sexta-feira, 12 de março de 2021

Ensino/Carta 21 anuncia protestos de rua na próxima terça-feira para  reabertura das aulas

Bissau, 12 Mar 21 (ANG) -  O Coordenador Nacional de Carta-21 anunciou que  a partir da próxima terça-feira vão reivindicar com protestos de rua a reabertura das aulas, e impedir os professores de escolas públicas de leccionarem  nas escolas privadas.

Frenique Alberto da Silva, em declarações
hoje a ANG, disse que caso não for resolvido o  problema de greve nas escolas públicas, a sua organização vai sair as ruas para fechar o Ministério de Educação e impedir os professores de escolas públicas a dar aulas em outras escolas.

ʺVamos estar nas ruas por duas razões: primeiro impedir os professores que dão aulas nas escolas públicas de dar aulas em qualquer outro lugar porque recebem salários e não queremos perder dinheiro que investimos”, prometeu.

Aquele responsável disse igualmente que vão impedir o funcionamento do Ministério da Educação porque como as escolas não estão a funcionar não faz sentido o Ministério continuar a funcionar.

Franique Silva afirmou ainda que,  caso não houver nenhum tipo de mudança por parte de Ministério da Educação até segunda-feira, vão convocar todos os alunos para saírem às ruas e invadirem todas as escolas para ver se os professores  vão ou não entrar para dar aulas.

Aquele responsável pediu a solidariedade das escolas privadas, assegurando que a Carta-21 não vai usar violência.

Frenique da Silva apelou ao Ministério das Finanças no sentido de não dar salário deste mês aos professores porque os alunos não vão beneficiar das aulas e que, por causa disso estão quase a perder o ano lectivo.

Escolas públicas estão paralisadas devido a greve dos professores, que reivindicam pagamento de salários  em atraso, entre outras.ANG/MI/ÂC//SG      

     

Covid-19/OMS assegura que não há motivos para suspender vacina da astrazeneca

Bissau, 12 Mar 21 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) não vê motivos para que países suspendam campanhas de imunização com a vacina da AstraZeneca.

"Devemos continuar a utilizar a vacina da AstraZeneca. Não há qualquer razão para não a utilizar", declarou uma porta-voz da OMS, Margaret Harris, numa conferência de imprensa esta sexta-feira em Genebra

Esta indicação surge depois de vários países terem suspendido a administração da vacina.

O primeiro país foi a Áustria, no fim-de-semana passado, na sequência da morte de uma enfermeira e de outra pessoa ter ficado doente, na mesma altura, após tomar uma vacina de um mesmo lote. 

Seguiram-se a Bulgária, Itália, Noruega, Dinamarca, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia que tomaram a decisão com o objectivo de dar tempo ao Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância (PRAC) da EMA para conduzir uma investigação.

Esta sexta-feira, a OMS esclareceu que não recebeu nenhum registo de mortes relacionadas com nenhuma das vacinas aprovadas pela OMS e reforçou que não há uma recomendação para que a vacinação seja suspensa. ANG/Angop

 

 

quinta-feira, 11 de março de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

                     Política/União para a Mudança solidário com Aly Silva

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) -  A União Para a Mudança expressou em comunicado a sua solidariedade para com Aly Silva, jornalista e bolguer vítima de rapto e espancamento na terça-feira, em Bissau.

Em comunicado com data de 10 de Março, enviado à ANG, a Comissão Permanente do partido  apela á todas as forças políticas  e as organizações da sociedade civil, para que, em  conjunto, apresentem uma queixa crime à Procuradoria Geral da República, pela a afirmação da justiça e contra a impunidade.

O partido liderado por Agnelo Regala diz estar indignada com os repetidos actos ignóbeis de sequestros e espancamento perpetrados por um grupo fardado e armado, instrumentalizado por forças ocultas e cobardes sobre cidadãos indefesos.

Por isso, refere o comunicado, o partido condena a agressão à que fora sujeito o jornalista e bloguista António Aly silva, no dia 09  deste mês, na praça pública e em plena luz do dia.

“Actos ignóbeis desta natureza, de desrespeito total pela  legalidade, e
m Estado de direito democrático não podem ficar impunes, e pelo facto, exigimos que as autoridades policiais e do Ministério Público diligenciam a abertura de um inquérito para responsabilizar  os autores de tais crimes”, refere o comunicado.

Aly Silva foi raptado e espancado por homens não identificados mas a vitima diz acreditar que são elementos ligados ao poder.

“Cortaram a minha língua mas não cortaram tudo. Vou continuar a fazer o meu trabalho”, disse Aly , editor do blogue mais lido no pais  e muito critico ao regime( Ditadura de Consenso).ANG//SG

Caso Aly Silva/APU-PDGB considera o ato de “indigno, vergonhoso” e que ameaça a paz social no país

Bissau 11 Mar 21 (ANG) – O Partido da Assembleia do Povo Unido (APU-PDGB), considerou hoje de “vergonhoso e indigno”,  o espancamento do jornalista bloguista, Aly Silva na passada terça-feira, em Bissau.

Augusto Gomes membro da Comissão Permanente dos Apuanos, que falava numa conferência de imprensa, em reação ao rapto e espancamento do jornalista e bloguer António Ali Silva, disse que o seu partido sempre manteve fiél aos princípios
da liberdade, democracia e Estado de Direito, traduzidos no diálogo e tolerância politica.

Considerou o ocorrido de uma ameaça a paz social na Guiné-Bissau e exige uma investigação competente e célere para um esclarecimento  convincente deste e de outros actos semelhantes.

 “É com estranheza e bastante preocupação que registamos casos de espancamentos, sequestros e tortura de cidadãos livres, e sobretudo o aumento da frequência desses casos, envolvendo deputados da Nação, empresários, políticos, ativistas assim como assaltos e vandalização das instituições publicas “,disse.

Segundo ele, todos estes actos apresentam um elemento  comum ou seja, o desconhecimento dos responsáveis morais e materiais, apesar de todos os esforços, no sentido de os identificar e traduzi-los à justiça.

De acordo com Augusto Gomes, por isso, a APU-PDGB torna pública a sua posição de total distanciamento de todos e quaisquer atos desta natureza, que, segundo Gomes, em nada dignificam a frágil democracia que se vive e nem contribuem para um clima de paz e de concórdia nacional, focalizados nas prioridades de serviço público e de resolução dos problemas que as populações enfrentam.

“Por isso, apelamos às instituições competentes para assumirem as suas responsabilidades e se evitarem de quaisquer tendências que possam instrumentalizar as instituições do Estado e colocá-los ao serviço de interesses desconhecidos. Não precisamos esperar que venha a ser o tempo de informar e identificar os verdadeiros responsáveis por estes atos tão insensatos politica e socialmente", refere.

Augusto Gomes disse que a APU-PDGB  manifesta a sua solidariedade ao Aly Silva e à sua família pelo ocorrido e apela à calma e serenidade.

Por outro lado a APU-PDGB rendeu homenagem aos malogrados Manuel Saturnino da Costa, combatente da liberdade da pátria e ex-primeiro ministro falecido, quarta-feira e ao deputado da Nação do Partido da Renovação Social (PRS) Mamadu Sello Djaló falecido, no dia 07 de Março.

O Partido liderado pelo actual Primeiro-ministro Nuno Gomes Nabian  endereça as suas condolências às famílias enlutadas e à direcção do PRS.ANG/MSC/ÂC//SG

 

Segurança/Presidente da República exorta autoridades judiciais à por fim  à raptos e espancamento de cidadãos no país.

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) – O Presidente da Republica  exortou as autoridades judiciais, sobretudo a Policia Judiciária e ao Ministério Público à investigar e responsabilizar os autores de raptos e espancamento de cidadãos no país.


Umaro Sissoco Embalo  falava hoje aos jornalistas, à margem da cerimónia de inauguração das instalações do Comissariado Nacional da Policia de Ordem Pública, batizada como o nome do falecido Comissario Bitchofla Na Fafé.

Na ocasião, o chefe de Estado, justifica a homenagem com a contribuição que o falecido deu para o bem do país, enquanto Comissario Nacional da POP.

As instalações do Comissariado, cujas  obras foram suspensas há dez anos, após a retirada da Missão Militar Angolana no país (MISSANG), foram concluídas com  fundos internos e  dispõe de 22 gabinetes e 3 salas de reuniões.

O Chefe de Estado guineense anunciou que dentro de algumas semanas, a cidade de Bissau vai ter câmaras de vigilância, para garantir mais segurança no país. 

O Presidente guineense aceitou a proposta apresentado pelo  ministro do Interior em  transformar a prisão da 2ª Esquadra, que advém da época colonial junto do Ministério do Interior num Museu, por não reunir condições para que continue a ser utilizado como uma instituição de detenção.

Até porque, segundo o Sissoco Embalo o governo já dispõe de um espaço de cinco mil hectares para construção de novos serviços prisionais com melhores condições.

Umaro Sissoco anunciou ainda  para breve o inicio das obras de construção das novas instalações do  Ministério do Interior e o da Defesa, com apoio da República Popular da China.

Instado a falar do espancamento do jornalista António Aly Silva, o Chefe de Estado Guineense lamentou a situação e recusou ser o autor moral do rapto e espancamento do jornalista, como tem sido indicado.

“Apreendi isso há muito tempo ou seja quando Nino Vieira era Presidente, ele é responsabilizado por todos os actos ocorridos. Não tenho cultura de violência e nem sei se  Aly Silva  é jornalista”, disse.

Acrescentou que não só em relação ao caso de Aly Silva, que já deu orientações aos serviços competentes, porque não é possível que os casos de espancamentos continuem a verificar sem nenhuma responsabilização.

Sissoco Embalo avisou que não vai tolerar acusações do género da próxima vez, frisando  que a pessoa que o indiciar com os futuros actos, vai assumir consequências.

Quanto ao regresso ao país do Presidente do PAIGC, Umaro Sissoco Embaló disse que Domingos Simões Pereira é um cidadão guineense e pode regressar ao país, avisando que existem normas e portanto devem ser cumpridas.

Disse que, enquanto Presidente da República tem obrigação de garantir a segurança para todos, por isso disse que não vai permitir que casos de espancamentos continuem a verificar no país.

O ministro do Interior Botche Candé agradeceu ao chefe de Estado guineense Umaro Sissoco Embalo e o  empenho do  executivo  para que as obras de construção do Comissariado             Nacional da Policia de Ordem Pública sejam concluídas.

Botche Candé encorajou ao Presidente Sissoco Embalo a prosseguir com iniciativas que visam desenvolver o país.

Disse que a conclusão das obras do Comissariado Nacional de Ordem Pública, vai permitir o descongestionamento dos gabinetes que outrora são  ocupados por mais de sete pessoas.

“Essa situação não permitia que alguns assuntos sejam bem analisados, principalmente aqueles que exigem maior segredo”,referiu. ANG/LPG/ÂC//SG

 

      Política/CNE  entrega   Cronograma Eleitoral ao Presidente da República

Bissau, 11 Mar 21 (ANG)- A Comissão Nacional de Eleições (CNE) fez esta quinta-feira a  entrega formal da  Cronograma Eleitoral ao Presidente da República Umaro Sissoco Embaló que prevê realização de eleições autárquicas este ano..

A entrega ocorreu no decurso de uma audiência que o chefe de Estado concedeu ao presidente da Comissão Nacional de Eleições, José Pedro Sambú.

A informação é do Presidente de CNE Pedro Sambu em declaração à imprensa após uma audiência com o Presidente da República.

“O Cronograma Eleitoral que entregamos ao Presidente da República prevê para este este  ano as atualizações de Cartografia Eleitoral, do Caderno Eleitoral  e realização das Eleições Autárquicas”, revelou José Pedro Sambú, em declarações à imprensa à saída da audiência.

 O Presidente de CNE sublinhou que muito embora estarem previstas as realizações dessas actividades as suas realizações práticas vão depender da colaboração das autoridades competentes.

Pedro Sambu informou que o Presidente da República demostrou a sua vontade de colaborar para que a CNE possa implementar as actividades constantes na Cronograma Eleitoral no decorrer do presente ano.
ANG/AALS//SG

 

 

 

 

Política/Líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, regressa à Guiné-Bissau na sexta-feira

Bissau, 10 mar 21 (ANG) - O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, anunciou quarta-feira que vai regressar à Guiné-Bissau na sexta-feira numa mensagem na rede social Facebook.

 "Chegou o dia de regressar à Guiné-Bissau. É sexta-feira no dia 12", afirmou Domingos Simões Pereira, na mensagem.

O líder do PAIGC disse que vai assumir o seu lugar de deputado na Assembleia Nacional Popular.

Domingos Simões Pereira disse também que vai convocar reuniões dos órgãos superiores do partido e para todos estarem preparados para transformar aquelas reuniões em encontros "históricos", durante os quais tudo será discutido.

Simões Pereira disputou as eleições presidenciais do final do ano passado com o atual Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que assumiu o poder sem esperar pelo resultado do contencioso eleitoral que decorreu no Supremo Tribunal de Justiça.

Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo liderado por Aristides Gomes, do PAIGC, tendo nomeado um outro chefiado por Nuno Gomes Nabiam, líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), e que inclui o Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), o Partido de Renovação Social e elementos de movimentos que apoiaram a sua candidatura.

Aristides Gomes esteve refugiado na sede da Organização das Nações Unidas, em Bissau, quase um ano, e saiu da Guiné-Bissau há cerca de um mês.

O Governo de Aristides Gomes foi formado na sequência das eleições legislativas de 2019, ganhas pelo PAIGC, que conseguiu a maioria no parlamento com base numa coligação com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança.

O Governo de Nuno Nabiam conseguiu aprovar o seu programa no parlamento, bem como os orçamentos de Estado de 2020 e 2021 com o apoio de cinco deputados do PAIGC.


Domingos Simões Pereira tinha anunciado recentemente, numa mensagem nas redes sociais aos seus apoiantes, a sua intenção de regressar à Guiné-Bissau.
ANG/Lusa

 

 

Covid-19/ Guiné-Bissau aprova três vacinas

 Bissau, 11 Mar 21 (ANG) - O Alto Comissariado para a Covid-19 da Guiné-Bissau anunciou quarta-feira que o país aprovou o uso de três vacinas, homologadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS), contra a infeção provocada pelo novo coronavírus.

 "Trata-se das vacinas da Pfizer/BioNTech, Astrazeneca/Oxford e AstraZeneca do Serum Institute da Índia, as quais serão integradas no Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, submetido ao Mecanismo de Acesso Global para Vacinas COVID-19 (COVAX) a 9 de fevereiro do corrente ano e já aprovado", refere o comunicado.

O Alto Comissariado refere também que mais vacinas poderão ser aprovadas, "caso sejam homologadas pela Organização Mundial de Saúde".

Em relação ao Plano Nacional de Vacinação, o Alto Comissariado explica que numa primeira fase prevê atingir "20% da população guineense", dando prioridade aos profissionais de saúde, pessoal de apoio da saúde, agentes de saúde comunitária, doentes com HIV/Sida, tuberculose, diabetes, doenças cardiovasculares, respiratória e doentes renais crónicos.

"O Plano, a ser executado em três fases, visa atingir 70% da população guineense, por forma a criar uma imunidade de grupo que possa favorecer uma redução significativa da transmissão", salienta o Alto Comissariado.

O COVAX já anunciou que a Guiné-Bissau vai receber 120.000 doses de vacinas da fabricante AstraZeneca, até final de maio.

"O Banco Mundial prevê apoiar a Guiné-Bissau para a cobertura de cerca de 15% da população, sendo que o COVAX promete fornecer vacinas para cerca de 20% da população", acrescenta.

A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.319 casos de infeção pelo novo coronavírus, que já provocou a morte a 49 pessoas.

Na sequência do aumento de casos que se tem registado desde o início do ano, o Governo guineense decidiu prolongar o estado de calamidade por mais 30 dias, até 25 de março.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.611.162 mortos no mundo, resultantes de mais de 117,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.


A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
ANG/Lusa

 

 

Caso Aly Silva/ Organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau exigem demissão de PGR e de ministro do Interior

 Bissau,11 Mar 21(ANG) - As organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau exigiram quarta-feira a demissão do Procurador-Geral da República, do ministro do Interior e do secretário de Estado da Ordem Pública e condenaram o rapto e espancamento do bloguista Aly Silva.

Num comunicado enviado à imprensa, o Espaço de Concertação, que junta 23 organizações da sociedade civil, exige a "responsabilização e exoneração dos titulares da pasta do Ministério do Interior e da Ordem Pública por falta de capacidade para garantir a segurança dos cidadãos guineenses".

Nomeadamente por, salientam, "falta de cumprimento sistemático das suas responsabilidades governativas", que podem pôr em causa a segurança pública.

As 23 organizações da sociedade civil exigem também a "demissão do Procurador-Geral da República, pela consequente inação e incapacidade de produzir ações que contribuam para o primado da lei em benefício da impunidade".

A sociedade civil guineense pede ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, para "garantir a paz, segurança e unidade nacional" e à Assembleia Nacional Popular para promover um debate de urgência sobre a segurança pública.

O comunicado alerta também a comunidade internacional para a "situação periclitante que o país vive nos últimos tempos, com cíclicas violações dos direitos humanos, nomeadamente o rapto e espancamento de cidadãos guineense, num ambiente de terror e impunidade".

A 23 organizações da sociedade civil salientam que a "liberdade de expressão é uma conquista dos cidadãos guineenses, um direito constitucional e que nenhuma pessoa ou entidade pública pode limitar ou pôr em causa o seu exercício".

O bloguista guineense Aly Silva foi sequestrado e espancado, na terça-feira, no centro de Bissau, tendo depois sido abandonado nos arredores da cidade, um caso denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Fonte do Ministério do Interior guineense contactada pela Lusa disse que soube deste incidente através daquela organização de defesa dos direitos humanos.

Em entrevista hoje à Lusa, Aly Silva denunciou que foi agredido a mando de "pessoas ligadas ao poder", associando-as diretamente ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

As organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.


Um dos casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), segunda força política do país e que integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.
ANG/Lusa

 

Comunicação social/Jornalista Aly Silva disse não ter dúvidas de que foram os elementos ligados ao poder que o mandaram sequestrar


Bissau,11 Mar 21(ANG) -
O jornalista disse que não tem elementos concretos para acusar alguém em especial, mas afirmou não ter dúvidas de que foram pessoas ligadas ao poder que o mandaram sequestrar, espancar e deixado desmaiado à beira rio, em Bissau.

Não tenho ideia, mas se o Presidente (da República) liga a ameaçar-me  cada vez que eu escrevo coisas, não posso acusar, mas posso pensar”, declarou Aly Silva, enumerando um conjunto de casos por si denunciados no seu blogue que, disse, possam estar a incomodar o poder político.

Fotos de aviões, avião que era suposto ir a Cabo Verde buscar o Alex Saab que eu pus no blogue e a América mandou retirar o avião daqui. A última foi o voo do Presidente de Cabo Verde, a Guiné-Bissau é que sustentou aquilo tudo”, exemplificou Aly Silva, sobre assuntos que abordou no seu blogue.

Depois de postar um artigo em que escreveu que foi o Estado guineense que havia custeado a viagem do Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, que no mês passado efetuou uma visita oficial a Bissau, o jornalista disse ter sido ameaçado pelo Presidente guineense.

Ele (Umaro Sissoco Embaló) ligou-me à noite a dizer que ia mandar pôr-me no lugar”, disse Aly Silva, realçando que não é o único guineense que recebe chamadas do género por parte do chefe de Estado.

A Lusa contactou a Presidência guineense para reagir a estas acusações, mas até ao momento não obteve resposta.

O jornalista disse que poderá ainda estar a ser atacado pela forma como critica a ingerência do Presidente do Senegal, Macky Sall, nos assuntos internos da Guiné-Bissau. 

“Nós estamos a viver um estado de terror, agora, imagina se as pessoas que gostam de mim saírem e apanharem o filho de um governante e espancarem”, referiu o jornalista, apelando às pessoas “para não entrarem por esse caminho”.

Não é a primeira vez que fui espancado, mas não façam isso”, exortou Aly Silva, mas realçando que o futuro próximo da Guiné-Bissau “não é risonho”.

Apesar das agressões, o jornalista diz que não pretende sair do país.

Em tempos escrevi que íamos começar a apanhar cadáveres nas ruas de Bissau, não tarda muito”, declarou o jornalista, que classifica o que lhe aconteceu como “acto cobarde, feito por canalhas”.

Aly Silva foi sequestrado e espancado, na terça-feira, no centro de Bissau, tendo depois sido abandonado nos arredores da cidade, um caso denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Fonte do Ministério do Interior guineense contactada pela Lusa disse que soube deste incidente através daquela organização de defesa dos direitos humanos.

Várias organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.

Um dos casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), segunda força política do país e que integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.ANG/LUSA

 

 

Caso Aly Silva/Parlamento da Guiné-Bissau condena ataque a bloguista e exige investigação

 Bissau,11 Mar 21(ANG) – A comissão permanente da Assembleia Nacional Popular  condenou quarta-feira o ataque ao bloguista guineense Aly Silva e exigiu às autoridades a sua investigação.

O parlamento guineense condenou com "veemência o rapto e o espancamento do cidadão, jornalista e bloguista António Aly Silva" e exige às "autoridades a adoção de medidas urgentes e apropriadas com vista à descoberta dos autores deste hediondo ato" e a sua entrega "à justiça", referiu uma deliberação enviada à Lusa, após uma reunião da comissão permanente.

O bloguista guineense Aly Silva foi sequestrado e espancado, na terça-feira, no centro de Bissau, tendo depois sido abandonado nos arredores da cidade, um caso denunciado pela Liga Guineense dos Direitos Humanos.

Fonte do Ministério do Interior guineense contactada pela Lusa disse que soube deste incidente através daquela organização de defesa dos direitos humanos.

Em entrevista hoje à Lusa, Aly Silva denunciou que foi agredido a mando de "pessoas ligadas ao poder", associando-as diretamente ao Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

As organizações da sociedade civil têm denunciado diversas violações dos direitos humanos contra ativistas, políticos, deputados e jornalistas e órgãos de comunicação social.


Um dos casos mais recentes foi o de dois ativistas políticos do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), segunda força política do país e que integra a coligação no Governo, que denunciaram publicamente terem sido espancados alegadamente por guardas da Presidência guineense, dentro do Palácio Presidencial, um caso a que o Ministério Público guineense ainda não deu seguimento, de acordo com a Liga dos Direitos Humanos.
ANG/Lusa

 


Caso Aly Silva/SINJOTECS condena  “atentado à liberdade de imprensa e de expressão” na Guiné-Bissau

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) – O Sindicato de Jornalistas e Técnicos de Comunicação Social (SINJOTECS) condenou, sem reserva, o que diz ser um “atentado a liberdade de imprensa e de expressão na Guiné-Bissau”, ao reagir a notícia sobre espancamento do jornalista António Aly Silva, ocorrido recentemente em Bissau..

A condenação foi tornada pública através de um comunicado à imprensa à que a ANG teve acesso esta quinta-feira.

“O SINJOTECS condenou com veemência mais um ato de terrorismo perpetrado contra  jornalistas. Dsta vez a vítima é Aly Silva, raptado e espancado por indivíduos hostis à liberdade de expressão e de imprensa, usando recursos supostamente estatal para tentar calar um cidadão amante da liberdade, curiosamente nas proximidades da praça de liberdade “Ché Guevara”, refere o comunicado.

O SINJOTECS, no mesmo documento, exige ao governo da Guiné-Bissau uma resposta com o dever e sentido do Estado sobre este ato que considera de terrorista, e exige, por outro lado, ao Ministério Público a abertura de uma investigação  para identificar e responsabilizar criminalmente os atores morais e materiais desse ato “infeliz”.

O mesmo sindicato manifestou a sua solidariedade para com António Aly Silva apontado como vítima de mais uma crueldade contra os que dedicam a causa democrática, reafirmando a sua luta na defesa da Liberdade de Imprensa e de expressão na Guiné-Bissau.

A organização da classe de jornalistas e técnicos da comunicação social alerta à  todas as forças vivas da Nação  sobre a necessidade de se posicionarem e lutarem   contra o que diz ser “atentados à liberdade de cidadão” e questiona  o silêncio da comunidade internacional face aos atentados à todos os valores das suas fundações.

 “Assistimos, sistematicamente, iniciativas antidemocráticas visando silenciar os cidadãos que remam a favor dos Direitos Humanos e Liberdade na Guiné-Bissau, com rapto e espancamento, com um total emudeço das autoridades cujo o papel é garantir a proteção e integridade física e moral dos seus cidadãos”, diz a nota.

Acrescenta que a Guiné-Bissau foi conquistada com sangue e suor, e que o objetivo primário desse sacrifício é a libertação do Povo, pelo que  não se pode questionar tais conquistas com crueza fundamentada na intolerância e incapacidade de lidar com a diversidade de opiniões ou de ideológicas
.

O jornalista e editor do Blogue mais lido do país- Ditadura de Consenso,  foi raptado e espancado nas periferias de Bissau,  denunciou o próprio.

Aly Silva admite ter sido torturado por elementos ligados ao poder.ANG/DMG/ÂC//SG  

Unicef/Pandemia atrasou desenvolvimento infantil e ameaça uma geração

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) – O UNICEF alerta que após um ano de pandemia, todos os indicadores que medem o desenvolvimento infantil e adolescente recuaram, um revés que anuncia um estigma duradouro para toda uma geração.

A agência da ONU sustenta que escolas fecharam, a pobreza cresceu, e que se registaram   mais casamentos forçados e depressão.

“Aumentou o número de crianças com fome, isoladas, abusadas, ansiosas, que vivem na pobreza e são forçadas a casar-se”, revelou Henrietta Fore, directora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), em nota divulgada no aniversário de um ano da declaração da pandemia de covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O acesso à educação, socialização e serviços essenciais, incluindo saúde, nutrição e protecção diminuiu. Os sinais de que as crianças carregarão as cicatrizes da pandemia nos próximos anos são inconfundíveis”, prosseguiu Fore na nota.

Diante de tais efeitos "devastadores", o conselho do UNICEF instou a colocar as crianças "no centro dos esforços de recuperação", em particular "priorizando escolas nos planos de reabertura".

O UNICEF citou uma série de números preocupantes em apoio às observações de Fore.

Embora a pandemia tenha atingido principalmente adultos mais velhos, crianças e adolescentes com menos de 20 anos respondem por 13% dos 71 milhões de casos de coronavírus relatados nos 107 países que forneceram dados específicos de idade.

Nos países em desenvolvimento, as projecções mostram um aumento de 15% na pobreza infantil. Entre seis e sete milhões de crianças a mais podem sofrer de desnutrição em 2020, um aumento de 14% que pode se traduzir em mais de 10.000 mortes adicionais por mês, principalmente na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

Para 168 milhões de alunos no mundo, as escolas estão fechadas há quase um ano. Um terço deles não tem acesso a educação online.

Como resultado do encerramento de escolas e da pior situação económica, a pandemia também pode levar ao casamento de 10 milhões de crianças até 2030, somando-se às 100 milhões de meninas já consideradas em risco de casamento até então.

Além disso, pelo menos uma em cada sete crianças ou adolescentes passou a maior parte do último ano sob ordens de confinamento, aumentando a ansiedade, a depressão e o isolamento.

O coronavírus também tem causado a suspensão das campanhas de vacinação contra outras doenças, como o sarampo, em 26 países, elevando as ameaças à saúde dos não imunizados.ANG/Angop

 

 


Caso Aly Silva
/Partido da Renovação Social condena  “rapto e  espancamento”  do jornalista

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS) condenou quarta-feira através de um comunicado à imprensa, o acto de rapto e de espancamento  do jornalista e bloguista António Aly Silva, em plena luz do dia 09 do mês em curso nos arredores de  Bissau.

O PRS, através de mesmo comunicado, descreveu que  tem registado algumas apreensões e práticas que configuram autênticas mordaças à liberdade de expressão e  de imprensa, que é de conhecimento de todos e que ambos constituem pedras basilares de qualquer processo democrático.

“O PRS, apesar de perder mortalmente um dos seus militantes numa manifestação pública recente, não deixa de condenar veementemente actos de justiça privada, iniciativas que não se enquadram nos ideais da nossa filosofia política”, lê-se no comunicado.

O Partido da Renovação Social (PRS) apela as instâncias judiciais para que neste  e outros casos de má memórias, promova investigações para o apuramento cabal dos factos, a fim de serem encontrados e responsabilizados judicialmente, os respectivos mandantes.

Segundo o PRS ,  factos destes géneros comprometem a imagem da democracia guineense assim como do país.

Aly Silva jornalista de profissão e editor do Blogue “Ditadura de Consenso”, tido como o blogue mais lido do país, diz acreditar que fora espancado por elementos ligados ao poder.

“Cortaram a minha língua mas não cortaram tudo. Vou continuar a fazer o meu trabalho”, declarou em entrevista a agência Lusa. ANG/LLA/ÂC//SG

   

Covid-19/Após Austria, mais cinco países suspendem toma da vacina da astrazeneca

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) - Dinamarca é o mais recente país a suspender a administração da vancina da AstraZeneca, depois de na Áustria uma enfermeira ter morrido após ter sido inoculada.

Este fim de semana, a Áustria anunciou a suspensão da administração de um lote da vacina da Astrazeneca, por precaução, na sequência da morte de uma enfermeira e de outra pessoa que ficou doente, na mesma altura, após tomar uma vacina de um mesmo lote.

A mulher, de 49 anos, morreu em resultado de problemas graves no âmbito da coagulação sanguínea; enquanto a outra utente, de 35 anos de idade, desenvolveu uma embolia pulmonar.

Depois disso, refere o Guardian, mais duas pessoas foram diagnosticadas com embolia pulmonar após a administração da vacina.

Agora, cinco outros países, nomeadamente, a Dinamarca, Estónia, Lituânia, Luxemburgo e Letónia suspenderam a sua utilização para dar tempo ao Comité de Avaliação dos Riscos em Farmacovigilância (PRAC) da EMA para conduzir uma investigação.

A Agência Europeia do Medicamento refere que uma avaliação preliminar mostrou que o lote de vacinas utilizadas na Áustria não era susceptível de ser culpado pela morte da enfermeira. Afirma também não existirem, actualmente, provas de que a vacina tenha causado as condições apresentadas nas restantes doentes, dado que a trombose não está listada como um potencial efeito secundário da vacina.

A vacina em causa pertencia a um lote rotulado ABV5300, que incluía um milhão de doses e foi entregue em 17 países da UE.ANG/Angop

 

 

Óbituário/Ministério do Interior lamenta  desaparecimento físico do Comandante Manuel Saturnino da Costa

Bissau, 11 Mar 21 (ANG) – O Ministério do Interior lamentou  quarta-feira a morte do  combatente da liberdade da pátria, comandante Manuel Saturnino da Costa, vítima de doença prolongada.

A informação vem expressa numa nota à imprensa enviada à ANG, na qual o Ministério indica ter tomado conhecimento da morte  daquele que foi também ministro do Interior, coronel de Forças  Armadas Revolucionária de Povo (FARP)  e primeiro- ministro.

A nota refere que o malogrado desempenhou várias funções de destaque no aparelho de Estado da Guiné-Bissau, nomeadamente, a de Comissário de Estado para a Segurança Nacional entre 1980 e 1981, e que serviu como primeiro-ministro entre 1994 e 1997, funções que desempenhou sempre com “competência, abnegação zelo, rigor e lealdade”, ao serviço do povo guineense.

“Manuel Saturnino da Costa destacou-se entre os seus camaradas da luta pela independência da Guiné e Cabo Verde, pela sua bravura, como um homem de rigor, de ordem, disciplina e respeito aos princípios do Estado”, refere o  comunicado.

O Ministro do Interior, em seu nome e em nome do Ministério roga à Deus que console a sua família neste momento de dor e sofrimento e conceda ao malogrado o eterno descanso.

Manuel Saturnino Costa faleceu quarta-feira, em Bissau, numa clínica privada, vítima de doença prolongada.ANG/JD/ÂC//SG