Bélgica/Conselho da Europa critica Espanha por corrupção entre altos responsáveis
Bissau, 01 Ago 25 (ANG) - O Conselho da Europa criticou hoje as deficiências de Espanha no combate à corrupção entre altos responsáveis, quando o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do primeiro-ministro Pedro Sánchez, é atingido por uma série de casos de corrupção.
Num relatório, o Grupo de
Estados contra a Corrupção (Greco), que reúne 48 países, "observou a
ausência de uma ação contundente e de resultados concretos em relação às
recomendações indicadas para as funções executivas de alto nível no Governo
central".
O relatório deste órgão do Conselho da Europa reconheceu que no
âmbito do Plano de Ação para a Democracia e do projeto de lei sobre a
transparência administrativa "são propostas melhorias" neste setor do
combate à corrupção, "mas estas iniciativas ainda têm de ser
implementadas".
"Não foram tomadas quaisquer medidas para reformar o
processo especial que rege o regime de responsabilidade criminal dos membros do
governo", sendo que o Gabinete de Conflitos de Interesses "ainda não
é verdadeiramente independente e não tem orçamento próprio", afirmou o
Greco.
Por isso, o Grego solicitou às autoridades espanholas que
apresentem um relatório sobre os progressos alcançados na implementação das
suas recomendações até 30 de junho de 2026.
As investigações judiciais contra pessoas próximas do
primeiro-ministro socialista têm-se multiplicado há meses. Perante a crise mais
grave desde que assumiu o poder, apresentou um plano anticorrupção ao
Parlamento em 09 de julho.
O antigo número três do PSOE, Santos Cerdán, um dos
colaboradores próximos de Sánchez, foi implicado após a publicação, em 12 de
junho, de um relatório da polícia indicando que tinha recebido subornos em
troca de contratos públicos. Foi colocado em prisão preventiva.
A própria mulher do chefe do Governo espanhol, Begoña Gómez,
está sob investigação por corrupção e tráfico de influência, o seu irmão David
será julgado por tráfico de influência, e o Procurador-Geral do Estado, Álvaro
García Ortiz, nomeado em 2022 por proposta do Governo de esquerda, será julgado
por fuga de informação judicial.
Por outro lado, a direita espanhola esteve envolvida num
escândalo em julho, quando um juiz anunciou a acusação de cerca de trinta
pessoas, entre as quais um antigo ministro do Partido Popular (PP), Cristóbal
Montoro, por sete crimes que vão desde fraude a corrupção. ANG/Lusa

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