segunda-feira, 21 de julho de 2025

 EUA/Abertura do processo da Universidade de Harvard contra a administração Trump

Bisssau, 21 Jul 25 (ANG) - O processo entre a Universidade de Harvard e a administração de Donald Trump acusada pela prestigiosa instituição de não respeitar a suas obrigações financeiras, depois de ter decidido congelar nestes últimos meses os seus subsídios à pesquisa,começa esta quinta-feira em Boston.


Acusada por Trump de antissemitismo e de promover uma "ideologia woke", Harvard acusa igualmente o actual poder de tentar interferir no seu conteúdo académico, contrariando qualquer regra de independência.

Em questão estão os cortes de subsídios federais à Universidade de Harvard decididos em Abril pela administração Trump. Na senda das manifestações ocorridas no ano passado naquela e noutras universidades americanas em protesto contra a ofensiva do governo israelita na Faixa de Gaza, o executivo americano acusou Harvard de incentivar comportamentos antissemitas e exigiu daquela universidade o fim dos programas que promovem a diversidade e os ensinamentos que "alimentam o assédio antissemita".

Perante a recusa de Harvard de se conformar a estas exigências, a administração republicana anunciou em Abril o congelamento de "2,2 bilhões de Dólares de subsídios ao longo de vários anos" bem como o de "contratos plurianuais no valor de 60 milhões de dólares", sendo que em Maio lhe foram retiradas as isenções fiscais que lhe eram até então garantidas por lei.

Em resposta, a Universidade entrou com uma acção judicial, acusando o governo de violar os seus direitos garantidos pela Primeira Emenda, nomeadamente através de uma "política de expulsões baseadas na ideologia".

Paralelamente, a mais antiga universidade do país e a administração americana têm tentado chegar a um entendimento, Donald Trump tendo inclusivamente declarado em Junho que um acordo estava prestes a ser concluído. Todavia, até agora não houve nenhum anúncio oficial neste sentido, as exigências da Casa Branca não tendo parado de aumentar.

No passado dia 9 de julho, o executivo exigiu que Harvard forneça informações detalhadas sobre os estudantes internacionais e as manifestações pró-palestinianas, tendo sido apresentada uma ordem para obrigar a universidade transmitir aos serviços de imigração (ICE) os "documentos relevantes" dos últimos cinco anos.

Neste contexto, a universidade de Harvard espera obter um julgamento favorável que possa reforçar a sua legitimidade nas negociações com o executivo.

De referir que esta não é a única universidade a ser alvo de Donald Trump. A administração que não esconde a intenção de mudar o paradigma cultural dos Estados Unidos, nomeadamente no que tange ao ensino superior, também ameaçou a prestigiada Universidade de Columbia em Nova Iorque de lhe retirar a sua acreditação, o que teria por efeito de ficar sem financiamento federal. Também sob pressão, o Presidente da Universidade da Virgínia anunciou a sua demissão no passado dia 28 de Junho, na sequência da abertura de um inquérito sobre as práticas da instituição para promover a diversidade.ANG/RFI

 

Bélgica/Cimeira China-UE arranca marcada por tensões e baixas expectativas

Bissau, 21 Jul 25 (ANG) - China e União Europeia (UE) assinalam esta semana 50 anos de relações diplomáticas com uma cimeira em Pequim, num clima de crescente desconfiança mútua em matéria de comércio e segurança, que deixa pouco espaço para resultados concretos, apontaram analistas.


Opresidente do Conselho Europeu, António Costa, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vão representar o lado europeu na reunião de quinta-feira, que decorre num momento em que as divergências estruturais entre Bruxelas e Pequim se tornaram "incontornáveis", de acordo com o grupo de reflexão ('think tank') Bruegel.

"O encontro é uma 'não-cimeira'", acrescentou Bruegel, antecipando que dificilmente resultará em avanços substanciais, dada a relutância de ambas as partes em ceder nos principais pontos de discórdia.

O lado chinês deve estar representado pelo Presidente Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Qiang.

Entre os principais temas em agenda estão o desequilíbrio comercial -- com um défice de mais de 300 mil milhões de euros para o lado europeu --, o acesso a matérias-primas críticas como as terras raras, as acusações de práticas comerciais desleais, sobretudo no setor dos veículos elétricos, e a posição da China face à guerra na Ucrânia.

A UE acusa Pequim de distorcer os mercados ao subsidiar a sua indústria, o que se reflete em veículos elétricos exportados para o mercado europeu a preços abaixo dos praticados pelos fabricantes locais.

A Comissão Europeia impôs recentemente tarifas entre 17% e 45,3% sobre automóveis elétricos fabricados na China. No entanto, fabricantes chineses como a BYD continuam a expandir a presença na Europa, com planos para instalar unidades de produção dentro da própria UE.

Outro foco de tensão reside nas restrições chinesas à exportação de minerais essenciais para setores como o automóvel, aeroespacial e defesa.

Ursula von der Leyen acusou Pequim de estabelecer um "padrão de dominação, dependência e chantagem", ao utilizar o controlo das cadeias de fornecimento como instrumento de pressão política.

No domínio da segurança, a proximidade estratégica entre Pequim e Moscovo continua a gerar inquietação em Bruxelas. Em junho, Von der Leyen afirmou que o apoio "incondicional" da China à Rússia está a alimentar a economia de guerra russa e a comprometer a estabilidade na Europa.

Segundo o jornal de Hong Kong South China Morning Post, o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, terá transmitido a responsáveis europeus que um eventual colapso da Rússia desviaria o foco estratégico dos Estados Unidos para o Indo-Pacífico, algo que Pequim quer evitar.

A revista Politico considerou que não se esperam "resultados" relevantes do encontro, e que o mesmo poderá servir sobretudo para reafirmar as profundas divergências entre os dois blocos. A publicação cita diplomatas europeus que acusam Pequim de tentar dividir o bloco comunitário, privilegiando relações bilaterais com países como a Alemanha ou França.

O esforço de reaproximação iniciado por Pequim no início do ano, com visitas de alto nível e propostas como a retoma do Acordo Global de Investimento, tem esbarrado na resistência de Bruxelas.

Apesar de contactos positivos entre Von der Leyen e Li Qiang, e do levantamento parcial de sanções mútuas, a ausência de mudanças estruturais na política económica e externa chinesa continua a ser um obstáculo a qualquer entendimento significativo.

Também a publicação The Diplomat escreve que o simbolismo do 50.º aniversário das relações China-UE contrasta com a realidade atual.

"A cimeira deverá apenas confirmar quão distantes estão os valores e interesses de ambas as partes", lê-se num artigo de análise da revista.

Mesmo num momento de tensão transatlântica, devido à política comercial agressiva da nova administração dos Estados Unidos, a UE continua a ver a China como um rival sistémico e um competidor estratégico, cuja conduta desafia as regras da ordem internacional baseada no Estado de direito, nos direitos humanos e na democracia, frisou.ANG/Lusa

  

 Ucrânia/ Rússia admite participar em "3.ª ronda" de negociações de paz

Bissau, 21 Jul 25 (ANG) - A presidência russa declarou-se hoje pronta para novas conversações de paz com a Ucrânia, mas admitiu não ter nenhuma data definida e que será necessário "muito trabalho" para reconciliar as posições. 

 “Somos a favor da realização de uma terceira ronda(ap


ós duas reuniões mal sucedidas em Instambul, realizadas em Maio e Junho). Assim que for definida uma data, informaremos”, avançou o porta-voz presidencial russo, Dmitri Peskov.

No sábado, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, propôs a Moscovo agendar novas conversações de paz esta semana, já que a situação se encontra atualmente num impasse.

Os meios de comunicação turcos noticiaram que a próxima reunião poderá acontecer a 23 ou 24 de julho.

Sobre o conteúdo das negociações, Peskov recordou que as partes trocaram memorandos sobre a sua visão para a resolução do conflito e pretendem discuti-los, mas sublinhou que os dois documentos são "diametralmente opostos".

O porta-voz afirmou ainda que a composição da delegação russa, chefiada pelo conselheiro presidencial Vladimir Medinsky, não irá sofrer alterações e reiterou que a Rússia considera adequado realizar a terceira ronda de negociações em Istambul, a mesma cidade que acolheu as duas primeiras reuniões.

 

Pelo menos uma pessoa morreu e duas ficaram feridas, esta madrugada, na sequência de ataques russos em Kyiv, anunciaram as autoridades ucranianas, dando conta ainda de um incêndio numa creche.

O último encontro entre negociadores russos e ucranianos em Istambul aconteceu a 02 de junho, duas semanas após a primeira reunião, mas as negociações resultaram apenas em algumas trocas de prisioneiros, sem avanços substanciais.

O Kremlin defende que qualquer acordo de paz deve incluir a retirada da Ucrânia das quatro regiões que a Rússia anexou ilegalmente em setembro de 2022, embora nunca as tenha controlado na totalidade. Exige ainda que Kyiv renuncie à adesão à NATO e aceite limites rigorosos às suas forças armadas - exigências rejeitadas tanto por Kyiv como pelos seus aliados ocidentais.

No dia 14 de julho, o Presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou a Rússia com tarifas severas caso não aceite um acordo de paz num prazo de 50 dias, e anunciou um novo canal para envio de armamento norte-americano à Ucrânia, após meses de negociações falhadas.ANG/RFI

 

 Médio Oriente/Sindicato palestiniano acusa Hamas de agredir três repórteres em Gaza

Bissau, 21 Jul 25 (ANG) - O Sindicato de Jornalistas Palestinianos (SJP)) acusou hoje o movimento islamita Hamas de agredir três repórteres nas imediações do hospital Nasser, na cidade de Khan Younis, Faixa de Gaza.

organização condenou "nos termos mais veementes" a alegada agressão de uma unidade do Hamas, tendo identificado os jornalistas como Khaled Shaat, correspondente da emissora jordana Al Hayat e da agência noticiosa Shaat, Mohamed Salama, operador de câmara da estação televisiva qatari Al Jazeera, e Abdulah al-Atar, correspondente da agência estatal turca de notícias Anadolu.

Segundo o sindicato, os três repórteres foram agredidos "quando exerciam as suas funções profissionais nas proximidades do Hospital Nasser", sublinhando que "o ataque constitui uma violação flagrante da liberdade de imprensa e representa uma ameaça à segurança dos jornalistas que cobrem a situação humanitária e sanitária crítica dos deslocados, feridos e mortos no contexto da agressão israelita contra Gaza".

"Agredir jornalistas e impedi-los de desempenhar o trabalho é algo condenável e inaceitável, sobretudo quando os autores são elementos das forças de segurança, que deveriam proteger os cidadãos e garantir a segurança das equipas de imprensa", sustentou o SJP num comunicado.

A organização apelou ao respeito pela "missão sagrada dos jornalistas", que é a de "transmitir a verdade e defender as causas do povo".

O sindicato defendeu também a necessidade de "uma investigação urgente e transparente" para que "os responsáveis prestem contas", de serem aprovadas "medidas que impeçam a repetição de tais violações" e que se garanta "um ambiente seguro para o exercício do jornalismo em permanência".

A ofensiva contra Gaza, lançada por Israel em resposta aos ataques de 07 de outubro de 2023, que, segundo o Governo israelita, causaram cerca de 1.200 mortos e resultaram no rapto de cerca de 250 pessoas, provocou até à data mais de 58.900 mortos palestinianos, de acordo com as autoridades do enclave, controlado pelo Hamas, embora se tema que o número real seja superior. ANG/Lusa

 

Regiões/ONG Reluf termina formação sobre género no setor de Bissorã

Bissorã, 21 Jul 25 (ANG) – O Secretário Executivo e responsável pela Comunicação da ONG REDLUF defendeu sexta-feira que não se deve esperar que o desenvolvimento seja a tarefa apenas do Governo mas que as ONGs , enquanto parceiros, devem se assumir como agentes de desenvolvimento da  sociedade.

Fidel N falava ao Correspondentes da ANG na região de Oio, após encerramento de uma formação sobre alfabetização funcional em gestão financeira simplificada, destinada às  mulheres agricultoras  de Bissorã.

“O exemplo disso são estas mulheres que se dedicam à horticultura. Com esta formação, algumas já têm a noção da escrita e outras já estão a escrever seus nomes. O ensino é a chave que pode abrir muitas portas e este projeto vai atuar  nas outras localidades do país” disse.

A  formação financiada pela Agência de Cooperação da Suíça, Swissed, foi realizada no âmbito do projecto “Fiança di Terra”

 Em nome das formandas, Segunda Indibe reconheceu que a formação foi “muito importantes” para elas, principalmente para horticultoras da tabanca de Dame.

Segunda Indibe garantiu que irão  pôr na prática tudo o que aprenderam ,tendo pedido que o projecto continue a apoiá-las.

A formação sobre  Alfabetização Funcional, Gestão e Associativismo Comunitário e contou com a participação de a 20  mulheres. ANG/AD/MSC//SG

 

Obituário/Umaro Sissoco Embaló envia  condolências ao José Maria Neves pela morte da mãe Alda Neves

Bissau, 21 Jul 25 (ANG)- O Presidente da República , Umaro Sissoco Embaló enviou mensagens de condolências ao seu homólogo de Cabo Verde, José Maria Neves pelo falecimento da mão deste, no passado dia 19.

A informação foi tornada pública na página da Facebook da Presidência da República.

 “Neste momento de luto pela alma da Alda Pereira Neves, transmito à famíia enlutada e aos amigos votos de solidariedade e consolo, rogando à Deus que, em sua vida infinita misericordia, acolha a alma da distinta e conforte os corações de todos os seus entes queridos”, refere.

Alda Maria Neves faleceu no dia 19 de Julio em curso aos 99 anos. A malograda tinha 17 netos, 17 bisnetos e quatro trisnetos.  ANG/AALS//SG

CPLP/  XVª Cimeira termina com impasse na escolha do sucessor da Guiné-Bissau na presidência na Comunidade

Bissau,  21 Jul 25 (ANG) – A XVª Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) terminou na sexta feira passada, dia 18 do mês em curso, em Bissau, com o impasse na escolha de quem irá suceder à Guiné-Bissau na presidência da Comunidade, noticiou a Lusa.

Segundo à Lusa, que cita  fontes da organizações, os  Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa(PALOP) de um lado e Portugal, Brasil e Timor do outro na escolha da Presidência da CPLP ou seja a Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP terminou sem uma decisão sobre quem irá suceder na presidência à Guiné-Bissau, com os Estados-membros divididos em dois blocos.

A Lusa revela que  o Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa esteve ausente da cimeira que decorreu em Bissau por divergências com o ponto da agenda que atribuiria à Guiné Equatorial a presidência da CPLP entre 2027-2029. Portugal foi representado apenas pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

Segundo as mesmas fontes, na discussão do ponto, que decorreu à porta fechada, a Guiné-Equatorial reclamou para si a presidência da CPLP entre 2027 e 2029, afirmando ser a sua vez. Do outro lado, o Brasil assumiu-se como candidato.

Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa  apoiaram a pretensão da Guiné-Equatorial, enquanto Lisboa, Brasília e Díli mantiveram-se juntos na ideia de entregar ao Brasil a presidência pós-Guiné-Bissau.

O impasse manteve-se durante horas – sem que os Estados-membros consensualizassem uma solução – com o ponto que esteve agendado para o Conselho Ministros, mas que não chegou sequer a ser discutido na sessão que os chefes das diplomacias dos Estados-membros realizaram na quinta-feira.

A decisão foi adiada para uma próxima reunião da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adiantaram fontes da organização à Lusa, mas nem isso foi comunicado no final dos trabalhos que se atrasaram mais de duas horas, com a conferência de imprensa final agendada a ser trocada por uma declaração breve, sem direito a perguntas e sem que este assunto fosse sequer mencionado.

A XV Conferência de chefes de Estado e de Governo da CPLP ficou marcada pela ausência do Presidente e do primeiro-ministro portugueses. Ou seja, pela primeira vez, Portugal não se fez representar ao mais alto nível. A representação ficou a cargo do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.

O presidente da República terá decidido recusar participar na XV Conferência dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) devido a este ponto - o único a não ser discutido - perante a possibilidade da presidência ser atribuída em 2027-2029 à Guiné Equatorial, que tem sido acusada da violação sistemática de direitos humanos, noticiou na quinta-feira o Expresso.

Apesar de os estatutos não definirem que a rotatividade da presidência segue uma ordem alfabética, esta tem sido uma prática normalmente adoptada entre os Estados-membros, mas com algumas exceções.

Numa resposta à Lusa, noticiada na quinta-feira, um responsável da diplomacia brasileira já afirmava a ambição do Brasil em assumir a presidência da CPLP após a Guiné-Bissau.

"Tencionamos apresentar candidatura [e] contar com o apoio dos demais Estados-membros", apontou o embaixador brasileiro Carlos Sérgio Sobral, Secretário de África e do Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores, que representou o Brasil no encontro de Bissau.

Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

ANG/ LUSA

 

sexta-feira, 18 de julho de 2025

XV cimeira da CPLP/Estados-membros  adoptam promoção da “Soberania Alimentar” como prioridade de agenda da CPLP

Bissau, 18 Jul 25 (ANG) – Os Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), adoptaram hoje, como prioridade atual e para o futuro, a promoção da “Soberania  Alimentar e a Segurança Alimentar e Nutricional”.

Segundo  a “Declaração de Bissau”, lida pelo  Ministro dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e das Comunidades (MNECIC), Carlos Pinto Pereira, os Chefes de  Estados  e de Governo da Comunidade se congratularam com o 29º aniversário da constituição da CPLP, e defenderam o reforço da solidariedade e da cooperação, em prol do desenvolvimento socioeconómico e sustentável dos seus povos.

Felicitaram Angola, Cabo Verde, Moçambique e São-Tomé e Príncipe, pela celebração dos 50 anos de independência no corrente ano, e se congratularam com os seus esforços na construção do Estado democrático e de Direito, bem como pela defesa de princípios e valores da CPLP, e a materialização dos seus objetivos.

Na Declaração de Bissau, os Estados-membros ainda destacaram  que a promoção da soberania alimentar dos Estados-Membros e dos Povos bem como a segurança alimentar e nutricional, agora e no futuro, devem permanecer como prioridades na Agenda internacional e da CPLP, como forma de garantir a promessa coletiva de justiça social, da dignidade humana e da sustentabilidade planetária.

Congratulando-se com a ratificação por Portugal e São Tomé e Príncipe da revisão dos Estatutos da CPLP, adotada pela XVI Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros (Luanda, 23 de março de 2023), apelaram à sua célere ratificação

 Congratularam-se com os avanços registados na projeção internacional da CPLP, sublinhando a importância da sua consolidação, através do reforço das relações com a Organização das Nações Unidas e as suas Agências Especializadas, bem como do aprofundamento de parcerias estratégicas com organizações regionais e sub-regionais, com vista a afirmação da CPLP como ator relevante no panorama internacional

Expressaram a sua satisfação com o aumento de países e organizações internacionais que manifestam interesse em associar-se à Comunidade, através da obtenção do estatuto de Observador Associado, como reconhecimento do papel estratégico que a CPLP desempenha como plataforma de diálogo multilateral, intercâmbio cultural, cooperação técnica e diplomacia económica. 

Sublinharam a importância de identificar desafios emergentes para os Estados-Membros e de reforçar a capacidade de resposta da CPLP na prevenção de conflitos, na prestação de assistência humanitária e no apoio à consolidação das instituições democráticas e do Estado de Direito.                        

Congratulam-se pelas atividades desenvolvidas em estreita colaboração com a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) com vista a reforçar as capacidades institucionais e operacionais das Autoridades Nacionais para a Proibição das Armas Químicas nos Estados membros e saudaram, nesse particular, o Memorando de Entendimento assinado recentemente entre a CPLP e a OPAQ, que estabelece um quadro legal para a prossecução dessa cooperação. 

Expressaram a sua preocupação com as crescentes tensões geopolíticas, destacaram a necessidade de fortalecer o multilateralismo, defendendo a diplomacia, e ressaltaram a interdependência entre segurança e desenvolvimento, bem como a necessidade de dar maior enfoque a medidas que promovam a prevenção de conflitos e consolidação da paz. 

Reiteraram a profunda preocupação com os diversos conflitos e crises humanitárias que continuam a ameaçar a paz, a segurança e a estabilidade internacionais, com impactos graves sobre as populações civis, nomeadamente no que se refere ao direito à vida, à segurança alimentar, deslocamentos forçados e destruição de infraestruturas.  

Apelaram aos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas, nomeadamente do direito internacional, dos Direitos Humanos, da soberania dos Estados, da integridade territorial e da autodeterminação dos Povos, sublinhando a importância do multilateralismo, do diálogo e da diplomacia para a prevenção de conflitos e promoção de uma paz duradoura. 

Reafirmaram, ainda, as posições já expressas pela CPLP relativamente a conflitos não resolvidos, defendendo soluções políticas inclusivas e o reforço da solidariedade com os países e populações mais vulneráveis. 

No ano em que se celebram 25 anos de sua adoção, reiteraram a importância da Resolução 1325 (2000) do Conselho de Segurança das Nações Unidas e comprometeram-se a envidar esforços para a implementação da agenda Mulheres, Paz e Segurança e para garantir a participação plena, igualitária e significativa de mulheres em temas de paz e segurança internacional, inclusive na prevenção e solução de conflitos, em processos de paz, bem como na manutenção e consolidação da paz. 

Congratularam-se com a realização de eleições regulares em Estados-Membros da CPLP e com a busca do necessário aperfeiçoamento das instituições eleitorais, imprescindíveis para a legitimidade democrática, elemento essencial da preservação de instituições representativas, da afirmação dos direitos humanos, bem como do reforço do Estado de direito democrático e saudaram o envio de missão de observação eleitoral (MOE) da CPLP às Eleições Gerais – Presidenciais, Legislativas, Assembleias Provinciais e Governadores de Província em Moçambique, em 2024. 

Felicitaram a eleição de Margarida Adamugy Talapa, de Moçambique, como Presidente da Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP) no biénio 2025-2027, por ocasião da XIV Reunião Ordinária da Assembleia Parlamentar da CPLP (Maputo, 14 e 15 de julho de 2025). 

Reconheceram a importância do reforço da cooperação com os Observadores Associados na prossecução dos objetivos da CPLP, para a projeção internacional da Organização e para a promoção da Língua Portuguesa, e aprovaram a concessão da categoria de Observador Associado da CPLP à Austrália e à Associação Internacional de Segurança Social (AISS). Registaram com interesse as candidaturas da Ucrânia e da Conferência de Haia de Direito Internacional Privado e propuseram a conclusão da sua avaliação na próxima Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP. 

Congratularam-se com a concessão à CPLP do estatuto de Observador da Conferência da Haia de Direito Internacional Privado, na Reunião Anual do Conselho de Assuntos Gerais e de Política, realizada em Haia, de 4 a 7 de março de 2025, e comprometeram-se a trabalhar pela institucionalização da cooperação entre as duas organizações. ANG/LLA//SG

 

XVª Cimeira da CPLP/ Presidente em Exercício  confere posse  a nova Secretária Executiva da Comunidade

Bissau, 18 Jul 25 (ANG) – O Presidente da República e igualmente presidente em exercício da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), conferiu hoje posse a nova Secretária Executiva da organização, na pessoa de Maria de Fátima Jardim.

Ao proferir  o seu discurso, no acto de encerramento da XVª Conferência dos Chefes de Estado e de Governo  da CPLP, realiza  sob lema “ A CPLP Soberania Alimentar - Um Caminho para o Desenvolvimento Sustentável”, Umaro Sissoco Embaló agradeceu à cada um dos seus homólogos pelas contribuições, vontade de cooperação e pelos compromissos  cujos os objetivos partilham.

“Ao longo  do nosso diálogo aberto, franco e fraterno, reafirmamos a força da nossa comunidade, construída, não apenas por uma língua comum, mas também pelo respeito mútuo de valores partilhados  e uma visão coletiva de um futuro melhor para todos os nossos povos”, disse Sissoco Embaló.

Acrescentou que alcançaram  progressos significativos nos objetivos estratégicos adoptados..

O Chefe de Estado guineense apontou o reforço do diálogo politico, o incremento  da cooperação económica, o aprofundamento dos laços culturais e educacionais, e a promoção da língua portuguesa como  ativos globais da organização.

Disse que as declarações e os compromissos assumimdos hoje são mais de que palavras, mas sim um roteiro de ações, que devem ser asseguradas e traduzidas em inciativas concretas, em benefício  dos cidadãos da comunidade.

 “Ao regressar aos nossos respetivos países levemos connosco o espírito renovado da unidade, solidariedade e ambição que marcou esta cimeira”, frisou.

Umaro Sissoco Embaló sublinhou que a CPLP é mais forte quando cada um dos seus Estados-membros é ouvido,valorizado e incluído.

Agradeceu ao Secretáriado Executivo e e à todos os  que trabalharam para que XVª Cimeira tenha sucesso.

O novo Presidente em exercicio da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CPLP reiterou o compromisso comum por uma CPLP dos povos e cada vez mais dinâmica, mais revelante e sempre mais unida. “Uma comunidade que promove e encoraja o encontro entre as pessoas e celebra a diversidade cultural”, disse a concluir.ANG/LPG//SG   

   Brasil/Jair Bolsonaro alvo de buscas e obrigado a usar pulseira eletrónica

Bissau, 18 Jul 25 (ANG) - O ex-presidente do Brasil está a ser alvo de uma operação da Polícia Federal esta sexta-feira, e  Além das buscas, Jair Bolsonaro foi alvo de várias medidas restritivas, entre as quais pulseira eletrónica.

As autoridades federais fizeram buscas e apreensões em domicílios ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, processado no Supremo Tribunal Federal por suposta de tentativa de golpe de Estado, informou a corporação em comunicado.

A Polícia Federal brasileira anunciou que, para além destes dois mandados de busca, está a proceder a outras medidas, que não divulgou.

Os advogados de Defesa do ex-presidente confirmaram a operação à imprensa brasileira. 

Imagens divulgadas pela rede GloboNews mostraram veículos da Polícia Federal na residência do ex-presidente (2019-2022), na capital brasileira, e a imprensa avançou que outra ordem de busca e apreensão ocorreu na sede do Partido Liberal (PL), por ele liderado.

Jair Bolsonaro estará a ser alvo de várias medidas restritivas determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), como por exemplo, pulseira eletrónica e proibição de aceder às redes sociais.

Além disso, o político brasileiro fica obrigado a permanecer em casa entre 19h e 7h da manhã e proibido de comunicar com embaixadores e diplomatas estrangeiros (não pode sequer aproximar-se de embaixadas), nem com outros réus e investigados pelo Supremo. ANG/RFI

    Bélgica/União Europeia adopta novas sanções contra a Rússia

Bissau, 18 Jul 25 (ANG) -  A União Europeia adoptou, nesta sexta-feira , novas sanções contra a Rússia, devido à guerra na Ucrânia.

Estas sanções foram consideradas como sendo as "mais duras" até agora por Kaja Kallas, Alta representante da diplomacia europeia.

A União Europeia sancionou a Rússia pela décima-oitava vez desde o início da guerra contra a Ucrânia. Estas sanções prevêem uma redução do limite máximo do preço do petróleo bruto russo.

Considerado como sendo a maior fonte de financiamento do governo russo para a guerra, o petróleo destinado à exportação passa de 60 dólares por barril para 47 dólares, o que representa uma diminuição de 15 %.

Além disso foram proibidas as transações com 22 bancos russos. O objectivo destas sanções é tentar controlar o financiamento de guerra russo, mas também forçar um cessar-fogo na Ucrânia.

A Eslováquia, que se opunha a novas sanções, acabou por ceder. Bratislava pressionava a Comissão Europeia para ter garantias de continuar a ser abastecida em gás, estando totalmente dependente da Rússia nesse aspecto. A União Europeia procura interromper totalmente as importações de gás, proveniente da Rússia. 

O presidente ucraniano saudou estas novas medidas por parte da União Europeia. Volodymyr Zelensky indicou na rede social X que estas sanções são uma “decisão essencial que é tomada no momento certo”.ANG/RFI

 

 Vaticano/Papa pede a Netanyahu fim da guerra e proteção de locais de culto

Bissau, 18 Jul 25 (ANG) - O Papa pediu hoje ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, um cessar-fogo e o fim da guerra em Gaza, bem como a proteção dos locais de culto e dos fiéis.

Leão XIV "renovou o apelo para uma revitalização dos esforços de negociação para alcançar um cessar-fogo e o fim da guerra. Expressou novamente preocupação pela dramática situação humanitária da população em Gaza, cujo preço desolador está a ser pago especialmente por crianças, idosos e doentes", afirmou o Vaticano.

O líder da Igreja Católica recebeu um telefonema de Netanyahu na residência de verão, em Castel Gandolfo, "na sequência do ataque militar de ontem [quinta-feira] do exército israelita que atingiu a igreja da Sagrada Família em Gaza, matando três pessoas e ferindo outras, algumas delas gravemente", acrescentou.

Pelo menos duas pessoas morreram e várias ficaram feridas num ataque israelita à paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica na Faixa de Gaza, divulgaram hoje os meios de comunicação.

O ataque, condenado pela comunidade internacional, ocorreu quando mais de 400 pessoas deslocadas se encontravam no interior da igreja e causou três mortos e 11 feridos, incluindo o pároco Gabriele Romanelli, a quem o anterior papa Francisco telefonava todos os dias.

Leão XIV também reiterou a Netanyahu "a urgência de proteger os locais de culto e, sobretudo, os fiéis e todas as pessoas na Palestina e em Israel".

Na quinta-feira à noite, o primeiro-ministro de Israel lamentou que "uma munição perdida" do exército israelita tenha atingido a igreja e disse que "cada vida inocente perdida é uma tragédia", numa mensagem que só chegou depois de ter falado por telefone com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Antes da conversa com Netanyahu, o Papa tinha apelado para o "fim da morte desnecessária de inocentes", depois do ataque israelita à paróquia e telefonou ao patriarca latino de Jerusalém, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, para "se informar sobre a situação em Gaza" e "o estado do padre Romanelli e de outros feridos no injustificável ataque".

 

O Papa Leão XIV afirmou quinta-feira estar "profundamente triste (...) com o ataque militar à Igreja Católica da Sagrada Família em Gaza", que provocou pelo menos quatro mortos e vários feridos, mas sem mencionar Israel ou eventuais responsabilidades.

Pizzaballa e o patriarca greco-ortodoxo de Jerusalém, Teófilo III, entraram esta manhã, em Gaza, com 500 toneladas de ajuda para a população civil.

O Governo italiano pediu a Israel o fim das ações militares e que "garanta plenamente a segurança dos dois enviados".

Esta igreja costuma ser um ponto de abrigo de muitos deslocados devido ao conflito na Faixa de Gaza, iniciado em outubro de 2023.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já causou mais de 58 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.ANG/Lusa

             Suíça/Poder judicial na Guiné-Bissau continua vulnerável

Bissau, 18 Jul 25 (ANG) - O poder judicial na Guiné-Bissau "continua vulnerável à interferência política e pressão das redes criminosas", de acordo com conclusões hoje adotadas pelo Comité de Direitos Humanos da ONU, que apela também às autoridades para respeitarem o espaço cívico.

"Apesar das garantias constitucionais, o poder judicial continua vulnerável à interferência política e à pressão das redes criminosas. O Comité instou o Estado [da Guiné Bissau] a reforçar a independência e o funcionamento do poder judicial, nomeadamente através da atribuição de mais recursos ao sistema judicial", lê-se nas observações finais sobre o relatório relativo à Guiné-Bissau, um dos países analisados na 144.ª sessão do comité, concluída na quinta-feira em Genebra, Suíça.

Ainda que reconhecendo que Bissau iniciou um processo de reforma constitucional, o Comité lamenta que este esteja incompleto devido à dissolução do Parlamento, e, no capítulo dedicado à administração da justiça e independência do poder judicial, assinala a sua "séria preocupação" com a contínua vulnerabilidade "a interferências e intimidações, incluindo por parte de funcionários governamentais e de redes criminosas".

O comité - o órgão de peritos independentes que controla a aplicação do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos pelos Estados - "lamenta igualmente a falta de transparência na nomeação, transferência e demissão de juízes e magistrados do Ministério Público, bem como a falta de composição do Conselho Superior da Magistratura".

"Embora iniciativas como o Candongas de Justiça tenham visado melhorar o acesso à justiça, o Comité nota com preocupação que o sistema de justiça formal continua a enfrentar sérios desafios, incluindo recursos limitados e a ausência de tribunais em muitas regiões. O Comité nota com pesar as barreiras à assistência jurídica, incluindo as elevadas custas judiciais, e a ausência de um sistema abrangente de assistência jurídica", prossegue.

Exortando as autoridades a prosseguirem os seus esforços para reformar o sistema de justiça e assegurar que todos os processos judiciais são conduzidos em plena observância das garantias de um processo justo", o comité deixa uma série de recomendações.

Entre elas recomenda "acelerar a finalização, a adoção e a implementação efetiva das reformas legislativas atualmente em desenvolvimento, incluindo a Lei Orgânica do Supremo Tribunal de Justiça, a Lei de Organização Judiciária, a Lei Orgânica dos Tribunais Setoriais, o Estatuto dos Magistrados e os Regulamentos do Conselho Superior da Magistratura, com vista a reforçar a independência, a estrutura e o funcionamento do poder judicial".

O comité aconselha um aumento da capacidade do sistema judicial, "nomeadamente através do aumento dos recursos financeiros (...) e a disponibilidade de juízes formados, procuradores e defensores públicos", e a salvaguarda, "na lei e na prática, da plena independência, imparcialidade e segurança dos juízes e dos magistrados do Ministério Público", prevenindo influências externas na forma de "pressão política indevida ou outra".

Outro destaque das observações finais do comité das Nações Unidas prende-se com as liberdades de reunião e de associação e proteção dos defensores dos direitos humanos.

Este órgão da ONU diz que "toma nota das garantias constitucionais e legais da liberdade de reunião pacífica", mas manifesta preocupação com um "comunicado de imprensa de janeiro de 2024 do Comissário da Polícia Nacional, que restringe indevidamente o direito de reunião pacífica e que foi alegadamente utilizado para obstruir a organização de manifestações pacíficas".

"O Comité lamenta a falta de informações sobre as investigações destes incidentes, os processos instaurados, as sanções impostas e as indemnizações concedidas às vítimas", e diz-se "preocupado com os relatos de intimidações e ameaças contínuas contra os defensores dos direitos humanos, incluindo os membros da Liga Guineense dos Direitos Humanos".

A terminar, o Comité dá conta da sua preocupação com "a falta de salvaguardas para proteger o espaço cívico, particularmente no período que antecede as eleições de novembro de 2025", e com "relatos de interferência com as atividades sindicais, incluindo a apreensão pela polícia da sede da União Nacional dos Trabalhadores Guineenses em maio de 2023, prejudicando a autonomia dos sindicatos e o exercício da liberdade de associação".

Além da Guiné-Bissau, foram analisados na sessão agora concluída em Genebra os desenvolvimentos em matéria de defesa dos direitos humanos no Haiti, Cazaquistão, Letónia, Macedónia do Norte, Espanha e Vietname. ANG/RFI