Japão/Governo anuncia novas sanções contra políticos e militares russos
Bissau, 27 Jan 23(ANG) –
O Governo japonês anunciou hoje novas sanções contra altos responsáveis
políticos e militares russos, bem como uma proibição adicional das exportações
japonesas de componentes que poderiam ser utilizados no esforço de guerra.
As medidas congelam bens
de 36 indivíduos e de três organizações, incluindo os do ministro da Justiça
russo, Konstantin Chuichenko, e de vários vice-ministros, secretários de Estado
e altas patentes militares.
O Japão decidiu ainda
proibir as exportações para 49 organizações ligadas à invasão da Ucrânia e
proibir a venda de certos componentes, sendo que Tóquio já não permitia
remessas de semicondutores e outras peças e dispositivos tecnológicos.
O objectivo é impedir a
utilização destes componentes no fabrico de gás lacrimogéneo e dispositivos automatizados
que possam ser usados pelas forças russas, disse hoje o porta-voz adjunto do
Governo, Seiji Kihara.
“A invasão russa da
Ucrânia não pode ser permitida, pois abala uma ordem internacional construída
durante um longo período de tempo com muito esforço e sacrifício”, disse Kihara
numa conferência de imprensa.
O Japão, que detém este
ano a presidência rotativa do bloco G7, “continuará a trabalhar para melhorar a
situação juntamente com os países do G7 e a comunidade internacional”,
acrescentou o porta-voz.
A ofensiva militar
lançada a 24 de Fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a
fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e
quase oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados
da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa –
justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de
“desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi
condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com
envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e
económicas. ANG/Inforpress/Lusa
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