partido da Nova Democracia (PND), e a União
Patriótica guineense, insurgiram-se hoje contra a mediação da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na crise que assola a Guiné-Bissau.
“O
grupo opõe-se expressa e inequivocamente a esta mediação tendenciosa e parcial,
que aliás já vem decorrendo dos posicionamentos anteriores da CEDEAO em relação
a crise política na Guiné-Bissau, que sem qualquer prova, quer a força impor um
nome não adoptado consensualmente por todos os subescritores do Acordo de
Coancri”, disse Fernando Vaz, em conferência de imprensa.
Na
qualidade de porta-voz dos reunidos, Vaz afirmou que o comunicado final da
conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, de 16 de Dezembro de
2017, no seu ponto 31 diz que a Conferência tomou boa nota do roteiro
apresentado pelo Presidente da Guiné-Bissau para a aplicação integral do Acordo
de Conacri, nomeadamente a nomeação dum Primeiro-ministro de consenso.
Acrescenta
que o mesmo comunicado, no seu ponto 32,
confere aos Presidentes Alpha Condé e Faure Gnasssingbé a competência de
promover consultas com todas as partes num prazo de 30 dias com vista a
aplicação consensual do roteiro.
“Estranhamente,
a missão ministerial da CEDEAO no seu comunicado ignora por completo as
recomendações da 52ª conferência dos chefes de Estado e do Governo da CEDEAO
acima referidas”, sublinhou o grupo.
Fernando
Vaz declarou que estão contra a imposição de soluções políticas para os
problemas do país sem ter em conta a sua realidade sócio-política,
acrescentando que isso se consubstancia na perda da soberania.
“Será
que a CEDEAO não reparou que o Presidente da República demitiu o Governo com
intenção de dar oportunidade ao PAIGC para honrar lealmente com os seus
compromissos de forma a reconciliar-se internamente”, questionou.
O grupo
questiona ainda se a CEDEAO não reparou
que o Presidente da ANP, a mesa do hemiciclo e a sua Comissão Permanente nada
fizeram no sentido de pacificar os ânimos e de convocar a plenária.
“Vem o
grupo, mais uma vez, apelar a total isenção e imparcialidade da CEDEAO na
condução desse processo para a saída da crise, por forma a garantir a tão
desejada reconciliação entre os guineenses, a paz e a estabilidade”, referiu
Vaz.
A
CEDEAO prevê sanções para actores políticos guineenses que não colaboraram para
a aplicação do Acordo de Conacri que prevê a formação de um governo de consenso
inclusivo com elementos dos partidos com assento parlamentar, cabendo ao chefe
de estado a escolha de um PM de consenso.
ANG/ÂC/JAM/SG
Sem comentários:
Enviar um comentário