África/Guiné Equatorial é o terceiro país mais
corrupto do continente – Transparência
Internacional
Bissau,
31 Jan 23(ANG) – A Guiné Equatorial manteve o 171.º lugar, entre 180, no Índice
de Percepção da Corrupção, bem como a mesma pontuação (17) que em 2021, sendo o
terceiro país mais corrupto em África, segundo um relatório hoje divulgado.
A
edição deste ano do Índice de Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês),
elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional,
mostra que a Guiné Equatorial “continua a sofrer uma exploração implacável às
mãos da família que governa o país”.
Considerado
pela Transparência Internacional como o terceiro país mais corrupto de África –
apenas à frente do Sudão do Sul e da Somália -, a ONG destaca que os “sistemas
político, económico e jurídico do país são todos controlados pelo Presidente
Teodoro Obiang Nguema, parentes e cúmplices por quase quatro décadas”.
Não
considerando aos regimes monárquicos, Teodoro Obiang, que completa 81 anos em
Junho, é o chefe de Estado há mais tempo no poder.
A
tendência da Guiné Equatorial nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de
um ponto e considerando os últimos 10 anos perdeu três.
Antiga
colónia espanhola, a Guiné Equatorial integra a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP).
O CPI
foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma
referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de
especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no sector
público.
Trata-se
de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de
corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de
zero (percepcionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180
países e territórios.
Em
2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma
a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.
ANG/Inforpress/Lusa
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