quinta-feira, 12 de março de 2020

EUA/Cinema


       Ex-produtor Harvey Weinstein condenado à 23 anos de prisão
Bissau, 12 mar 20 (ANG) - O ex-produtor de cinema americano,Harvey Weinstein, acusado de violação e de agressão sexual, foi condenado na quarta-feira a 23 anos de prisão, uma pena tida como muito longa, devido à sua idade, 67 anos.
 A sentença foi pronunciada  pelo juiz James Burke, da comarca novaiorquina de Manhattan.
Sete homens e cinco mulheres fizeram parte do júri que condenou Weinstein.       
Condenado no dia 24 de Fevereiro por culpa formada em dois casos de violação e de agressão sexual, Harvey Weinstein escapou  a uma pena de prisão máxima de 29 anos .
Os advogados do antigo magnata de Hollywood tinham solicitado ao juiz James Burke a aplicação de uma pena de cinco anos, que de acordo com o código penal do Estado de Nova Iorque, é o mínimo legal.
Tomando em consideração os 67 anos de Weinstein,toda e qualquer pena superior ao mínimo legal equivaleria a  prisão perpétua, segundo os advogados do ex-produtor de cinema, actualmente detido na notória prisão de Rikers Island.
Segundo também os advogados as autoridades não tomaram em consideração que, em Outubro de 2017, o seu cliente tinha perdido a sua esposa que o abandonou,o seu emprego e a sua sociedade,The Weinstein Company,bem como continuava a enfrentar manifestações de hostilidade.
Depois do anúncio da sua pena, Weinstein mencionou os seus filhos de seis e nove anos, declarando que talvez nunca mais os veria.
O antigo produtor, sublinhou também que fizeram dele um primeiro exemplo e expressou a sua preocupação pelos milhares de homens que poderão ser acusados.
Mimi Haleyi, vítima de agressão sexual por parte de Harvey Weinstein, afirmou esperar que o ex-produtor de cinema cumpra uma pena longa, para que tenha consciência do que ele fez a ela e a outras mulheres.
A actriz Jessica Mann que acusou de violação sexual Harvey Weinstein, declarou que finalmente o antigo produtor acabou por prestar contas à justiça.
Joan Illuzi-Orbzan, procuradora que levou a cabo o processo de acusação contra Weinstein, considerou que sem a queixa das vítimas, o ex-produtor continuaria a cometer crimes. ANG/RFI

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