Inspetor-Geral
de Comércio apela comerciantes para não se aproveitarem das “fragilidades
económicas” dos produtores
Bissau, 03 Abr 19 (ANG) – O Inspetor-Geral
de Comércio pediu esta quinta-feira aos comerciantes para não se aproveitarem
das “fragilidades económicas” dos produtores para comprar a castanha a um preço
mais baixo em relação ao estipulado pelo Governo – 500f cfa, o quilograma.
Alberto Mendes Pereira, em
declarações exclusivas à Agência de Notícias da Guiné(ANG), disse que os
agricultores são, muitas vezes, obrigados a vender a castanha à preços
inferiores ao estipulado devido as dificuldades por que passam em termos de
sustento da família.
“A Inspeção de Comercio já tem
163 inspectores nas diferentes regiões do país para fiscalizar o processo de
comercialização de castanha de caju, essas pessoas têm a orientação de
verificar as irregularidades no terreno”, revelou.
Alberto Mendes Pereira acrescentou
que na região de Cacheu dispõe de 37 inspectores, Tombali 16, Quinara 15, Gabu
22, Bolama 06, Oio 25, Biombo 20 e Bafatá 22.
Aquele responsável explicou
que têm o número mais elevado de inspectores nas regiões de Cacheu, Bafatá,
Gabu e Oio porque estas zonas se encontram junto a fronteira, e há necessidade
de impedir a fuga da castanha para os países
vizinhos.
Aconselhou aos agricultores a
procurarem vender os seus produtos num “bom preço” de modo a poderem ter um
rendimento que lhes permitirão resolver as suas necessidades.
Apelou ainda aos camponeses no
sentido de contribuírem com denúncias
dos actos que acharam anormal no processo de comercialização da castanha de caju,
de modo a participarem na resolução dos seus próprios problemas.
O Inspetor-Geral de Comércio informou que as
vezes os compradores fazem a troca da castanha com arroz que não tem a
qualidade para o consumo humano, e que isso é uma das irregularidades que
também pretendem evitar.
Questionado se por acaso já foi
registado a fuga do produto para os países vizinhos, respondeu que felizmente
não se deparam ainda com essa situação.
Mendes disse que acredita que no presente ano não haverá a
referida situação uma vez que a castanha de caju é actualmente vendida no Senegal no valor de
350 Francos CFA por quilo.
“Muito embora não existe a
necessidade de se preocupar com a situação de fuga do produto para o Senegal
por motivos de preço de comercialização, accionamos os mecanismos legais para impedir
a fuga do mesmo”, garantiu Mandes Pereira.
Mendes Pereira explicou que o
preço de 500 fcfa, por quilograma, anunciado pelo Governo não é obrigatório, mas que
foi fixado apenas como referência, e que os agricultores podem vender os seus
produtos na base do preço acordado com o comprador.
Alertou que o benefício para
os agricultores será o de vender os seus produtos no preço de 500 Francos CFA ou mais, para que possam
minimizar as suas dificuldades. ANG/AALS/AC//SG
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