Oceanos/Pelo
menos 16 chefes de Estado e nove de Governo intervêm na conferência da ONU
Bissau, 27 Jun 22(ANG) – Pelo menos 16 chefes de Estado, incluindo os de Angola, França, Guiné-Bissau, Noruega, Colômbia, Líbia e Mónaco, e nove chefes de Governo, dos vários continentes, vão intervir na conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos, na próxima semana em Lisboa.
Emmanuel
Macron, chefe de Estado de França, país que tem actualmente a presidência
rotativa do Conselho da União Europeia (UE), estará em Lisboa pelo menos no dia
30 de Junho, segundo fonte da embaixada francesa em Lisboa.
Os
Estados Unidos serão representados por John Kerry, o enviado especial do
Presidente Joe Biden para o clima, e Mónica Medina, responsável pelos Oceanos e
Assuntos Ambientais e Científicos Internacionais no Departamento de Estado, irá
chefiar uma delegação que integra três outros altos funcionários da
administração norte-americana.
Mais
de 100 outros países confirmaram até agora a participação, a maioria destes a
nível ministerial, segundo informação da organização, juntando-se ao
secretário-geral da ONU, António Guterres, que estará presente logo na abertura
da conferência, que decorre de 27 de Junho a 01 de Julho, como a Lusa noticiou
em Maio.
Entre
estes, além da maioria dos países da UE, Estados Unidos e Canadá, ministros de
outros dos maiores poluidores do planeta, como a China e a Índia, são oradores
previstos na sessão plenária da conferência, co-organizada por Portugal e pelo
Quénia.
Por
outro lado estão os pequenos países, ilhas sobretudo, mais afectados pela
acidificação da água, poluição, pesca ilegal e outros efeitos das alterações
climáticas causados pelas emissões de gases com efeito de estufa, como a subida
das águas dos oceanos que ameaça fazer desaparecer alguns destes territórios.
É em
nome de muitos desses territórios que falará o segundo orador previsto na
primeira sessão plenária, Surangel Whipps, Presidente de Palau, enquanto representante
do grupo SIDS (sigla, em inglês) das 12 Pequenas Ilhas Estado do Pacífico em
Desenvolvimento, que inclui, entre outras a Micronésia, Kiribati, Palau, Samoa,
Tonga, Tuvalu ou Vanuatu, seriamente ameaçadas.
Além
do Presidente de Angola, João Lourenço, que é o primeiro orador previsto na
sessão plenária do primeiro dia e que vai falar em representação da Comunidade
dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), outros dois países do grupo –
Guiné-Bissau e Guiné Equatorial – vão fazer-se representar pelos seus chefes de
Estado.
As
delegações de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe são encabeçadas pelos
respectivos chefes de Governo, enquanto Brasil, Moçambique e Timor-Leste vão
estar representados a nível ministerial.
A
Rússia vai também enviar uma delegação, liderada por Ruslan Edelgeriyev,
conselheiro do Presidente russo, Vladimir Putin, para as questões do oceano e
do clima, como confirmou à Lusa na semana passada uma fonte oficial da
Embaixada da Rússia.
No
total, mais de 20.000 pessoas inscreveram-se na segunda Conferência dos Oceanos
da ONU, que a pandemia de covid-19 adiou de 2020 para este ano, e que vai
reunir em Lisboa Estados-Membros da organização, sociedade civil e organizações
financeiras internacionais.
A
comunidade internacional vai tentar dar impulso à adopção de “soluções
inovadoras baseadas na ciência” para a gestão sustentável dos Oceanos,
incluindo o combate à acidificação da água, poluição, pesca ilegal e perda de
‘habitats’ e biodiversidade.
ANG/Inforpress/Lusa
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