França/Macron recebe Embaló para falar da insegurança no Sahel e Golfo da Guiné
Bissau, 26 Jan 23 (ANG) - Presidente Umaro Sissoco Embaló reúne-se, esta quinta-feira, em Paris, com o seu homólogo francês Emmanuel Macron com o objetivo , de acordo com o comunicado do Eliseu, de “continuar a reforçar os laços entre França e a Guiné-Bissau” e falar sobre “a evolução da situação securitária no Sahel e no Golfo da Guiné”.
Três dias consecutivos, três presidentes
africanos no Palácio do Eliseu. Terça-feira foi William Ruto, do Quénia,
quarta-feira Alassane Ouattara, da Costa do Marfim, e hoje Umaro Sissoco Embaló
da Guiné-Bissau. Nos comunicados para as três visitas, surgem os temas da
segurança e reforço da cooperação, nomeadamente económica.
Emmanuel Macron quer recuperar a
influência francesa que se tem vindo a afundar no continente face à vontade de
os líderes africanos multiplicarem as parcerias económicas, militares e
diplomáticas e perante a concorrência de potências internacionais como a
Rússia, a China e os Estados Unidos.
Esta quinta-feira, o Presidente francês
recebe o homólogo da Guiné-Bissau, país que visitou em Julho do ano passado e
que assume actualmente a presidência rotativa da Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental. Da CEDEAO faz precisamente parte o Burkina Faso
que pediu à França para retirar as tropas do território, meses depois de o Mali
e de a República Centro-Africana terem feito o mesmo e de ambos se terem
aproximado da Rússia. Desde o golpe militar de Setembro, que levou ao poder uma
nova junta em Ouagadougou, também se verificou essa aproximação com Moscovo,
ainda que o executivo de transição negue qualquer acordo com a força Wagner.
De acordo com o comunicado do Eliseu, os
presidentes francês e bissau-guineense vão “continuar a reforçar os laços entre
França e a Guiné-Bissau” e vão falar sobre “a evolução da situação securitária
no Sahel e no Golfo da Guiné”.
Em Novembro, após uma década de combate contra os jihadistas espalhados nos países do Sahel, Paris confirmou o fim oficial da operação Barkhane e apontou o prazo de meio ano para definir a sua nova estratégia em África. Além do Burkina Faso, os militares franceses continuam no Níger e no Chade. Os grupos jihadistas ligados à Al Qaeda e ao autodenominado Estado Islâmico têm progredido para os países do Golfo da Guiné.
ANG/RFI
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