terça-feira, 17 de setembro de 2024

Legislativas AntecipadasGTAPE anuncia atualização de  928.187  eleitores para  próximas eleições

Bissau, 17 Set 24 (ANG) – O  Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), anunciou que o processo de atualização dos cadernos eleitorais e  de novos recenseados permitiu o registo de  928.187 eleitores.

O número foi avançado hoje em conferência de imprensa, pelo Diretor-geral do GTAPE, Gabriel Gibril Baldé,no balanço final do processo de actualização dos cadernos eleitorais, iniciado em Março do ano em curso e que terminou hoje com a entrega dos Cadernos Eleitorais à Comissão Nacional de Eleições(CNE).

O processo serviu não só para os cidadãos que completaram 18 anos estarem inscritos nos cadernos eleitorais, após o  recenseamento de 2023, mas também para normalização da situação daqueles que mudaram de residências e os que perderam os seus cartões do eleitor.

Na ocasião, Gabriel Baldé indicou que na região de Tombali foram atualizados um total de  49.862 mil eleitores, enquanto que na região de Quinará o processo de actualização atingiu a  38.172 eleitores.

Na região de Oio, de acordo com o DG do GTAPE foram recenseados 124.864 eleitores, na região de Biombo foram registados 67.665 eleitores enquanto que em Bolama Bijagós foram registados 19.575 eleitores.

Na região de Bafatá foram recenseados 118.311 eleitores, em Gabu foram atualizados um total de  116.630 eleitores e na região de Cacheu foram registados 102.534 cidadãos.

Para a Diáspora África, o Director-geral do GTAPE disse que foram registados no Senegal um total de 11.684 cidadãos, na Gâmbia , 3.831 eleitores,  na Guiné-Conacri, 2.282 eleitores, em Cabo Verde, 2.970, Mauritânia, 733 mil, totalizando 13.682 eleitores para o Circulo 22 que corresponde a Diáspora africana.

Sobre o  Circulo 23, que corresponde a Diáspora-Europa, Gabriel Gibril Baldé disse que em Portugal foram registados 11.717 eleitores, em Espanha, 2.266 cidadãos, França, 4.054 eleitores, Inglaterra, 2.108 pessoas, em Benelux(Bélgica, Luxemburgo e Holanda), foram registados um total de 1.800 eleitores, na Alemanha,  723 cidadãos.

Informou que no Círculo 23, foram registados um total de 22.668 cidadãos eleitores.

“O total geral da Diáspora África e Europa é 44.168 eleitores”, salientou o DG do GTAPE.

Aquele responsável disse que no Sector Autónimo de Bissau, concretamente no Círculo 24, foram registados 21.272 eleitores, no Círculo 25-  53.179 cidadãos, no Círculo 26 - 26.806 eleitores, no Circulo 27 - 28.662 pessoas, no Circulo 28 - 43.206 eleitores e no Circulo 29 - 73.275 no total, sendo que o total dos inscriros no SAB é de  246.400 cidadãos eleitores. ANG/ÂC//SG

                                                           

Legislativas antecipadas/Diretor-geral de GTAPE entrega ficheiros de atualização de cadernos  eleitorais à CNE

Bissau, 17 Set 24 (ANG) – O Diretor-geral  do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) procedeu hoje a entrega formal dos ficheiros de atualização de cadernos eleitorais ao Presidente da    Comissão Nacional de Eleições(CNE) .

Mpabi Cabi, após a receção dos  cadernos eleitorais disse  que cabe agora à  CNE  divulgar nos órgãos de informação o mapa com os resultados globais do recenseamento, particularmente da atualização do recenseamento, conforme previsto na Lei Eleitoral (artº 30 nº 4).

"Quero deixar patente de que, este ato singelo, revestido de suma relevância, concernente a entrega de ficheiros de cadernos eleitorais, em observância as disposições legais, previstas nos números 2 e 3 do artº 30 da lei 11/2013 de 25 de Setembro – Lei de Recenseamento Eleitoral é um testemunho inequívoco do significativo passo dado para traduzir em realidade as eleições legislativas antecipadas de 24 de Novembro próximo", disse Cabi.

Mpabi Cabi  prometeu  que a CNE vai fazer  tudo o que estiver ao seu alcance para, mais uma vez, assegurar os “princípios de valores da integridade eleitoral”.

Por seu turno, o Diretor-geral de GTAPE Gabriel Djibril Baldé, disse que independentemente de haver eleições ou não, as atualizações são feitas em todos os anos entre os meses de Janeiro, Fevereiro e Março, para que possam constar nos cadernos os cidadãos que completam 18 anos depois da última atualização.

"Temos cumprido a missão de primeira atualização de cardenos eleitorais e hoje estamos a entregar estes cadernos à Comissão Nacional de Eleições, para que possam prosseguir os trabalhos, conforme a legislação dit. Trabalhamos sempre de mãos dadas com a CNE, e agradecemos muito a colaboração desta instituição, que por lei é fiscalizadora dos atos de recenseamento e das atualizações feitas pelo GTAPE", disse Djibril Baldé.

Aproveitou a ocasião para pedir ao Governo a contratação de mais  recursos humanos para a manutenção permanente dos equipamentos do GTAPE que diz se encontrarem  em condições degradantes, para que possam ter vida útil para os próximos processos de atualização de cadernos eleitorais.

“O GTAPE conta de momento com apenas  dois funcionários efetivos,  e o resto são todos contratados que depois de cada  processo, todos voltam a procedência”, disse.ANG/MI/ÂC//SG 


Sociedade
/INE lança  Cartografia Piloto para Recenseamento da População e Habitação

Bissau, 17 Set 24(ANG) – O Instituto Nacional de Estatística (INE) procedeu esta,  terça-feira, ao lançamento oficial da  Cartografia Piloto  para o Recenseamento  da  População e Habitação.

Na cerimónia, o Diretor-geral do Plano e Interação Regional Issa Jandi disse que este processo se iniciou com a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento e  que vai  permitir ter dados fiáveis para elaboração de projetos de desenvolvimento do país, no horizonte 2024/2034.

Jandi garantiu que, com o termino da cartografia piloto, o INE vai iniciar o Recenseamento da População e Habitação.

Durante um mês, destinado a cartografia piloto, os técnicos do INE vão textar os equipamentos em locais e condições diferentes, segundo explicações do diretor de serviço de estatística demográfica social, e responsável para a Demografia ,Osvaldo Cristo João Mendes

 Afirmou que a Cartografia propriamente dita começa em Outubro e terá a duração de quatro meses no terreno para corrigir todas as dificuldades encontradas.

Osvaldo Cristo João Mendes disse que têm 30 cartógrafos, 10 supervisores, 07 supervisores da Tecnologia Informação e Comunicação(TIC) e a equipa de seguimento no terreno e equipa de seguimento informático para  controlar os trabalhos em tempo real  através dos servidores.

“O objetivo é  recensear todos os centros de saúde, hospitais, escolas, casas e fontenários públicos, estradas, edifícios públicos, mercados e outros imóveis que serão georeferenciados em todo o território nacional com três cores verde, amarelo e vermelho”, disse João Mendes..

Acrescentou que ainda serão recenseados os modelos de construção das casas, desde adobe, taipe e de blocos, se tem água potável, eletricidade ou não, como tratam os lixos, como cozinha, se na lenha, no fogão à gás, ou fogareiro.

Em relação ao Censo, Osvaldo Mendes disse que vai ser recenseado toda a população  existente no país, desde crianças, adolescentes, homens, mulheres,os recém-nascidos , os estrangeiros e os deslocados.

Mendes lembrou que o primeiro Censo feito na Guiné-Bissau decorreu em 1979, o segundo em 1991, o terceiro em 2009 e este quarto será em 2025.

O projeto é financiado pelo Fundo das Nações Unidas para População(FNUAP)  e o  INE vai cuidar da parte técnica. ANG/JD//SG

Reuno Unido/Países lusófonos melhoram nas classificações de relatório sobre estado da democracia

Bissau,  17 Set 24(ANG) - A maioria dos países lusófonos registou progressos nas avaliações feitas pelo Relatório Global sobre o Estado da Democracia 2024, publicado hoje, com destaque para o Brasil, apesar da turbulência criada nas eleições presidenciais de 2022. 

O estudo, publicado hoje pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), refere como os tribunais sancionaram o ex-Presidente Bolsonaro devido às tentativas para se manter ilegalmente no poder e por fazer alegações infundadas contra o sistema de votação eletrónica do país. 

Apesar de o estudo registar um declínio em vez de uma melhoria no desempenho democrático global há oito anos consecutivos a nível mundial, o país sul-americano é visto como um exemplo onde as eleições mostraram capacidade para "reforçar a democracia face à adversidade".

O Brasil verificou melhorias nos quatro parâmetros usados pelos autores do relatório, subindo cinco lugares na classificação relativa à Representação política para o 42.º, subiu 17 para 63.º em Direitos civis, ascendeu 38 posições para a 53.ª em Estado de Direito e galgou 29 lugares em Participação política e civil, chegando à 4.º posição num total de 173 países.

O relatório referiu Angola num grupo de países com progressos em matéria de ausência de corrupção, juntamente com a Bulgária, Quénia e Maldivas.

Mesmo assim, constatou pouca alteração nos diferentes parâmetros em 2023 relativamente ao ano anterior, retendo o 121.º lugar no 'ranking' de Representação, subindo um lugar tanto em Direitos (119.º) e Estado de Direito (118º) e três em Participação (134.º).

Os autores do relatório referem o "entusiasmo" criado pela emergência de uma nova geração de líderes políticos em Moçambique e Senegal, "tendo em conta o fosso extremo entre a demografia da sociedade e a demografia dos atuais chefes de Estado e de Governo em África".

Moçambique observou alguma deterioração pois, apesar de manter o 118.º lugar no 'ranking' em Representação, desceu quatro posições para a 121ª. em Direitos, caiu nove para 116º. na classificação geral sobre Estado de Direito e desceu três para 129.º em Participação.

No Relatório hoje publicado, que analisa os dados relativos a 2023, Cabo Verde está entre os 32 países, juntamente com Portugal, que registaram um retrocesso na eficácia do parlamento nos últimos cinco anos. 

Apesar de se considerar que tem um desempenho elevado, tal como Portugal, o país africano tem vindo a deteriorar o desempenho neste índice.

Nos diferentes parâmetros, Cabo Verde subiu três lugares em Representação para 32.º, manteve-se em 54.º em Direitos, desceu um para 49.º em Estado de Direito e subiu três em Participação (120.º).

A Guiné-Bissau subiu um lugar em Representação (112.º), dois em Direitos (129.º) e Estado de Direito (137.º) e três em Participação (66.º)

Timor-Leste sobressai no relatório como tendo feito progressos gerais no desempenho democrático, com destaque para a taxa de participação eleitoral média de 79%, valor elevado apesar de o voto não ser obrigatório.

O país asiático subiu cinco lugares no critério de Representação política (51.º), quatro em Direitos (95.º), dois em Estado de Direito (65.º) e sete em Participação (79.º)

A Guiné Equatorial também observou melhorias, subindo dois lugares em Representação (144.º), manteve o 163.º em Direitos, ascendeu seis em Estado de Direito (157.º) e cresceu três em Participação (161.º). 

O Relatório Global sobre o Estado da Democracia, é produzido anualmente pelo Instituto Internacional para a Democracia e Assistência Eleitoral (International IDEA), com sede em Estocolmo. 

Segundo o estudo mais recente, 2023 foi o oitavo ano consecutivo em que mais países apresentaram um declínio em vez de uma melhoria no desempenho democrático global, a queda consecutiva mais longa em 48 anos.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Lisboa/Portugal lamenta incidente com repórter da Lusa na Guiné-Bissau

Bissau, 17 Set 24(ANG) - O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse hoje que o país lamenta o incidente com o repórter da Lusa na Guiné-Bissau, no domingo, e toma "boa nota das diligências efetuadas" e do pedido de desculpas do Presidente guineense ao jornalista.

Em resposta a questões enviadas pela Lusa, o ministério liderado por Paulo Rangel afirmou que "Portugal lamenta este incidente, apresentou a sua posição às autoridades da Guiné-Bissau e toma boa nota das diligências efetuadas, que produziram já resultados, desde logo o facto de o Presidente da República da Guiné-Bissau ter telefonado ao repórter de imagem a pedir desculpa pelo que aconteceu".

"Tendo tido conhecimento de que o repórter de imagem da Lusa em Bissau terá sido atacado por elementos da Polícia de Intervenção Rápida, o Ministério dos Negócios Estrangeiros rapidamente iniciou diligências a vários níveis com as autoridades para apurar factos e exigir um esclarecimento cabal sobre o ocorrido", sublinha o MNE.

O repórter de imagem da Lusa em Bissau, Júlio Oliveira, foi abordado por elementos da Polícia de Intervenção Rápida, domingo, pelas 18:20 locais, quando estava a filmar uma caravana de apoio a um político guineense.

Além de um agente o ter atingido com um murro nas costas, a polícia forçou o repórter a apagar as imagens que tinha recolhido e tentou obrigar o jornalista da Lusa a entrar numa carrinha para ser conduzido a uma esquadra, o que acabou por não acontecer.

A Direção de Informação da Lusa expressou hoje a sua veemente condenação à agressão do repórter, adiantando que tomou medidas a nível oficial.

Numa nota hoje emitida, a Direção de Informação da Lusa – Agência de Notícias de Portugal afirmou estar "chocada com a agressão inesperada e inexplicável" ao seu repórter de imagem, quando este fazia uma reportagem sobre a chegada do presidente da Assembleia Nacional Popular, Domingo Simões Pereira.

"Este tipo de procedimentos não pode deixar de merecer a mais veemente condenação da Direção da Lusa, encontrando-se em violação dos mais elementares princípios da liberdade de informação e de imprensa, bem como do estado de direito", refere, salientando a gravidade do incidente e acrescentando que tomou "de imediato as medidas tidas por convenientes a nível oficial mal tomou conhecimento dos factos ocorridos".

"[A DI] expressou pessoalmente ao jornalista sua solidariedade, tendo-se disponibilizado a dar todo o apoio que necessite", refere-se na mesma nota.

A agressão de que foi alvo o repórter de imagem Júlio Oliveira foi também hoje condenada de forma veemente pelo Conselho de Redação da Lusa que, em comunicado, manifestou a sua total solidariedade para com o camarada, condenando a atitude da polícia.

"Os membros eleitos do Conselho de Redação condenam nos termos mais enérgicos a agressão de que foi vítima o nosso camarada, a quem manifestam total solidariedade, e deploram a ação da polícia para impedir o livre exercício do jornalismo no país", sustenta.

A equipa de edição da Lusofonia e África da Lusa emitiu também hoje uma nota em que "condena e lamenta a agressão" ao jornalista.

"Nunca é demais recordar as condições de extrema pressão em que muitos jornalistas nossos, sobretudo os contratados locais, trabalham, com ataques à liberdade de imprensa e, como ficou patente no caso de domingo, vítimas de violência física no exercício da sua profissão".

Numa referência aos incidentes que tiveram por alvo Júlio Oliveira, o presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau sublinhou no domingo a anormalidade de situação que o seu país vive.

“Eu cheguei e estava convencido que estava tudo normal. De repente, dou conta de que há bloqueios de acesso às pessoas ao aeroporto. Há jornalistas que foram agredidos, há jornalistas aos quais foram subtraídos os materiais que tinham utilizado para o seu trabalho”, observou Simões Pereira.

ANG/Inforpress/Lusa

 

    Portugal/Incêndios: Número de mortos desde domingo sobe para quatro

Bissau, 17 Set 24(ANG) - Uma idosa que tinha a casa numa zona de fogo em Almeidinha, Mangualde, morreu durante a noite de doença súbita, confirmou hoje à Lusa fonte da Proteção Civil, elevando para quatro o número de vítimas mortais dos incêndios.

Segundo fonte do Comando Sub-Regional Viseu Dão Lafões, a habitação não ardeu.

A morte desta idosa, cuja idade não foi indicada, eleva para quatro o número de mortos nos incêndios rurais que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país e que provocaram ainda 40 feridos.

Na segunda-feira as autoridades tinham anunciado duas mortes no contexto dos incêndios: uma pessoa carbonizada e outra que sofreu um ataque cardíaco.

Na noite de domingo tinha igualmente morrido um bombeiro de doença súbita quando combatia as chamas em Oliveira de Azeméis.

Num balanço relativo às 01:30 (23:30 em Cabo Verde), a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil de Portugal disse que a maioria dos feridos (33) eram bombeiros destacados para combater as chamas, sendo os restantes civis, que sofreram queimaduras ou foram vítimas de inalação de fumos ou intoxicação.

Pelo menos 27 incêndios continuavam activos em Portugal continental esta madrugada.

A Protecção Civil estima que arderam pelo menos 10 mil hectares na Área Metropolitana do Porto e na região de Aveiro.

As chamas chegaram de forma significativa aos distritos do Porto, em Gondomar, de Braga, em Cabeceiras de Basto, de Viseu, em Penalva do Castelo e Nelas, e de Castelo Branco, em Louriçal do Campo. O distrito de Aveiro foi o centro dos maiores focos de incêndio, em Oliveira de Azeméis, Sever do Vouga, Albergaria-a-Velha e Águeda.

O Governo português alargou até quinta-feira a situação de alerta devido ao risco de incêndios, face às previsões meteorológicas, e anunciou a criação de uma equipa multidisciplinar para lidar com as consequências dos fogos dos últimos dias, com sede em Aveiro e coordenada pelo ministro português Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. ANG/Inforpress/Lusa

 

Israel/ Governo anuncia expansão da guerra ao Hezbollah na fronteira com o Líbano

Bissau, 17 Set 24 (ANG) - Ao mesmo tempo que os esforços internacionais continuam para encontrar um cessar fogo entre Israel e a Faixa de Gaza, as autoridades israelitas vieram hoje dizer que vão expandir a guerra a alvos do Hezbollah, na fronteira Norte com o Líbano.

As autoridades israelitas decidiram durante esta noite expandir os objectivos da guerra contra ao Hamas e adicionar aos seus objectivos a aniquilação também do Hezbollah, em nome da segurança dos seus cidadãos que vivem no Norte do país junto à fronteira com o Líbano.

Mesmo se não há qualquer guerra formalmente declarada, as trocas de tiros entre tropas israelitas e o Hezbollah já fizeram centenas de pessoas no Líbano, assim como dezenas de israelitas entre militares e civis. Este conflito, paralelo à invasão da Faixa de Gaza, fez ainda milhares de deslocados tanto no Líbano como em Israel.

Benjamin Netanyahu quer "uma mudança fundamental" na segurança de Israel no Norte do país, com múltiplos ataques a terem acontecido este fim de semana e já no início desta semana. Para o primeiro-ministro, o objectivo é que estes deslocados voltem às suas casas no lado de Israel.

Este desenvolvimento no conflito do Médio Oriente acontece ao mesmo tempo que Anthony Blinken, Secretário de Estado dos Estados Unidos da América, está de novo nesta região do Mundo para tentar mais um esforço um possível cessar-fogo. Blinken estará esta semana no Egipto de forma a continuar as negociações entre Hamas e o Governo de Israel. ANG/SG

Chade/Mais de mil mortos nas inundações na África Central e Oriental, quase metade no Chade


Bissau, 17 Set 24(ANG) - O número de mortos nas inundações causadas por chuvas torrenciais no Chade desde o final de julho subiu para 487, quase metade de mais de um milhar de vítimas mortais das cheias na África Central e Oriental.

De acordo com informações divulgadas hoje pelas autoridades do Chade à agência de notícias EFE, só na última semana o Chade registou 146 mortes resultantes das inundações.

Na Nigéria, o número de mortos também aumentou de 259 para 269, e mais de 640.000 pessoas tiveram de deixar as suas casas, informou hoje a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

“Até à data, registámos 487 mortes relacionadas com as cheias e quase 1,7 milhões de pessoas afetadas (...). É um número alarmante e estamos a pedir ajuda aos parceiros do Chade”, disse à EFE o vice-presidente do Comité Nacional de Prevenção e Gestão de Cheias, Mahamat Assileck Halata, confirmando os dados divulgados na passada sexta-feira pelas Nações Unidas.

De acordo com Halata, as chuvas destruíram 200 mil casas e mais de 355 mil hetares de terras agrícolas, enquanto 66 mil cabeças de gado foram perdidas num fenómeno que afetou 117 dos 120 departamentos do país.

As zonas onde se registaram mais mortes são as províncias de Logone Est e Mayo-Kebbi Ouest, no sul do país, e Ouaddaï e Wadi Fira, no leste, embora a província de Lac (oeste) tenha o maior número de pessoas afetadas pela catástrofe.

“Todos os campos estão inundados. As nossas colheitas estão a apodrecer na água. Esta situação não augura nada de bom para o dia de amanhã: se as pessoas não colherem o que semearam, haverá fome nos próximos meses”, lamentou Jonas Masra, um habitante da cidade de Sarh, na província de Moyen-Chari (sul), também em declarações à EFE.

Para além do Chade, há meses que chuvas fortes atingem vários países da África Ocidental e Central, incluindo a Nigéria, a República Democrática do Congo (RDC), a República Centro-Africana (RCA), o Togo, a Costa do Marfim, a Libéria, o Níger e o Mali.

Esta situação agrava as circunstâncias de uma população já vulnerável devido à pobreza crónica, ao subdesenvolvimento, aos conflitos e à instabilidade política.

Segundo números divulgados também hoje pela agência de notícias Bloomberg, as cheias numa faixa da África Central e Ocidental e Ocidental deixaram sem casa pelo menos 2,9 milhões de pessoas, além de estarem a devastar as colheitas numa região que já tem falta de alimentos e assolada pela insegurança.

As fortes chuvas na metade ocidental da zona semi-árida do Sahel zona semi-árida do Sahel, que faz fronteira com o deserto do Saara de África, é provável que se mantenham, de acordo com a Rede de Sistemas de Alerta Precoce contra a Fome.

O dilúvio deste ano - que coincide com uma época crucial para as colheitas - é atribuído ao aquecimento global pelos especialistas.

Uma grande parte do Sara receberá mais de 500% da sua precipitação normal de setembro, segundo o bloguer Severe Weather Europe, que publica previsões meteorológicas.

O Grupo Internacional de Salvamento descreveu as inundações na região como as piores em 30 anos e as estimativas do Centro de Riscos Climáticos da Universidade da Califórnia, em Santa Barbara mostram que grandes extensões do Mali e da Mauritânia e da Mauritânia registaram os níveis de precipitação mais elevados de que há registo nos primeiros dez dias de setembro, segundo a Bloomberg. ANG/Inforpress/Lusa

 

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Comunicação Social/  Repórter da Lusa agredido e obrigado a apagar imagens

Bissau, 16 Set 24 (ANG)  - Um repórter de imagem da Agência Lusa foi agredido pelas forças de defesa e segurança no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, no domingo(15),  enquanto cobria a chegada a Bissau do presidente do Parlamento e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, noticiou a DW-África.


Segundo as informações da DW, citando as testemunhas e o próprio jornalista, um dos agentes desferiu-lhe um murro nas costas e  além da agressão, o repórter foi obrigado a apagar as imagens captadas durante o evento.

Outros agentes, conforme a mesma publicação,  tentaram conduzir o jornalista para uma viatura da polícia, com a intenção de o levar à esquadra, mas tal não chegou a concretizar-se.

A DW diz que a situação foi testemunhada por vários repórteres guineenses, que expressaram indignação pelo ocorrido.

Contactado pela DW, o Ministério do Interior da Guiné-Bissau ainda não havia se  pronunciado sobre o caso.

O incidente com o repórter da Lusa é o mais recente de uma série de ataques contra jornalistas no exercício das suas funcões ocorridos no país.ANG/DW-Africa

   CS/Sindicato insta jornalistas a respeitar lei de imprensa e Constituição

Bissau, 16 Set 24(ANG) - A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social(Sinjotecs) Indira Correia Baldé instou os profissionais do país a terem “um maior compromisso com a lei de imprensa e a Constituição do país”.

Indira Correia Baldé sublinhou que são os profissionais da comunicação social que fazem a opinião pública.

Em declarações à agência de notícias Lusa, no sábado, a presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social da Guiné-Bissau explicou que o país atravessa um momento que exige dos profissionais de comunicação um maior compromisso com a lei de imprensa e com a Constituição do país.

“O momento exige de todos nós maior atenção, maior sacrifício e maior compromisso com a Lei de Imprensa, com a Constituição da República da Guiné-Bissau, com o Estatuto do Jornalista, com tudo o que é exigível para fazermos uma informação de qualidade, uma informação ao serviço do povo”, referiu.

Indira Correia Baldé reconheceu as dificuldades que a classe vive neste momento, com ameaças à liberdade de imprensa, sublinhado, porém que os profissionais saberão estar à altura dos desafios.

“É para isso que estamos à frente do sindicato. É para isso que vamos continuar a lutar. Haverá sempre dificuldades. Estamos a viver em dificuldades. A liberdade de imprensa e de expressão está com ameaças. Mas penso que com a luta, com a unidade, vamos vencer”, garantiu.

A presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social  disse  ainda que “o povo espera muito dos profissionais da comunicação social. Nós é que fazemos a opinião pública”. ANG/RFI

            Tempestade Boris semeia a destruição na Europa Central

Bissau, 16 Set 24 (ANG) - Chuvas torrenciais, inundações impressionantes e evacuações em massa: a tempestade Boris semeia a destruição na Europa Central e o balanço das vítimas subiu para pelo menos sete mortos e vários desaparecidos.

Danos consideráveis e inundações catastróficas na República Checa, Eslováquia, Polónia, Áustria e Roménia. A tempestade Boris provocou ainda, nestes países, cortes maciços de electricidade, falhas na rede de transportes e evacuações em massa. 

Para já, o balanço das vítimas mortais é de sete. Na Roménia subiu para cinco o número de mortos, uma pessoa afogada na Polónia e um bombeiro morto na Áustria. Além disso, quatro pessoas estão dadas como desaparecidas na República Checa.

As imagens das inundações são impressionantes, bairros inteiros inundados, ruas submersas, habitantes resgatados com água até ao peito na Roménia, barreiras de areia para tentar limitar a subida das águas e pessoas refugiadas em escolas.

Na Roménia, a região mais afectada é a de Galati, sudeste, onde milhares de casas foram atingidas.

O tráfego ferroviário entre a Polónia e a República Checa foi cortado e milhares de pessoas foram retiradas de ambos os lados da fronteira.

A situação é particularmente grave no nordeste da República Checa, onde grande parte da cidade de Opava foi evacuada devido ao transbordo do rio Opava. França

Os fornecedores de electricidade checos informaram este domingo de manhã, 15 de Setembro, que 260.000 lares estavam sem electricidade devido às inundações.

Na Áustria, o tráfego ferroviário foi interrompido na noite de sábado para domingo em parte do país. Os jogos da Bundesliga de futebol foram cancelados.

Três linhas do metro de Viena foram parcialmente encerradas, uma vez que a rede estava ameaçada pelo rio Wien e pelo canal do Danúbio, que atravessam a capital austríaca. Foram erguidas barreiras de areia dentro dos túneis.

A região mais afectada pela tempestade na Áustria, a Baixa Áustria (nordeste), foi classificada como zona de catástrofe natural. Com 1,72 milhões de habitantes, é a segunda região mais populosa do país, a seguir a Viena.

Já em 2022, num mundo que enfrenta um aquecimento médio de 1,5°C, especialistas climáticos do IPCC, alertavam para o aumento das inundações causadas por fortes chuvas na Europa Central e Ocidental.ANG/RFI

        Sudão do Sul /Transição política prolongada e eleições adiadas

Bissau, 16 Set 24 (ANG) - O Sudão do Sul, numa reunião da presidência, o Presidente Salva Kiir e os seus cinco vice-presidentes, decidiram adiar as eleições por mais dois anos, ou seja para Dezembro de 2026.

O anúncio foi feito no sãbado à noite no Facebook do presidente Salva Kiir.

O governo do Sudão do Sul, Inicialmente previstas para Dezembro de 2024, as eleições, que deveriam pôr fim ao período de transição previsto pelo acordo de paz de 2018, vão agora realizar-se em Dezembro de 2026. A confirmar-se este será o primeiro escrutínio no país mais jovem do mundo. As eleições que já tinham sido adiadas por dois anos em 2022.

Na sua página de Facebook, o Presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, "anunciou uma extensão de dois anos do período de transição, bem como o adiamento para 22 de Dezembro de 2026 das eleições, inicialmente previstas para Dezembro de 2024".

A presidência sul-sudanesa justifica a necessidade de mais tempo para implementar "tarefas críticas" do acordo de paz. O ministro dos Assuntos do Gabinete, Martin Elia Lomuro, sublinhou que o adiamento vai ao encontro das "recomendações das instituições eleitorais e do sector da segurança", bem como das "tarefas cruciais pendentes, necessárias para o bom andamento das eleições".

De facto, a comissão que supervisiona a implementação do acordo de paz salientou no último relatório que "não estão reunidas as condições para que possam ocorrer eleições livres, justas e credíveis". A Constituição permanente do Sudão do Sul ainda não foi redigida, e as forças armadas unificadas continuam largamente inoperantes. Além disso, faltam os financiamentos necessários para a realização das eleições.

O acordo de paz que, em 2018, pôs fim a cinco anos de uma guerra civil devastadora - que provocou mais de 400.000 mortos e milhões de deslocados -, estabeleceu o princípio de um governo de união nacional, integrando os dois rivais que mergulharam o país no caos, Salva Kiir e Riek Machar, respectivamente nos cargos de presidente e primeiro vice-presidente.

Este governo tinha como missão aplicar o acordo - que prevê, entre outras coisas, a unificação das forças armadas e a redacção de uma Constituição permanente para o país - e realizar uma transição que culminasse em eleições. O mandato inicial era de 30 meses. ANG/RFI

 

 Nigéria/ Inundações em Maiduguri causam 1,1 milhão de deslocados

Bissau, 16 Set 24 (ANG) - Milhares de casas foram submersas pela rápida subida das águas provocada pela ruptura da barragem de Alau, no rio Ngadda, a 20 quilómetros a sul de Maiduguri, nordeste da Nigéria, após um fim-de-semana de chuvas torrenciais. Equipas de socorro falam em 1.1 milhão de pessoas afectadas.

Barkindo Mohammed, director-geral da agência local de socorro, a Agência Estatal de Gestão de Emergências (SEMA), estima que "as inundações tenham deslocado 1,1 milhão de pessoas", mas acrescenta que os dados ainda estão a ser compilados.

Oito campos foram instalados pelas autoridades para acolher as pessoas deslocadas pelo desastre.

De acordo com o balanço provisório divulgado na quarta-feira, 11 de Setembro, pelos serviços de socorro, "pelo menos 30 pessoas" morreram devido às inundações – as piores dos últimos 30 anos, avançou a agência das Nações Unidas para os refugiados na Nigéria.

Ao microfone de Abdoulaye Issa, Fatima Muhammad Habib, da ong Advocacy for Human Value Foundation, sublinha as dificuldades nas operações de socorro:

Hoje, alguns dias após a inundação, estamos com sérias dificuldades nas operações de socorro. Temos mais pedidos de ajuda do que aqueles que conseguimos responder.

Conseguimos retirar alguns carros que estavam presos, mas os meios de que dispomos, como os camiões, não conseguem chegar a determinadas áreas muito estreitas.

Temos outro problema: há demasiada gente, mesmo quando conseguimos resgatar pessoas presas, não temos onde as colocar. Onde acolher as vítimas do desastre? As escolas ou os estabelecimentos reservados estão lotados.

Além disso, há fome, os hospitais permanecem fechados devido às inundações e à superlotação, e há escassez de produtos, porque a força das águas levou tudo.

O Programa Alimentar Mundial pediu um desbloqueio de 147,9 milhões de dólares para os próximos seis meses para "apoiar as pessoas afectadas pelas inundações em Maiduguri e aquelas em situação de insegurança alimentar no nordeste da Nigéria".

Desde o início da estação das chuvas, as inundações na Nigéria causaram "259 mortes" e "625.239 deslocados", segundo Zubaida Umar, da NEMA - agência nacional de gestão das calamidades. ANG/RFI

            

Portugal/Concerto "Mulheres da Lusofonia" com apoio do Camões para chegar a outros países da CPLP

Bissau, 16 Set 24(ANG) - O concerto "Mulheres da Lusofonia", que em Maio passado se estreou em Lisboa, vai poder chegar às capitais de outros Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), disse sábado o embaixador do Brasil junto da CPLP.


Segundo o diplomata Juliano Nascimento, esta inicitiva, que reuniu oito cantoras de oito dos Estados-membros da CPLP num concerto no Centro Cultural de Belém, com o apoio financeiro do Fundo Especial da CPLP, neste caso integralmente com recursos do Brasil, conta agora também com a ajuda financeira do Camões - Instituto da Cooperação e da Língua para chegar às "capitais de outros Estados-membros" da organização.

"Tivemos a generosa colaboração do Camões [e esta contribuição] vai permitir que a gente leve o 'show' para outras capitais nos PALOP", salientou, realçando que os locais onde chegará "dependerá um pouco da manifestação dos outros países”.

O embaixador disse que será preciso falar com a cantora brasileira Fafá de Belém, "a idealizadora desse 'show'", para perceber se o espetáculo terá o mesmo formato e músicos da edição de Lisboa, e com os outros representantes de Estados-membros da CPLP em Lisboa para saber que disponibilidades têm os seus países para acolher o evento e como podem ajudar também, de modo a que possa ser apresentado num maior número de capitais.

Sobre o valor da contribuição do Camões, o diplomata preferiu não dar números, adiantando apenas que agora há condições para realizar mais espetáculos, quando inicialmente a verba não chegava sequer para dois.

Sem adiantar valores, fonte do Camões confirmou à Lusa que foi alocada uma verba disponível de Portugal no Fundo Especial da CPLP para apoiar estes concertos.

Em maio, a cantora brasileira Fafá de Belém contou que a ideia do concerto começou a germinar em 2018, quando, a convite da portuguesa Ana Laíns, participou nas Festas do Mar, onde a conheceu pessoalmente, bem como à cantora guineense Karyna Gomes.

“A ideia é cantar a voz da mulher na língua portuguesa”, acrescentou Fafá, que coordenou o espetáulo com entrada gratuita, que surgiu no âmbito das comemorações do mês da Língua Portuguesa, em maio, e foi financiado também pelo Fundo Especial da CPLP.

Além da portuguesa Ana Laíns, da brasileira Fafá de Belém e da guineense Karyna Gomes, o projeto contou com a participação de Anabela Aya (Angola), Anastácia Carvalho (São Tomé e Príncipe), Lura (Cabo Verde), Piki Pereira (Timor-Leste) e Selma Uamusse (Moçambique).

Cada uma das cantoras interpretou dois temas do seu repertório, e homenagearam, de alguma forma, mulheres que foram muito importantes na expansão da língua portuguesa, como Amália Rodrigues e Cesária Évora.

Assim, "todas juntas, interpretamos dois temas, ‘Tanto Mar', de Chico Buarque e esse hino à mulher empoderada, que luta pela sua própria vida, ‘Maria, Maria’, de Milton Nascimento”, disse Ana Laíns, que assumiu então a curadoria e produção executiva do espetáculo, apoiado, entre outras entidades, pela Fundação Guimarães Rosa, do Brasil.

As cantoras foram acompanhadas por um ensemble composto por Paulo Loureiro (piano e orquestrações), Rolando Semedo (baixo), Carlos Lopes (acordeão), João Ferreira (percussão), Ana Filipa Serrão e José Pereira (violinos), Joana Cipriano (viola d’arco) e Catarina Gonçalves (violoncelo).

“A nossa meta é continuar, atravessar os mares”, adiantou Fafá de Belém, que projetou que aquele fosse “um espetáculo de carreira" a apresentar "noutros palcos portugueses, mas também africanos e brasileiros, onde as músicas africanas são pouco conhecidas”.

A cantora brasileira destacou o “factor pedagógico” deste concerto, em “esclarecer o povo brasileiro sobre a sua própria origem”.

Ana Laíns, por seu turno, adiantou à Lusa que já naquela altura havia "conversações a decorrer com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para levar este conceito, este projeto, a todos os países da lusofonia”. ANG/Inforpress/Lusa

 

Alemanha/ Ampliada controles a todas as fronteiras terrestres para conter migrantes

Bissau, 16 Set 24(ANG) - A Alemanha iniciou o reforço de todas as fronteiras terrestres, cumprindo as novas medidas do Governo de Olaf Scholz para reduzir a chegada de imigrantes e conter "eventuais riscos de supostos extremistas islâmicos".


A Alemanha já tinha instaurado controles fronteiriços com a Polónia, República Checa, Suíça e França mas a partir de hoje as medidas passam a verificar-se também nos postos que fazem fronteira com o Luxemburgo, Bélgica, Países Baixos e Dinamarca. 

As novas medidas vão permanecer em vigor durante os próximos seis meses mas podem prolongar-se durante mais tempo.

A vigilância na fronteira entre a Alemanha e a Áustria está em vigor desde 2015. 

As medidas pressupõem um corte na livre circulação no Espaço Schengen, sobre o qual o executivo de Berlim foi obrigado a informar a Comissão Europeia. 

De acordo com os tratados estas medidas só podem ser aplicadas em casos de extrema necessidade e como último recurso, o que não impediu vários países de encerrarem as fronteiras nos últimos anos.

No final do mês de agosto, o chanceler Scholz defendeu que as medidas deveriam manter-se em vigor "durante o máximo de tempo possível".

Segundo Scholz, este tipo de atuação revelou-se "muito eficaz" argumentando que desde outubro de 2023 "a Alemanha impediu a entrada de 30 mil migrantes".

A ministra do Interior, Nancy Faeser, garantiu que vão ser evitadas "grandes complicações no trânsito", uma questão fundamental para os viajantes e, especialmente, para os trabalhadores transfronteiriços.

A polícia vai efetuar controles aleatórios, seguindo o modelo já em vigor nas fronteiras da região oriental e meridional da Alemanha.

A vigilância reforçada surge na sequência de vários ataques com armas brancas, que intensificaram o debate político sobre a necessidade de tornar mais rigorosa a política de migração.

No entanto, vários países vizinhos criticaram Berlim, com líderes como o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán a declarar que a Alemanha está agora a implementar as políticas que Budapeste defende há vários anos.

ANG/Inforpress/Lusa

 

Política/Líder do parlamento e do PAIGC regressa ao país após sete meses no exterior

Bissau,16 Set 24(ANG) – O líder do parlamento guineense e do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), regressou no Domingo ao país, após sete meses no exterior.

Abordado pela DW-África sobre o porquê que acha que estão reunidas as condições para regressar ao país,  Domingos Simões Pereira disse que, nunca abandonou o país por outras razões que não fossem a necessidade de poder cumprir  outra missão.

“É verdade que na altura colocou-se o problema da segurança, porque elementos legalmente constituídos para poder garantir a minha segurança e da instituição que dirijo foram retirados e portanto podia-se falar dessa questão da segurança”, disse

O líder do parlamento dissolvido, afirma que, a principal motivação para saír do país, era compreender que não havia condições no país de continuar a desenvolver missões no sentido dos parceiros internacionais poderem compreender qual é a realidade política que se vive  no país.

“Eu saí, e durante estes sete meses tentei na medida da minha capacidade e competência desenvolver essa missão e acho que essa missão está concluída e como anunciei, há cerca de mês e meio, e acho que neste momento sou necessário no país para retomar as minhas funções e responsabilidades e poder cumprir com a minhas responsablidades”, salientou.

Perguntado se voltou ao país e não teme que possa ser detido em Bissau tendo em conta que há poucos meses o Ministério Público pediu o levantamento de sua  imunidade, o líder do PAIGC respondeu que não raciocina nestes termos, frisando que, no memento em que o Estado de Direito é posto em causa,  e o que prevalecem são as ordens superiores, nenhum cidadão pode sentir-se em segurança

“Mas isso não me preocupa, a mim eu estaria muito preocupado se houvesse razão para eu temer algo e se eu tiver feito algo que configurasse algum crime e nesta altira eu devia estar preocupado, mas eu não temo nada e, de facto, não devo rigorosamente nada ”, sublinhou.

Domingos Simões Pereira disse por outro lado que é caricato continuar a falar de um processo, no qual ele foi citado como testemunha em que o acusado é absolvido e há uma certidão de arquivamento do processo e agora é o testemunha que pode ser objecto de um processo por parte do Procurador Geral da República.

“Mas como disse no início não quero nem alimentar essa questão e estou somente a responder esta questão porque de facto tenho recebido muitas chamadas de muitos guineenses que estão preocupados com essa situação”, disse.

Adiantou que a sua resposta em termos de consciência e de factos, ele está absolutamente a vontade e a apartir daí quando as outras forças pretendem intervir, irá deixará isso para as suas considerações.

“Até a prova em contrária eu continuo a ser o Presidente da Assembleia Nacional Popular investido de um conjunto de competências que eu espero sejam respeitadas e caso contrário será mais uma evidência do tal falhanço da estrututa que dirige o país neste momento”, afirmou.

Perguntado sobre na qualidade de líder do parlamento, como vê apreensão de um jato com carregamento de drogas, Domingos Simões Pereira respondeu que era uma situação que deve preocupar a todos os cidadãos guineenses e não só os políticos, que sentem de alguma forma confrontados com essa realidade.

“Eu não quero fazer qualquer juizo de valor porque devia simplesmente estando a Assembleia Nacional Popular em pleno funcionamento, seria um tema a ser tratado para se encontrar respostas institucionais ao combate desse flagelo”, salientou.ANG/DW-África