Justiça/STJ declara que só anota deliberações do X Congresso do PAIGC após decisão sobre recurso interposto por Bolom Conté
Bissau,30 Jan 23 (ANG) – O Supremo Tribunal da Justiça declara em Despacho número 02 do Gabinete do Presidente da Corte maxima da justiça guineense, que só vai anotar as deliberações aprovadas no X Congresso ordinário do Partido Áfricano da Independencia da Guiné-Bissau e Cabo Verde depois da decisão sobre o recurso interposto por Bolom Conté, relativo a organização dessa reunião magna.
Por via desse
Despacho, assinado pelo Conselheiro do Presidente do Supremo Tribunal de
Justiça e Secretário-Geral do Supremo
Tribunal de Justiça, João André da Silva, à que a ANG teve acesso hoje, refere que encontra-se pendente no Supremo Tribunal
de Justiça um recurso relativo à organização do congresso cujas deliberações se
pretende anotar.
Acrescenta que o
julgamento do referido recurso é uma questão prejudicial, em relação à
pretendida anotação.
Por isso,sustenta-se,
que atendo o exposto, aguarda-se pela
decisão do processo principal,para só depois se decidir sobre o pedido de
anotação.
De acordo com o
Despacho do Supremo Tribunal da Justiça,
recentemente, o requerente foi notificado do Despacho, de 28 de dezembro
de 2022, que recaiu sobre o incidente de reclamação contra indeferimento de
recurso, que corre termos sob o número 4/2022, na câmara cível do STJ e que
admite o recurso interposto por Bolom Conté.
O Partido Africano da
Independencia da Guiné e Cabo Verde
apresentou o pedido de anotação das deliberações aprovadas pelo X
Congresso, que decorreu em Novembro de
2022, no Supremo Tribunal da Justiça, no
dia 16 Janeiro do ano em curso.
Bolom Conté, é tido
pela atual direção do PAIGC como ex-militante do partido que colobora com o
atual poder para “impossibilitar”, via judicial, que o PAIGC concorresse as
prõximas eleições.
Conté tem recorrido
aos tribunais e conseguido o adiamento, por várias vezes, do X congresso desta
formação política, que acabou por ter lugar em Novembro, na sequência de uma
decisão judicial.
Os protestos de Bolom
junto dos tribunais começou com
alegações de que teria sido prejudicado na escolha de delegados ao congresso. ANG/LPG//SG
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