Governo abre Báscula de pesagem em Bissau
Bissau,
29 abr 19(ANG) – O Ministério do Comércio, Turismo e Artesanato em parceria com
a Associação Nacional de Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau(ANIN-GB),
procedeu no último fim de semana a abertura da báscula de pesagem de castanha
de cajú, em Bissau.
Camião de castanha de cajú |
Ao
presidir a cerimónia de abertura do referido evento, o Director-geral do
Comércio, disse que o lema estipulado
para a presente campanha de comercialização e exportação de cajú é “Tolerância
zero à fuga da castanha de cajú”.
“O
referido lema significa que, se decidimos proibir a fuga de castanha por via de
fronteiras terrestres, criamos um instrumento que permite exportar a castanha
pela via do porto de Bissau que é a báscula”, disse.
Issa
Seide sublinhou que o Governo pretende com a iniciativa aumentar a arrecadação
das receitas, de forma a satisfazer as necessidades das populações.
“Temos em
Estado que vive grandemente das receitas e contribuições.Portanto o Governo tem
que ser flexível e evitar de carregar sobre o sector comercial de forma a
evitar desequilíbrios”, explicou.
O
Director-geral do Comércio sublinhou que o Governo desempenha o papel de
facilitador no mercado, acrescentando que o país funciona através do sistema da
economia de mercado, que é da oferta e procura.
Referiu que báscula é um instrumento de medida
utilizado para pesagem da castanha numa quantia de 50 à 100 toneladas,
salientando que isso irá permitir para que haja um peso exacto e para que os
comerciantes possam saber o que devem pagar ao Estado.
Para o
representante da Agência Nacional de Cajú(ANCA-GB), Ednilson André Gomes, a
referida cerimónia marca o início da transferência da castanha de cajú do
interior do país para a capital Bissau.
“A
presente campanha está a ser marcada por
uma dinâmica muito lenta no processo de compra
junto dos produtores”, afirmou.
Disse
entretanto ter a esperança de ver essa situação ser ultrapassada com a abertura
da báscula de pesagem de castanha e ainda com a entrada de novos intervenientes
no mercado.
Seide acrescentou
que a dinâmica a partir da balança vai influenciar, positivamente, todo o
processo de comercialização da castanha de cajú.
“Na
qualidade de autoridade reguladora, estamos a acompanhar algumas inquietações
no mercado em relação aos preços e informamos que, todo o processo de
comercialização da castanha de cajú é orientado pelas leis do mercado ou seja o
encontro entre a oferta e a procura, não obstante o estabelecimento do preço de
referência junto ao produtor para o comerciante logo na abertura da campanha”,
explicou.
Por sua
vez, o Presidente da Associação Nacional de Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau(ANING-GB),
Quecuta Baió apelou aos agricultores para procederem a venda das suas castanhas
o mais rápido possível ao preço praticado actualmente no mercado.
“Apelo
aos responsáveis da ANCA-GB para enviarem os seus agentes ao terreno para abordarem
as autoridades regionais para se abdicarem de actos de detenção dos
intermediários que estão a comprar a castanha de cajú no valor de 350 francos
por quilo”, disse.
Quecuta
Baió disse que alguns responsáveis regionais não entendem o que significa preço de referência fixado pelo Governo.
“Não
existe nenhum despacho que proíbe as pessoas comprar a castanha a menos de 500
francos cfa por quilo”, afirmou. ANG/AC//SG
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