quarta-feira, 13 de maio de 2020


Política/Presidente da República nomea Membros da Comissão Técnica para a Revisão constitucional

Bissau, 13 Mai 20 (ANG) - O Presidente da República nomeou os membros da Comissão Técnica para a Revisão Constitucional através do Decreto Presidencial nº 016/2020.  

No Decreto Presidencial enviada hoje a redacção da Agência de Notícias da Guiné, consta que, Carlos Joaquim Vamain é nomeado como Coordenador da  referida Comissão, Maria do Céu Silva Monteiro como Vice-coordenadora, Mamadú Saliu Djaló Pires-primeiro secretário, Humiliano António Alves Cardoso-segundo secretário e Domingos Quadé como vogal.

De acordo com o Decreto Presidencial, são ainda nomeados em Comissão de Serviço, os Técnicos Superiores para Coadjugar a Comissão Técnica para a Revisão Constitucional, nomeadamente, Basílio Sanca, José Paulo Semedo, Namuano Francisco Dias e Carmelita Pires.

A referida Comissão foi instituída através do Decreto nº 014/2020 do dia 11 do corrente mês. ANG/AALS/ÂC//SG



Política/”Decreto presidencial que criou a Comissão Técnica para Revisão da Constituição é inconstitucional”, diz a  LGDH

Bissau, 13 Mai 20 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos(LGDH) considera de inconstitucional o decreto presidencial  que criou o que diz ser“ “pseudo” Comissão Técnica  para no prazo de três meses apresentar ao Presidente da República um esboço do projecto da revisão da Constituição com indicações dos artigos a rever e o sentido das modificações que nele pretendem introduzir.

Vista da sede da LGDH em Bissau
A reacção vem expressa num comunicado da LGDH à imprensa feito no dia 12 do corrente mês, à que a ANG teve acesso hoje.

No comunicado, a Liga diz que o decreto para além de inconstitucional representa grave violação do deposto no n˚ 2 do artigo 127 da Constituição da República que atribui aos deputados de forma peremptória a iniciativa e legalidade de rever a Constituição.

Acrescenta que a iniciativa consubstancia uma afronta ao princípio da separação de poderes plasmado na lei magna do País, e que a evidência dramática e crescente protagonizada pelo novo inquilino do palácio da República  representa  atropelos  à ordem constitucional vigente e às conquistas democráticas na Guiné-Bissau.

"Os princípios de separação de poderes é subordinação de  todos  à Constituição e constituem a base da estrutura do Estado de Direito e valores ideológicos do nosso sistema democrático, visando assegurar o equilíbrio imprescindível no exercício do funções públicas, em nome da estabilidade governativa e da transparência na gestão de coisa pública, realça a LGDH."

No mesmo comunicado a Liga refere que  mesmo os deputados detentores de poder derivado de revisão constitucional estão vinculados ao critério, limites e normas previamente estabelecidos pelo constituinte originário não podendo em nome duma pretensa revisão violar tais limites sob pena de por em crise os ditames do Estado de direito.

Segundo a  Liga, a revisão constitucional  pela sua dimensão e impacto na vida duma Nação,  requer a participação inclusiva e activa de todos os quadrantes nomeadamente sociais, culturais, políticos, económicos e religiosos pelo que só assim será o resultado duma reflexão colectiva de um Povo soberano e não consequência de uma imposição externa, sobretudo num período em que a população está a enfrentar uma das maiores crises económicas e sociais de sempre.

"A Assembleia Nacional Popular institui no passado recente uma Comissão Eventual para Revisão Constitucional a qual integra na composição a Presidência da República e demais órgãos da soberania e sociedade civil cujo trabalhos estão em curso”,  lembra  LGDH no comunicado.

O documento sustenta  que, devido as implicações de perniciosas do aludido decreto presidencial no sensível e frágil ambiente político e social, a direcção nacional da LGDH condena sem reservas a deriva constitucional de sua excelência Presidente da República a qual consubstancia numa flagrante violação do principio de separação do poderes e um indício de propensão perigosa para o exercício arbitrário do poder.

Exige dos titulares dos órgãos da soberania a conformação das respectivas condutas aos ditâmes da Constituição  e das leis como única via sustentável para estabilização política, sob pena de provocar roturas maiores do tecido social.

Ainda relembra que havendo já uma Comissão para Revisão constitucional inclusiva instituída pela ANP, qualquer iniciativa do género representaria não só uma duplicação  de atividades e promoção de divergências do assunto que requer consenso mas também  desperdício dos escassos recursos de que dispõem.

O Presidente Umaro Sissoco Embaló anunciou terça-feira ,através de um decreto, a composição da comissão técnica encarregue de preparar o texto de  revisão da Constituição da República contestada pela LGDH. ANG/MI/ÂC//SG


 Política/Presidente da República nomea novos membro do Conselho de Estado

Bissau, 13 Mai 20 (ANG)- O Presidente da República nomeou Raimundo Pereira, Fransual Dias, Aladje Mamadú Culabiu Bá, Canjura Indjai e Saliato da Costa como novos membros do Conselho de Estado através do Decreto Presidencial nº 015/2020.

No Decreto Presidencial enviada a redacção da Agência de Notícias da Guiné hoje, consta que os referidos membros foram nomeados com o objectivo de ajudar na procura de solução para questão sócio-política da Guiné-Bissau.

O Conselho de Estado é um órgão político de consulta do Presidente da República, composto por membros por inerência, escolhidos por cooptação entre os Deputados na Assembleia Nacional Popular e membros designados pelo Presidente da República.

 Resta a  designação dos demais membros do Conselho de Estado por forma a que este órgão possa entrar em funcionamento. ANG/AALS/ÂC//SG


               ONU/Acordo de livre comércio em África adiado para 2021
Bissau, 13 mai 20 (ANG) - A Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA) anunciou terça-feira que o acordo de livre comércio, cuja entrada em vigor estava prevista para Julho, foi adiado para, pelo menos, 01 de Janeiro de 2021.
 “Dada a necessidade urgente de os governos se focarem na protecção das vidas face à covid-19, a data de 1 de Julho para o início do comércio ao abrigo do novo acordo foi adiada para, pelo menos, 1 de Janeiro de 2021", lê-se no comunicado difundido hoje em Adis Abeba.
Para a organização, "aumentar o comércio intra-africano pode servir como um pacote alternativo de estímulo para a criação de empregos, exportações, desenvolvimento industrial e crescimento económico",
Segundo o director de integração regional e comércio na UNECA, Stephen Karingi, citado no comunicado, "a covid-19 provou que os países africanos conseguem adaptar-se e responder à procura".
Karingi disse ainda que o adiamento das trocas comerciais ao abrigo das novas regras "oferece uma janela de oportunidade para repensar como o acordo pode ser reconfigurado para reflectir as novas realidades e os riscos do século XXI, o que é necessário para posicionar a economia africana em face dos futuros choques adversos que emanam do novo vírus e das alterações climáticas, entre outros".
O acordo pretende liberalizar o comércio no continente e tem como objectivo eliminar as tarifas aduaneiras em 90% dos produtos.
O AfCFTA permitirá criar o maior mercado do mundo com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado a ascender a 2,5 biliões de dólares (cerca de dois biliões de euros), de acordo com estimativas anteriores à pandemia de covid-19.
Dos países lusófonos, só São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial ratificaram o acordo.
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.336, com mais de 66 mil infectados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.290 para 2.336, enquanto os infectados com covid-19 passaram de 63.325 para 66.373.
O número total de doentes recuperados no continente aumentou de 21.821 para 23.095.
A pandemia do novo coronavírus já matou pelo menos 286 mil pessoas e infectou mais de 4,1 milhões em todo o mundo desde Dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 11:00 de hoje, baseado em dados oficiais.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.ANG/Angop




                       Covid-19/ Casos de infecção aumentam para 820

Bissau,13 Mai 20(ANG) - O número de casos da covid-19  aumentou terça-feira para 820, mantendo-se três mortos, de acordo com os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.

“O Laboratório Nacional de Saúde Pública analisou 94 amostras, das quais 59 deram positivo”, afirmou Dionísio Cumba, coordenador do COES, na conferência de imprensa diária sobre a evolução da doença no país.

Segundo o médico guineense, com os novos casos positivos elevam para 820 o número de casos registados com infeção pelo novo coronavírus na Guiné-Bissau, incluindo 26 recuperados e três mortos.

Dionísio Cumba disse também que a maior parte dos casos regista-se no Setor Autónomo de Bissau.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou segunda-feira o estado de emergência no país até 26 de maio, e decretou o recolher obrigatório e o uso obrigatório de máscaras, medidas que, agora, deverão ser regulamentados pelo Governo.

No âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus, as autoridades guineenses encerraram também as fronteiras, serviços não essenciais, incluindo restaures, bares e discotecas e locais de culto religioso, proibiram a circulação de transportes urbanos e interurbanos e limitaram a circulação de pessoas ao período entre as 07:00 e as 14:00 horas.

O número de mortos da covid-19 em África subiu terça-feira para os 2.336, com mais de 66 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. 

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa




  Conakry/Sete pessoas morreram em confronto com forças da Segurança
Bissau, 13 mai 20 (ANG)  - Sete pessoas morreram hoje em cidades perto de Conacri, capital da Guiné-Conacri, durante confrontos entre populares e elementos das forças de segurança, por causa dos bloqueios de estradas para impedir deslocações na sequência da pandemia.
"Ocorreram cinco mortes em Coyah e uma em Dubréka", duas cidades próximas de Conacri, onde os manifestantes "protestaram contra a construção de barragens" para isolar a população, na sequência da propagação da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus, explicou um oficial da polícia, citado pela France-Presse (AFP).
Pelo menos mais uma pessoa morreu em Kamsar, perto da cidade de Boké (no noroeste), na sequência de protestos "contra cortes de energia", adiantou a mesma fonte.
Uma fonte médica adiantou à AFP que esta pessoa foi baleada por um dos manifestantes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 289 mil mortos e infectou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
O número de mortos da covid-19 em África subiu hoje para os 2.376, com mais de 68 mil infectados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.ANG/Angop



terça-feira, 12 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Economia/Associações camponesas discordam com estratégias do governo para salvar  presente campanha de caju  

Bissau, 12   Mai 20 (ANG) – As Associações Camponesas consideram de “falhas graves” a forma como o governo pretende salvar o presente campanha de comercialização de cajú disponibilizando fundos para empresários que “têm dívidas com os bancos”.

Em entrevista à ANG, Mamadú Djamba Injai, membro de Quadros Nacionais das Organizações  Camponesas Produtora Agrícola (ROPPA), disse se sentir  muito triste porque o Governo os induziu em  falhas sobre aquilo que tinha desenhado como solução para a presente campanha de cajú.

"Para nós, a estratégia do ministro das Finanças face a campanha de castanha de caju é um erro porque  as 10 empresas seleccionadas estão todos com dívidas nos bancos, pelo que  as referidas dívidas serão  descontadas  e isso prejudicará a campanha”, lamenta Djamba Injai.

Disse ainda que, contudo, não vão baixar os braços  pelo que vão continuar o diálogo com governo e apela ao ministro das Finanças no sentido de não trabalhar isolado porque as empresas seleccionadas não são as únicas que vão intervir na campanha de caju.

Para Abulai Fati, da Associação Comercial da Guiné-Bissau,  o dinheiro que o governo disponibilizou deve ser gerido pela Câmara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços(CCIAS), para melhor salvar a campanha de caju.

Por sua vez, o Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné(ANAG), afirmou que o arranque da presente campanha de castanha de caju é totalmente negativo não por falta de vontade de ninguém, mas devido a conjuntura mundial provocada pela pandemia de covid-19.

Jaime Boles disse que recentemente visitaram sete regiões do país para se inteirar da situação de campanha no terreno e constataram que a   preocupação da doença de covid-19 fez com que o governo decretasse medidas de isolamento mas esta medida trouxe  bloqueio a campanha de castanha.

Informou que actualmente está-se a verificar a especulação de preço de compra de castanha de cajú, acrescentando que tem a haver com a fome que se faz sentir nas regiões, o que faz com que alguns compradores se aproveitem da situação para enriquecer comprando a castanha até ao preço de 150 francos por quilo ou trocando 75 kg de castanha para  50kg de arroz.

O Presidente da ANAG, sublinhou que o dinheiro disponibilizado pelo governo deve ser distribuído através  das Cooperativas legalizadas de forma a ser mais flexível porque a critério dos bancos não vai beneficiar os pequenos agricultores frisando que as que irão beneficiar deste fundo podem monopolizar a campanha em seus benefícios ditando o preço que querem.

Para Boles, o coronavírus vai servir de lição para a diversificação da cultura na Guiné-Bissau. “Se continuar a propagação da pandemia quem vai assumir responsabilidade é o governo”, disse. ANG/MI/ÂC//SG


       


Inacep/“Documentos oficiais do Estado devem ser produzidos na empresa”, diz o novo Director-geral

Bissau,12 Mai 20(ANG) – O novo Director-geral da Imprensa Nacional, Inacep, disse que está a accionar mecanismos junto do Governo para que doravante todos os documentos oficiais do Estado possam ser confeccionados nesta gráfica.

Bamba Banjai 
Bamba Banjai, em entrevista exclusiva hoje à ANG, disse que já solicitou ao Governo no sentido de discutir e aprovar no Conselho de Ministros o despacho que irá ordenar para que todos os documentos oficiais do Estado passem a ser produzidos na Inacep.

Aquele responsável criticou o procedimento do anterior executivo que durante os preparativos das eleições passadas, ordenara  a produção de Cadernos Eleitorais numa gráfica privada, tendo questionado a segurança dos referidos dados eleitorais.

Adiantou que recentemente o Governo mandou produzir  cartões de livre trânsito para a circulação de viaturas nas gráficas privadas , mas que vieram a ser falsificadas  e revendidas nos mercados.

“Até os selos, cartas de condução e outros documentos importantes do Estado da Guiné-Bissau são falsificados e revendidos nos mercados porque foram produzidos nas gráficas privadas e sem uma garantia de segurança”, lamentou Bamba Banjai.

Perguntado como herdou a Inacep em termos materiais e de recursos humanos, Banjai disse que a Imprensa Nacional dispõe de equipamentos obsoletos e que não tem capacidades de dar respostas às exigências modernas.

De acordo com ele, é urgente a renovação da maquinaria da gráfica nacional de forma a estar à altura dos desafios actuais e concorrer no mercado interno e da sub região.

No que tange a situação financeira, Bamba Banjai sublinhou que a Inacep se encontra numa situação “desastrosa”, acrescentando que o Governo através do Ministério das Finanças tem uma dívida com a Imprensa Nacional no valor de dois mil milhões de francos CFA.

“Já avisei ao ministro das Finanças no sentido de fazer diligências para amortização da referida dívida, sob pena de accionarmos as medidas judiciais ou organizar uma vigilia dos trabalhadores da Inacep à frente do Ministério das Finanças”, salientou.

Em relação aos recursos humanos, Bamba Banjai frisou que a Inacep conta actualmente com mais de cem funcionários e dentre os quais, muitos não comparecem no serviço por razões desconhecidas.

Por esta razão, disse que vai  adoptar  uma política de reestruturação do pessoal de forma a saber quais são os funcionários activos e inativos, ao nível de produção, serviços comerciais, marketing, entre outros.

O Director-geral da Inacep disse que os trabalhadores da gráfica nacional estão actualmente com quatro meses de salário em atraso relativo ao presente ano 2020.

Informou que se deparam ainda com a situação de 20 anos de atrasados no pagamento da Segurança Social, que, quantificado, rondam os 700 milhões de francos CFA.ANG/ÂC//SG




Saúde/Celebra-se hoje Dia Internacional da Enfermeira sob o lema “Enfermeiras e Partineiras na Linha de Frente”

Bissau, 12 Mai 20 (ANG) - Celebra-se hoje em todo mundo o Dia Internacional da Enfermeira sob o lema “Enfermeiras e Partineiras na Linha de Frente”.

A celebração  tem que ver com a forma de reconhecer a actuação dos referidos profissionais na prestação de cuidados gerais e especializados de saúde à população.

A informação consta num comunicado à imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS) enviado à redação da Agência de Notícias da Guiné.

De acordo com o documento, a celebração enquadra-se igualmente na forma de chamar atenção sobre a necessidade de identificação de novas perspectivas da enfermagem e dos desafios de saúde a curto, médio e longo prazo, que se impõe à classe.

Consta no documento que na Guiné-Bissau a Ordem dos Enfermeiros e Associação das Parteiras em colaboração com a OMS e o Ministério de Saúde Pública planificou um conjunto de actividades a realizar durante o ano em curso, para fazer advocacia no sentido desses profissionais alcançarem posições de liderança e tomada de decisão, bem como consciencializar a classe sobre a responsabilidade no desempenho da função e no reconhecimento e valorização de muitos que trabalham em lugares remotos e muitas vezes votados ao esquecimento.

O mesmo documento informa que a celebração da referida data coincide este ano com a entrega de prémios do festival de cinema da OMS intitulado “Saúde para Todos” no qual serão avaliados os 1265 vídeos de mais de 110 países do mundo inteiro que retratam diversos temas de saúde e serão atribuídos os vencedores através de uma comissão de júris que integra artistas prestigiados e experts da OMS.

 A entrega dos prémios será através de uma cerimónia virtual a partir das 17h00 de Genebra.

“No contexto actual e particularmente nos países em desenvolvimento, existe uma pesada herança na valorização e afirmação da classe, devido as fragilidades dos sistemas de saúde, causada pela paupérrima situação política, económica e social e que se reflecte nos trabalhos de milhares de profissionais de saúde muito dos quais em condições por vezes até desumanas”, refere o comunicado.

Acrescenta que na região africana por exemplo, os dados da pesquisa realizada em 39 países mostram um ligeiro aumento no número de enfermeiras e parteiras de 1,02 por 1000 pessoas em 2005 para 1,06 em 2018.

O relatório Mundial de Saúde de 2006 identificou que uma densidade mínima de 2.3 profissionais qualificados de saúde (médicos, enfermeiros e parteiras) por 1000 habitantes, era necessária para alcançar uma alta cobertura (80%) de partos assistidos por profissionais qualificados.

“O mundo necessita de mais nove milhões de enfermeiros e parteiras para alcançar a cobertura universal de saúde e as metas dos objectivos de Desenvolvimento Sustentável. No conjunto dos países em desenvolvimento, o número de enfermeiras não está a acompanhar o crescimento da população”, segundo o comunicado de imprensa.

No referido documento consta ainda que para contornar esta tendência, é necessário que os países apostem numa educação e capacitação de qualidade de enfermeiras e parteiras e que isso implica mais investimento em retenção e desenvolvimento de carreira  e garantir as condições de trabalhar de forma decente.ANG/AALS/ÂC//SG



 Saúde Pública/OMS realça aumento de casos de infeção pela Covid-19 no Mundo
Bissau, 12 mai 20 (ANG) - Os casos do novo coronavírus no Mundo superaram a barreira dos quatro milhões, o que representa um aumento de um milhão nos últimos 11 dias, segundo dados confirmados hoje pela Organização Mundial Saúde (OMS).
Os quatro milhões de casos foram alcançados quatro meses após o primeiro caso do novo coronavírus ter sido detetado fora da China.
Em Março, o aumento de casos foi exponencial: a três de Abril foi registado o primeiro milhão de casos, no dia 17 já existiam dois milhões e no último dia do mesmo mês haviam aumentado para três milhões, o que significa que hoje chegámos a quatro milhões em menos dias.
O salto mais espetacular nas últimas 24 horas foi dado pela Rússia, que tornou-se o terceiro país mais afectado, com mais de 221.000 pessoas com covid-19, acima dos 220.000 no Reino Unido e dos 219.000 na Itália.
A evolução diária das notificações oficiais pelos países indica um aumento de 63.139 novos casos nas últimas 24 horas.
Em relação às mortes, aumentam para 278.892, o que representa um aumento diário de 8.527 casos, de acordo com a OMS.
A pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, está agora localizada no continente americano, que a qualquer momento vai superar o número total de pessoas que foram contaminadas pelo vírus na Europa, sendo no momento o principal foco da doença.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 283 mil mortos e infectou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios. ANG/Angop




Covid-19/Falta do oxigénio no Hospital Simão Mendes condiciona tratamento dos doentes internados

Bissau, 12 mai 20 (ANG) – O médico infecciologista e igualmente Diretor do Centro de Tratamento de Coronavírus do Hospital Nacional Simão Mendes, Waldir Madane Jaló lamenta que devido a falta do oxigénio, o Centro não está a responder as demandas dos doentes internados por coronavírus.

Em entrevista exclusiva esta terça-feira à ANG, Waldir Madane Jaló disse ainda que é urgente a resolução do problema de oxigénio, mas diz que já foram dados passos para a  compra de garrafas de oxigénio, sublinhando que o mais importante no momento é a reparação de fábrica do oxigénio instalado no referido hospital.

“É urgente resolver este problema porque os doentes internados são os que precisam do oxigénio. Outra coisa, podemos mandar vir as garrafas de oxigénio do exterior e se terminar onde será recarregada? Então, temos a fábrica desse produto no país e que está com problema, acho que deve ser reparada o mais rápido possível”,considerou o médico.

Waldir Jaló disse que o problema de saúde neste momento não deve ser centralizado só nos pacientes de coronavírus deixando de lado os de outras patologias, frisando que existe a necessidade de construir uma fábrica de oxigénio com maior capacidade no Hospital Nacional Simão Mendes.

Segundo aquele responsável, a estratégia para prevenção contra o coronavírus está bem desenhada mas falhou na sua fase de implementação.

O médico sustenta que  se 90% da população guineense usava as máscaras e acatava a recomendação de distanciamento social logo no início dessa pandemia, o país não ia ter esse número elevado de casos.

Disse que a outra falha é que no início, muitas pessoas foram testadas positivas mas não foram isoladas porque não havia um lugar apropriado para as colocar, o que contribuiu também na propagação da doença.

Informou que o Serviço de Cuidados Intensivos do Simão Mendes não está a funcionar nesse momento porque a maioria dos seus técnicos estão infetados. Revelou que  haviam doentes internados nos Cuidados que agora estão a ser tratados no Centro de tratamento de coronavírus.

O médico disse que deve ser reforçada a sensibilização sobre a prevenção sobretudo para a camada juvenil porque a maioria dos jovens infetados é  assintomática e tem a probabilidade de transmitir a doença para outras pessoas.

Considere que  nenhuma medida sozinha é suficiente, por isso aconselha a população guineense a usar máscaras, e a cumprir o método de distanciamento social, lavagens das mãos e confinamento.

Jaló disse  que 80% de casos de infeção por Covid-19 são tidos como  casos leves, o que também levou a propagação. ANG/DMG/ÂC//SG



Saúde/Madagáscar usa planta tradicional contra coronavírus com resultados positivos
Bissau, 12 mai 20 (ANG) - Madagáscar tem estado a abastecer países africanos com Covid Organics, chá feito nomeadamente à base de artemísia para combater a Covid-19.
A OMS, mas também a União Africana e a CEDEAO, por exemplo,  lembram que esse produto carece ainda de confirmação científica. Um caso ao qual reage o presidente malgaxe Andry Rajoelina.
Em entrevista  à imprensa francesa( grupo audiovidual mundial, FMM, RFI e France 24), O Presidente malgaxe, Andry Rajoelina confirma ser um hábito no Madágascar que "80% da população recorra ao Covid Organics, para se curar".
O Presidente Rajoelina, acrescenta, que Covid-Organics, é evidentemente um remédio preventivo e curativo, que tem funcionado muito bem contra o coronavírus. 
O Presidente malgaxe, nota ainda, na entrevista, que esse tratamento "é fruto de investigações feitas pelo Instituto malgaxe de pesquisas aplicadas, que tem um estatuto de centro regional de investigações reconhecido pela União Africana. 
Sobre a confirmação científica do remédio, o chefe de Estado do Madagáscar, insistiu em acrescentar que o Instituto, é um centro de investigação médica e farmacêutica, fundado em 1957 pelo Professor Rakoto Ratsimamanga, que é uma figura eminente das ciências africanas.   
A prova que pode avançar sobre os resultados desse remédio que é um chá feito nomeadamente à base de artemísia, é a "cura dos doentes, pois, em Madagáscar dos 171 casos positivos, 105 foram curados".
"O Covid Organics é óbivamente um remédio visando prevenir e curar a Covid-19 que funciona muito bem.
Aliás trata-se do fruto da investigação levada a cabo pelo Instituto malgaxe de pesquisas aplicadas que tem o estatuto de Centro regional  de investigação junto da União Africana.A cura dos nossos doentes é a prova de que o podemos fornecer actualmente. Actualmente em Madagáscar tivemos 171 casos, incluindo 105 pessoas curadas”, disse.
Acrescenta que a maior parte das pessoas infectadas pelo coronavírus ficaram curadas e sublinha  o facto de que os “pacientes curados tomaram apenas o produto Covid Organics”.
A cura foi constatada após 7 dias, ou mesmo 10 dias após a ingestão do CVO, também conhecido como Tambavy.
Trata-se de um remédio natural, não é nem tóxico nem invasivo.
Este remédio tradicional produzido no Madagáscar foi criticado pela União Africana, pela CEDEAO e a OMS África, pelo que os jornalistas franceses, Christophe Boisbouvier e Marc Perelman, questionaram o Presidente Rajoelina, sobre estas dúvidas, tendo ele respondido, não estar preocupado porque o remédio cura os doentes do país.
E mais, que esta preocupação existe, por se tratar do "Madagáscar, um país africano, mas que a questão não se colocaria se o remédio estivesse a ser desenvolvido em países europeus." 
O Covid Organics, remédio na base de artemísia está a ser distribuído em países da CEDEAO, nomeadamente, no Senegal e na Guiné Bissau.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló mandou vir de Madagáscar, o Covid Organics, uma decocção à base de plantas medicinais tradicionais, que alimenta muitas esperanças na Guiné Bissau, que conta actualmente com 726 pessoas infectadas pelo  coronavírus e 3 mortes da pandemia. ANG/RFI




 Covid-19/Grávidas  com VIH/Sida têm dificuldade em manter tratamento médico  

Bissau,12 Mai 20(ANG) - As mulheres grávidas guineenses com VIH/Sida seguidas no centro de tratamentos Céu e Terra, em Bissau, estão com dificuldades para aceder aos antirretrovirais, dadas as restrições de movimentos em vigor devido à covid-19, alertou o diretor do hospital esta segunda-feira.
Manuel Aquessuen, diretor clínico do Céu e Terra, um dos poucos centros de tratamento e seguimento às grávidas e mulheres lactantes infetadas com o VIH/Sida, disse que as restrições para conter a pandemia do novo coronavírus adotadas pelas autoridades sanitárias e políticas guineenses estão a dificultar o seguimento de doentes do Céu e Terra.
Com o estado de emergência, várias mulheres seropositivas, sobretudo as do interior da Guiné-Bissau, “deixaram de se deslocar à clínica, o que também acontece com as dos bairros periféricos” de Bissau, observou Aquessuen.
Em condições normais, a clínica atende, por dia, até 50 mulheres, entre grávidas e lactantes, mas desde o início da pandemia da covid-19, apenas recebe 10 pessoas, notou o diretor clínico da Céu e Terra.
Para não faltar aos doentes com os antirretrovirais, a equipa de Manuel Aquessuen decidiu levar os medicamentos a casa de pacientes em Bissau, mas há mais de 15 dias que não consegue deslocar-se por falta de combustíveis para a única viatura disponível na clínica.
O médico aguarda por uma resposta do Ministério da Saúde Pública a quem pediu combustível para atestar o carro e continuar a distribuição gratuita de antirretrovirais às pacientes de Bissau.
“As pacientes com HIV são pessoas vulneráveis, pessoas de alto risco de contaminação com a covid-19, por isso não podemos deixar de as disponibilizar medicamentos”, observou Manuel Aquessuen.
Entre pessoas em tratamento e aquelas em seguimento, a clínica atende cerca de quatro mil infetados com VIH/Sida, disse Aquessuen.
A Céu e Terra é uma associação de profissionais de saúde, tutelada pelo Ministério da Saúde Pública e que trabalha sob a supervisão do secretariado guineense de luta contra a sida, desde 2002.ANG/lusa