"Um
país que depende só de um sector para o crescimento terá sempre uma economia
instável", diz Geraldo Martins
Bissau, 05 de Abr 19 (ANG) – O Economista e Ex Ministro das
Finanças da Guiné-Bissau, Giraldo Martins, disse quinta-feira que quando um
país depende de um sector para o seu crescimento económico terá sempre
instabilidades no seu Produto Interno Bruto (PIB).
Geraldo Martins defendeu esta posição numa palestra com os estudantes da Universidade
Lusófona da Guiné. E disse ainda que é preciso o que o país diversifique a sua
economia para não depender só da castanha de caju.
Segundo este economista, actualmente a economia do país
depende do sucesso e insucesso da campanha de caju, que segundo ele, não devia
ser.
"A Guiné-Bissau dispõe de vários recursos naturais: Os
nossos mares, florestas e minas que precisam de ser explorados de forma
racional e sustentável para o bem da população para melhorar as condições das
suas vidas", referiu.
O economista alerta sobre o perigo da dependência de um produto
que depende do mercado externo, e que é exportado em bruto, sem capacidade de
transformação local.
Acrescentou que , quando o preço deste produto cai no
exterior e a economia do país é automaticamente afectada por essa queda.
"E preciso, urgentemente, proceder a transformação
local de caju e a diversificação da nossa economia para responder as
necessidades da população e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos"
defendeu
Geraldo Martins também mostrou-se satisfeito pela partilha
que fez com os estudantes e se predispôs a participar e dar a sua contribuição em
eventos do género.
Ainda ressaltou a pertinência do tema debatido - “Crescimento económico e o empreendedorismo
juvenil”.
Na sua opinião, o estado deve criar condições para os
jovens se empreenderem e criar postos de empregos para mudar a tendência de o estado
continuar a ser o maior empregador na Guiné-Bissau.
Disse que é preciso baixar as taxas praticadas pelos bancos,
para o acesso aos empréstimos para os
seus projetos, para que os jovens principiantes no mundo empresarial consigam
financiamentos, e terem também acompanhamento especializados nas execuções dos
seus projetos.
O presidente de Associação Académica da Universidade
Lusófona da Guiné AAULG, Abulai Djaura, disse ter ficado satisfeito com o
debate académico facilitado por Giraldo Martins, que segundo ele, foi um orador
à altura do tema.
Também declarou que a Associação Académica continuará a
promover incitavas do género para
enriquecer e atualizar estudantes com ferramentas precisos que visam fazer crescer a economia e combater a pobreza.
ANG/CP//SG
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