OMS
adverte que pandemia está a acelerar
Bissau,24 Mar 20(ANG) - O
Director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) destacou na conferência de
imprensa de segunda-feira que os crescentes números de casos de infecção
a nível global demonstram que a
pandemia está a acelerar.
"Mais de 300 mil casos de Covid-19 foram até agora reportados à OMS,
de quase todos os países do mundo (...). Levámos 67 dias para chegarmos do
primeiro caso registado aos primeiros 100 mil casos, 11 dias para chegarmos aos
segundos 100 mil casos e apenas quatro dias para os terceiros 100 mil
casos", fez notar Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Relembrando que os números importam por
representarem "pessoas, cujas vidas e famílias ficaram viradas do
avesso", Tedros Ghebreyesus referiu ainda assim que "não
somos prisioneiros das estatísticas. Não somos espectadores impotentes. Podemos
mudar a trajectória da pandemia de Covid-19".
O director-geral da OMS recorreu a
expressões do futebol para explicar a estratégia para mudar a trajectória:
"não se pode ganhar um jogo de futebol defendendo apenas. Também temos de
atacar. Pedir às pessoas para ficarem em casa e apelar a outras medidas de
distanciamento social é importante para travar a propagação do
coronavírus e ganhar tempo, mas são medidas defensivas".
"Para vencer, precisamos de atacar
o coronavírus com tácticas agressivas e precisas - testando todos os casos
suspeitos de Covid-19, isolando e tratando de cada caso confirmado, e
encontrando e colocando em quarentena todos os contactos próximos",
declarou.
A OMS deixou ainda dois avisos
relevantes. O primeiro relativamente à importância de proteger os profissionais
de saúde da Covid-19. Constatando os "relatos alarmantes" do número
de infecções entre os profissionais de saúde um pouco por todo o mundo,
Tedros Ghebreyesus afirmou que "se não dermos prioridade à
protecção dos profissionais de saúde, muitas pessoas vão morrer".
O segundo alerta da OMS prende-se com
o uso de "drogas não testadas" para tratar pacientes e testes de
laboratório que podem não estar a ser conduzidos de forma apropriada. "Sem
provas concretas podem criar uma falsa esperança e fazer mais mal do que
bem", afiançou o director-geral da OMS.
A Covid-19 causou a morte a mais de
14.500 pessoas no mundo inteiro e já foram registados mais de 333 mil casos de
infecção. Mais de 100 mil pessoas recuperaram depois de terem contraído a
doença provocada pelo novo coronavírus.ANG/Angop
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