segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Burkina Faso



 Ataque terrorista em Ouagadougou causa pelo menos 18 mortos

Bissau, 14 Ago17 (ANG) - Um grupo de homens armados atacaram na noite de domingo o café restaurante Istambul na capital burquinabê, Ougadougou. No ataque morreram 18 pessoas, de “diversas nacionalidades”, confirmou o ministro da comunicação Remis Dandjinou.

Segundo testemunha, dois terroristas numa moto e armados com kalachnikov, por volta das 21:00 horas, chegaram ao local tendo disparado contra o restaurante. Um empregado do restaurante afirmou ter visto “três homens a chegarem num veículo todo-o-terreno por volta das 21:30 horas, desceram do veículo e abriram fogo contra os clientes que estavam na esplanada”.

As forças de segurança burquinabês imediatamente cercaram o local, e às 22:15 horas lançaram um assalto final contra o prédio do café Istambul onde os terroristas estavam entrincheirados.

O café restaurante Istambul está situado a cerca de 200 metros do café Cappuccino que em janeiro de 2016 foi alvo de um violento ataque que causou 30 mortos e 70 feridos, maioritariamente estrangeiros, uma operação que foi reivindicada pela Al-Qaeda do Magrebe Islâmico (AQMI). ANG/ e-Global Notícias em Português


Função pública


Ministro pede tempo e organização para fazer reajuste salarial

Bissau, 14 Ago17 (ANG) - O ministro da Função Pública Reforma e Trabalho pediu tempo sexta-feira à União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) para que possa fazer um trabalho organizado de reajuste salarial de modo a evitar erros no futuro.

Tumane Baldé falava à imprensa após o  encontro conjunto com o secretário da UNTG e o ministro da Economia e Finanças no qual se debateu a questão de reajuste salarial na função pública guineense.

“A questão do salário na função pública realmente está de forma desorganizada, mas também o trabalho de o reorganizar exige tempo porque não podemos cometer erros que possas nos prejudicar no futuro, sendo assim precisaremos da colaboração de UNTG neste sentido”, disse aquele governante.

Afirmou  que nunca é contra  as exigências da UNTG, porque  a luta desta visa apenas uma justiça salarial.

Baldé prometeu prosseguir com os trabalho com vista a implementação de um reajuste salarial na Administração Publica.

O Ministro da Função Publica pediu igualmente paciência aos trabalhadores, assegurando  que  pretendem fazer bom trabalho e para que isso aconteça necessitam  da colaboração de todos.

Por sua vez, o ministro da Economia e Finanças, Aladje Mamadu Fadia garantiu que o preço de arroz vai ser baixado no mercado para que  a população possa ter o poder de compra.

Questionado se as finanças estariam em condições de proceder ao reajuste salarial, o governante respondeu afirmativamente, tendo sublinhado que  isso não implica aumento salarial, mas sim aumento de salários de uns e consequente diminuição de outros

“A única situação que poderá nos dificultar é o tempo, por isso precisamos da colaboração de nossos parceiros neste sentido. Já estamos a fazer o nosso trabalho, só que exige muita atenção e concentração”, disse Fadia.

ANG/AALS/JAM/SG






Regiões/Mansoa


Habitantes de Bara saíram do isolamento

Bissau, 14 ago (Lusa) - Chegar hoje da tabanca de Bara a Mansoa, norte da Guiné-Bissau, demora apenas 20 minutos de carro devido a uma estrada construída pela população, que optou por "ficar com fome", mas ter acesso à saúde e sair do isolamento.

Os 18 quilómetros distância entre Bara e Mansoa, na região de Oio, centro da Guiné-Bissau, eram na época seca percorridos em três horas.

Na época das chuvas, as pessoas ficavam isoladas e para chegar a Mansoa eram obrigadas a caminhar entre mato e bolanhas (arrozais) e a levarem uma muda de roupa para chegarem limpos à cidade.

Farto do isolamento e das dificuldades para chegar a Mansoa, Tchikng Athé teve a ideia de construir a estrada e começou a mobilizar a população.

"Isto era como se fosse uma ilha, na época da chuva.

Caem as primeiras chuvas e já não há como os carros chegarem aqui à nossa tabanca. Por isso decidimos ficar com fome (não resolver outros problemas), mas resolver o problema da estrada", afirmou à agência Lusa.

Cansado da promessa dos políticos, Tchikng Athé recordou a sobrinha, que morreu o ano passado a tentar chegar a Mansoa para ir ao médico e muitas outras mulheres grávidas que perderam a vida.

"Os carros não conseguiam chegar à nossa tabanca, era preciso carregá-las com macas improvisadas. Agora podemos dizer: Deus obrigado. Lutamos mas não acabamos, mas agora os carros entram até à tabanca", disse, lembrando que todos são filho da Guiné-Bissau.

Em Bara já há estrada, mas ainda há dívidas para pagar aos donos da máquina e a outras pessoas de boa vontade que ajudaram a população, que contribui com cerca de 20.000 francos cfa (cerca de 30 euros) por pessoa de trabalho, as crianças e os mais velhos não pagaram.

"Agora é muito fácil andar nesta estrada, daqui até Mansoa.

Agora podes vestir boa roupa em casa, sair e apanhar o transporte na tua porta até Mansoa", afirmou.

Para concretizar a ideia de Tchikng Athé contribui Manuel Jorge Sigá, que era o antigo motorista que fazia a ligação entre Mansoa e Bara durante a época seca.


"Para fazer três carreiras (de transporte publico) num dia, vir de Mansoa para aqui, eras obrigado a começar a viagem de Mansoa para cá às 03:00 para parar às 09:00. Levavas três horas entre a estrada principal para aqui em Bara. Três horas para vir, três horas para ir", explicou à Lusa.

Manuela Jorge Sigá foi o engenheiro e o topógrafo da estrada e quem discutiu os preços, mas sempre acompanhado pelos representantes da população.

"Não sou nem engenheiro, nem topógrafo, mas fui eu que alinhei esta estrada com as minhas mãos. É apenas uma curiosidade. Como se diz em crioulo a cabra não costuma morder (as pessoas), mas se estiver em apuros morde", afirmou.

Já o presidente do comité da tabanca de Bara, Damna Mbali, recordou as promessas dos partidos, que "falam coisas bonitas, mas que não passam disso mesmo".

"Não confiamos mais em nenhum partido, mas sim nas nossas mãos. Agora uma pessoa sai daqui e rapidamente chega à Mansoa, até uma criança vai rapidamente e volta à tabanca.

Agora a população está satisfeita, quando passa pela minha casa, ou vai a passar na estrada, diz-me sim senhor, fizeram um bom trabalho", afirmou.


ANG/Lusa

Função Pública


UNTG deu 30 dias ao governo para concluir trabalhos para  reajuste salarial

Bissau, 14 Ago 17 (ANG) - A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) deu esta sexta-feira um prazo de trinta dias ao governo para que conclua os trabalhos para o  reajuste salarial na Função Pública guineense.

A informação consta da adenda ao memorando de entendimento que a central sindical rubricou, no último fom de semana, em Bissau, com os ministérios das Finanças e da Função Publica, por forma a pôr cobro a onda de greve que a central sindical planeia desencadear nos proximos dias, após observar uma paralisação de três dias.

“O governo se compromete em resolver as reivindicações dos servidores públicos o mais breve possível”, refere a  adenda ao memorando de entendimento.

Nesta mesma adenda o governo ainda se compromete em não descontar nos salários as faltas cometidas nos dias da greve e manifesta a sua solidariedade para com os servidores públicos tendo sublinhado que eles só estão a reivindicar os seus direitos.

O secretário-geral da UNTG Estevão Có em declarações à imprensa considerou a greve de positivo, tendo justificado que, ao menos, conseguiu levar o governo a mesa de negociação sobre o reajuste salarial.

Aquele sindicalista disse que não era vontade da UNTG decretar greve, pois têm plena consciência das implicações da mesma na vida do simples cidadão, nomeadamente nos hospitais. “Infelizmente é uma das armas mais poderosa de um sindicato”, disse.

Questionado sobre os passos futuros, caso o governo, dentro de trinta dias, não cumprir com a promessa sobre reajuste salarial, Estevão Có ameaçou com acções de outras naturezas.

“Exigências não significa somente fazer a greve.Temos outras vias para fazer as nossas reivindicações”,disse Gomes Có que aproveitou a ocasião para agradecer a adesão dos trabalhadores à greve dos dias 8,9 e 10 deste mês.

Aos que não o fizeram lançou um apelo no sentido de participarem nessa luta para o benefício comum.

A UNTG reivindica o reajuste salarial e o pagamento das dívidas salariais de 2003. 

ANG/AALS/JAM/SG


sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Desnutrição crónica



Directora dos Serviços de Alimentação reconhece dificuldade em combater o flagelo

Bissau, 11 Ago 17 (ANG) – A Directora dos Serviços de Alimentação, Nutrição e Sobrevivência da criança, do Ministério de Saúde afirmou esta sexta-feira que é difícil combater a desnutrição crónica no país porque a desnutrição começa desde a gravidez.

Ivone Menezes Moreira reagia assim, em declarações à ANG à afirmação feita pelo Programa Mundial Alimentar quinta-feira, segundo a qual 27 por cento da população guineense sofre de desnutrição crónica.

A Directora confirmou os dados estatísticos do PAM e disse que foram produzidos pelos serviços que dirige.

Ivone Moreira elogiou os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo PAM, sublinhando ser “o único parceiro que se preocupa com a problemática de desnutrição no país”.
Acrescentou que quando apresentam a problemática da desnutrição aos parceiros estes dão  mais importância a desnutrição aguda e moderada.

“Se uma grávida não se alimentar devidamente, fica desnutrida ou anémica e isso  reflecte negativamente na criança, “exemplificou.

Referiu   ainda que a desnutrição crónica tem consequências graves no crescimento de uma criança,e que diminui a capacidade cognitiva e aumenta o esquecimento até a velhice.
Ivone Moreira destacou que a sua direcção elaborou vários documentos normativos que orientam os técnicos de saúde, para sensibilização e orientação das mulheres durante a gravidez e pós-parto. 

Lamentou que muitas das vezes as mulheres grávidas não recorrem aos centros de saúde para fazer as consultas e seguimento durante a gravidez.

Aquela responsável indicou  que uma mulher grávida deve comer no mínimo quatro vezes por dia e com alimentação variada desde legumes, frutas peixe e carne, sumos naturais, e não deve fumar cigarro nem consumir  bebidas alcoólicas ou gasosas.

Pede a todos para se evitar o uso excessivo de ingredientes como caldo de galinha (gustos) na comida e nas saladas porque são  causadores de hipertensão arterial, aconselha o uso moderado de  açúcar que também está a causar  diabetes.  

ANG/JD/JAM/SG