Trabalhadores
preocupados com três meses de salário em atraso
Bissau, 29 Abr 19 (ANG) – Os
funcionários da Imprensa Nacional-Inacep, a gráfica Pública manifestaram hoje
as suas preocupações sobre a situação da empresa, por não estar, há tres meses,
a conseguir pagar o salário dos funcionários.
A preocupação foi manifestada pelo porta-voz
do sindicato dos trabalhadores da Inacep, Iaia Djassi, em declarações à ANG.
Djassi considerou a situação
de lamental e disse que já está a ser sentida pelos filhos dos trabalhadores da
Inacep que já estão a ser expulsos das escolas por falta de pagamento das mesadas,
e disse que alguns colegas já teriam sido
expulsos das suas residências, igualmente por incapacidade de pagamento
do arrendamento.
Iaia Djasi salientou que a
situação que a impressa vive actualmente já não acontecia há sete anos, e que
deixa os funcionários desmotivados.
O sindicalista disse que a produção baixou, mas que o facto não
pode justificar o não pagamento de três meses de salário.
Disse que “o mais caricato”, é
que a direcção não informa nada aos trabalhadores.
Segundo Djassi a queda
da produção da Inacep está relacionada a situação financeira difícil do país, e,
por outro lado, pede mais engajamento dos responsáveis da empresa, “porque, há
outras empresas concorrentes no mercado nacional”.
“Por isso, a solução passa por
atacar o mercado com a finalidade de obter mais receitas. Uma das soluções para relançar a
Inacep é maior engajamento do Governo
para com a empresa”, disse.
“Ou seja, a Inacep pertence ao
Governo apesar de ser uma instituição com autonomia administrativa e
financeira.Politicamente, é o executivo que nomeia os directores-gerais, por
isso deve fiscalizar, controlar e acompanhar o seu funcionamento “,disse.
O porta-voz do sindicato dos
trabalhadores da Inacep disse que as nomeações políticas fazem retroceder a
impressa porque quando se aumenta o número dos trabalhadores torna-se complicado pagar salário, tendo
pedido aos colegas a se manterem firmes porque os melhores dias hão-de chegar.
Iaia Seide disse que estão a
ponderar enquanto sindicato, mas que não se pode descartar outras posições se a
situação se agravar.
Disse que reuniram com a direcção,
a propósito, mas que as justificações do não pagamento de salários não os
convenceram. ANG/MSC/ÂC//SG
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