Maduro expulsa 13 oficiais das Forças Armadas acusados de traição à pátria
Bissau, 05 abr 19 (ANG) - O Presidente Nicolás Maduro promulgou um
decreto no qual expulsa 13 oficiais das Forças Armadas Bolivarianas da
Venezuela (FABV) por não reconhecerem as autoridades legalmente constituídas e
por incorrerem no delito de traição à pátria.
O decreto n.º 41.602 foi publicado na Gazeta Oficial
(equivalente ao Diário da República) que circulou quinta-feira com data de 20
de Março de 2019.
No texto do documento lê-se que os oficiais expulsos
pretenderam, através de "actos hostis, meios violentos, e não reconhecendo
as autoridades legalmente constituídas, mudar a forma republicana da nação,
pondo em risco a independência, soberania e integridade do território".
Segundo o decreto, os actos respondem não apenas "a uma
atitude omissiva, de covardia e indignidade", configuram uma "manifesta
agressão ao povo como representante directo da soberania nacional, atentando
contra os valores superiores da ordenança legal e contra os pilares
fundamentais da Instituição Armada, o que constitui actos de traição à
pátria".
A degradação, explica-se no texto, tem em consideração que os
oficiais "violaram com o seu comportamento os valores e princípios que
representam a instituição militar, os preceitos sociais e o decoro da
profissão" sendo a expulsão "uma acção, como uma medida exemplar,
para garantir o equilíbrio institucional e a protecção de seus pilares
fundamentais".
Entre os 13 oficiais em questão está o major general Hugo
Carvajal que, durante o Governo do falecido Presidente Hugo Chávez (presidiu o
país entre 1999 e 2013), dirigiu os serviços secretos venezuelanos.
Em
Fevereiro último, Hugo Carvajal, instou os militares venezuelanos a
rebelarem-se contra o Presidente Nicolás Maduro.
Também o general de divisão Carlos Rotondaro, antigo ministro da Saúde de Hugo Chávez, faz parte desta lista.
Também o general de divisão Carlos Rotondaro, antigo ministro da Saúde de Hugo Chávez, faz parte desta lista.
Segundo a imprensa venezuelana, Carlos Rotondaro manifestou
apoio ao autoproclamado Presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, e pediu
asilo na vizinha Colômbia.
Em 2018, ambos militares foram sancionados pelo Departamento do
Tesouro dos Estados Unidos.
ANG/Angop
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