Finanças pública/FMI
desembolsa 38,4 milhões de dólares de assistência financeira à Guiné-Bissau
Bissau,31 Jan
23 (ANG) - O Fundo Monetário
Internacional, (FMI) anunciou
segunda-feira que financiará um programa ampliado para a Guiné-Bissau,
nos próximos três anos, no valor de 38,4 milhões de dólares para garantir a
sustentabilidade da dívida e o crescimento econômico, no âmbito de
Facilidade de Crédito Alargado, ECF, suspenso há quatro anos.
Segundo a pagina do Ministério das Finanças no Facebook, que cita as deliberações do
Conselho de Administração da instituição, o novo programa financeiro para a Guiné-Bissau
tem vários objetivos definidos, nomeadamente a garantia da sustentabilidade da dívida, apoio
a recuperação económica, melhoria da boa governação e redução do risco de
corrupção e criaºão do espaço fiscal
para apoiar o crescimento inclusivo.
A deliberação
do Conselho de Administração do FMI
indica que o programa tem a duração de
36 meses e o Fundo decidiu de imediato
desembolsar 3,2 milhões de dólares para a Guiné-Bissau, cerca de 3 milhões de
euros.
" O
programa de financiamento expandido é necessário para melhorar a confiança dos
doadores e do setor privado e catalisar o financiamento concessional muito
necessário da comunidade internacional, que relata a aprovação do novo acordo,
que segue um programa de nível técnico que estava em vigor em 2021 e
2022.", refere o FMI.
O
Drector-executivo adjunto do FMI, Bo Li, disse que "a Guiné-Bissau tem
demonstrado um forte empenho na implementação das reformas, num ambiente
difícil, conseguindo levar a cabo, satisfatoriamente, o programa seguido pela
equipa técnica, que durou nove meses", sublinhou.
No
entanto, Bo Li também expressou a sua preocupação para os próximos meses por
causa dos vários desafios que terão de ser enfrentados, mesmo que a economia se
recupere.
“As
perspetivas estão sujeitas a riscos significativos relacionados com a
diminuição do poder de compra, a volatilidade das exportações da castanha de
caju e sobretudo os impactos da guerra na Ucrânia, que poderão ter influência
nos preços dos bens alimentares e da energia”, disse o Diretor Executivo do
FMI.
Li
destacou que a Guiné-Bissau também não
escapou à crise sanitária ligada à Covid-19 e aos impactos negativos da guerra
na Ucrânia. ANG/LPG//SG
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