sexta-feira, 20 de março de 2020

Covid-19


   China sem novos casos de contágio local pelo segundo dia consecutivo
Bissau, 20 mar 20 (ANG) - A China anunciou hoje não ter registado novas infecções locais pelo novo coronavírus, pelo segundo dia consecutivo, embora o número de casos importados tenha continuado a aumentar.
A Comissão de Saúde da China disse que, até ao início de quinta-feira não foram detectados novos casos de contágio local em todo o território, mas as autoridades identificaram 39 infectados oriundos do exterior.
Três pessoas morreram devido à doença, nas últimas 24 horas, fixando o total de mortes na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, em 3.248.
No total, o número de infectados diagnosticados na China desde o início da pandemia é de 80.967, incluindo 71.150 pessoas que já receberam alta. O número de infectados activos fixou-se nos 6.569, entre os quais 2.136 em estado grave.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, entre as quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infectadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir actualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se, na quinta-feira, no país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.
A Espanha regista com 767 mortes (17.147 casos) e a França 264 mortes (9.134 casos).
Destaque também para o Irão, com 1.284 mortes em 18.407 casos.
Vários países adoptaram medidas excepcionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras. ANG/Angop



Covid-19


                     Guterres alerta para risco de milhões de mortes

Bissau, 20 mar 20 (ANG) – O secretário-geral da ONU, António Guterres, avisou quinta-feira que se a propagação do novo coronavírus não for travada, especialmente nas regiões mais vulneráveis, morrerão milhões de pessoas.
“Está demonstrado que o vírus pode ser contido. Ele tem de ser contido”, disse Guterres, numa conferência de imprensa em que pediu a ajuda de todos para ser possível parar a pandemia.
O secretário-geral das Nações Unidas disse que os governos devem coordenar-se à escala global para conseguirem uma resposta à emergência sanitária e à iminente crise económica mundial.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infectou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infectadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em Dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
Vários países adoptaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras. ANG/Inforpress/Lusa

quinta-feira, 19 de março de 2020

Prevenção contra Coronavirus




Bissau,19 Mar 20(ANG) - Mais de 150 pessoas, entre portugueses e outros cidadãos europeus e de Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), pediram à embaixada de Portugal na Guiné-Bissau auxílio para sair do país, noticiou quarta-feira à Lusa citando fonte daquela representação diplomática.
Vista da Embaixada de Portugal em Bissau

Entre os que solicitaram auxílio para regressar aos seus países de origem estão, segundo a mesma fonte, pessoas doentes, que são prioritárias, cidadãos portugueses residentes e não-residentes na Guiné-Bissau, bem como cidadãos de outros países da União Europeia e dos PALOP.

A fonte explicou que as pessoas se têm dirigido à embaixada a pedir auxílio e que os nomes e contactos estão a ser recolhidos.

As autoridades da Guiné-Bissau encerraram quarta-feira as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus, com ressalva para evacuações médicas, abastecimento de medicamentos e para importações de bens alimentares de primeira necessidade.

Foram também encerrados todos os mercados a nível nacional, excetuando a venda de produtos alimentares, interditadas praias e piscinas, igrejas, mesquitas e outros locais de culto religioso às sextas-feiras, sábados e domingos.

As escolas públicas e privadas foram igualmente encerradas, bem como bares, restaurantes e outros locais onde se pode comer e beber.

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e tem um sistema de saúde bastante frágil com graves carências de equipamentos e materiais.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

No continente africano há 33 países afetados pela pandemia de Covid-19, que conta já quase 600 casos, entre os quais o Senegal e a Guiné-Conacri, que fazem fronteira com a Guiné-Bissau.

A Organização Mundial de Saúde pediu hoje aos países do continente africano para se prepararem para o pior.


O Ministério dos Negócios Estrangeiros criou a linha de emergência Covid-19 para apoiar cidadãos portugueses que se encontrem transitoriamente no estrangeiro.

Os portugueses podem contactar o serviço através do `email` covid19@mne.pt ou da linha telefónica +351 217929755 entre 09:00 e as 17:00 e o Gabinete de Emergência Consular, que funciona 24 horas por dia.ANG/Lusa 

Prevenção coronavirus


Associação dos Operadores Turísticos exorta o Governo a salvaguardar interesses económicos do país

Bissau,19 Mar 20(ANG) – O vice presidente da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau, disse que a sua organização congratulou-se com a decisão do Governo de encerrar os restaurantes, bares e barracas, não obstante deve pensar em salvaguardar os interesses económicos  do país.

“O Governo deve saber que os proprietários dos restaurantes, bares e barracas têm compromissos com os bancos, fornecedores e o próprio Estado em termos de impostos e os próprios funcionários, por isso essas situações devem ser bem salvaguardadas para não prejudicar os operadores económicos”, afirmou Ado Callahan, em entrevista exclusiva à ANG.

O Governo de Nuno Nabian determinou na reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira, o encerramento de escolas públicas e privadas, bares, restaurantes e barracas (lugares onde se pode comer e beber), por um período indeterminado.

O vice Presidente da Associação dos Operadores Turísticos afirmou que, por esta razão manteve hoje uma audiência com a Secretária de Estado do Turismo à quem informou da posição da sua organização face a referida decisão do executivo.

“A nossa maior preocupação é no sentido de saber para quando vai durar a decisão do encerramento dos restaurantes e bares. Será que os seus proprietários têm a capacidade de aguentar por muito tempo fechado, suportando as despesas com os trabalhadores e pagamento dos impostos”, questionou.

Aquele responsável disse que não estão contra a tomada de quaisquer medidas de prevenção de pandemia do novo coronavirus, acrescentando contudo que, essas decisões devem ser acompanhadas de medidas de salvaguarda de interesses de operadores económicos.

Disse que recebeu uma garantia da Secretária de Estado de Turismo de que irá levar a preocupação dos Operadores Turísticos para serem analisadas no Conselho de Ministros.

Ado Callahan sublinhou que a decisão de encerramento de restaurantes e bares deve abrir um regime de excepção, por exemplo, onde os clientes podem comprar as suas refeições e levar para casa evitando aglomerações nos restaurantes.

Por sua vez, o secretário geral da Associação dos Operadores Turísticos e Similares da Guiné-Bissau apelou aos seus associados para acatar as medidas tomadas pelo Governo no que concerne a prevenção do coronavirus no país.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.ANG/ÂC//SG

Covid-19


   Governo decreta fecho das escolas públicas e privadas devido a pandemia

Bissau, 19 Mar 20 - (ANG) - O Governo da Guiné-Bissau decidiu quarta-feira encerrar as escolas públicas, privadas, restaurantes, bares, barracas e fecho de fronteiras terrestres, marítimas e aereas com todos os países  por causa do coronavirus que abala o mundo, incluíndo os países vizinhos ,Senegal e Guiné-Conacri.

A decisão saiu da reunião do Conselho de Ministros do dia 18 de Março presidido pelo Presidente da República.

Segundo  o comunicado do Governo à que a ANG teve acesso, o Executivo ainda decidiu decretar luto nacional devido a morte do ex-Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo e reservar-lhe um funeral com honras de Estado.

O colectivo governamental decidiu ainda interditar a utilização de todos os mercados a nível nacional, com excepção nas vendas dos produtos alimentícios de primeira necessidade, nomeadamente, arroz, carne e peixe.

O Governo proibiu o acesso das populações as praias, piscinas e outros locais susceptíveis de proporcionar aglomeração de pessoas, casos de mesquitas, igrejas nos seus respectivos dias de adoração.

O comunicado frisa ainda que o colectivo governamental instruiu o Secretário de Estado da Juventude e Desportos no sentido de encetar negociações com as federações desportivas do país com vista a suspensão dos campeonatos nacionais e torneios bem como encerrar as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas com todos os países com ressalva para questões humanitárias.

“Ou seja, as evacuações médicas urgentes, abastecimentos de medicamentos, importações de bens alimentares de primeira necessidade”, refere o comunicado.

O executivo instruiu a Comissão Interministerial de Acompanhamento e Prevenção do Coronavirus no sentido de providenciar instalações, para, em caso de necessidade ,funcionarem como centros de quarentena para pessoas infectadas por Covid-19.

O comunicado do Governo informa que igualmente foi suspensa as reuniões semanais de Conselho de Ministros e que, em caso de urgência, serão realizadas  sessões especializadas, reunindo um número não superior a dez dos seus membros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

No início da semana Umaro Sissoco Embaló decretou “Estado de Emergência” para o país e pediu a união de todos na luta contra essa pandemia.

Oficialmente, a Guiné-Bissau ainda não declarou nenhum caso de suspeita de contaminação por coronavírus mas o medo de contrair a doença anda nos bairros da capital.

Pelo menos ao nível de Bissau, populações de diferentes bairros têm recorrido aos métodos tradicionais supersticiosos para se prevenir  da doença, tomando banho com água em que se apagou um punhado de carvão retirado de uma fogueira.ANG/MSC/ÂC//SG

Costa do Marfim


                   Guillaume Soro acusa Ouattara de preparar golpe

Bissau, 19 mar 20 (ANG) - O opositor e candidato à Presidência da Côte d'Ivoire, Guillaume Soro, acusou o actual chefe de Estado, Alassane Ouattara, de estar a preparar um golpe digno de Vladimir Putin ao promover a candidatura do actual primeiro-ministro.

"Alassane Ouattara está a preparar um golpe baixo digno de Vladimir Putin quando, em 2008, se fez substituir por Dmitry Medvedev à frente da Rússia, antes de voltar à Presidência em 2012", disse Guillaume Soro, em entrevista ao jornal francês Le Fígaro.
Antigo líder rebelde, ex-primeiro-ministro e ex-presidente da Assembleia Nacional, Guillaume Soro, 47 anos, está exilado em Paris desde Dezembro por ser alvo de um mandado de detenção na Côte d’Ivoire.
Em tempos aliado do presidente Alassane Ouattara, o actual líder do partido "Générations et Peuples Solidaires" (GPS) entrou em ruptura com o chefe de Estado, tendo anunciado a sua candidatura às eleições presidenciais no país, marcadas para Outubro.
Na quinta-feira, o actual primeiro-ministro da Côte d’Ivoire, Amadou Gon Coulibaly, foi nomeado candidato do partido do Governo, depois do presidente Alassane Ouattara ter renunciado à candidatura a um terceiro mandato.
Alassane Ouattara, que presidiu à reunião do Conselho Político da União dos Houphouëtistas pela Paz e Democracia (RHDP, na sigla em francês) saudou a escolha do partido e prometeu apoio à candidatura.
Com 78 anos, Ouattara está a cumprir o seu segundo mandato, depois de ter sido eleito para presidente da República em 2010 e reeleito em 2015.
Chefe de Governo desde 2017, Gon Coulibaly, com 61 anos, fez toda a sua carreira política à sombra do presidente Ouattara, tendo sido secretário-geral da Presidência da República até ser nomeado primeiro-ministro.
Nas fileiras do RHDP, a escolha de Gon Coulibaly não foi consensual, com alguns membros do partido, à coberto do anonimato, a questionarem a pertinência da candidatura e a assinalarem a falta de carisma do candidato.
"Alassane Ouattara quer catapultar o seu actual primeiro-ministro Amadou Gon Coulibaly para a presidência e reservar a possibilidade de que este o nomeie vice-presidente, cargo criado pela revisão constitucional", acusou Soro.
O candidato opositor acredita que nem os antigos presidentes Henri Konan Bedié, 86 anos, e Laurent Gbagbo, 75 anos, nem qualquer líder da oposição quererão ser "cúmplices" do que considera "uma manobra grosseira", uma vez que o partido de Ouattara não tem maioria qualificada no parlamento.
Alassane Ouattara, que promoveu alterações à Constituição em 2016, acredita ser legítima a sua candidatura a um terceiro mandato, mas optou por não avançar, uma decisão que está a ser encarada pela oposição como uma manobra que permitirá ao actual chefe de Estado continuar a exercer o poder na retaguarda.
Guillaume Soro compara ainda a intenção anunciada por Ouattara de promover novas alterações à Constituição por via parlamentar a "um golpe".
"Em primeiro lugar, tal reforma requer normalmente um longo diálogo prévio com as populações e a formação de uma assembleia constituinte para trabalhar na elaboração de uma nova lei fundamental", disse Soro.
Apontou, por outro lado, que os regulamentos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), à qual a Côte d’Ivoire pertence, proíbem a alteração de uma Constituição seis meses antes da data das eleições presidenciais.
"Será esse o caso uma vez que a nova lei deverá ser adoptada pelo parlamento da Côte d’Ivoire na primavera e as eleições estão previstas, em princípio, para 31 de Outubro", disse.
Guillaume Soro, que é apontado pelos analistas políticos como um sério candidato às presidenciais por causa da sua popularidade entre os jovens, é acusado pela justiça da Côte d’Ivoire de ter preparado "uma insurreição civil para tomar o poder".
Num caso separado, foi também acusado de desvio de fundos públicos, ocultação dos fundos desviados e lavagem de dinheiro.
As forças de segurança detiveram familiares e apoiantes de Soro, incluindo cinco deputados, a quem foi levantada a imunidade parlamentar.
Entretanto, o  senado e a Assembleia Nacional ivoirienses reunidos terça-feira, 17, em congresso, aprovaram por 246 votos e dois contra, a revisão constitucional proposta pelo Presidente da República, Alassane Ouattara.
O projecto, criticado pela oposição, foi adoptado por uma maioria de dois terços dos 344 deputados e senadores , prevendo, entre outras alterações, que o vice-presidente da República não seja eleito mas sim indigitado pelo Presidente da República eleito.
Com um clima político tenso, as eleições presidenciais realizam-se quando passam 10 anos da crise pós-eleitoral de 2010-2011, que causou 3.000 mortos.ANG/Angop


África/Coronavírus


                       OMS apela continente a se preparar para o “pior”

Bissau, 19 mar 20 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) apelou terça-feira, a África a “acordar” face a ameaça do  novo coronavirus, sublinhando que o continente deve preparar-se para o “pior”.
“O melhor conselho para a África é preparar-se para o pior, a partir de agora”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa virtual.
Segunda-feira, 15, a secretária executiva da Comissão Económica da ONU para a África (CEA), Vera Songwe, alertou sobre os riscos de penúrias de medicamentos e alimentos no continente africano, por causa do Coronavirus.
Em entrevista ao jornal francês “Le Monde Afrique”, a camaronesa ao serviço da ONU explicou que um estudo recente feito pela instituição que dirige indica que em 2020 o crescimento vai baixar.
“Em 2020, o crescimento económico africano vai baixar de 3,2 % para 1,8 %, essencialmente por causa das interrupções nas relações comerciais”, explicou.
África importa quase 94 por cento de medicamentos, 55 por cento dos quais da Europa, cinco  por cento da China, além dos 70 por cento de bens alimentares de primeira necessidade, argumentou.
Em África, referiu, as infecções do Coronavirus passaram de 60 para 300 casos confirmados.
Calcula-se que em 2020, o OGE da Nigéria, cujo petróleo representa 91por cento das exportações e que previa a venda do baril a 57 dólares, perca 19 mil milhões de dólares.
Da lista constam também a Guiné Equatorial, onde o petróleo representa 96 por cento das exportações e 38 por cento do PIB, bem como a Líbia e o Gabão que dependem do crude, mas que não investiram na diversificação das economias.ANG/Angop

Covid-19


         Quase metade da população escolar mundial está sem aulas
Bissau, 19 mar 20 (ANG) - Mais de 850 milhões de crianças e jovens em todo o mundo, quase metade da população escolar mundial, estão sem aulas devido às medidas de contenção para travar a propagação do novo coronavírus, anunciou hoje a UNESCO.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), estes dados são relativos a terça-feira, com a agência internacional a estimar que os números vão continuar a aumentar, à semelhança do que tem acontecido nos últimos dias.
Em declarações feitas na terça-feira ao serviço de notícias ONU News, o representante da UNESCO, Vincent Defourny, referiu que os números disponíveis até então apontavam que mais de 776,7 milhões de crianças e jovens em todo o mundo estavam fora das salas de aulas por causa do novo coronavírus.
Os números divulgados  pela UNESCO referem que, até terça-feira, 102 países tinham todos os estabelecimentos de ensino (incluindo universidades) encerrados a nível nacional. E outros 11 países tinham encerramentos parciais, em zonas específicas dos respectivos territórios.
A UNESCO frisou que a actual situação representa "um desafio sem precedentes" para o sector da educação.
Nas declarações feitas na terça-feira, Vincent Defourny disse que a UNESCO está a trabalhar, juntamente com as autoridades dos países, para procurar soluções que permitam uma aprendizagem à distância e inclusiva.
A UNESCO tem destacado que o encerramento dos estabelecimentos de ensino, mesmo que seja temporário, representa um custo social e económico alto, lembrando, por exemplo, questões relacionadas com a alimentação das crianças, uma vez que muitos menores ficam sem alimentos a que têm acesso na escola.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou, até à data, mais de 194 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infectadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em Dezembro, e espalhou-se por mais de 150 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia. ANG/Angop

quarta-feira, 18 de março de 2020

Covib-19


             África toma fortes medidas para conter propagação do vírus

Bissau, 18 mar 20 (ANG) - Muitos países africanos tomaram fortes medidas nos últimos dias para evitar que a Covid-19 se espalhe incontrolavelmente pelo continente, que até agora é o menos afectado pela epidemia, com 400 casos de infecção registados e apenas dez mortes.
"Esperamos não atingir o número de infecções registadas na Europa. Os sistemas de saúde em África são muito frágeis e seria desastroso", disse à agência espanhola, Efe, por telefone, o director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças em África (CDC), Ahmed Ogwell.
"É verdade que o número de infecções está a aumentar, mas em geral é um ou dois por dia, não demasiados ao mesmo tempo", continua Ogwell, chefe desta instituição da União Africana com sede em Addis Abeba, Etiópia.
Tal como Orgwel, vários especialistas esperam que o ataque da Covid-19 em África seja menos duro do que noutros continentes, em primeiro lugar porque o tráfego aéreo para aquela zona do globo é menor em comparação com o resto do mundo, e depois pela experiência que o continente africano tem em conter epidemias como a de Ébola, cólera ou febre de Lassa, entre outras.
"Mas é verdade que ninguém sabe o que vai acontecer amanhã" em relação a uma epidemia que já gerou mais de 7.000 mortes - quase metade delas na China, a origem da doença - e mais de 180 mil pessoas infectadas em todo o mundo", admitiu aquele responsável.
Em contraste, os 54 países africanos registam pouco mais de 400 casos e dez mortes confirmadas oficialmente, apesar de muitos suspeitarem que os números reais poderão ser bem mais elevados, dada a escassez de testes e o controlo de informação por parte dos governos.
"Nós não temos mais casos porque não estamos a testar. Não vamos retardar a propagação a menos que tomemos medidas radicais", afirmou a médica etíope Senait Fisseha, conselheira do director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em caso de dúvida, as grandes potências africanas - vibrantes pontos de tráfego com a Europa e a Ásia - tomaram medidas drásticas nas últimas 48 horas, incluindo proibições de viagens, revogações de vistos ou encerramento de locais de culto religioso.
O Quénia, com três casos confirmados, proibiu no domingo a entrada de viajantes de qualquer país afectado pela Covid-19, e juntamente com o Ghana, Senegal, Ruanda e Etiópia - entre outros países - ordenou o encerramento de escolas e proibiu qualquer reunião pública.
Até hoje, a Covid-19 chegou a 30 países africanos, com quatro casos recentes confirmados na segunda-feira na Somália, Libéria, Tanzânia e Benim, que, como quase todos os anteriores, trata-se de pessoas oriundas da Europa e da Ásia ou africanos que visitaram recentemente aqueles continentes.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, decretou no domingo o estado de calamidade nacional e anunciou - a partir de quarta-feira - a proibição de visitantes dos EUA, Reino Unido, Itália e outros países de alto risco, bem como o encerramento de escolas e a proibição de concentrações de mais de 100 pessoas, a fim de evitar um aumento dos 62 casos de infecção registados até agora no país, o maior número no continente, só ultrapassado pelo Egipto (mais de 160).
Outros países também impuseram medidas rigorosas para combater o vírus, como Marrocos, que decretou o encerramento do espaço aéreo e o fim dos voos comerciais para todos os destinos do mundo, além do encerramento de escolas, cafés, restaurantes, cinemas, teatros e todos os locais de entretenimento, ou a Argélia, que na segunda-feira suspendeu as ligações aéreas e marítimas com todos os países europeus.
Se a situação piorasse drasticamente nas próximas semanas, como aconteceu na Europa, os funcionários e o pessoal médico receiam que o sistema de saúde, já precário em muito dos países, se desmorone e que as mortes se multipliquem.
No total, são 43 os países do continente capazes de realizar um número muito limitado de testes de coronavírus, de acordo com dados do CDC africano, que no último mês deu formação em muitos Estados africanos sobre vigilância, prevenção e gestão clínica.
No entanto, o secretário-geral da União Nacional de Enfermeiros do Quénia, Seth Panyako, disse à agência espanhola Efe que os enfermeiros, profissionais na primeira linha de contacto com casos suspeitos de coronavírus, não dispõem de equipamento de protecção adequado.
 Além disso, o facto de mais de 60% dos 1,2 mil milhões de africanos viverem em bairros clandestinos, segundo dados da UN-Habitat, significa que uma grande parte da população urbana pode ter dificuldade em implementar medidas de quarentena ou de distanciamento social.
Um medo que se estende a áreas de conflito - como o centro e sul da Somália sob o controlo do grupo jihadista 'Al Shabab' - campos de refugiados no Sudão do Sul, na Bacia do Lago Tchad ou no norte do Quénia e, em geral, em qualquer lugar onde "ficar em casa" é quase uma quimera.ANG/Angop

Justiça


Jornalista Sabino Santos ouvido hoje no Ministério Público no âmbito da queixa de um dirigente do Madem-G15

Bissau,18 Mar 20(ANG) – O jornalista da Rádio Capital FM, Sabino Santos foi hoje ouvido no Ministério Público no âmbito de uma queixa apresentada por Doménico Sanca, dirigente do Movimento para Alternância Democrática Madem G15, em medos de fevereiro findo.
Sabino Santos

Sanca terá movido a queixa porque o seu nome fora referenciado como um dos envolvidos  à um alegado plano de Golpe de Estado descoberto  em Fevereiro.

Em declarações à imprensa, à saída de audição, o advogado do jornalista, Fodé Mané disse estar-se  perante dois pesos e duas medidas no que toca a justiça, porque recentemente a Rádio Capital FM foi objecto de ameaça e precisamente a queixa foi apresentado no Ministério Público e o processo foi arquivado.

“Devo dizer que existem todas as provas, porque as referidas ameaças foram feitas por alguém numa  conferência de imprensa e depois existem ainda outras situações de ameaças de destruição da Rádio Capital FM e que foi objecto de tratamento no Ministério Público, e o processo nunca chegou e avançar”, explicou.

Fodé Mané informou que essas situações são lamentáveis, acrescentando que sempre encorajam as pessoas à recorreram as vias judiciais, mas a justiça deve tratar as pessoas de forma igual e não se deve depender da personalidade.

“A queixa contra o jornalista Sabino Santos foi apresentado no mesmo mês de Fevereiro e hoje já estamos aqui para prestar declarações e ainda o meu constituinte não foi ouvido como declarante para depois ser constituído suspeito”, explicou.

O advogado afirmou que o jornalista Sabono Santos foi de imediato tratado como um suspeito.

O secretário geral do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social(Sinjotecs), Diamantino Domingos Lopes lamentou o ocorrido, afirmando que o país está a ser caracterizado por um simbolismo.

“É uma situação preocupante para nós na medida em que o país está a ser tratado por simbolismo, em que se reclama a justiça num contexto em que o Supremo Tribunal de Justiça existe simbolicamente e praticamente inoperacional”, disse.

Aquele sindicalista sublinhou que o acelerar um processo dessa natureza, deixa-lhe alguma preocupação, salientando que recorrendo a história recorda-se do caso em que a Rádio Capital FM interferiu uma queixa crime contra o dirigente do Madem G15 Bamba Banjai depois da ameaça contra a referida estação e depois de dois anos, nada aconteceu.

Disse que ao contrário deste do jornalista Sabino Santos, que aconteceu em meados de Fevereiro do ano em curso, mas que já foi levado para audição.

Por sua vez, Victor Imbana advogado de um dos painelista do Programa Matinal de Capital FM, Silvestre Alves, que igualmente foi ouvido  hoje no Ministério Público, no âmbito da mesma queixa de Doménico Sanca, disse que o processo não tem pernas para andar.

Em causa está um alegado audio vazado nas redes sociais, objecto de comentário na Capital FM, em que os dois: Sabino e Silvestre ,alegadamente, se terão referido ao nome de Doménico, em como ele terá sido ouvido em conversas que pareceram traduzir um plano para golpe de Estado contra o governo de Aristides Gomes.ANG/ÂC//SG

Costa do Marfim


           Parlamento adopta revisão  constitucional sem a oposição
Bissau, 18 mar 20 (ANG) - O senado e a Assembleia Nacional ivoirienses reunidos terça-feira, 17, em congresso, aprovaram por 246 votos e dois contra, a revisão constitucional proposta pelo Presidente da República,
Alassane Ouattara.
O projecto, criticado pela oposição, foi adoptado por uma maioria de dois terços dos 344 deputados e senadores.
A 05 de Março, o chefe de Estado ivoiriense que anunciou que não brigaria um terceiro mandato, revelou várias modificações na Constituição, adoptada em 2016.  
Entre elas, constam a não eleição do vice-presidente, devendo ser nomeado pelo Presidente, depois do pleito, pelo vencedor. Suprimiu-se também o Tribunal supremo, institucionalizou-se o Conselho de Estado e o Tribunal de Contas, ou ainda prolongou-se “sine die” o mandato dos deputados, no caso da impossibilidade de se organizarem eleições na data prevista.
A oposição boicotou o voto, justificando que é contra a retirada de qualquer vírgula da Constituição, alguns meses antes da eleição presidencial de 31 de Outubro próximo.
NGoran Djedri, do Partido Democrático da Côte d’Ivoire (PDCI), considerou a revisão como “uma mascarada”, denunciando o facto de não ter sido respeitada nenhuma regra elementar, para a referida modificação.
Na Côte d’Ivoire, o clima político é tenso, na véspera da eleição presidencial que terá lugar 10 anos depois da crise pós eleitoral de 2010-2011, provocada pela recusa do então Presidente Laurent Gbagbo, reconhecer a vitória de Alassane Ouattara, causando a morte a mais de três mil pessoas.
Na semana passada, o partido de Ouattara indicou como seu candidato presidencial, o Primeiro-ministro Amadou Gon Coulibaly.
O antigo Primeiro-ministro, Guillaume Soro, de 47 anos, ex-chefe da rebelião pró Ouattara, agora um dos seus ferronhos opositores, é o único da oposição que se já se declarou candidato.
Acusado de conspiração, e sob um mandado de captura na Côte d’Ivoire, o mesmo vive actualmente em França.
O antigo Presidente da República, Henri Konan Bédié, 86 anos, embora se tenha pronunciado várias vezes sobre uma possível candidatura sua, ainda mantém um mutismo. ANG/Angop

Coronavírus


   União Africana aconselhada a cancelar eventos com mais de mil pessoas

Bissau, 18 mar 20 (ANG) - O Centro para Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) em África aconselhou terça-feira a União Africana a cancelar ou adiar todos os eventos com mais de mil pessoas e os que tenham mais de 50 participantes internacionais.
Presidente da Comissão da União Africana
De acordo com as recomendações desta agência da União Africana para a realização de iniciativas durante a pandemia Covid-19, divulgadas terça-feira, os organizadores devem sempre equacionar se os objectivos do evento podem ser alcançados com a sua realização virtual.
A União Africana é uma estrutura homóloga da União Europeia, com sede em Adis Abeba, na Etiópia, e que reúne 55 países africanos, realizando reuniões, conferências e outros encontros regulares com grande número de participantes.
De acordo com as orientações do CDC, durante este período, a organização deve adiar a realização de eventos com mais de 1.000 participantes, o mesmo se aplicando aos encontros com mais de 50 pessoas desde que incluam participantes internacionais, ou seja, pessoas que tiveram de atravessar uma ou mais fronteiras para chegar ao país.
O CDC admite "raras excepções" para encontros "importantes e urgentes" cujo adiamento venha a ter impactos negativos em questões de saúde ou segurança, aconselhando, nestes casos, a implementação de medidas para prevenção e controlo de infecções.
Para os eventos com mais de 50 pessoas, mas sem participantes internacionais é apenas recomendada a aplicação destas medidas de saúde pública, que prevêem, entre outras coisas, que os participantes se sentem com pelo menos um metro de distância, haja instalações sanitárias com água e sabão abundantes e um espaço para isolamento de pacientes em caso de necessidade.
Prevêem igualmente que os participantes contactem os organizadores após a realização do evento no caso de terem alguns dos sintomas da doença.
O CDC elaborou também um conjunto de recomendações para funcionários e outros membros da União Africana que estejam em viagem em países onde existe transmissão local pelo novo coronavírus, devendo estes, no regresso, ficar de quarentena durante 14 dias e contactar as autoridades de saúde se tiverem tosse, febre ou dificuldades respiratórias.
O continente africano tem sido o menos afectado pela pandemia de coronavírus, registando actualmente 418 casos em 30 países.
Egipto, com 150 casos, a África do Sul, com 62, e a Argélia, com 60, são os países mais afectados.
A Etiópia, onde se encontra a sede da União Africana, regista quatro casos.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infectou mais de 180 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 7.000 morreram e 75 mil recuperaram da doença.ANG/Angop