EUA aplicam sanções à 16 sauditas
Bissau,
09 abr 19 (ANG) - O governo dos Estados Unidos proibiu, na segunda-feira, a
entrada de 16 cidadãos sauditas supostamente envolvidos no assassinato do
jornalista Jamal Khashoggi, no ano passado, no consulado da Arábia Saudita, em
Istambul (Turquia), segundo noticiou a EFE.
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Todos eles já haviam recebido sanções económicas de
Washington em Novembro passado, que consistia no congelamento de activos nos
EUA e a proibição aos cidadãos americanos de fazerem transferências com eles ou
suas empresas.
No grupo de 16 aparece o nome de Saud al Qahtani, um
dos conselheiros mais próximos do príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin
Salman.
Também o então cônsul-geral saudita em Istambul,
Mohammad al-Otaibi, e os agentes que viajaram de Riad para a Turquia para o
assassinato de Khashoggi.
A nova proibição de entrada nos Estados Unidos,
anunciada pelo secretário de Estado Mike Pompeo, é justificada nos casos em que
Washington tem "informações confiáveis de que funcionários do governo
estrangeiro foram envolvidos em actos significativos de corrupção ou graves
violações de direitos humanos".
Além dos 16 indivíduos, a proibição de entrada no país
também afecta as suas familiares directos.
Khashoggi, que morava em Washington, foi ao Consulado
da Arábia Saudita em Istambul no dia dois de Outubro para buscar alguns
documentos que lhe permitiriam casar com a sua noiva turca, mas ele acabou
sendo assassinado no local.
Após o seu desaparecimento, a Arábia Saudita defendeu
que Khashoggi tinha saído com seus próprios pés do consulado, mas com o passar
dos dias, a pressão internacional e as provas recolhidas pela Turquia, que tem
uma gravação do ocorrido, o reino admitiu que o jornalista morreu em suas
dependências.
Embora essa primeira versão alegasse que Khashoggi
morreu em uma briga, Riad, mais tarde, reconheceu que foi um assassinato
premeditado.
No consulado, Khashoggi era esperado por cerca de 15
agentes sauditas que tinham chegado a Istambul a noite anterior, entre eles
quatro membros do esquema de segurança do príncipe saudita, que até o momento
nega qualquer tipo de participação no crime.ANG/Angop
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