terça-feira, 31 de janeiro de 2023

 

Finanças pública/FMI desembolsa 38,4 milhões de dólares de assistência financeira à Guiné-Bissau

Bissau,31 Jan 23 (ANG) -  O Fundo Monetário Internacional, (FMI) anunciou  segunda-feira que financiará um programa ampliado para a Guiné-Bissau, nos próximos três anos, no valor de 38,4 milhões de dólares para garantir a sustentabilidade da dívida e o crescimento econômico,  no âmbito de Facilidade de Crédito Alargado, ECF, suspenso há quatro anos.

Segundo a pagina do Ministério das Finanças no Facebook, que cita as deliberações  do  Conselho de Administração da instituição,  o novo programa financeiro para a Guiné-Bissau tem vários objetivos definidos, nomeadamente a  garantia da sustentabilidade da dívida, apoio a recuperação económica, melhoria da boa governação e redução do risco de corrupção e criaºão do  espaço fiscal para apoiar o crescimento inclusivo.

A deliberação do  Conselho de Administração do FMI indica que o  programa tem a duração de 36 meses e o Fundo  decidiu de imediato desembolsar 3,2 milhões de dólares para a Guiné-Bissau, cerca de 3 milhões de euros.

" O programa de financiamento expandido é necessário para melhorar a confiança dos doadores e do setor privado e catalisar o financiamento concessional muito necessário da comunidade internacional, que relata a aprovação do novo acordo, que segue um programa de nível técnico que estava em vigor em 2021 e 2022.", refere o FMI.

 O Drector-executivo adjunto do FMI, Bo Li, disse que "a Guiné-Bissau tem demonstrado um forte empenho na implementação das reformas, num ambiente difícil, conseguindo levar a cabo, satisfatoriamente, o programa seguido pela equipa técnica, que durou nove meses", sublinhou.

 No entanto, Bo Li também expressou a sua preocupação para os próximos meses por causa dos vários desafios que terão de ser enfrentados, mesmo que a economia se recupere.

 “As perspetivas estão sujeitas a riscos significativos relacionados com a diminuição do poder de compra, a volatilidade das exportações da castanha de caju e sobretudo os impactos da guerra na Ucrânia, que poderão ter influência nos preços dos bens alimentares e da energia”, disse o Diretor Executivo do FMI.

 Li destacou  que a Guiné-Bissau também não escapou à crise sanitária ligada à Covid-19 e aos impactos negativos da guerra na Ucrânia. ANG/LPG//SG

 

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