União Africana aconselhada a cancelar
eventos com mais de mil pessoas
Bissau,
18 mar 20 (ANG) - O Centro para Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) em África
aconselhou terça-feira a União Africana a cancelar ou adiar todos os eventos
com mais de mil pessoas e os que tenham mais de 50 participantes
internacionais.
Presidente da Comissão da União Africana |
De acordo com as
recomendações desta agência da União Africana para a realização de iniciativas
durante a pandemia Covid-19, divulgadas terça-feira, os organizadores devem
sempre equacionar se os objectivos do evento podem ser alcançados com a sua
realização virtual.
A União Africana é uma
estrutura homóloga da União Europeia, com sede em Adis Abeba, na Etiópia, e que
reúne 55 países africanos, realizando reuniões, conferências e outros encontros
regulares com grande número de participantes.
De acordo com as
orientações do CDC, durante este período, a organização deve adiar a realização
de eventos com mais de 1.000 participantes, o mesmo se aplicando aos encontros
com mais de 50 pessoas desde que incluam participantes internacionais, ou seja,
pessoas que tiveram de atravessar uma ou mais fronteiras para chegar ao país.
O CDC admite "raras
excepções" para encontros "importantes e urgentes" cujo
adiamento venha a ter impactos negativos em questões de saúde ou segurança,
aconselhando, nestes casos, a implementação de medidas para prevenção e
controlo de infecções.
Para os eventos com mais
de 50 pessoas, mas sem participantes internacionais é apenas recomendada a
aplicação destas medidas de saúde pública, que prevêem, entre outras coisas,
que os participantes se sentem com pelo menos um metro de distância, haja
instalações sanitárias com água e sabão abundantes e um espaço para isolamento
de pacientes em caso de necessidade.
Prevêem igualmente que
os participantes contactem os organizadores após a realização do evento no caso
de terem alguns dos sintomas da doença.
O CDC elaborou também um
conjunto de recomendações para funcionários e outros membros da União Africana
que estejam em viagem em países onde existe transmissão local pelo novo
coronavírus, devendo estes, no regresso, ficar de quarentena durante 14 dias e
contactar as autoridades de saúde se tiverem tosse, febre ou dificuldades
respiratórias.
O continente africano
tem sido o menos afectado pela pandemia de coronavírus, registando actualmente
418 casos em 30 países.
Egipto, com 150 casos, a
África do Sul, com 62, e a Argélia, com 60, são os países mais afectados.
A Etiópia, onde se
encontra a sede da União Africana, regista quatro casos.
O coronavírus
responsável pela pandemia da Covid-19 infectou mais de 180 mil pessoas em todo
o mundo, das quais mais de 7.000 morreram e 75 mil recuperaram da doença.ANG/Angop
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