Espanha/Cimeira da NATO termina hoje depois de declarar Rússia maior ameaça
Bissau,
30 Jun 22(ANG) – A cimeira da NATO termina hoje em Madrid já com um novo
Conceito Estratégico aprovado para a próxima década, no qual declara a Rússia
como a maior e mais direta ameaça à segurança da Aliança Atlântica.
Estes
países têm insistido para a NATO não ignorar “ameaças e desafios” oriundos do
Médio Oriente ou do norte de África, em especial, da região africana do Sahel,
e que estão relacionados com movimentos de imigração ilegal ou grupos
terroristas.
Estes
países insistem na abordagem e estratégia a 360 graus, mesmo reconhecendo o
protagonismo que ganhou o lado leste, por causa da Rússia.
Na
quarta-feira, os líderes da NATO aprovaram um novo Conceito Estratégico para a
organização, para a próxima década, e divulgaram a Declaração da Cimeira de
Madrid, documentos em que definem a Rússia como a maior e mais direta ameaça à
segurança dos países da aliança militar.
Pela
primeira vez, a estratégia da NATO a dez anos tem também uma referência à
China.
Ainda
na quarta-feira, a NATO reiterou o apoio à Ucrânia e desbloqueou um novo pacote
de ajuda integral a Kiev, assim como ajudas a países como a Moldova, Geórgia e
Bósnia-Herzegovina.
No
primeiro dia da cimeira, a NATO confirmou o reforço das suas forças no leste
europeu e o aumento das tropas em prontidão (de reação rápida) de 40 mil para
mais de 300 mil militares.
Esta
cimeira fica também já marcada pelo início formal da adesão à NATO da Finlândia
e da Suécia, depois de a Turquia ter retirado o veto às duas candidaturas, na
segunda-feira, após uma reunião entre os líderes dos três países.
O
primeiro-ministro português, António Costa, lidera a comitiva nacional na
cimeira, que integra dois ministros (Defesa e Negócios Estrangeiros).
Está
prevista uma conferência de imprensa de António Costa no final dos trabalhos da
cimeira, ao final da manhã.
À
chegada à cimeira, na quarta-feira, António Costa considerou que o encontro de
Madrid começou “da melhor maneira”, com o desbloqueio da adesão da Suécia e
Finlândia, e afirmou que o processo de ratificação em Portugal será “bastante
rápido”.
O
primeiro-ministro afirmou que Portugal acompanhará de “forma adequada às
circunstâncias” do país o anunciado reforço de tropas da NATO e não se
comprometeu com uma data para atingir a meta de 2% do Produto Interno Bruto
(PIB) reservados à Defesa, afirmando que o país só assume “compromissos que
pode cumprir”. ANG/Inforpress/Lusa
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