China vai
enviar técnicos e materiais para aumentar produção agrícola
Bissau, 25 Jan 18 (ANG) - O Instituto
Agrónomo “Yuan Longping High-Tech”, da República Popular da China vai enviar
brevemente um grupo de técnicos e equipamentos necessários para apoiar um grupo
de agricultores da Guiné-Bissau, que recentemente beneficiou de formação
naquela instituição, visando a rentabilização das suas produções de arroz.
O anúncio foi feito
terça-feira pela Directora-Executiva
da Plataforma das Associações de Mulheres Camponesas da Guiné-Bissau (AMC-GB), no
final do encontro entre o Ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos e uma
delegação de técnicos chineses do referido instituto, situado na cidade chinesa
de ChangSha, na província de Hunan.
A equipa do Instituto Agrónomo, constituída por três
pessoas e dirigida pelo seu responsável de formação no estrangeiro, Chek
Xiaoling, deixou a Guiné-Bissau depois de 5 dias em que esteve a acompanhar os
referidos agricultores na aplicação prática dos ensinamentos adquiridos no “Yuan
Longping High-Tech” sobre produção agrícola.
A igualmente Secretária Executiva da AMAE revelou
ainda que um novo grupo de agricultores assistidos pela AMC-GB vai deslocar-se
em breve para a China para formação naquela instituição de pesquisa chinesa.
De acordo com Alexandrina
Marino Mané, pelo menos 2.500 agricultores guineses, dos quais 150 associados
da AMC teriam beneficiado de formação no Instituto nos últimos 15 anos.
Esta responsável acrescentou
que os chineses vieram também conhecer as dificuldades que o grupo enfrenta nas suas actividades
pós-formação .
“Espero que esta cooperação
seja fortificada e que mais guineenses possam beneficiar de formações de género
na República Popular da China para depois poderem aplicar, na prática, os
conhecimentos adquiridos numa produção a larga escala, para que a Guiné-Bissau
possa atingir a auto-suficiência alimentar e, eventualmente, exportar o
excedente”, salientou.
A delegação esteve a
acompanharam a restituição teórica dos conhecimentos adquiridos pelos
associados da AMC-GB, ao longo da formação na universidade chinesa e a orientar
o grupo sobre como produzir, por exemplo, arroz de espécie híbrida ou
rentabilizar a produção deste cereal até 15 toneladas num hectar ,e sem uso de
produtos químicos.
Ao longo da sua estada, os
técnicos chineses deslocaram-se ao campo experimental de produção agrícola da
Associação do Grupo Campossa, na região de Bafatá, leste do país, onde se
inteiraram dos trabalhos da produção da espécie de arroz híbrida, com
assistência igualmente de técnicos vindos da China.
De acordo com as explicações
do chefe da delegação chinesa, o nome Yuan Longping foi atribuído ao instituto
da cidade de ChangSha, na província de Hunan, em homenagem ao surfista e
agricultor chinês que descobriu a chamada formula “F1” para a produção de arroz
híbrido.
ANG/JAM/SG
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