sexta-feira, 15 de maio de 2020


    Covid-19/Número de infecções de coronavirus  aumenta para 913 

Bissau,15 Mai 20(ANG) - O número de casos da covid-19 na Guiné-Bissau aumentou quinta-feira para 913, mantendo-se os três mortos e os 26 recuperados, segundo os dados divulgados pelo Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES) guineense.

Segundo Dionísio Cumba, coordenador do COES, das últimas análises realizadas pelo Laboratório Nacional de Saúde Pública referente a novos casos suspeitos, 77 deram positivo.

“No total, a Guiné-Bissau conta com 913 casos confirmados, os recuperados mantêm-se nos 26 e os óbitos também”, disse.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na segunda-feira, pela terceira vez desde março, o estado de emergência na Guiné-Bissau até 26 de maio e impôs o recolher obrigatório, na sequência do aumento de infeções por covid-19 no país.

No âmbito do combate à pandemia, só é permitida a circulação de pessoas entre as 07:00 e as 14:00 e o período de recolher obrigatório é observado entre as 20:00 e as 06:00 em todo o território nacional.

Em África, há 2.475 mortos confirmados, com quase 72 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (913 casos e três mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (439 casos e quatro mortos), Cabo Verde (315 casos e duas mortes), São Tomé e Príncipe (231 casos e sete mortos), Moçambique (107 casos) e Angola (45 infetados e dois mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com mais de 13.100 mortes e cerca de 189 mil infeções.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 297 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa 



Covid-19/ Campanha de comercialização de caju arranca segunda-feira na Guiné-Bissau

Bissau,15 Mai 20(ANG) - A campanha de comercialização da castanha de caju na Guiné-Bissau arranca na segunda-feira, segundo um comunicado divulgado quinta-feira no final da reunião do Conselho de Ministros guineense.

O Conselho de Ministros decidiu "proceder à abertura oficial da campanha de comercialização da castanha de caju de 2020 no dia 18 de maio em Bissau, sob presidência do primeiro-ministro", refere um comunicado governamental.

No final de abril, o Governo liderado pelo primeiro-ministro Nuno Nabian, nomeado pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló, já tinha fixado o preço base de compra do quilograma da castanha de caju ao produtor em 375 francos cfa (cerca de 0,57 euros), mas tinha salientado que só autorizaria a sua comercialização no final do estado de emergência declarado devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

A castanha de caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau, representa cerca de 90% das exportações feitas pelo país.

Mais de 80% da população do país depende direta ou indiretamente da campanha de comercialização do caju.
O Fundo Monetário Internacional tem alertado as autoridades guineenses para a necessidade de diversificar a economia, demasiado dependente deste fruto.

O país produz anualmente cerca de 350 mil toneladas de castanha de caju, embora a exportação não ultrapasse as 200 mil toneladas.

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na segunda-feira o estado de emergência até 26 de maio e decretou o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00, bem como o uso obrigatório de máscara, no âmbito do combate à pandemia de covid-19.

Além daquelas medidas, os guineenses também só estão autorizados a sair de casa entre as 07:00 e as 14:00.ANG/Lusa



Desporto/Bocundji Cá quer ser Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau

Bissau,15 Mai 20(ANG) - O antigo futebolista guineense, Bocundji Ca, revela a ambição de ser presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB) no futuro próximo, para continuar a dar a sua contribuição no processo do desenvolvimento do desporto rei no país.

"Sem dúvida, tenho ambição de ser presidente da Federação, mas não é minha prioridade imediata, porque tenho tempo pela frente e neste momento estou a fazer um trabalho de base com minha academia de futebol e futuramente chegarei lá", declarou Bocundji Cá.

Numa entrevista exclusiva à Rádio Jovem Bissau, no jornal desportivo, Cá afirma que sonha fazer história como dirigente desportivo a frente do órgão que gere o futebol nacional.

O antigo médio defensivo do Stade de Reims da França, foi um dos grandes obreiros da participação da Guiné-Bissau, pela primeira vez, no Campeonato Africano das Nações 2017, disputado no Gabão, embora não tenha disputado depois nenhum dos três jogos da seleção na prova, sendo que a sua não utilização na maior competição do futebol africano continue a suscitar debate no país.

Confrontado com a situação mais uma vez, Cá escusou-se de abrir o jogo para explicar o sucedido, embora tenha assumido que alguma coisa de errado tenha acontecido durante a participação do país na maior competição africana de futebol.

"Só tenho a dizer aos meus irmãos guineenses que devemos deixar de lado o que aconteceu no Gabão em 2017, porque eu sei o que houve na altura e os responsáveis carregam essa vergonha neste momento em Bissau", argumentou Cá.

Visivelmente desapontado, o antigo capitão da seleção nacional afirma que os guineenses vivem de intriga, inveja e ódio, numa alusão à crise interna na estrutura do organismo que gere o futebol nacional, com particular destaque para o balneário da seleção.

Durante a entrevista, Cá falou de vários assuntos, nomeadamente da sua infância em Bissau, o seu percurso como futebolista profissional em França e momentos que viveu na seleção nacional.

Nasceu no bairro de Bandim, Zona 7, em Bissau, no seio de uma das famílias mais pobres da comunidade, que nem sempre tinha o que comer. Antes de chegar a França, Cá sempre viveu com a mãe, vendedora de legumes, frutas e óleo de palma, nas feiras de Bissau, que assim garantia o sustento de uma grande família.

Em França, fez toda formação como futebolista no Nantes FC e chegou à equipa principal com apenas 17 anos de idade. Teve ainda passagens pelos Tours, Nancy, Stade de Reims, Châteauroux, Paris FC e Bastia.ANG/Rádio Jovem



Covid-19: Número de mortos em África sobe para 2.556 em mais de 75 mil casos

Bissau, 15 mai 20 (ANG) -  O número de mortos da covid-19 em África subiu quinta-feira para os 2.556, com mais de 75 mil infectados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas, o número de mortos subiu de 2.475 para 2.556, enquanto os infectados com covid-19 passaram de 72.336 para 75.447.
O número total de doentes recuperados aumentou de 25.268 para 27.227.
O norte de África mantém-se como a região mais afectada pela doença, com 1.340 mortos e 24.990 infectados pela covid-19.
Na África Ocidental há 465 mortos e 22.204 infecções, enquanto a África Austral contabiliza 257 mortos e regista 13.884 casos, quase todos concentrados num único país, a África do Sul (12.739).
Seis países – África do Sul, Argélia, Egipto, Marrocos, Nigéria e Gana – concentram cerca de metade das infecções pelo novo coronavírus e mais de dois terços das mortes associadas à doença.
O Egipto é o país com mais mortos (571) e tem 10.829 casos, seguindo-se a Argélia, que regista 529 mortos e 6.442 infectados.
A África do Sul tornou-se o terceiro com mais mortos (238), continuando a ser o país do continente com mais casos da covid-19, com 12.739 infectados.
Marrocos totaliza 188 vítimas mortais e 6.607 casos, a Nigéria tem 167 mortos e 5.162 casos, enquanto o Gana tem 24 mortos, mas é o quinto país com mais casos (5.530).
Na quarta-feira, o Lesoto anunciou a primeira infecção com a covid-19 e, assim, continua apenas sem notificar casos da doença o território da República Saarauí, que integra a União Africana, mas que não é reconhecido como país pelas Nações Unidas.
Entre os países africanos lusófonos, a Guiné-Bissau é o que tem mais infecções, com 913 casos, e regista três mortos.
Cabo Verde tem 315 infecções e dois mortos e São Tomé e Príncipe regista 231 casos e sete mortos.
Moçambique conta com 115 doentes infectados e Angola tem 48 casos confirmados de covid-19 e dois mortos.
A Guiné Equatorial, que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), tem 522 casos positivos de infecção e seis mortos, segundo o África CDC.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infectou quase 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.
Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Inforpress/Lusa


Covid-19/MSF pede resposta urgente ao aumento “dramático” de casos de infeção em Bissau
Bissau, 15 mai 20 (ANG) - A Organização Médicos Sem Fronteiras(MSF) apela a uma resposta urgente e a «uma melhor coordenação e uma ampliação de esforços de todos os envolvidos na resposta à pandemia»,face ao aumento “dramático” do número de casps da Covid-19 em Bissau.
No comunicado enviado quinta-feira aos órgãos de comunicação, a Organização Médicos Sem Fronteiras pediu uma resposta concertada das autoridades para fazer face ao aumento «dramático do número de casos da Covid-19» no país.
De acordo com o documento, a Guiné-Bissau é um dos países mais atingidos, em termos de casos per capita no continente africano. O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou 15 vezes nas duas últimas semanas, passando de 54 casos, a 30 de Abril, para mais de 836 casos positivos.
A chefe de missão da MSF em Bissau, Mónica Negrete, explica que o aumento dramático revela que o vírus continua a propagar-se rapidamente nas comunidades, apesar das medidas adoptadas pelas autoridades.
Outro elemento preocupante é o número de profissionais de saúde do Hospital Nacional Simão Mendes que contraíram a Covid-19 e que estão impossibilitados de trabalhar.
A organização humanitária internacional refere que tem estado a apoiar os profissionais de saúde e pacientes, tem auxiliado o centro de atendimento telefónico Covid-19 e disponibilizou duas equipas para fazer o rastreamento de contactos e monitorização de casos suspeitos.
Porém, a MSF reconhece que é necessário reforçar as medidas ao nível da capital e das outras regiões do país.
A Organização apela a uma resposta urgente e uma melhor coordenação dos esforços de todos os envolvidos, autoridades, profissionais de saúde e comunidades, na resposta à pandemia.
A Guiné-Bissau prolongou esta semana o estado de emergência, até 26 de Maio e decretou o recolher obrigatório, bem como o uso obrigatório de máscaras.O país regista actualmente 913 casos e três óbitos associados à Covid-19.ANG/RFI



           OMS alerta para agravamento da situação alimentar em África
Bissau, 15 mai 20 (ANG) - A directora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, alertou quinta-feira para o agravamento que a Covid-19 está a provocar na situação alimentar no continente africano, onde mais de 200 milhões de pessoas estão subnutridas.
 Durante uma conferência de imprensa online, em que participaram peritos da OMS do Ruanda e do Programa Alimentar Mundial (PAM), sobre a Covid-19 em África, Matshidiso Moeti considerou a situação alimentar no continente "uma questão urgente".
"A pandemia de Covid-19 está a agravar a situação", disse.
Igualmente presente na referida conferência, o directora regional do Programa Alimentar Mundial (PAM) para a África Ocidental e Central, Chris Nikoi, afirmou que, se nada for feito, muitos milhares de pessoas poderão ficar sem capacidade de se alimentar por causa do impacto da Covid-19.
A produção alimentar será "seriamente afectada" se muitas pessoas forem infectadas pela doença, advertiu.
Para Chris Nikoi, "é preciso encontrar um balanço entre as pessoas circularem e não difundirem nem apanharem o vírus".
Matshidiso Moeti reiterou a necessidade de medidas que evitem a propagação da doença: "Uma das principais medidas para prevenir a Covid-19 é evitar as reuniões em massa. O princípio é manter uma distância sempre que possível e incentivar a utilização de barreiras como as máscaras".
A especialista reconheceu que "o impacto e propagação da Covid-19 não é o mesmo em todas as zonas dos países" e adiantou que a OMS está a trabalhar com alguns Estados e a pedir-lhes que "analisem os dados e levantem as restrições em áreas onde o risco é mínimo".
Ao mesmo tempo, alertou para a necessidade dos serviços prosseguirem o tratamento de doenças crónicas, como a obesidade ou a diabetes.
Tal como aconteceu na semana passada, Matshidiso Moeti foi várias vezes questionada pelos jornalistas que participaram online no evento sobre o chá com propriedades alegadamente curativas que o Governo de Madagáscar está a promover.
"A OMS trabalha há muitos anos com o sector da medicina tradicional em África. Trabalhamos muito para facilitar a colaboração e para incorporar a medicina tradicional nos sistemas nacionais de saúde", disse.
E assegurou: "Qualquer medicamento, incluindo esse chá de Madagáscar, terá de ter os seus efeitos cientificamente testados e é isso que estamos a encorajar".
"Quando celebrarmos a eficácia deste medicamento, ou outro, será com base nos resultados obtidos em ensaios clínicos", disse.
Para já, a responsável sublinhou que não há ainda qualquer sinal de evidência do produto.
Em África, há 2.475 mortos confirmados, com quase 72 mil contaminados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.ANG/Angop




Política/Proposta de revisão da Constituição é para ser apresentada no parlamento

Bissau, 15 mai 20 (ANG) - O Presidente  Umaro Sissoco Embaló, disse quinta-feira que a proposta de revisão constitucional que pediu é para ser apresentada pelos partidos que o apoiam no parlamento.
"A iniciativa da revisão constitucional, todos sabemos que é da competência dos deputados e não do Presidente da República", afirmou Umaro Sissoco Embaló, na cerimónia de tomada de posse da comissão de revisão constitucional, que criou esta semana por decreto presidencial.
Segundo o chefe Estado, a comissão vai apresentar um "esboço de um projeto de revisão da Constituição" para "posterior envio para discussão e adopção por órgãos competentes, sem prejuízo da sua subscrição por um terço dos deputados do Madem-G15, do Partido da Renovação Social e da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau".
O Madem-G15 (Movimento para a Alternância Democrática), o Partido da Renovação Social (PRS) e o líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Nabian, nomeado primeiro-ministro por Umaro Sissoco Embaló, apoiaram a sua candidatura à presidência do país.
A Constituição da Guiné-Bissau estabelece que os "projectos de revisão serão submetidos à Assembleia Nacional Popular por pelo menos um terço dos deputados em efectividade de funções".
O Presidente guineense nomeou terça-feira os elementos para integrar e apoiar a Comissão Técnica para a Revisão Constitucional, que será coordenada pelo jurista e advogado guineense Carlos Joaquim Vamain, e pela antiga presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maria do Céu Monteiro.
No seu discurso de hoje, Umaro Sissoco Embaló disse que "há uma necessidade urgente de estabilização" das instituições do país e que isso passa pela "revisão" da Constituição da República, "racionalizando-a com a criação de mecanismos que permitam a estabilidade governativa".
"Isto porque, segundo várias opiniões, a nossa Constituição da República tem constituído um dos obstáculos para a nossa descolagem rumo ao desenvolvimento", frisou.
Em Abril, a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente da Guiné-Bissau e instou as autoridades e classe política guineenses no sentido de encetarem diligências para promover a revisão constitucional dentro de seis meses, antecedida de um referendo.
A Guiné-Bissau tem vivido desde o início do ano mais um período de crise política, depois de Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições pela Comissão Nacional de Eleições, se ter autoproclamado Presidente do país, apesar de decorrer no Supremo Tribunal de Justiça um recurso de contencioso eleitoral apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira.
Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, apesar deste manter a maioria no parlamento, e nomeou para o cargo Nuno Nabian, que formou um Governo com o Madem-G15 (líder da oposição), PRS e elementos do movimento de apoio ao antigo Presidente guineense, José Mário Vaz, e do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
A CEDEAO, que tem mediado a crise política na Guiné-Bissau, reconheceu Umaro Sissoco Embaló como vencedor da segunda volta das eleições presidenciais do país e pediu a formação de um novo Governo até 22 de maio com base na Constituição e nos resultados das legislativas de Março de 2019.
Domingos Simões Pereira, líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), não aceitou a derrota na segunda volta das presidenciais de Dezembro e considerou que o reconhecimento da vitória do seu adversário é "o fim da tolerância zero aos golpes de Estado" por parte da CEDEAO.
A União Europeia, União Africana, ONU, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Portugal elogiaram a decisão da organização sub-regional africana por ter resolvido o impasse que persistia no país, mas exortaram a que fossem executadas as recomendações da CEDEAO, sobretudo a de nomear um novo Governo respeitando o resultado das últimas legislativas.
O Supremo Tribunal de Justiça remeteu uma posição sobre o contencioso eleitoral para quando forem ultrapassadas as circunstâncias que determinaram o estado de emergência no país, declarado no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.ANG/Angop


   Covid-19/Mais de 140 líderes mundiais pedem vacina gratuita para todos
Bissau, 15 mai 20 (ANG) -  Mais de 140 líderes e especialistas mundiais, incluindo Durão Barroso, Fernando Henrique Cardoso e Joaquim Chissano, assinaram uma carta aberta na qual pedem a todos os governos que se unam para encontrar uma vacina gratuita contra a Covid-19.
A carta surge poucos dias antes de os ministros da Saúde dos 194 Estados-membros da Organização Mundial de Saúde se reunirem em teleconferência para a Assembleia Mundial da Saúde, agendada para 18 de Maio.
A carta, que marca a posição mais ambiciosa de líderes mundiais sobre uma vacina para a Covid-19, exige que todas as vacinas, tratamentos e testes sejam isentos de patentes, produzidos em massa, distribuídos de forma justa e disponibilizados a todas as pessoas de todos os países de forma gratuita.
Entre os signatários constam o ex-presidente da Comissão Europeia e ex-primeiro-ministro de Portugal José Manuel Barroso, o antigo Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso, o ex-Presidente de Moçambique Joaquim Chissano, além do antigo Presidente de Timor-Leste e Prémio Nobel da Paz, José Manuel Ramos-Horta.
Entre os signatários constam ainda a ex-directora da Unesco Irina Bokova, a antiga presidente da Assemblei-Geral das Nações Unidas Maria Fernanda Espinosa, a criadora da Fundação Graça Machel, o fundador da organização Médicos Sem Fronteiras, Bernard Kouchner, e o ex-Presidente colombiano e Prémio Nobel da Paz, Juan Manuel Santos.
A carta foi também assinada pelos antigos primeiros-ministros espanhol Felipe González e italiano Mario Monti, além do Presidente da África do Sul e presidente da União Africana, Cyril Ramaphosa, do Presidente do Senegal, Macky Sal, e do Presidente do Gana, Nana Addo Dankwa Akufo-Addo.
Constam ainda o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Gordon Brown, o ex-Presidente do México Ernesto Zedillo, o ex-administrador do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas e a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia Helen Clark.
A estes nomes juntam-se ainda economistas notáveis, advogados da área da saúde e de outros campos pertencente à organização os Anciões, a ex-Presidente da Irlanda Mary Robinson, o Prémio Nobel de Economia Joseph Stiglitz, o director do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças, John Nkengasong, e o relator especial das Nações Unidas para o direito de todos usufruírem dos melhores tratamentos em saúde física e mental, Dainius Puras.
“Milhões de pessoas aguardam uma vacina, a nossa maior esperança para acabar com a pandemia”, disse Cyril Ramaphosa, presidente da África do Sul.
“Como todos países de África, exigimos que a vacina para a Covid-19 seja livre de patentes, fabricada e distribuída rapidamente e gratuita para todos. Toda a ciência deve ser partilhada entre governos. Ninguém deve ser empurrado para o final da fila das vacinas devido ao sítio onde mora ou ao rendimento que consegue ter”, defendeu.
“Temos de trabalhar juntos para vencer este vírus. Temos de reunir todo o conhecimento, experiência e recursos à nossa disposição para o bem de toda a humanidade”, afirmou Imran Khan, primeiro-ministro do Paquistão.
“Nenhum líder pode ficar tranquilo até todas as pessoas de todas as nações poderem ter acesso rápido e gratuito a uma vacina”, acrescentou.
A carta, coordenada pelas organizações não governamentais UNAIDS e Oxfam, alerta que o mundo não pode permitir monopólios ou concorrência que atrapalhem a necessidade universal de salvar vidas.
“Esta é uma crise sem precedentes e requer uma resposta sem precedentes”, considerou, por sua vez, a ex-Presidente da Libéria Ellen Johnson Sirleaf.
“Depois das lições aprendidas na luta contra o Ébola, é óbvio que os governos devem remover todas as barreiras ao desenvolvimento e implantar rapidamente vacinas e tratamentos. Nenhum interesse é mais importante do que a necessidade universal de salvar vidas”, disse.
Os líderes que assinam a carta querem, no entanto, que haja, de imediato, um compromisso concreto que garanta que a vacina fique acessível e disponível para todos o mais rapidamente possível.
“As soluções de mercado não são ideais para combater uma pandemia”, reiterou o ex-ministro das Finanças do Brasil Nelson Barbosa.
“Um sistema público de saúde, incluindo vacinação e tratamento gratuitos quando disponíveis, é essencial para lidar com o problema, como mostra a experiência brasileira com o licenciamento obrigatório de medicamentos anti-rectrovirais no caso do HIV”, concluiu.
Desde que foi detectada na China, em Dezembro do ano passado, a pandemia da covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infectou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço da agência de notícias AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano passou agora a ser o que tem mais casos confirmados (1,86 milhões contra 1,8 milhões no continente europeu), embora com menos mortes (111 mil contra 160 mil).ANG/Angop



quinta-feira, 14 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Política/PR diz que  revisão da Constituição é uma iniciativa assumida pelos partidos políticos no Acordo de Conacri

Bissau, 14 Mai 20 (ANG) – O Chefe de Estado afirmou hoje que a decisão da revisão da Constituição da República é uma iniciativa assumida pelos partidos políticos com assentos parlamentar no Acordo de Conacri e reiterada em Lomé /Togo em 2017.

Umaro Sissocó que falava após a tomada de posse dos membros da Comissão de Revisão Constitucional  disse que há uma necessidade urgente de estabilização das instituições, o que passa, forçosamente, pela revisão   da Constituição da República.

Adiantou que a lei magna do país constitui um obstáculo  ao desenvolvimento socioeconómico e cultural do país..

Sissocó disse ainda que  o projeto conta com a  subscrição de um terço de deputados do MADEM-G15, PRS e APU-PDGB.

“Houve várias  criticas de que não é da competência do Chefe de Estado, mas ninguém questionou sobre a competencia dos membros da Comissão,”frisou.

Revelou que vai integrar a Comissão uma outra equipa técnica que virá da CEDEAO para harmonização de  alguns artigos.

Advertiu   que a Guiné-Bissau não será refém de ninguém mesmo dele mesmo e prometeu que nenhuma instituição do Estado será bloqueada, frisando que,  quem o fizer pagará as consequências.

O chefe de Estado garantiu que  serão criadas todas as condições para a Comissão fazer seus trabalhos, condignamente.

Por sua vez, o Coordenador da Comissão recém-empossada disse que é impossível fazer os trabalhos da revisão num prazo de noventa dias, mas que esses tempo   dá para  fazer um esboço da revisão da CRGB, e que depois disso haverá discussões  para a Comissão cumprir cabalmente a sua missão.

Questionado sobre as declarações de alguns juristas guineenses segundo as quais é ilegal  a iniciativa  do Presidente Sissocó de querer rever a lei magna do país,  Carlos Joaquim Vamain respondeu que se há inconstitucionalidade  que eles vão ao tribunal arguir a sua inconstitucionalidade.

A Comissão criada pelo Chefe de Estado para a revisão da Constituição é composta por nove elementos e tomaram posse  seis e outros não por se encontrarem fora do país.ANG/JD/ÂC//SG




Justiça/PGR nega estar envolvido em “crimes de sangue” ocorridos no país

Bissau, 14 Mai 20 (ANG) - O Procurador Geral da República (PGR) considerou hoje de falsas as acusações que 06 partidos políticos nomeadamente, (PAIGC,PND,UM, PUN, PCD e MP),  fizeram  quarta-feira contra a sua pessoa, segundo as quais ele(PGR) está envolvido em alguns crimes de sangue ocorridos no país.

Fernando Gomes que falava em conferência de imprensa disse que enquanto PGR fará  tudo para combater a corrupção na Guiné-Bissau “doa a quem doer”.

“Estou ciente de que quem não deve não teme, por isso, estou tranquilo face as acusações que 06 partidos políticos fizeram contra a minha pessoa. Não sou criminoso e nem pretendo sê-lo”,  disse Fernando Gomes.

O PGR disse que, se realmente os acusadores têm provas sobre as acusações que o fizeram, só precisam recorrer ao Ministério Público para pedir a Justiça, uma vez que ele carece de imunidade que lhe impeça responder perante os actos de crime que cometeu.

“De certeza as pessoas ficaram com medo só porque digo que a prioridade do Ministério Público irá acentar na luta contra a corrupção que se verifica na Guiné-Bissau, e optaram logo por fazer  acusações infundadas.  Não vou desistir com o trabalho de melhorar a situação do país”, garantiu aquele responsável.

Gomes revelou  que já começaram a receber  denúncias de casos de corrupções e que estão a investigar as mesmas para que possam apurar as suas veracidades.

O Procurador garantiu que no que concerne os seus trabalhos contra os casos de corrupções vão começar a actuar ao nível do próprio Ministério Público para depois atingir as outras instituições.

Alegou   que, por não ser criminoso, foi o promotor da Luta Contra a Pena de Morte no país, que resultou no fim dessa  prática.

Questionado sobre o que fará para combater o crime de sangue na nação guineense, respondeu que não pode falar sobre o assunto uma vez que acabou de ser nomeado e nem se quer teve tempo para analisar alguns documentos.

Acrescentou que o Ministério Público está de porta aberta para receber qualquer tipo de denúncias e reclamações e que devido a isso, as pessoas devem ter a coragem para pôr tudo em ordem.

Seis partidos políticos da Guiné-Bissau consideraram, numa carta enviada à Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, a nomeação do novo procurador-geral da República (PGR) como um "atentado aos direitos humanos".

Na carta, dirigida ao presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Jean-Claude Kassi Brou, os seis partidos relembram à organização sub-regional, que tem mediado a crise no país, que durante período em Fernando Gomes foi ministro do Interior da Guiné-Bissau, foram assassinados o anterior Presidente João Bernardo “Nino” Vieira, o chefe das Forças Armadas, general Tagmé Na Waie, e Hélder Proença, Baciro Dabó e Roberto Cacheu.ANG/AALS/ÂC//SG


Covid-19/Forças conjunta da segurança da prevenção da pandemia instam a população ao cumprimento do Estado de Emergência

Bissau,14 Mai. 20(ANG) – As Forças Conjunta de Prevenção da pandemia de Covid-19 no país, constituída pela Guarda Nacional e Polícia de Ordem Pública, instaram a população à acatarem as regras constantes no último Decreto Presidencial e no Despacho do Governo.

Em conferencia de imprensa realizada hoje, o Comandante Geral da Guarda Nacional, Sadjo Sissé disse que todos os cidadãos devem cumprir  as normas estipuladas pelo decreto presidencial, que determina, entre outros, o recolher obrigatório das 20H00 às 06H00 horas, uso obrigatório de máscaras e o uso pessoal de motorizada e não como meio de transporte.

“Igualmente e mediante a orientação do Governo, quem infringir a Lei será automaticamente responsabilizado pelos seus actos. A medida irá igualmente abranjer os agentes de segurança, tanto de Guarda Nacional como de Polícias de Ordem Pública”, avisou Sadjo Sissé.

Aquele responsável sublinhou que o recolher obrigatório não significa incomodar as pessoas sentadas nas varandas das suas casas, acrescentou que qualquer agente apanhado a cometer represálias contra cidadãos nas suas residências será responsabilizado.

Por sua vez, o Adjunto Comissário Nacional de Polícia de Ordem Pública, Julio Sanca sublinhou que,, doravante é proibido o uso colectivo de motorizadas, frisando que as viaturas particulares podem levar no máximo três pessoas.

Adiantou que o anterior licença de livre trânsito concedida à viaturas perdem validade à partir de hoje( 14 de Maio), salientando que o Ministério do Interior já começou a emitir  novos “ Livre trânsito”.ANG/ÂC//SG


Bissau,14 Mai 20(ANG) – Duas mortes e quatro feridos graves é o resultado de um confronto pela posse de cajueiros, ocorrido na manha de quarta-feira entre os populares das povoações de Reino de Bijimita e Quifonhó, no sector de Quinhamel, região de Biombo norte da Guiné-Bissau.
Em declarações ao reporter da Rádio Sol Mansi no local, o Administrador do Sector de Quinhamel disse que o referido diferendo pela posse de plantação de cajueiros remonta dos anos 1990 e na alçada do Tribunal sectorial de Quinhamel que não conseguiu ,até hoje, uma solução para a disputa.
Pedro da Silva Cá explicou que quando foi informado da situação se deslocou de motorizada até o local, onde presenciou os confrontos com paus e catanadas entre os populares das duas povoações.
“O nosso papel como administradores do sector é apenas de mediar porque o diferendo já está sob alçada do Tribunal local e compete-lhe encontrar a solução”, disse.
Revelou contudo que já colocaram Forças de Ordem no local para controlar e acalmar a situação até o pronunciamento do Tribunal.
“Devemos abdicar desses confrontos que não ajudem em nada porque são populares irmãos, famílias e cruzam uns aos outros e devem pôrde  lado as cores raciais , tendo em conta que somos todos guineenses”, aconselhou.
O Administrador do Sector de Quinhamel afirmou que tendo em conta o incidente resultou em mortes, só tem que endereçar sentidas condolências às famílias das vítimas.
O repórter de Sol Mansi informou que somente na presente campanha de caju já se registaram três situações de conflitos de terra, cujos caos se  encontra no Tribunal de Sector de Quinhamel sem solução. ANG/ÂC//SG