Procurador-Geral da Republica nega ter ordenado devolução
do arroz apreendido pela Policia Judiciaria
Bissau, 26 abr 19 (ANG)
– O Procurador-Geral da Republica da Guiné-Bissau nega ter ordenado a devolução do arroz apreendido pela Policia
Judiciaria (PJ).
Bacari Biai falava hoje à imprensa à saída de um encontro
com o chefe de Estado em que foi
questionado sobre o processo relacionado ao alegado desvio do “arroz do povo” ,
cuja recuperação fora desencadeada pela Polícia Judiciária(PJ) guineense.
Disse que o processo se
encontra em mãos de um magistrado e não com
ele enquanto procurador,e que desconhece o seu conteúdo.
Em relação ao processo
instaurado contra o chefe da referida operação da PJ, recusou igualmente falar
do assunto alegando desconhecer a
matéria.
“A investigação não se faz sem respeitar as
leis, ela se faz em conformidade com as leis”, afirmou para depois acrescentar
que a procura da verdade dos factos não se faz a todo custo, mas com base nas
normas.
Perguntado se durante a
investigação, a PJ infringiu a lei, Biai disse que não pode afirmar se a PJ
agiu ou não em conformidade com a lei.
No âmbito da operação
“arroz do povo”, a PJ recuperou parte desse produto de primeira necessidade
doado pela República Popular da China às autoridades de Bissau, e destinado às
populações mais carenciadas.
Algumas toneladas foram
descobertas na quinta do actual ministro da Agricultura, Nicolau dos Santos,
que entretanto só não foi detido pela PJ por impedimento dos elementos da
polícia que lhe servem de seguranças.
No quadro de encontros
com diferentes chefes dos órgãos da soberania, o Presidente José Mario Vaz
recebeu igualmente o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanhá.
A saída, Sanhá recusou comentar as divergências no parlamento, e
quanto ao encontro disse que abordaram vários assuntos com Presidente da
Republica da Guiné-Bissau.
Referiu que em
democracia as pessoas ê em opiniões diferentes e que as criticas são legítimas,
mas que no fim reconhecem a lei.
Instado a confirmar se
deu entrada no seu gabinete pedido de impugnação do processo de votação feita quarta-feira
na ausência de dois dos seis partidos que compõe o novo parlamento guineense
disse que não, pelo menos até ao momento em que estava a falar
à imprensa.
Ao abandonar o
parlamento descontente , o coordenador do partido Madem g-15, Braima Camará
declarou que iria recorrer à instâncias judiciais para impugnar as votações feitas
pelos deputados e que reprovaram a sua eleição para as funções de 2º vice-presidente da ANP, no âmbito da X
legislatura cuja mesa entrou em funções quarta-feira com a eleição dos
restantes membros.
ANG/LPG//SG
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