segunda-feira, 15 de junho de 2020

Carnaval 2020/Grupos vencedores reclamam por prémios e criticam o silêncio da Comissão Organizadora

Bissau,15 Jun 20(ANG) -  Os grupos vencedores do desfile nacional do Carnaval’2020 reclamam pela demora da entrega dos seus prémios em diferentes categorias, criticam aquilo que consideram ser o “silêncio” da Comissão Nacional Organizadora do Carnaval 2020 (CNOC).

De acordo com os responsáveis dos grupos citados pelo  pelo  semanário O Democrata, a comissão não se dignou a informá-los da razão do atraso de mais de três meses para a entrega de prémios aos grupos vencedores do maior evento cultural guineense.

O desfile nacional do Carnaval 2020, que decorreu no Estádio Nacional 24 de Setembro, sob o lema “Carnaval do reforço da identidade nacional e transformação social”, reuniu 12 grupos culturais, nomeadamente: a região de Oio (norte),  a região de Cacheu  (norte), o grupo UNDEMOV das pessoas com deficiência, a região de Bolama Bijagós (zona insular), a região de Bafatá, a região de Gabú (leste da Guiné-Bissau), ” Tchon de Papel Varela” (Bissau), o setor de Bubaque (ilhas), o grupo cultural “Íris de Brá” (Bissau), a região de Biombo (norte), a região de Quinará e a região de Tombali, ambos no sul da Guiné-Bissau.

A Comissão Organizadora do Carnaval fez um orçamento de mais de 150.000.000 (cento e cinquenta milhões) de Francos CFA para cobrir toda a logística e premiações.

Segundo informações avançadas na altura, as premiações teriam o maior bolo com um terço do orçamento para o carnaval que decorreu de 13 a 25 de fevereiro, iniciado com a exposição de fotografias do carnaval e máscaras, desfile regional e nacional.

O grupo da região de Cacheu, norte da Guiné-Bissau, venceu o carnaval 2020 com 16,9 pontos e tinha direito a um prémio de seis milhões (6.000.000) de Francos CFA. 

Em segundo lugar figurou a região de Quinará, sul do país, com 16,7 pontos e que tinha direito a quatro milhões e meio (4.500.000) de Francos CFA.

Na terceira posição, com 16, 6 pontos, ficou “Tchon de Papel Varela”  com o prémio  de três milhões (3.000.000) de Francos CFA.

Na categoria de máscaras, a máscara N°. 21 de Bubaque liderou a lista de posições com 17 pontos e devia receber como prémio oitocentos mil (800.000) Francos CFA. O segundo classificado na mesma categoria foi a máscara N.° 28 do Bairro de Quelele com 16.5 valores e teria como prémio Seiscentos mil (600.000) Francos CFA. Em terceiro lugar figuram duas máscaras que tiveram a mesma pontuação de 15.2 pontos. Trata-se das máscaras N.º 08 de Quinará e 25 de Bolama. O prémio para o terceiro lugar na categoria das máscaras foi fixado em quatrocentos mil (400.000) Francos CFA.ANG/O Democrata

 


Inglaterra/Boris Johnson anuncia criação de comissão sobre desigualdades raciais


Bissau, 15 jun 20 (ANG) - O primeiro-ministro britânico anunciou a criação de uma comissão sobre as desigualdades raciais e defendeu que "a substância" do racismo deve ser atacada e não os símbolos, numa referência às estátuas vandalizadas à margem de recentes manifestações antirracismo.

"Devemos atacar a substância do problema, não os símbolos. Devemos abordar o presente, não tentar reescrever o passado e isso significa que não podemos, nem devemos manter um debate sem fim no qual nenhuma personagem histórica conhecida é suficientemente pura ou politicamente correta para ficar à vista do público", escreveu Boris Johnson, num artigo no The Telegraph, divulgado no domingo no site do jornal.

O dirigente conservador anunciou a criação de uma comissão encarregada de examinar "todos os aspetos das desigualdades" no emprego, na saúde ou ainda no ensino universitário.

O líder do Governo britânico voltou a referir-se ao caso da estátua do antigo primeiro-ministro Winston Churchill, situada nas imediações do Parlamento, em Londres, e vandalizada à margem de protestos contra o racismo, desencadeados pela morte do norte-americano George Floyd, asfixiado por um polícia.

Sob o nome de Churchill, acusado de declarações racistas nomeadamente contra os indianos, foi escrito: "era um racista".

Atualmente, a estátua encontra-se protegida por uma caixa metálica. Milhares de manifestantes, apoiados por grupos de extrema-direita, concentraram-se no sábado junto ao Parlamento britânico para guardar o monumento. A polícia efetuou 113 detenções, na sequência de confrontos com manifestantes de extrema-direita.

Boris Johnson considerou "absurdo que grupos de arruaceiros de extrema-direita e agitadores se tenham concentrado em Londres com a missão de proteger a estátua de Winston Churchill".

Churchill "foi um herói", escreveu o primeiro-ministro britânico. "Resistirei com todas as minhas forças a qualquer tentativa de retirar esta estátua do seu local e quanto mais depressa for possível retirar a proteção que a rodeia, melhor será", afirmou.

Ao invés de vandalizar estátuas como a do mercador de escravos Edward Colson, arrancada do pedestal por militantes antirracistas em Bristol (sudoeste de Inglaterra), Boris Johnson propôs a "construção de outras" para homenagear pessoas que para a "atual geração merecem um monumento". ANG/Angop

Justiça/ Supremo Tribunal de Justiça retoma hoje o debate sobre contencioso eleitoral

Bissau,15 Jun 20(ANG) – A reunião da plenária do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau para decidir sobre o recurso do contencioso eleitoral foi retomada hoje , informou à DW África uma fonte da instâ

ncia máxima da Justiça guineense.

A sessão decorreu na passada sexta-feira (12.06) durante mais de cinco horas e os sete juízes conselheiros presentes decidiram suspender os trabalhos para hoje segunda-feira.

    

A candidatura de Domingos Simões Pereira contesta os resultados da segunda volta das presidenciais guineenses, divulgados pela Comissão Nacional de Eleições, alegando que a CNE não terá cumprindo a lei. O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), de Simões Pereira, contesta ainda a convocatória para a reunião do Supremo da passada sexta-feira, devido a supostas irregularidades.

"Quando uma plenária é convocada por um secretário judicial e a lei indica que deve ser convocada pelo presidente, há uma quebra de uma formalidade. Portanto, o ato é nulo", disse esta semana à DW Carlos Pinto Pereira, advogado de Domingos Simões Pereira.

O PAIGC entregou ao Supremo um requerimento para que a reunião não se realizasse.

Carlos Pinto Pereira contestou também que se tivesse convocado dois juízes que, há um mês, teriam dito que esgotaram o seu poder de intervenção no processo.

 

"Estranhamos que estes dois juízes apareçam hoje a convocar uma sessão plenária para discutir a matéria que diziam ter sido já decidida", afirmou o advogado de Domingos Simões Pereira em entrevista à DW, na quarta-feira (10.06).

À semelhança de Carlos Pinto Pereira, o jurista guineense Sana Canté estranha também essa convocatória, além da de outros dois juízes: "Um deveria estar jubilado, não teria condições legais de participar nesta audiência. [E] outro juiz conselheiro pronunciou-se no âmbito deste contencioso eleitoral quando estava a exercer as funções de Procurador-Geral da República", estando, por isso, legalmente impedido de decidir sobre o caso. 

A reunião sobre o recurso do contencioso eleitoral, apresentado por Domingos Simões Pereira, foi convocada na segunda-feira, quase uma semana depois de o Presidente Umaro Sissoco Embaló afirmar publicamente que "há corrupção na mais alta instância de Justiça da Guiné-Bissau".

A convocatória, após vários meses de silêncio do Supremo, tem causado estranheza em alguns círculos: "Estando eles a reunir, fica essa dúvida se o fazem em 'corroboração' a essa ameaça do autoproclamado Presidente, ou se o fazem livremente, o que nos deixa muita margem de dúvida", afirmou o jurista Sana Canté esta sexta-feira à DW África.ANG/DW África

 


Covid-19/São Tomé e Príncipe passa de emergência à estado de calamidade pública

Bissau,15 jun 20 (ANG) - São Tomé e Príncipe entra,

a partir de terça-feira, em período de calamidade pública, no âmbito do combate à COVID-19.

O  equilíbrio, entre as medidas sanitárias e o regresso gradual da actividade económica, será uma das metas essenciais do período  que terá a validade de 30 dias e decorrerá  em três  etapas. 

O estado de calamidade pública, comporta três fases e vai vigorar até 31 de Julho do corrente ano.

Tratam-se de medidas gerais e transversais, que incluem entre outras, a reabertura de alguns ciclos escolares, restaurantes, bares,cafés, hotéis, bem como missas e culto, em dias alternativos.

Estão também incluídos na reabertura gradual ,o  espaço  aéreo, fronteiras marítimas, respeitando as regras sanitárias.

 Segundo o governo sãotomense,este processo fará objecto de uma constante avaliação e poderá sofrer alteração.

O estado de calamidade pública fundamenta-se na lei base de protecção civil e bombeiros, assim como estabelece o  equilíbrio entre as medidas preventivas de carácter sanitário e o regresso gradual da actividade económica do país.

O executivo reconhece que, as medidas adoptadas no estado de emergência sanitária não foram bem sucedidas devido  essencialmente à pouca disponibilidade da população,no cumprimento rigoroso das mesmas.

Os  dados  indicam  que  a  situação  não  está  controlada, segundo  o   governo  que  ressalta  no  entanto melhorias  na  formação  do  pessoal  de  saúde e  no  reforço  dos  meios materiais de  protecção, para as equipas médicas ,instalação e funcionamento do hospital de campanha.ANG/RFI

 

 


EUA/Chefe de Polícia de Atlanta demite-se depois de morte de africano-americano

Bissau, 15 jun 20 (ANG) - A comanda

nte da polícia da cidade americana de Atlanta apresentou a sua demissão, depois de um agente do seu departamento ter disparado mortalmente contra um cidadão africano-americano que estava parcialmente embriagado.

A morte de Rayshard Brooks, referido cidadão, desencadeou uma nova onda de protestos contra a brutalidade da polícia americana.   

Segundo a presidente da Câmara Municipal de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, a comandante da polícia da sua cidade, Erika Shields, decidiu apresentar a su demissão, depois de Rayshard Brooks, um africano-americano de 27 anos de idade, ter sido  alvejado mortalmente pelas costas pelo polícia Garrett Rolfe, na  sexta-feira a noite, nas imediações de um restaurante da rede Wendy's.

Rolfe foi demitido do corpo de polícia e um colega seu retirado do policiamento de rua e colocado nos serviços administrativos.

A  morte de Brooks ocorreu quando os empregados do restaurante chamaram a polícia, para  queixar-se do facto que o africano-americano, que tinha adormecido no seu carro, impedia os outros clientes de serem servidos.

De acordo com o Bureau de Investigações de Geórgia, Brooks, que não passou no teste de alcoolémia resistiu quando os polícias tentaram prendê-lo.

O citado Bureau afirmou também que,  Rayshard Brooks apoderou-se do Taser (arma de choque) do polícia Garrett Rolfe e fugiu. No decurso da fuga, ele apontou a arma, não letal, para o polícia e este último disparou com a sua arma de fogo atingindo Brooks.

L.Chris Stewart, advogado da família de Brooks, qualificou de exagerada a força policial utilizada na confrontação.

A  morte do africano-americano, levou as ruas de Atlanta centenas de manifestantes, que protestaram violentamente, como exemplifica o incêndio de que foi objecto o restaurante em que ocorreu o trágico acontecimento.   

Rayshard Brooks, pai de quatro filhos, tinha festejado, horas antes da sua morte, o oitavo aniversário da sua filha.

O tiroteio  que resultou na morte de Brooks, é o quadragésima oitavo, no corrente ano de 2020, em que estiveram envolvidos polícias da cidade de Atlanta.

Segundo o jornal local, Atlanta Journal-Constitution, foi requerido ao Bureau de Investigações da Geórgia um inquérito, para apurar as circunstâncias dos tiroteios, dos quais quinze foram fatais.

Os protestos, em Atlanta,têm lugar numa altura em que os Estados Unidos estão confrontados com a questão do racismo sistémico na sociedade americana, agora em debate, depois das manifestações provocadas pela morte de George Floyd no dia 25 de Maio.

De acordo com Keisha Lance Bottoms, Erika Shields optou pela sua demissão na esperança de que, no futuro a cidade de Atlanta represente o novo modelo de uma polícia  reformada. ANG/RFI

 


sexta-feira, 12 de junho de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

          Covid-19/Fundação Galp e Petromar oferece um ventilador ao governo

Bissau, 12 jun 20 (ANG) – A fundação Galp e Petromar ofereceu um ventilador ao Ministério da Saúde Pública no âmbito do combate ao coronavírus.

A cerimónia para o efeito foi realizada esta sexta-feira e contou com a presença da Secretária do Estado da Gestão Hospitalar, Cornélia Aleluia Lopes e do Coordenador do Centro de Operação de Emergência em Saúde (COES) Dionísio Cumba.

O ministro da Saúde Pública António Deuna disse que o país está a enfrentar diversas carências sobretudo de ventilador, acrescentando que mesmo havendo dinheiro para o comprar nada pode ser feito porque não há ventiladores à venda, em quase  todo o mundo.
“Se aparecer uma empresa ou uma pessoa individual para oferecer um tipo de aparelho como este, temos só que agradecer”, salientou Deuna.   

Disse que o ventilador é um material muito necessário para o combate ao Covid-9, justificando que esse aparelho ajuda as pessoas com a patologia do coronavírus na resolução de falta do ar que o paciente pode ter, prometendo fazer chegar esse aparelho aos pacientes necessitados.

Por seu lado, administrador-delegado da Petromar, Jorge Almeida disse que a existência de mais um ventilador no sistema de saúde do país contribuirá certamente para salvar vidas, não só em tempos de pandemia do coronavírus.

Jorge Almeida acrescentou que a sua empresa tem dois eixos principais desde o início da pandemia, entre os quais, a segurança dos seus trabalhadores e manter a operação, sem interropções, para poder satisfazer as necessidades dos seus clientes

reiterou que as empresas Galp e  Petromar têm uma responsabilidade de cidadania acrescida junto das comunidades das quais fazem parte.

Disse que no âmbito do combate ao Covid-19 no país e seus efeitos na população mais carenciada, a sua empresa doou 1.000 litros de gasóleo ao COES ,para deslocação de equipas de respostas rápidas ao terreno, para além da doação de  75 cestas básicas que incluiram arroz, óleo, cebolas, latas de sardinha, latas de cornabife, vinagre, massa e barras de sabão.

“Entregamos todo esse produto à organização não-govenamental Tadja Fome para distrbuir as famílias carenciadas, sobretudo as mulheres que devido as medidas de restrições impostas pelo governo, viram o seu ganha-pão comprometido”, revelou.

Aquele responsável acrescentou ainda que foi dado apoio financeiro ao serviço da Televisão da Guiné-Bissau (TGB) para o reforço das ações de sensibilização e informação junto da população, divulgação de mensagens de prevenção à Covid-19, nos placards da empresa, nas vias públicas, postos de abastecimento distribuídos pelo país e vitrinas do edifício de sede em Bissau.

A Petromar foi fundada em 1999 e opera no mercado de importação, armazenamento, comercialização e distribuição de combustíveis líquidos, lubrificantes e gás , na Guiné-Bissau.  ANG/DMG//SG


  Covid-19/PLAN Internacional doa cerca de 49 milhões de francos CFA ao Governo

Bissau, 12 jun 20 (ANG) – A PLAN Internacional doou ao Governo da Guiné-Bissau, através do Ministério da Saúde Pública, 48.617.000 milhões de francos CFA para combate ao covid-19.

Dois actos nesse quadro marcaram esta sexta-feira e

ssa doação:assinatura de um Memorando de Entendimento entre o Ministério da Saúde Pública e a Plan Internacional por um período  de cinco 5 anos, e a assinatura de um Acordo de Financiamento no quadro da resposta do governo  à pandemia do coronavírus.

Na ocasião, o ministro da Saúde Pública, António Deuna disse  esperar que a cooperação  entre o seu Ministério e a Plan Internacional dure por  muito tempo.

Pediu as outras organizações a seguir o exemplo da PLAN Internacional “porque neste momento o país está a precisar de ajuda de todos, quer ao nível das empresas, quer ao nível da  ONG`s entre outras.

Por sua vez, a Representante Interina da PLAN Internacional no país, Amelie Soukossi Hessou disse que o objetivo do memorando assinado é no sentido de  dar continuidade aos trabalhos já desenvolvidos pela aquela organização internacional em colaboração com o Ministério da Saúde Pública, desde 1995.

Acrescentou ainda que a sua organização sempre está engajada na melhoria da qualidade da saúde tendo como alvo a população em geral, mas com especial atenção para os mais vulneráveis que são as crianças, principalmente as meninas, crianças com deficiências, jovens e mulheres.

Amelie Soukossi Hessou sublinhou que, com base num espírito de sinergias, colaboração e esforços com o governo com organizações de base comunitárias, organizações não governamentais locais e com o sistema das Nações Unidas, sempre privilegiam aspetos referentes à implementação de programas de reforço do sistema de saúde materna, neonatal, infantil e adolescente de forma integrada.

“O reforço da capacidade do Sistema Nacional de Saúde principalmente ao nível comunitário, o apoio para  melhor tratamento e prevenção de doenças como o HIV/SIDA, tuberculose, pólio, paludismo e outras doenças tropicais são  outras áreas prioritárias”, disse.

Segundo Hessou a Plan Internacional começou a operar no país em meados dos anos noventa com a ambição de assegurar que as crianças possam viver numa sociedade onde os seus direitos à uma educação, saúde e proteção são assegurados, incluindo em situações de emergência.

“Neste sentido, e tendo em conta a presente situação mundial e local da pandemia do Covid-19, a PLAN Internacional vem dar o seu contributo numa situação em que o Povo guineense enfrenta um desafio nunca antes defrontado”,frisou.

Apelou à Organização Mundial da Saúde (OMS) e  todos os países do mundo para organizarem a sensibilização e intensificarem as medidas de higiene, à colaboração do Ministério de Saúde com os seus principais parceiros de desenvolvimento, para abirem  novas possibilidades e soluções no combate à Covid-19 na Guiné-Bissau.

Dos 48.617.000 milhões de francos CFA, doados pela PLAn Internacional ao Ministério da Saúde, 18.617.000 milhões de francos são em materiais de prevenção, respectivamente 5.000 unidades de sabão líquido de 500 ml, 222 unidades de creolina de 1l, 1.264 unidades de baldes de 50 litros e um montante líquido de 30 milhões de francos CFA a ser usado pelo Governo na cobertura de outra prioridade ligada ao plano de resposta ao Covid-19 no país.

Na intervenção direta da organização junto das comunidades apadrinhadas das regiões de Bafatá e Gabu, o montante total engajado é de 327.548.400 francos CFA com uma parte já distribuída em materiais nomeadamente, 5.714 mil sacos de arroz, 74. 000 mil barras de sabão, 72.500 mil litros de lixívia, 1.446 baldes, 922 litros de creolina, 20.000 mil máscara, 1.750 unidades de álcool gel e 5.000 unidades de sabão líquido. ANG/DMG/ÂC//SG

Sociedade/Secretário Executivo de AMIC diz que 57 por cento das crianças guineense praticam trabalho infantil

Bissau, 12 Jul 20 (ANG) - O Secretário Executivo da Associação dos Amigos das Crianças (AMIC) revelou hoje  que 57 por cento das crianças guineenses de idade compreendida entre cinco à 14 anos praticam trabalho infantil.

 Laudolino Medina fez esta revelação em declarações exclusivas à ANG no quadro da celebração, hoje, do Dia Mundial de Luta contra Trabalho Infantil.

Aquele responsável afirmou que o trabalho infantil praticamente não deixa as crianças viverem a sua infância.

“As crianças devem concentrar mais no processo de aprendizagem e formação de modo a se prepararem para a vida adulta”, disse acrescentado que na Guiné-Bissau, infelizmente, muitas abdicam das suas infâncias em detrimento do trabalho.

“Muitas crianças acabam por abandonar a escola por motivo do trabalho, isso, de certa forma, acaba por reflectir no processo de desenvolvimento do próprio país, porque acabamos por ter números limitados de quadros nas nossas administrações”, explicou.

O secretário executivo de AMIC referiu que apesar das crianças serem  permitidos a trabalhar depois de 14 anos, segundo a legislação da Guiné-Bissau, existem  tipos de trabalho que as mesmas não podem fazer, como por exemplo, trabalhos nocturnos, nas indústria química, subterâneos, no mar, entre outros.

“O Trabalho infantil é tudo que é exercido pelas crianças abaixo de idade permitido legalmente. No caso da Guiné-Bissau a idade estipulada pela lei é de 14 anos”, explicou Laudolino Medina.

O Secretário executivo de AMIC disse que a Guiné-Bissau até o preciso momento tem  dificuldade de agilidade no que concerne a fiscalização do trabalho infantil, tendo mencionado que também existe a necessidade de o país elaborar uma lista de trablhos permitidos para as crianças.

Sublinhou que conseguirem dar um passo concernente a elaboração de uma lista dos trabalhos infantil que devem ser admitidos junto da Função Pública, mas que  a situação de instabilidade do próprio país acabou por comprometer a sua concretização.

“Estava em curso um processo de revisão de Lei Geral de Trabalho na qual fizemos a questão para que o assunto da fiscalização do trabalho infantil integrasse a nova proposta. Só a fiscalização do trabalho infantil nocturno é que constava na antiga Lei de Trabalho. Infelizmente, com as constantes situações de crise política e institucional  do país, até então, nada se concretizou”, lamentou Medina.

Considerou de urgente a fiscalização do trabalho infantil no país e garantiu que continuarão a lutar para o bem das crianças, uma vez que pertencem a camada que devem ser mais privilegiadas.

Laudolino Medina disse ainda que não se pode falar do desenvolvimento sem que haja o bem-estar dos futuros dirigentes que neste caso são as crianças. ANG/AALS/ÂC//SG

 


          Porto de Pescas/Novo Director-geral prioriza a reorganização da casa  

Bissau, 12 Jun 20 (ANG) – O Director-geral da Administração do Porto de Pescas da Guiné-Bissau (APPGC), afirmou hoje que  a sua tutela está a reorganizar os seus serviços de forma a melhor gerir e fazer funcionar a instituição.

Anselmo Mendes, numa entrevista exclusiva à ANG, disse que o Porto de Pesca de Alto Bandim é uma infraestrutura nova, ainda em construção,  com o apoio da República Popular da China,  num valor de mais de 26 milhões de dólares, com objectivo de apoiar e facilitar a vida das pessoas que praticam a pesca arte

sanal.

“O Porto vai ser utilizado mais para as pequenas embarcações e será equipado com a câmara de conservação e de transformação dos pescados ou seja isso talvez vai ser um momento  de criar condições para dinamizar  a pesca artesanal no país”, explicou.

Mendes informou que o projecto pode ir mais longe, principalmente no que concerne ao combate a probreza no país, acrescentando que o mar da Guiné-Bissau tem tudo, em termos de potencialidades do pescado.

Aquele responsável afirmou que é a preocupação do Ministério das Pescas fazer os barcos que pescam nas águas nacionais abastecer o mercado nacional , acrescentando que “só que o país não tem como conservar os peixes, uma vez que não possui câmaras para conservar grandes quantidades de pescados”.

O Director-geral do Porto de Pescas, lamentou  o facto  de as obras de construção do Porto de Bandim estarem suspensas por causa da pandemia da Covid-19, tendo pedido aos seus utilizadores a se unirem na sua conservação.

Salientou que um dos maiores problemas que enfrentam tem a ver com saneamento do espaço portuário, para o bem da saúde pública, uma vez que  é ali que sai o pescado para abastecer os mercados. ANG/MSC/ÂC//SG


Diplomacia/Ministra dos Negócios Estrangeiros propõe encerramento das embaixadas da Guiné-Bissau na Indonésia e Irão

Bissau, 12 jun20 (ANG) - A ministra dos Negócios Estrangeiros propõe ao governo a reestruturação da rede diplomática que  implicará o encerramento das embaixadas da Guiné-Bissau na Indonésia e no Irão.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, à que Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje, Suzi Barbosa propôs ainda a configuração da Embaixada da Guiné Bissau em Argélia, através da diminuição do nível de representação e redução do pessoal diplomático.

O comunicado de conselho de ministros justifica a medida com a necessidade de desenvolver uma diplomacia económica e o estabelecimento de uma maior ligação com a comunidade nacional radicada na diáspora.

Após a apresentação e discussão do Plano de Contingência do sector de Educação para a Ano Lectivo 2019/2020, o plenário governamental criou  uma Comissão Técnica composta de técnicos dos Ministérios das Finanças, da Economia e da Educação para uma análise mais aprofundada do diploma e sua posterior remissão ao Conselho de Ministros.

Em relação a eventual retoma das aulas, o Conselho de Ministros  institui uma Comissão Técnica que integra os Ministérios de Educação, da Saúde e do Alto Comissariado para a luta contra o covid-19, para, com maior celeridade possível, elaborar uma proposta a submeter ao plenário governamental para tomada de uma decisão.

O Conselho de Ministros aprovou  o projecto de Decreto que regulamenta a quinta renovação do estado de emergência na Guiné-Bissau, devido ao covid-19.

E aprovou com alteração, o relatório dos 100 dias de governação do executivo de Nuno Gomes Nabiam e felicita o primeiro-ministro pelo “excelente trabalho” de liderança e coordenação da acção governativa durante este período.

No capitulo das nomeações do pessoal dirigente da Administração pública, o conselho de Ministros deu a sua anuência  a que, por Despacho do Primeiro ministro, se efetua as seguintes movimentações.

No Ministério de Administração Territorial, Filipe Quintunda nomeado para desempenhar as funções do Director-geral da Administração do Território, e Alsana Negado, Director-geral do Poder Local.

No Ministério da Economia e Integração Regional, Mamadjam Djaló foi nomeado  Director-Geral dos Concursos Públicos.

Na Justiça, Degol Mendes, é novo Director-geral de Politica de Justiça, Julinho Braz da Silva, Director-geral de Administração de Justiça, Fernando Ié, Director-geral dos Serviços Prisionais e Reinserção Social, Ussainatu Djaló, Inspector-geral dos Serviços de Justiça,Teresa Alexandrina da Silva, Directora- geral da Policia Judiciaria, Melâncio Correia, Director Nacional do Gabinete Central da Interpol e João Mendes Pereira, Director do Centro Nacional de Formação Judiciária.

Segundo o comunicado, em consequência destas nomeações é dada por finda a comissão de serviço dos anteriores titulares.ANG/LPG/ÂC//SG

 



Covid-19/”Guiné-Bissau se prepara para os piores efeitos da pandemia”,diz PM   

 Bissau,12 Jun 20(ANG) - O primeiro-ministro, Nuno Nabiam, disse quinta-feira que o país está a preparar-se para "os piores efeitos da pandemia" e que precisa de apoio no setor da saúde, mas também para as consequências económicas.

 Em entrevista à Lusa, Nuno Nabiam afirmou que a pandemia do novo coronavírus vai ter na Guiné-Bissau um custo económico “pesado e duradouro”, que vai ameaçar o “progresso” e ampliar as desigualdades.

 “Estamo-nos a preparar para os piores efeitos desta pandemia, mas precisamos de apoio na preparação para a crise de saúde e para as consequências económicas”, sublinhou.

 Questionado  sobre os laços do seu Governo com os principais parceiros internacionais, o primeiro-ministro guineense disse estar “focado em aprimorar as relações” e que atinjam o “ponto ótimo”.

 “Herdei o Governo e deparei-me com a situação dos cofres do Estado depauperados pelo meu antecessor, portanto face a estas emergências latentes era crucial o apoio e amparo dos parceiros internacionais”, disse Nuno Nabian.

 Nuno Nabian foi nomeado primeiro-ministro pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, que demitiu o Governo de Aristides Gomes, que saiu das legislativas de março de 2019.

 A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que tem mediado a crise política no país, tinha dado até 22 de maio para ser formado um Governo, que respeitasse os resultados das eleições legislativas.

 O parlamento da Guiné-Bissau, de onde emana o Governo, está dividido em dois blocos e ambos reclamam ter a maioria para governar.

 Contudo, o Presidente guineense decidiu dar um prazo até 18 de junho para que o impasse político seja resolvido no parlamento.

 Segundo o primeiro-ministro guineense, no início do seu mandato sentiu um “ligeiro constrangimento da comunidade internacional”, talvez devido à “desconfiança”.

 Esse é um “facto que estamos gradualmente a superar graças à nossa forma de dirigir assente numa estratégia muito simples: gestão transparente e prestação de contas”, afirmou.

 Nuno Nabian afirmou também que gestão da pandemia do novo coronavírus foi gerida no “início apenas com meios e dinheiros do Estado”.

 O que, disse, terá “despertado na comunidade internacional a confiança que necessitavam”.

 “Hoje, o quadro que temos tanto a nível bilateral como multilateral é bem diferente de há dois meses, ou seja, efetivamente temos recebido apoio de alguns parceiros como o Banco Mundial por exemplo”, salientou.

 O primeiro-ministro guineense disse também que recebeu sem surpresa o relatório do Programa da ONU para o Desenvolvimento sobre o impacto sócioeconómico da pandemia no país e que avisa para a possibilidade de um aumento da pobreza e do colapso do sistema de saúde.

 “Era previsível que o impacto da pandemia seria devastador a nível social e económico”, afirmou.


 
Segundo o chefe do Governo, feito um esforço “incomensurável e apenas com recursos internos” para combater a pandemia e garantir a segurança alimentar.

 “Adquirimos e estamos a distribuir a toda a nossa população, mais de 25 mil toneladas de arroz e 10 mil toneladas de açúcar. Esse esforço colossal representa para o Governo a certeza de que nenhum guineense irá passar fome ou deixará de ter uma alimentação adequada por força dos danos colaterais da pandemia”, sublinhou.

 Nuno Nabian disse também que estão a ser avaliadas medidas e ações a serem implementadas para “recuperar as finanças públicas, apoios e incentivos as empresas como forma de salvaguardar empregos e rendimentos” e recordou que o Estado já emprestou dinheiro aos bancos para capitalizar os operadores nacionais da campanha de caju.

 A Guiné-Bissau regista quase 1.400 casos acumulados de covid-19 e 12 vítimas mortais, sendo o terceiro país da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa com mais casos do novo coronavírus, a seguir ao Brasil e a Portugal.

 Em África, há 5.678 mortos confirmados e mais de 209 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

 Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a seguir à Guiné-Bissau está a Guiné Equatorial (1.306 casos e 12 mortos), que não atualiza os dados há quase duas semanas, Cabo Verde (616 casos e cinco mortes), São Tomé e Príncipe (632 casos e 12 mortos), Moçambique (472 casos e dois mortos) e Angola (113 infetados e quatro mortos).

 O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados (mais de 772 mil, atrás dos Estados Unidos) e o terceiro de mortos (39.680, depois de Estados Unidos e Reino Unido).

 A pandemia de covid-19 já provocou mais de 416 mil mortos e infetou mais de 7,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

 A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.ANG/Lusa

 


Política/ Quatro deputados da APU-PDGB reafirmam fidelidade ao  acordo com PAIGC

 Bissau,12 Jun 20(ANG) - Quatro dos cinco deputados da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) voltaram a reafirmar que continuam a respeitar o acordo de incidência parlamentar celebrado com o Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), na qualidade do partido vencedor das eleições legislativas de 2019.

 A posição dos parlamentares foi revelada à imprensa pelo deputado Umaro Conté, na quinta-feira, no final da reunião entre o presidente do Parlamento, Cipriano Cassama e os líderes das diferentes bancadas parlamentares, na qual  Umaro representou o líder da bancada parlamentar do seu partido, Marciano Indi, que se encontra ausente do país, devido a questões de saúde.

 "Todos nós sabemos que há uma formação política que venceu as eleições legislativas, que é o PAIGC, e teve um executivo com o seu programa aprovado no hemiciclo, embora tenha sido interrompido o seu mandato, mas foi o povo que lhe confiou o mantado, através das urnas Por isso, nós vamos acompanhar o partido até ao fim da legislatura", vincou Conté.

 Segundo Conté, os quatro deputados da APU-PDGB só estão a defender a verdade eleitoral expressa nas urnas no último escrutínio para legislativas em março de 2019, onde PAIGC consegiu 47 mantados.

 Após imbróglio sobre os resultados das últimas eleições presidenciais, foi conhecida a posição crítica dos quatro deputados da APU-PDGB face ao atual poder do país, principalmente ao primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabian, igualmente líder do partido.

 Conté lembra aos seus adversários e dirigentes do seu partido, que o papel de política é trabalhar para o bem-estar da população e do  país.

 O líder do partido, Nuno Gomes Nabian, que assinou o acordo com o PAIGC, invalidou o comprimisso, firmando outro com o Movimento para Alternância Democrática (Madem G15) e o Partido da Renovação Social (PRS).


 
Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantêm a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar com o partido liderado por Domingos Simões Pereira.

 Os dois blocos alegam ter a maioria no parlamento do país.

ANG//Rádio Jovem