Finanças pública/Secretário de Estado do Tesouro diz que gestão da tesouraria do Estado é um grande desafio para credibilidade do país
Bissau, 11 Jun 24
(ANG) - O Secretário de Estado do Tesouro disse que a gestão da tesouraria do Estado é um grande
desafio para a credibilidade e o crescimento económico do país.
Mamadú Baldé que presidia,
hoje, a abertura do Whorkshop da Conta Única do Tesouro(CUT), disse que o efeito de uma boa e racional
gestão ativa de tesouraria permite ao Estado honrar os seus compromissos,
atempadamente, para evitar o risco de acumulação de atrasados.
“Essa ferramenta contribuiria
para o dinamismo do setor privado e para a criação do emprego, e o Estado poderia ainda recorrer ao mercado
financeiro regional ou internacional no momento exato da sua necessidade”,
salientou.
O governante explicou
que o
objetivo do Whorkshop é de informar à todos os autores Estatais sobre as
reformas em curso na Direção Geral do Tesouro e Contabilidade Pública,
relacionadas a implementação da Conta
Única do Tesouro, assim como de conscientizar os referidos autores sobre os
méritos da iniciativa, a fim de eliminar quaisquer ambiguidade e mal entendido sobre a matéria.
″A referida formação
se realiza no quadro das reformas em
curso do Ministério das Finanças, particularmente na Direção Geral do Tesouro e
da Contabilidade Público DGTCP, para o pleno cumprimento duma exigência geral dos
países de zona rural de UEMOA, em que a
Guiné-Bissau faz parte”, disse.
Mamadú Baldé
sublinhou que, o ateliê se enquadra nos acordos firmados com os parceiros de
desenvolvimento, nomeadamente o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e
União Europeia, com o propósito de melhorar e assegurar a utilização das receitas públicas.
Disse que a CUT funciona como um funil para onde convergem
todos os recursos do Estado, ou seja , um instrumento fundamental para a transparência e eficiência na gestão dos recursos públicos
para garantir uma visão consolidada de todos os fundos públicos disponíveis, em
tempo real.
Explicou que nessa
conta todos os recursos públicos devem ser depositados e todas as despesas
públicas devem ser realizadas. “Uma estrutura unificada de contas bancárias de
Administração Pública, operada por tesouro público”, acrescentou.
Referiu que, ao longo
dos anos do serviço e sempre com apoio dos parceiros técnicos do desenvolvimento,
nomeadamente o Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, a União Europeia,
o país tem se empenhado na modernização do quadro da gestão das Finanças
Públicas, através da melhoria da gestão da tesouraria do Estado, que se tem
articulado em torno do Comité Técnico de Arbitragem de despesas orçamentais e do Comité do Tesouro, assim como adoção de boas práticas.
A Representação do
Banco Mundial na pessoa de Maria Ruam Lopez reiterou na ocasião o compromisso
de continuar a apoiar a Guiné-Bissau para
que essa reforma seja uma realidade.
“O Banco Mundial está
empenhada na implementação da Conta Única do Tesouro para fortalecer a gestão das
finanças públicas, melhorando o controlo de fluxos financeiros e aplicar uma
gestão rigorosa da tesouraria”, disse Ruam Lopez.
Acrescentou que o apoio faz parte do projeto de reforço do setor
público que vai decorrer até 2028 e que tem como objetivo melhorar a supervisão
dos recursos fiscais e humanos e reforçar as competências dos funcionários do
setor público na Guiné-Bissau.
Para aquela responsável,
um dos desafios que o Tesouro público guineense enfrenta atualmente é a inconformidade
da sua atuação com a expetativa que compõe o quadro monetário das Finanças
públicas da UEMOA, adaptadas em 2009, nomeadamente as ligadas ao trabalho de
implementação da Conta Única do Tesouro Público.
Disse que as
representações orçamentais do Estado, tanto fiscais assim como não fiscais e
outras despesas, por uma multiplicidade de contas bancárias não consolidadas, impedem
ao Estado de ter uma visão global das contas desponíveis.
Realçou que a
implementação da estrutura unificada de contas bancárias estatais proporcionaria
uma visão geral de liquidez estatal e resolveria problemas que advém de contas
públicas abertas, para além de permitir
o acompanhamento da gestão mais eficaz dos recursos de tesouraria, bem como, uma
melhor transparência na utilização dos fundos públicos.
Durante dois dias de
formação, os participantes vão abordar,
entre outros temas, “o quadro
institucional da obrigatoriedade da
existência da Conta Única do Tesouro”,
“os príncipios e vantagens da Conta Única do Tesouro, bem como a sua
implementação e procedimentos, requisitos regulamentares e institucionais.ANG/MI/ÂC//SG
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