Enda
Santé valida resultados de estudos
cartográficos de usuários de drogas injectáveis
Bissau,11 Mar 20(ANG) – A
ONG Enda Santé Guiné-Bissau promove hoje em Bissau, um ateliê de Restituição e
Validação da Cartografia dos Usuários de Drogas Injectáveis(UDI) no quadro da
implementação do Projecto de Redução de Danos em VIH/Tuberculose e outras
morbidades(Pareco).
Em declarações à imprensa
após a cerimónia de abertura do evento, o Director Nacional da Enda
Guiné-Bissau disse que o ateliê vai permitir ao país orientar melhor a sua
intervenção e estar muito mais bem informado em relação a real situação de
problemática de drogas.
“Essas informações permitem
ao país redefinir melhor o programar de suas intervenções, não só no domínio de
saúde como também identificar quais são as questões em termos
sociais que deve tomar em consideração face aos dados disponíveis em termos de
revisão e legislação necessários”, explicou Mamadú Aliu Djaló.
Instado a falar sobre as principais causas que levam aos
jovens a consumirem drogas, aquele responsável disse que as causas são vários, frisando que foram
feitas pesquisas e entrevistas individuais e constatou-se como uma das causas a
vulnerabilidade económica.
Mamadú Aliu Djaló sublinhou
que a falta de informações e de apoio
psicológico e mental necessário levou muitas pessoas a optarem pelo consumo de
drogas, acrescentando que essa situação foi constatada em várias entrevistas e
pesquisas levadas a cabo.
Abordado sobre até que ponto
os referidos dados são preocupantes, o Director Nacional da Enda Guiné-Bissau reiterou
que são muito alarmante porque a prevalência do
VIH/sida situa-se em dobro da população em geral.
“Do outro lado, é
preocupante, porque os casos de hepatite estão muito elevados e não pode ser
comparado com o número da população em geral porque ainda não existe dados da sua prevalência nacional na
Guiné-Bissau”, salientou.
Disse que outra preocupação
são o momento em que as pessoas iniciam o consumo da drogas no país,
acrescentando que têm relatos da faixa etária entre os 13 e 14 anos, facto que
considera de “muito preocupante”.
“Outros dados que achamos
preocupantes são os locais de consumo. Quando as crianças estão a consumir drogas dentro das escolas deve merecer uma
preocupação para toda a sociedade”, sustentou.
Mamadú Djaló afirmou que outros
casos identificados têm a ver com a troca de práticas sexuais por drogas, e a falta de acesso a informação,
aos serviços de prevenção e tratamento no país. ANG/ÂC//SG
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