Oposição
guineense leva ao Ministério Público acusação de corrupção ao atual PM
Bissau,04
Abr 19(ANG) - O líder do Movimento para a Alternância Democrática, Braima Camará, anunciou que entregou quarta-feira, no
Ministério Público, alegadas provas de atos de corrupção praticados pelo atual
primeiro-ministro, Aristides Gomes, que é também ministro das Finanças.
Coordenador
Madem G-15, segunda força política mais votada nas legislativas de 10 de março,
Braima Camará disse ter sido chamado ao Ministério Público no âmbito das
investigações às denúncias que fez durante a campanha eleitoral, segundo as
quais o Governo estaria a praticar atos de corrupção "ao mais alto
nível".
Fonte do gabinete do primeiro-ministro, disse à Lusa
que Aristides Gomes ainda não foi chamado ao Ministério Público, mas que assim
que acontecer "estará disponível
para prestar quaisquer esclarecimentos em relação à ação do seu Governo".
Sem
entrar em pormenores, o líder do Madem G-15, partido que obteve 27 dos 102
deputados no parlamento, afirmou ter mantido, perante a magistrada, que o atual
Governo "ficará na história
negativa" da Guiné-Bissau "pelos atos de corrupção"
Durante a
campanha eleitoral, Braima Camará acusou o primeiro-ministro, na sua qualidade
de ministro das Finanças, de ter feito "encontros de contas entre o
Governo e um conhecido empresário" de Bissau, num processo que considera
de fraudulento para os interesses do Estado.
O
dirigente político, eleito deputado ao parlamento, disse ter deixado garantias
no Ministério Público de que estará disponível para colaborar com a Justiça por
acreditar que "o país deve ser governado pelos seus melhores filhos,
aqueles que tenham as mãos limpas de corrupção".ANG/Lusa
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