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de Janeiro/Presidente da República rende homenagem a “líder
imortal” Amílcar Cabral
Bissau,21 Jan 23(ANG) - O Presidente da República, Umaro
Sissoco Embaló, rendeu sexta-feira homenagem ao "líder imortal"
Amílcar Cabral, "fundador das nacionalidades cabo-verdiana e
guineense", assassinado há 50 anos em Conacri, considerando ser um dia de "tristeza",
mas também de "reflexão".
O chefe de Estado falava aos jornalistas após ter
depositado uma coroa de flores no mausoléu de Amílcar Cabral, situado na
Fortaleza da Amura, onde está instalado o Estado-Maior das Forças Armadas da
Guiné-Bissau.
"Tínhamos de render esta homenagem dos 50 anos da
morte de Amílcar Cabral e eu, enquanto Presidente da República, vim depositar
uma coroa de flores e render homenagem ao líder dos combatentes da liberdade da
pátria", afirmou o chefe de Estado, lembrando João Bernardo 'Nino' Vieira,
antigo Presidente guineense, assassinado em 2009 e que fez a proclamação
unilateral da independência da Guiné-Bissau, a 24 de setembro de 1973.
"Hoje acabei também de condecorar com a mais alta
distinção [do Estado] as senhoras Adja Satu Camará, Francisca Pereira, Teodora
Inácia Gomes e Josefina [Zezinha] Chantre, eram companheiras de Amílcar Cabral,
mulheres", disse.
Considerando que o dia é "tristeza e de
reflexão", o Presidente guineense salientou que o país celebra este ano os
50 anos de independência e que a balança pesa para o "mal".
"Vamos comemorar 50 anos de independência e se
olharmos para trás para ver o que fizermos de bom e de mal. A balança pesa para
o mal que fizemos uns aos outros. Matar uns aos outros, não", afirmou
Umaro Sissoco Embaló.
O chefe de Estado salientou também que a sua geração deve
ser a da "concórdia nacional, da paz e do desenvolvimento".
"Eu penso que o Cabral também sonhava ver a
Guiné-Bissau como uma Nação que deve ser respeitada e eu hoje reposicionei a
Guiné-Bissau no concerto das nações, nós hoje somos comunidade internacional,
tínhamos perdido a autoestima, mas conseguimos resgatar a autoestima",
disse.
O Presidente pediu também ao chefe de Estado-Maior General
das Forças Armadas para acabar com a desordem de toda as pessoas irem à Amura
prestar homenagem a Amílcar Cabral.
"Se o PAIGC vem, o Madem vem, o PRS e também podem vir
e todos os partidos legalizados da Guiné-Bissau. A partir de hoje é um ato
meramente das personalidades do Estado e no dia em que transformarmos a Amura
num museu nacional, porque há um projeto, todos podem vir fazer as suas
homenagens, mas enquanto for assim, tem de ser reservado até pela própria
dignidade do Estado", afirmou o Presidente.
Antes de Umaro Sissoco Embaló chegar ao local, já lá tinham
estado o embaixador de Cuba e da Venezuela a prestar homenagem, o Partido
Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), bem como alunos de
várias escolas de Bissau.ANG/Lusa
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