terça-feira, 12 de maio de 2020


Saúde/Celebra-se hoje Dia Internacional da Enfermeira sob o lema “Enfermeiras e Partineiras na Linha de Frente”

Bissau, 12 Mai 20 (ANG) - Celebra-se hoje em todo mundo o Dia Internacional da Enfermeira sob o lema “Enfermeiras e Partineiras na Linha de Frente”.

A celebração  tem que ver com a forma de reconhecer a actuação dos referidos profissionais na prestação de cuidados gerais e especializados de saúde à população.

A informação consta num comunicado à imprensa da Organização Mundial de Saúde (OMS) enviado à redação da Agência de Notícias da Guiné.

De acordo com o documento, a celebração enquadra-se igualmente na forma de chamar atenção sobre a necessidade de identificação de novas perspectivas da enfermagem e dos desafios de saúde a curto, médio e longo prazo, que se impõe à classe.

Consta no documento que na Guiné-Bissau a Ordem dos Enfermeiros e Associação das Parteiras em colaboração com a OMS e o Ministério de Saúde Pública planificou um conjunto de actividades a realizar durante o ano em curso, para fazer advocacia no sentido desses profissionais alcançarem posições de liderança e tomada de decisão, bem como consciencializar a classe sobre a responsabilidade no desempenho da função e no reconhecimento e valorização de muitos que trabalham em lugares remotos e muitas vezes votados ao esquecimento.

O mesmo documento informa que a celebração da referida data coincide este ano com a entrega de prémios do festival de cinema da OMS intitulado “Saúde para Todos” no qual serão avaliados os 1265 vídeos de mais de 110 países do mundo inteiro que retratam diversos temas de saúde e serão atribuídos os vencedores através de uma comissão de júris que integra artistas prestigiados e experts da OMS.

 A entrega dos prémios será através de uma cerimónia virtual a partir das 17h00 de Genebra.

“No contexto actual e particularmente nos países em desenvolvimento, existe uma pesada herança na valorização e afirmação da classe, devido as fragilidades dos sistemas de saúde, causada pela paupérrima situação política, económica e social e que se reflecte nos trabalhos de milhares de profissionais de saúde muito dos quais em condições por vezes até desumanas”, refere o comunicado.

Acrescenta que na região africana por exemplo, os dados da pesquisa realizada em 39 países mostram um ligeiro aumento no número de enfermeiras e parteiras de 1,02 por 1000 pessoas em 2005 para 1,06 em 2018.

O relatório Mundial de Saúde de 2006 identificou que uma densidade mínima de 2.3 profissionais qualificados de saúde (médicos, enfermeiros e parteiras) por 1000 habitantes, era necessária para alcançar uma alta cobertura (80%) de partos assistidos por profissionais qualificados.

“O mundo necessita de mais nove milhões de enfermeiros e parteiras para alcançar a cobertura universal de saúde e as metas dos objectivos de Desenvolvimento Sustentável. No conjunto dos países em desenvolvimento, o número de enfermeiras não está a acompanhar o crescimento da população”, segundo o comunicado de imprensa.

No referido documento consta ainda que para contornar esta tendência, é necessário que os países apostem numa educação e capacitação de qualidade de enfermeiras e parteiras e que isso implica mais investimento em retenção e desenvolvimento de carreira  e garantir as condições de trabalhar de forma decente.ANG/AALS/ÂC//SG


Sem comentários:

Enviar um comentário