Relatório aponta Cabo Verde,
Portugal, Timor-Leste e Brasil como "democracias com falhas “enquanto que
Angola, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial como “autoritários”
Bissau, 31 Jan 18
(ANG) - Cabo Verde manteve este ano a liderança dos países lusófonos no Índice
de Democracia elaborado anualmente pelo The Economist, ocupando o 23.º lugar
entre os 167 Estados analisados, três posições à frente de Portugal e 26 do
Brasil.
Num índice em que não
figura São Tomé e Príncipe, o The Economist Intelligence Unit, subordinado ao
tema "Liberdade de Expressão Sob Ataque", considera Cabo Verde,
Portugal, Timor-Leste e Brasil "democracias com falhas", enquanto
Moçambique se situa no limiar inferior dos "regimes híbridos" e
Angola, Guiné-Bissau e Guiné Equatorial surgem como "autoritários".
O índice tem em conta
cinco principais indicadores -- processo eleitoral e pluralismo, funcionamento
do Governo, participação política, cultura política e liberdades civis.
Num máximo de 10
pontos, que nenhum dos Estados analisados conseguiu obter -- Noruega (9,87),
Islândia (9,58) e Suécia (9,39) são os três mais bem classificados -, Cabo
Verde foi creditado com 7,88 pontos (23.º lugar global), Portugal com 7,84
(26.º), Timor-Leste com 7,19 (43.º) e Brasil com 6,86 (49.º).
Moçambique surge com
4,02 pontos (115.º posição) e é o último dos considerados "regimes
híbridos" (acima dos 4,00), à frente dos "autoritários" Angola
(3,62 pontos -- 125.º lugar), Guiné-Bissau (1,98 -- 157.º) e Guiné Equatorial
(1,81 -- 161.º).
Atrás da Guiné
Equatorial, e até ao fim do índice, só figuram outros seis Estados --
Turquemenistão (1,72 pontos), República Democrática do Congo (1,61), República
Centro Africana (1,52), Chade (1,50), Síria (1,43) e Coreia do Norte (1,08).
Entre os países
lusófonos, e dividindo por indicadores, Cabo Verde têm índices que variam entre
os 9,17 pontos (processo eleitoral e pluralismo) e os 6,67 (participação política).
Portugal tem como
melhor índice 9,58 pontos (processo eleitoral e pluralismo) e 6,11
(participação política), Timor-Leste entre 9,08 (processo eleitoral e
pluralismo) e 5,56 (participação política) e Brasil entre 9,58 (participação
eleitoral e pluralismo) e 5,00 (cultura política).
Moçambique, por seu
lado, tem como melhores resultados os 5,00 pontos, quer na participação
política, quer na cultura política, e 2,14 no item funcionamento do Governo.
Angola varia entre os
5,56 pontos na participação política e 1,75 no processo eleitoral e pluralismo,
enquanto a Guiné-Bissau tem como máximo 3,13 na cultura política e 0,00
atribuídos no funcionamento do Governo.
A Guiné Equatorial
também teve um 0,00, mas no processo eleitoral e pluralismo, tendo o valor mais
elevado sido 4,38, a nível de cultura política.
ANG/DN
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