Pequim/China e África podem “liderar a revolução" das energias renováveis - Guterres
Bissau,
05 Set 24(ANG) - O secretário-geral da
ONU, António Guterres, afirmou hoje, em Pequim, que China e África podem
“liderar a revolução das energias renováveis”.
“O notável historial de desenvolvimento da China, em particular na erradicação da pobreza, é uma grande fonte de experiência e conhecimento”, afirmou Guterres, na abertura da cimeira do Fórum de Cooperação China-África, que se realiza na capital chinesa.
“A
parceria entre a China e África pode liderar a revolução das energias
renováveis”, além de poder também “servir de catalisador para transições essenciais
nos sistemas alimentares e na conectividade digital”, acrescentou o português.
Além
disso, continuou Guterres, “enquanto sede de algumas das economias mais
dinâmicas do mundo, África pode maximizar o potencial do apoio da China em
áreas que vão desde o comércio e a gestão de dados até às finanças e à
tecnologia”.
A
cimeira, a maior reunião diplomática organizada em Pequim desde a pandemia de
covid-19, vai juntar mais de 50 líderes africanos até sexta-feira na capital
chinesa, segundo a imprensa estatal do país asiático.
Em
Pequim encontram-se vários líderes de países africanos de língua portuguesa,
nomeadamente o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, o Presidente
de Moçambique, Filipe Nyusi, e o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses
Correia e Silva.
Fora
da lista de presenças ficou o Presidente angolano, João Lourenço, apesar da
China ser o maior credor do país africano e de Angola ser o maior parceiro
económico chinês na África subsaariana.
“É
tempo de corrigir certas injustiças históricas” em relação a África, referiu
Guterres ainda durante o discurso.
“É
escandaloso, por exemplo, que o continente africano não tenha um lugar
permanente no Conselho de Segurança da ONU”, afirmou.
ANG/Inforpress/Lusa
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