Política/ “PAIGC tem a tradição de respeitar acordos porque é um partido que tem responsabilidades”, diz seu secretário da Comunicação e Informação
Bissau, 27 jun 22 (ANG) – O
Secretário para Comunicação e Informação do Partido Africano da Independência
da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Muniro Conté afrmou hoje que o partido tem a
tradição de respeitar os acordos porque tem a responsabilidade e vinculo histórico com a sua massa, o que, diz
Conté, o difere dos outros partidos que
“estão na política por conveniência e
por lugares no governo”.
Muniro Conté reagia assim numa conferência de imprensa às afirmações do presidente da APU-PDGB, Nuno Nabiam feitas no decurso do II congresso do partido, decorrido sábado e domingo, segundo as quais o partido foi traído pelo PAIGC perante o acordo que as duas formações polítcas haviam firmado, após as eleições de 2019.
Conté nega que em que nenhum
momento se acordou que o Nuno Gomes Nabian seria o candidato do
PAIGC nas eleições presidenciais passadas,
tal como dissera o lider da APU-PDGB.
Disse que foi estabelecido no Acordo de Incidência Parlamentar
que a APU-PDGB teria três
direções-gerais, mas que teve 14 e seis presidências de Conselho de Administrações(PCA).
Acrescentou que até havia estruturas em que a
APU-PDGB tinha PCA, vogais, chefes de gabinetes e tesoureiros.
Para Conté, não deveria ser uma Direção-geral objeto de problema, que não estava estabelecido
no acordo.
“Há uma certa área especializada
em que os quadros têm que ser mantidos. É uma questão de garantir que o
processo de desenvolvimento, sobretudo os projetos que já tinham sido
negociados possam andar e foi nessa matéria que houve uma pequena discussão
para que, em certa medida, alguns setores tenham os quadros reconduzidos”, disse.
Nabiam referiu perante
congressistas que um certo ministério foi dado a APU-PDGB mas que o PAIGC
dissera depois que essa doação não incluia os postos de diretores-gerais.
Conté sustentou que, hoje
todas as desculpas podiam servir menos as de que o PAIGC não cumpriu o acordo de incidência
parlamentar.
Pediu ao Nuno Nabiam
que assuma diante do povo guineense de
que a “governação desastrosa” que o país está a assistir é por falta de seu
cumprimento, falta de lealdade ao acordo assinado com o PAIGC, que segundo
Muniro, “ia permitir um país estável e não o que está com índice de corrupção
bastante elevado”.
O responsável da comunicação
do PAIGC afirmou que o Nuno Nabiam não pode ser dissociado dessa
responsabilidade porque saiu de um governo legítimo e legal que estava a
conduzir o país para observância desses princípios e optou-se por entrar numa
aliança que está a violar os direitos fundamentais, à todos os níveis. ANG/DMG/ÂC//SG
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